“A eleição de 2022 é mais importante de nossas vidas, da nossa história. Se vamos ter eleição democrática daqui para frente, se vamos ter universidade com recursos, se vamos ter uma universidade onde se possa sonhar, produzir pesquisa e extensão. Tudo vai passar por esta eleição de 2022”.
A afirmação foi feita pelo deputado federal Marcelo freixo (PSB- -RJ), professor de história e pré-candidato ao governo estadual, durante o debate “Ciência e Tecnologia para a Reconstrução do Rio de Janeiro”, organizado pela seção sindical dos docentes (Adufrj) e pela Associação de Pós-Graduandos (APG) da UFRJ, no início da tarde desta segunda-feira, 23, no hall do auditório do bloco A do CT.
Além de Freixo, participaram o presidente da Alerj, deputado estadual e pré-candidato ao Senado, André Ceciliano (PT-RJ), a coordenadora do Fórum de Ciência e cultura da UFRJ, Tatiana Roque, e a presidenta estadual da Fundação Maurício Grabois, Dani Balbi. A intenção das entidades é dar continuidade às discussões sobre o tema.
Eleição será um plebiscito
Na avaliação de Marcelo Freixo, o Brasil não suporta mais quatro anos de fascismo, mais quatro anos de Claudio Castro e Bolsonaro. Segundo o parlamentar, tanto o governador como o presidente da República não têm só uma aliança política e, sim, um projeto de sociedade miliciana. E a eleição de 2022 será um plebiscito sobre a Constituição de 1988, se ela continuará valendo ou não.
“O que está em jogo é a chamada Constituição Cidadã, que materializou a derrota da ditadura civil-militar”, disse Freixo, lembrando que em todos os lugares do mundo foi no segundo mandato (de governos como o de Bolsonaro) que os regimes foram fechados.
O deputado André Ceciliano destacou a importância da ciência e tecnologia para o Rio de janeiro. Ele citou especialistas da Coppe para chamar a atenção para a importância do desenvolvimento do estado, que precisa sair da inércia e voltar a crescer. Movimento esse, segundo o candidato ao Senado, que depende do conhecimento que é produzido na UFRJ.
Dani Balbi, pós-doutoranda da UFRJ, apontou o cenário de resistência contra o desmonte da educação e a importância do ensino público para os jovens, que pode não apenar garantir um futuro para as próximas gerações, como superar o atraso e contribuir para o desenvolvimento do país.
Tatiana Roque disse que uma das principais tarefas hoje é manter a UFRJ e expandir a política de ampliação democrática, de interiorização e expansão da universidade com cotas para negros e indígenas.
Estavam presentes no debate representantes da direção do Sintufrj, a reitora Denise Pires e o vice-reitor Carlos Frederico Rocha – que pediu atenção dos pré-candidatos para a universidade Elika Sakamoto, à Câmara Federal, e a liberação de recursos para o Museu Nacional –, e as pré-candidatas Elika Sakamoto, à Câmara Federal, e Marina de Souza, à Assembleia Legislativa do Rio.