CUT e movimentos sociais se organizam para que o ‘Fora, Bolsonaro’, no dia 24, seja maior do que os anteriores. Dirigentes da Central reforçam: setores divergentes, que querem o impeachment, serão bem vindos
Publicado: 16 Julho, 2021 – Escrito por: Rosely Rocha
A CUT organiza em conjunto com os movimentos sociais que formam as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo um grande ato pelo ‘Fora, Bolsonaro’, contra o desemprego e a fome; pelo auxílio de R$ 600; vacina já para todos e todas e contra a reforma Administrativa e as privatizações, nas capitais e nas cidades do interior do país, no próximo dia 24 de julho (sábado).
Os dirigentes CUTistas estão otimistas e acreditam que este ato será o maior dos três já realizados este ano, em 29 de maio, 19 de junho e 3 de julho.
E para fortalecer o ato e obrigar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) a pautar um dos 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro, inclusive o superpedido protocolocado pela Central, partidos políticos e movimentos sociais, estão sendo organizadas plenárias estaduais com os participantes da campanha ‘Fora, Bolsonaro’. O objetivo é, inclusive, ampliar a participação de todos os segmentos que defendem o fim deste governo genocida.
A unidade política dos movimentos sociais e de outros setores da sociedade para que o ato seja o maior registrado até hoje é destacada pelo secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, e pelo diretor da Executiva Nacional da CUT, Milton dos Santos Rezende, o Miltinho. Segundo eles, serão muito bem vindos aqueles que quiserem se juntar a CUT e aos movimentos sociais na ocupação das ruas com a bandeira ‘fora, Bolsonaro’.
Tem de ter unidade entre diversos setores, apesar das nossas opiniões diferentes. Neste momento, é preciso abandonar essas diferenças e caminhar no que é convergente, no que nos unifica, que é tirar Bolsonaro do poder
– Ariovaldo de Camargo
Quem quer o fim deste governo, o fim das mortes, que traga a sua bandeira para as ruas, independentemente de ideologia, complementa o diretor executivo Miltinho, que explica as razões para o povo ir às ruas.
“Este é um governo que não cuida da saúde, da educação, do emprego e da renda. A cada dia aumenta a fome e a miséria. Não dá mais para suportar. É preciso botar para fora Jair Messias Bolsonaro”, pontua o dirigente.
A atual conjuntura dramática, tanto do ponto de vista político quanto do sanitário por causa da pandemia, que deve contabilizar até o próximo mês, 600 mil mortos no país, pelo descaso de um governo negacionista, que demorou a comprar as vacinas, pelas suspeitas de corrupção de integrantes do Ministério da Saúde com o envolvimento de militares; os 14,7% de desempregados; os desalentados e a fome que atinge 25 milhões de brasileiros e brasileiras são mais do que motivos suficientes para o povo pedir ‘Fora, Bolsonaro’, ressalta Ariovaldo listando algumas das tragédias do desgoverno.
O secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional reforça que é fundamental que os sindicatos CUTistas e os movimentos sociais organizados estejam nas ruas em peso para que o dia 24 supere as expectativas.
“A população já percebe que é preciso pôr um fim a este governo que faz escolhas desastrosas para a sociedade, e isto só será possível com manifestações nas ruas, para que Arthur Lira abra o processo de impeachment “, afirma Ariovaldo Camargo, se referindo as pesquisas sobre o impeachment e a imagem de Bolsonaro.
A última pesquisa Datafolha, realizada nos dias 7 e 8 de julho, mostrou que 54% dos brasileiros são a favor do impeachment de Bolsonaro. Para 51%, ele é um presidente ruim ou péssimo.
A pesquisa também mostrou que para a maioria dos brasileiros Bolsonaro é desonesto, falso, incompetente, despreparado, indeciso, autoritário, favorece os ricos e mostra pouca inteligência.
Bolsonaro, destruidor de políticas públicas
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, ressalta que o impeachment de Bolsonaro é para preservar as políticas públicas que estão garantidas na Constituição Cidadã, de 1988 e, para isso é preciso ir às ruas, se manifestar.
Segundo Heleno, com as propostas de privatização e cortes no orçamento em áreas essenciais, o governo quer que a população pague pelos serviços que hoje são públicos , numa postura de destruição completa do papel do Estado no atendimento das políticas públicas.
“Se o povo permitir será o caos e, pior do que já está. Por isso, é preciso ocupar as ruas tanto os movimentos organizados, como a população em geral”.
“Tirar as pessoas da miséria, reduzir a pobreza é o mínimo que um Estado deve fazer, mas Bolsonaro acha que isto é transformar a bandeira brasileira de verde e amarela em vermelha”, acrescenta Heleno.
