COMUNICAÇÃO DA CUT

Em comemoração aos 40 anos da CUT, no último sábado (26), a Praia Grande foi palco de atrações culturais e shows que incluíram a apresentação da banca Ira!, um dos ícones do rock brasileiro desde os anos 1980. A celebração do aniversário da Central, em 2023, acontece em um momento de reorganização e definição das lutas para os próximos anos, processo quem vem sendo realizado por meio dos congressos estaduais da CUT (Cecut´s).

Fundada em 28 de agosto de 1983, no 1° Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), a CUT teve sua história de lutas exaltada tanto pela direção da entidade como pelos próprios artistas que se apresentaram em um palco montado na Avenida dos Sindicatos, em frente à sede da colônia de férias do Sinergia-SP.

A festa do último sábado, que na verdade é parte da celebração dos 40 anos, foi realizada simultaneamente com o 16° Congresso da CUT São Paulo, que reuniu mais de 700 sindicalistas de todo o estado e elegeu sua nova direção para os próximos quatro anos.

A Praia Grande foi escolhida por ter sediado, em 1981, a 1ª Conclat, Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, que reuniu mais de cinco mil sindicalistas de todo o país para dar um basta aos ataques da ditadura militar ao sindicalismo e, principalmente, para organizar a luta dos trabalhadores. Ali foi gerado o embrião da CUT, que seria fundada dois anos mais tarde.

O presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, fez um breve resgate da importância da Central e sobre o orgulho em comemorar uma história tão intensa de lutas em defesa de trabalhadores e trabalhadoras.

“É um dia especial em que a nossa querida CUT completa 40 anos de vida, uma jovem organização, mas com um grande serviço prestado à classe trabalhadora brasileira”, afirmou o presidente da CUT.

“É uma bela história. Nascemos na ditadura militar, conseguimos a alegria de recuperar a democracia no Brasil, vimos o movimento sindical renascer ao longo desses 40 anos, firmamos parceria com movimentos importantes que surgiram como os movimentos populares e sociais, construímos parcerias com partidos e temos também a alegria de ter eleito por três vezes o nosso querido presidente Lula, que nos dá oportunidade de reconstruir o país”, disse Sérgio Nobre.

O dirigente parabenizou não somente aqueles que integraram o quadro da CUT ao longo dos anos, que participaram dessa construção, mas, em especial milhões de trabalhadores anônimos que, “no dia a dia da sua luta na construção civil, nas escolas, no serviço público, no campo, construíram essa história tão bela da CUT”.

Desafios

A sociedade, a classe trabalhadora e o mundo do trabalho em si, estão sempre em transformação. Ao longo dos 40 anos a CUT se reorganizou diversas vezes para cumprir com seu papel de representar o conjunto da classe trabalhadora e na luta pela democracia do país, com igualdade e justiça social.

Para os próximos anos, não será diferente, apontou o secretário de Administração e Finanças da CUT, Ariovaldo de Camargo.

“Estamos celebrando os 40 anos e apontando para os próximos 40 anos, para representar a classe trabalhadora em sua plenitude. A CUT nasceu com caráter classista, de massa e organizada pela base. O desafio principal hoje é olhar para um segmento que representa quase metade dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, que não está no mercado formal de trabalho”, explicou o dirigente em relação a uma das principais transformações da relação capital e trabalho nos últimos anos – a precarização ocasionada pela informalidade.

Tal transformação foi aprofundada com a reforma Trabalhista do governo de Michel Temer (MDB), em 2017, que além de acabar com direitos de trabalhadores, também investiu para enfraquecer e desestabilizar o movimento sindical.

No entanto, a CUT, com todas as dificuldades, se manteve firme e em luta para se manter em seu propósito. “Neste momento de celebração, estamos sendo desafiados para que, nos próximos 40 anos, possamos dar respostas ao conjunto da classe trabalhadora, que envolve os trabalhadores informais e os formais. Por isso, temos muito o que fazer e desejamos sucesso à CUT e muita garra para os próximos 40 anos de muita luta”, pontuou Ari.

Processo de reorganização – os Cecut´s

A CUT se organiza e define suas estratégias de luta a partir de suas bases. Por isso, a realização dos congressos estaduais (Cecut´s) têm peso fundamental na construção do que será a CUT nos próximos anos. E, neste ano, ao completar quatro décadas, todo esse processo se torna histórico não somente pela coincidência com as datas dos Cecut’s, mas em especial pelo momento de retomada do Brasil pela classe trabalhadora após anos de atentados à democracia, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Os 40 anos da CUT culminarão no 14° Congresso e ao longo desses últimos meses, as CUT estaduais fizeram seus congressos. É uma construção democrática ouvindo as bases de todo país, que estão se reorganizando e rearticulando”, afirmou o Secretário-geral da CUT, Aparecido Donizeti da Silva.

