Vestido com a camisa da campanha “UFRJ adverte: Ebserh faz mal à saúde!”, o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, cobrou, na sessão do Conselho Universitário (Consuni) da quinta-feira, 24, a democratização do debate com relação à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) antes da tomada de qualquer decisão em prejuízo da UFRJ e de seus hospitais universitários. Estavam também presentes na reunião do colegiado, outros dirigentes do sindicato e integrantes do movimento contra a Ebserh.
A ida ao Consumi foi mais uma etapa da Semana de Mobilização que o Sintufrj está promovendo para chamar a atenção da comunidade universitária sobre a intenção da Reitoria em aderir à Ebserh. E coincide com a visita de analistas da empresa às unidades de saúde da instituição como mais um passo na negociação em curso, aprovada de maneira açodada no colegiado, em 2021, sem escutar os milhares de trabalhadores das unidades hospitalares e institutos que compõem o Complexo Hospitalar da UFRJ.
Debate amplo, já!
Esteban levou ao colegiado a posição do Sintufrj e de setores relevantes da comunidade universitária contra a entrada da Ebserh na UFRJ. O dirigente cobrou o compromisso de campanha do reitor Roberto Medronho de realizar amplo debate e, inclusive, criar uma comissão paritária para tratar do assunto.
Mobilização
A Semana de Mobilização conta de intensa agitação envolvendo a direção do Sintufrj, apoiadores da gestão e trabalhadores da base, que estão percorrendo as unidades de saúde e entregando um panfleto esclarecedor sobre as razões pelas quais o sindicato e parte da comunidade universitária não quer a terceirização do comando dos hospitais da universidade.
Segundo Esteban, o movimento contra a Ebserh foi surpreendido, em julho, pela notícia de que fora constituído um grupo de trabalho, liderado por alguém com notório entusiasmo pela adesão à empresa. A reivindicação é que esse GT seja ampliado, com a participação das entidades representativas dos três segmentos da universidade, para que realmente ocorra o debate sobre o tema. “Queremos fazer parte do debate”, afirmou o coordenador do Sintufrj. Ele apontou a necessidade de análise dos impactos da empresa nas instituições que já a adotaram como gestora de seus hospitais. “Tem que haver contraponto entre as visões divergentes”, ponderou.
Em assembleias e congressos do sindicato e da Fasubra, já manifestou rejeição à Ebserh, mas, disse Esteban, a entidade está disposta a fazer o debate. Mesmo a Reitoria tendo iniciado negociações com a empresa sem levar em consideração a reivindicação de debate.
Resposta do reitor
Segundo Roberto Medronho, a decisão de abertura de negociação com a Ebserh foi aprovada pelo Consumi em dezembro de 2021, e que ele se comprometeu a respeitar as deliberações dos colegiados. Disse que não há contrato assinado com a empresa e que não irá assinar sem antes colocar o fato em discussão no conselho. “Ou seja, meu compromisso está mantido”.
Para que haja negociação, disse o reitor, tem que haver reuniões, diálogo. “É exatamente isso que está ocorrendo”, frisou. Medronho informou que o GT tem o propósito de subsidiar a elaboração de diagnostico no que se refere a ações de atendimento à saúde e de propostas de atuação das unidades hospitalares. “O que está em curso são as tratativas para negociação, visando a elaboração de uma proposta de contrato que, tão logo fique pronta, será trazida para este conselho para que possamos discutir”, explicou.
O coordenador-geral do Sintufrj informou que a entidade formalizará junto à Reitoria, a reivindicação para O reitor Roberto Medronho lembrou que a decisão de abertura de negociação foi tomada pelo Consumi (em dezembro de 2021) e que se comprometeu a respeitar as deliberações do Conselho. Disse que a universidade iniciou o processo de negociação com a Ebserh, esclarecendo que não há contrato assinado com a empresa e que não irá assinar sem antes colocar em discussão no conselho. “Ou seja, meu compromisso está mantido”.
Segundo ele, para que haja negociação, tem que haver reuniões, diálogo, “e é exatamente isso que está ocorrendo”, disse, informando que o GT temático tem o propósito de subsidiar a elaboração de diagnostico no que se refere a ações de atendimento à saúde e na elaboração de propostas de atuação das unidades hospitalares. “Então o que está em curso são as tratativas para negociação, visando a elaboração de uma proposta de contrato que, tão logo fique pronta, será trazida para este conselho para que possamos discutir”, explicou.
O coordenador-geral do Sintufrj informou que o Sintufrj formalizará junto à Reitoria, a reivindicação para que todas as entidades que compõem o movimento na comunidade universitária, façam parte do grupo de trabalho
Semana de luta por salário
Na manifestação no Consuni, Esteban também deu informes sobre a luta da categoria pela reposição salarial e por recomposição do orçamento das universidades. “Infelizmente, seguimos com uma política fiscal que é lastreada no regime de teto de gastos. Nós somos contra essa política, porque pode resultar em congelamento dos salários e de investimentos por anos na educação e na saúde, e em outras áreas cruyciais para a população”. Ele acrescentou que a luta dos trabalhadores das Ifes continua na próxima semana, quando o orçamento é fechado.