UFRJ e outras instituições se unem para reduzir impactos da pandemia nas favelas do Rio

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A UFRJ, Fiocruz e a PUC, entre outras instituições, se articularam com os movimentos sociais de várias comunidades e estão trabalhando na elaboração de um plano de ação para enfrentamento da Covi-19 nas favelas. Em dezembro a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), oficializou o repasse de R$ 20 milhões para o projeto. 

Está previsto ainda para este mês, o lançamento pela Fiocruz de edital no valor de R$ 17 milhões para 140 projetos sociais. O  projeto foi idealizado em maio de 2020 por docentes e pesquisadores das três universidades participantes e representantes de associações científicas como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e articuladores de territórios de cinco favelas do Rio: Alemão, Santa Marta, Rocinha, Cidade de Deus e Maré. 

Redução de impactos 

Richarlls Martins, professor do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos (Nepp-DH/UFRJ) é o coordenador executivo das ações de enfrentamento da Covid-19 nas favelas. Segundo ele, os recursos possibilitarão auxiliar na redução dos impactos sanitários, sociais e econômicos da pandemia nas comunidades do Rio de Janeiro, com foco na ampliação das ações de vigilância em saúde. 

 O coordenador destaca a importância da articulação entre universidades, instituições científicas, sociedade civil e o parlamento fluminense com um objetivo comum. O objetivo é por em prática ações emergenciais para enfrentar a pandemia nas favelas, mas levando em consideração a realidade local de cada uma delas, como, por exemplo, déficit habitacional, dificuldade no distanciamento social e isolamento e domicílios com alta concentração de moradores, além de deficiência no saneamento básico.

Atuação da UFRJ

De acordo com Martins, a partir desse diagnóstico, o grupo produziu algumas projeções para o enfrentamento da pandemia. E, com o plano em mãos, negociou com os deputados da Alerj e obteve a doação dos R$ 20 milhões. A UFRJ, segundo ele, teve papel central na articulação com as instituições e os parlamentares.

 “A UFRJ teve papel de protagonismo na construção da resposta para o enfrentamento da pandemia, cujos efeitos em determinados grupos populacionais são ainda mais graves, com o aumento do desemprego e da informalidade”, ressaltou. A Pró-Reitoria Extensão também integra o projeto. 

“O papel das universidades é de ajudar na elaboração dos projetos. O que propusemos foi mapear as ações de extensão que já existem nesses territórios e que podem trazer aporte de recursos para esta frente de combate, nos vários campos de conhecimento”, afirmou a pró-reitora Ivana Bentes. 

 

 

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