O dirigente também falou sobre a celebração do aniversário. “Resgatamos com os shows, as atrações e junto com os 700 delegados sindicais do estado de São Paulo uma comemoração de todos os avanços em nível nacional ao longo dos 40 anos, seja na jornada de trabalho, na emancipação da mulher, na política do salário mínimo, seja na democracia, como podemos comemorar hoje, seja em outras tantas conquistas e vitórias que fazem parte da história da CUT”.

A campanha salarial ganha intensidade na semana que se inicia. Como se sabe, o governo havia condicionado as respostas à pauta econômica do funcionalismo à aprovação do chamado arcabouço fiscal, o que aconteceu na última quarta-feira, na Câmara. Agora, sentará às 14h desta terça-feira, dia 29,  com as entidades que representam os servidores reunidas no Fonasefe para responder as exigências de recomposição salarial depois de anos de congelamento.

Ao anunciar as medidas do Sintufrj para reforçar a campanha salarial, o coordenador Esteban Crescente observou que “infelizmente, seguimos com uma política fiscal que é lastreada no regime de teto de gastos. Nós somos contra essa política, porque pode resultar em congelamento dos salários e de investimentos por anos na educação e na saúde, e em outras áreas cruciais para a população”. Ele acrescentou que a luta dos trabalhadores dos servidores se intensifica lembrando que o orçamento de 2024 vai ser fechado.

Dia Nacional de Luta Sevidores nas Ruas.
Rio, 10/08/23.

Desafios em várias frentes alcançam nossa categoria: recomposição de salários, reestruturação da Carreira, luta contra a Ebserh (uma espécie de terceirização da saúde nos hospitais universitários) etc. Só juntos podemos enfrentar esse tsumani simultâneo. Na mobilização está a nossa força.

TODOS À ASSEMBLEIA DE 5 DE SETEMBRO

A UFRJ participará do XXIX Seminário Nacional de Segurança das Instituições Públicas de Ensino Superior (Ipes) e da Educação Básica, Técnica e Tecnológica (EBTTs) da Fasubra com 20 delegados e 4 observadores, eleitos em reuniões realizadas no Espaço Cultural do Sintufrj, em dias alternados. O evento ocorrerá de 25 a 29 de setembro, na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis.

Nesta segunda-feira, 28, foram eleitos os 4 observadores. “Estavam presentes cerca de 30 trabalhadores da universidade, entre porteiros, recepcionistas, administradores, enfim, pessoas que, além dos vigilantes, também integram a segurança de uma unidade”, explicou o coordenador nacional de segurança das universidades federais Antônio Gutemberg Alves do Traco.

Programação

Dia 25/9

. Credenciamento, das 8h às 12h.

. Abertura, às 14h.

. Leitura e aprovação do regimento, às 15h.

Dia 26/9

. Conjuntura nacional, às 8h30.

. Universidade, 10h30.

. Atividades culturais – Visita técnica às fortalezas, às 14h.

Dia 27/9

. Carreira (Fasubra) – Pontuar situação da SUF, às 8h30.

. Segurança pública, cidadania, questões de gênero, crimes de racismo e intolerância (MJSP, PROAFE, DRRI), às 14h.

Dia 28/9

. Terceirização (Lima, UNB), às 8h30.

. Tecnologias aplicadas à segurança (SMI, DRONES, SMA,

Controles de acesso) – Simões, UFSM + Intelbras, às 10h.

. Trabalhos em grupos, às 14h.

Dia 29/9

. Plenária final, às 8h30.

. Eleição da sede do encontro em 2024, eleição da coordenação e entrega de certificados, às 14h.

GT Segurança.
Rio, 28/08/23

 

Vestido com a camisa da campanha “UFRJ adverte: Ebserh faz mal à saúde!”, o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, cobrou, na sessão do Conselho Universitário (Consuni) da quinta-feira, 24, a democratização do debate com relação à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) antes da tomada de qualquer decisão em prejuízo da UFRJ e de seus hospitais universitários. Estavam também presentes na reunião do colegiado, outros dirigentes do sindicato e integrantes do movimento contra a Ebserh.