O dirigente cita como exemplo de desmonte os R$ 38 bilhões retirados da educação, a partir de 2015, e que o atual governo ainda privilegia os militares com mais verbas para a Defesa.
“O país não está em guerra para retirar recursos da educação para os militares. É um tratamento desigual. Este já é um grande motivo para os professores e educadores ocuparem as ruas”, convoca o presidente da CNTE.
Cuidados sanitários
O diretor da CUT, Miltinho, reforça que é importante o povo ir para as ruas no dia 24 de Julho tomando todos os cuidados necessários para se proteger do novo coronavírus, como o uso de máscaras, álcool em gel e evitar aglomeração sempre que possível.
“Vamos levar as nossas bandeiras de reivindicação e de luta, pedindo o fim deste governo, mas também vamos protegidos com álcool em gel , máscara e evitar aglomeração. Todo cuidado sanitário é muito importante”, reforça o diretor da CUT.
Organização dos atos
Faltando pouco mais de uma semana para o ‘Fora, Bolsonaro’ algumas capitais e cidades já têm parte da programação agendada. Em breve outras localidades serão acrescidas à lista.
Confira onde já tem atos marcados
Alagoas
. Maceió) – às 9h tem concentração na Praça dos Martírios
Bahia
. Salvador – às 10h tem início uma passeata em Campo Grande rumo Praça Castro Alves.
Ceará
. Fortaleza – às 15h, tem ato na Praça Portugal
Distrito Federal
. Brasília – às 15h, concentração, no Museu da República, e, às 16h, marcha rumo ao Congresso Nacional
Goiás
. Goiânia – às 10h tem ato na Praça do Trabalhador
Maranhão
. São Luís – às 9h tem ato na Praça Deodoro
Mato Grosso do Sul
. Campo Grande – às 9h tem ato na Praça do Rádio
Pará
. Bragança, às 08h, na Praça das Bandeiras
. Altamira – 08h, em frente a Celpa Equatorial
Piauí
. Teresina – 8h tem concentração na Praça Rio Branco
Pernambuco
. Recife – às 10h, cocentração no Derby, às 11h tem inicio a caminhada em direção a Avenida Guararapes
. Garanhuns – 9h Fonte Luminosa
. Palmares – 9h Praça Paulo Paranhos
. Petrolândia – 7h30 Polo e SRT
. Petrolina – 9h Praça da Catedral
. São José do Egito – 8h Feira Livre
. Serra Talhada – 10h Pátio da Feira
Rio de Janeiro
. Rio de Janeiro, às 10h, concentração no Monumento Zumbi dos Palmares, no centro da cidade, depois caminhada pela Avenida Presidente Vargas até a Candelária.
. Angra dos Reis – 10h, na Praça do Papão, Centro
. Barra do Piraí – 9h, na Praça Nilo Peçanha
. Búzios – 16h, na Praça da Escola Nicomedes (Em frente ao Porto da Barra)
. Campos – 10h, na Praça São Salvador
. Nova Friburgo – 14h, na Praça Getúlio Vargas
. Petrópolis – 11h, na Praça da Inconfidência
. Resende – 10h, no Mercado Popular
. São Fidélis, às 10h, na Praça Guilherme Tito de Azevedo
. Teresópolis, 9h, concentração na Praça do Sakura, depois passeata na Calçada da Fama
Rio Grande do Sul
. Porto Alegre – às 14h30 tema to no Largo Glênio Peres
Rondônia
. Porto Velho, às 8h30 tem ato na praca CEU (Centro de Esportes e artes unificado), Rua Antônio Fraga 8250, em frente à escola Daniel Néri.
E às 16h, tem ato no Campo Florestão, Avenida Jatuarana
Santa Catarina
. Florianópolis — Largo da Alfândega – 13h
. Blumenau — Praça Dr. Blumenau – 15h
. Brusque — 10h – Ponte Estaiada
. Chapecó – 14h – em frente à Catedral
. Criciúma – 9h30 – Rua da Arquibancada (ao lado do Parque das Nações)
. Garopaba — 15h – Rua Álvaro E. dos Santos
. Jaraguá do Sul – 9h – Praça Ângelo Piazera
. Joinville — 9h30 – Praça da Bandeira
. Lages – Calçadão – 10h
. Rio do Sul – 9h30- Praça da Catedral
. Tubarão – 14h – Praça da Igreja (Matriz das Oficinas)
São Paulo
. São Paulo, às 15h, tem ato na Avenida Paulista, em frente ao MASP
. Osasco, 12h30, no Largo do Osasco
Sergipe
. Aracaju, às 14h, na Praça do Leite Neto, vizinho ao Palácio do Governo (Avenida Hermes Fontes)
Exterior
Portugal
. Porto – 16h30 – ( hora local) – em frente ao Centro Português de Fotografia
. Lisboa – 18h00, na Praça Dom Pedro IV