Entidades lançam manifesto na defesa da UFRJ

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A leitura do manifesto do Fórum das Entidades Representativas que atuam na UFRJ condenando os cortes orçamentários que ameaçam interromper o funcionamento da universidade marcou a sessão do Conselho Universitário nesta quinta-feira, 13 de maio.

O documento apresentado pela coordenadora do Sintufrj, Neuza Luzia, tem o tom da resistência. Assinado pela Adufrj, DCE, Sintufrj, APG e ATTUFG, o texto sedimenta a unidade da comunidade universitária neste momento de aprofundamento das dificuldades da universidade.

“Estamos aqui para nos somarmos à luta de resistência a este ataque feroz que a educação pública está sofrendo no país” disse Neuza, traduzindo o ânimo do manifesto. “A UFRJ não pode ser silenciada, pois a universidade pública é maior do que qualquer governo”, sustenta.

Uma carta ao Congresso Nacional proposta pelo representante da Associação de Pós-Graduando (APG) foi aprovada pelos conselheiros. “Com os níveis atuais, só conseguiremos honrar os contratos que mantêm a UFRJ funcionando até julho deste ano. Os cortes e os contingenciamentos no orçamento da UFRJ representam retrocessos que levarão décadas para serem recuperados”, denuncia o documento.

Moção proposta pela Administração Central da universidade contra a redução e o bloqueio do orçamento também foi aprovada pelo conselheiros.

Governo libera parte do dinheiro

Parte do orçamento da universidade que dependia de aprovação do Congresso foi liberada por portaria do Ministério da Economia. Em valores, são 152 milhões que a UFRJ teria acesso, mas, segundo a reitoria, R$ 41 milhões continuam bloqueados. 

Esse dinheiro fará com que a UFRJ tenha fôlego para bancar suas despesas até setembro, mas, de acordo com o pró-reitor de Finanças, Eduardo Raupp, estruturalmente a situação não muda, porque o subfinanciamento da instituição continua. 

“Na prática não muda nada em relação ao montante do orçamento e ao bloqueio”, diz Raupp. A liberação desses recursos, ele explicou, permite empenhar contratos até setembro mais ou menos. “Dá um alívio para os próximos meses. Agora a questão central é a recomposição do orçamento (pelo menos no nível do ano passado)”, disse.

 

 

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