A ida ao Consumi foi mais uma etapa da Semana de Mobilização que o Sintufrj está promovendo para chamar a atenção da comunidade universitária sobre a intenção da Reitoria em aderir à Ebserh. E coincide com a visita de analistas da empresa às  unidades de saúde da instituição como mais um passo na negociação em curso, aprovada de maneira açodada no colegiado, em 2021, sem escutar os milhares de trabalhadores das unidades hospitalares e institutos que compõem o Complexo Hospitalar da UFRJ.

Debate amplo, já!

Esteban levou ao colegiado a posição do Sintufrj e de setores relevantes da comunidade universitária contra a entrada da Ebserh na UFRJ. O dirigente cobrou o compromisso de campanha do reitor Roberto Medronho de realizar amplo debate e, inclusive, criar uma comissão paritária para tratar do assunto.

Mobilização

A Semana de Mobilização conta de intensa agitação envolvendo a direção do Sintufrj, apoiadores da gestão e trabalhadores da base, que estão percorrendo as unidades de saúde e entregando um panfleto esclarecedor sobre as razões pelas quais o sindicato e  parte da comunidade universitária não quer a terceirização do comando dos hospitais da universidade.

Segundo Esteban, o movimento contra a Ebserh foi surpreendido, em julho, pela notícia de que fora constituído um grupo de trabalho, liderado por alguém com notório entusiasmo pela adesão à empresa. A reivindicação é que esse GT seja ampliado, com a participação das entidades representativas dos três segmentos da universidade, para que realmente ocorra o debate sobre o tema. “Queremos fazer parte do debate”, afirmou o coordenador do Sintufrj. Ele apontou a necessidade de análise dos impactos da empresa nas instituições que já a adotaram como gestora de seus hospitais. “Tem que haver contraponto entre as visões divergentes”, ponderou.

Em assembleias e congressos do sindicato e da Fasubra, já  manifestou rejeição à Ebserh, mas, disse Esteban, a entidade está disposta a fazer o debate. Mesmo a Reitoria tendo iniciado negociações com a empresa sem levar em consideração a reivindicação de debate.

Resposta do reitor

Segundo Roberto Medronho, a decisão de abertura de negociação com a Ebserh foi aprovada pelo Consumi em dezembro de 2021, e que ele se comprometeu a respeitar as deliberações dos colegiados. Disse que não há contrato assinado com a empresa e que não irá assinar sem antes colocar o fato em discussão no conselho. “Ou seja, meu compromisso está mantido”.

Para que haja negociação, disse o reitor, tem que haver reuniões, diálogo. “É exatamente isso que está ocorrendo”, frisou.  Medronho informou que o GT tem o propósito de subsidiar a elaboração de diagnostico no que se refere a ações de atendimento à saúde e de propostas de atuação das unidades hospitalares. “O que está em curso são as tratativas para negociação, visando a elaboração de uma proposta de contrato que, tão logo fique pronta, será trazida para este conselho para que possamos discutir”, explicou.

O coordenador-geral do Sintufrj informou que a entidade formalizará junto à Reitoria, a reivindicação para O reitor Roberto Medronho lembrou que a decisão de abertura de negociação foi tomada pelo Consumi (em dezembro de 2021) e que se comprometeu a respeitar as deliberações do Conselho. Disse que a universidade iniciou o processo de negociação com a Ebserh, esclarecendo que não há contrato assinado com a empresa e que não irá assinar sem antes colocar em discussão no conselho. “Ou seja, meu compromisso está mantido”.

Segundo ele, para que haja negociação, tem que haver reuniões, diálogo, “e é exatamente isso que está ocorrendo”, disse, informando que o GT temático tem o propósito de subsidiar a elaboração de diagnostico no que se refere a ações de atendimento à saúde e na elaboração de propostas de atuação das unidades hospitalares. “Então o que está em curso são as tratativas para negociação, visando a elaboração de uma proposta de contrato que, tão logo fique pronta, será trazida para este conselho para que possamos discutir”, explicou.

O coordenador-geral do Sintufrj informou que o Sintufrj formalizará junto à Reitoria, a reivindicação para que todas as entidades que compõem o movimento na comunidade universitária, façam parte do grupo de trabalho

Semana de luta por salário

Na manifestação no Consuni, Esteban também deu informes sobre a luta da categoria pela reposição salarial e por recomposição do orçamento das universidades. “Infelizmente, seguimos com uma política fiscal que é lastreada no regime de teto de gastos. Nós somos contra essa política, porque pode resultar em congelamento dos salários e de investimentos por anos na educação e na saúde, e em outras áreas cruyciais para a população”. Ele acrescentou que a luta dos trabalhadores das Ifes continua na próxima semana, quando o orçamento é fechado.

 

Consuni!
Rio, 24/08/23