Reitoria e GT Coronavírus recomendam redobrar cuidados e manter a máscara no rosto

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O Núcleo de Enfrentamento e Estudos em Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes (Needier) da UFRJ, emitiu nota no dia 12 de maio avaliando que, diante do atual cenário da pandemia, com novo aumento de casos positivos diagnosticados no Centro de Triagem e Diagnóstico (CTD) da universidade, envolvendo principalmente estudantes, é importante alertar a comunidade universitária para a necessidade do uso adequado de máscaras em ambientes fechados e em situações de aglomeração.

“Temos constatado, repetidamente, que esta norma não está sendo seguida, sendo ainda mais preocupante nas atividades de salas de aulas e nos eventos festivos, resultando em situações de maior risco de transmissão, desnecessariamente”, diz a nota do Needier.

Segundo a Coordenação de Comunicação da UFRJ, durante o mês de março e até meados de abril, nos casos testados na UFRJ, a taxa de positividade estava abaixo de 5%, configurando uma zona de relativo conforto. Mas, isso mudou recentemente, saltando para 20% na última semana, conforme apontou o CTD.

“Fazemos um apelo para que todo o corpo social leia as recomendações (as diretrizes para o retorno presencial pleno na UFRJ) e evite se aglomerar sem máscaras, o que acontece principalmente em eventos festivos. É lastimável que estejamos vendo um aumento no número de casos de positividade após eventos de aglomeração, mesmo em ambiente aberto sem o uso de máscara. Por favor, se cuidem e cuidem dos outros”, ponderou a reitora lembrando que a não obrigatoriedade do uso de máscara em ambiente aberto só é válida com distanciamento interpessoal.

GT apoia alerta

O coordenador do Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Covid-19 (GT-Coronavírus), o epidemiologista  Roberto Medronho, informou que o GT (que se reuniu no dia 12 de maio) apoia a iniciativa do CTD/Needier.

“Felizmente não há relatos de casos graves, pelo menos até o momento. Mas diante disso e para preservar a saúde da comunidade, houve o alerta por parte da Reitoria com que nós concordamos”, disse Medronho. 

De acordo com o especialista, o aumento de casos ocorre em vários lugares do mundo, pois têm surgido novas subvariantes do vírus. “Felizmente nossa cobertura vacinal em vários municípios do estado é elevada e não chegaram relatos de casos graves entre alunos e funcionários da UFRJ. Isso é animador”, observou, acrescentando que com a vacina, a comunidade está “muito bem protegida, felizmente”.

Quase todo mundo vacinado

Na sessão do Conselho Universitário de 12 de maio, a reitora divulgou os resultados de uma pesquisa feita, através de questionário digital, sobre a vacinação na comunidade universitária: 99,7% estão vacinadas com duas doses e 70% com as três doses. Denise Pires também destacou a importância da dose de reforço para que a proteção contra a covid-19 seja completa. 

Para o epidemiologista Roberto Medronho os dados da pesquisa sugerem um baixo índice de negacionismo e de posições contra a vacina na UFRJ: “O que nos deixa muito orgulhosos, já que somos a maior instituição pública do país. Uma das nossas missões mais nobres, além de formar cidadãos, é produzir e difundir conhecimento e seria um paradoxo se tivéssemos um número grande de negacionistas em nossa comunidade”. 

Também para Medronho a forma de termos a vacinação completa é tomar a dose de reforço, que é a terceira dose, e, no caso dos idosos, a quarta dose. “Já estamos considerando que a vacinação completa não é mais de quem tomou a segunda dose. O indivíduo com vacinação completa é aquele que tomou todas as doses para sua faixa etária (ou condição de saúde)”, explicou.

Segundo o coordenador do GT Coronavírus, a adesão à máscara na UFRJ tem sido boa, embora não seja cem por cento. 

Cultura deve mudar

Mas, ele alerta que, como as pessoas voltaram a se aglomerar, há várias viroses circulando, embora, felizmente, sem impacto nos serviços de saúde. “Essa volta ao normal favorece a disseminação de doenças infecciosas, especialmente infecções respiratórias. Temos visto muitos casos, em crianças e adultos, mas felizmente são casos que se recuperam rápido”.

Orientação

A recomendação do especialista aos servidores e demais integrantes da comunidade da UFRJ é, neste momento da pandemia, em caso de suspeita de infecção respiratória, comunicar à chefa ou à coordenação de curso, se afastar e fazer o teste no CTD. E usar máscara para proteção, hábito ele espera todos incorporem no dia a dia.

Muitos sintomas, como espirros ou coriza podem ser só de uma alergia. Um sinal muito sensível de infecção é a febre, mesmo a febrícula (acima de  37,5 grau). Neste caso, é preciso tomar mais precaução, procurar uma unidade médica e o CTD.

 

 

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