A primeira mesa de negociação específica com o MEC foi marcada para 6 de maio e será setorial. Cada categoria discutirá com as secretarias de sua pasta, no caso da Fasubra, com a SESu. Nesta mesa com entidades da educação (Fasubra, Andes, Sinasefe, Profifes) será discutida uma pauta sem impacto financeiro.
Durante a conversa com o MEC os companheiros do Comando Nacional de Greve (CNG) participaram de ato unificado na entrada do Ministério.
Na véspera (quarta-feira, 10), o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) apresentou na MNNP a proposta do governo feita ao conjunto do funcionalismo de pagamento de benefícios até junho e reajuste zero esse ano .
A Fasubra questionou a cláusula do termo de acordo proposto que inibiria greves e acabou sendo retirada pelo governo.
Greve
Segundo a coordenadora-geral da Fasubra, Cristina del Papa, o secretário executivo do MEC, Gregório Grisa, fez questão de dizer que o governo está fazendo todo o esforço para resolver a greve e que a carreira dos técnico-administrativos em educação será reestruturada nesse governo.
“Ele disse que semana que vem chamará uma reunião para dizer qual será o orçamento disponível para a reestruturação. E adiantou que o governo quer tentar resolver isso em 15 dias, mas deixou claro que estão dependendo da disponibilidade no orçamento”, informou Cristina.
Em seguida falou outra coordenadora-geral da Fasubra, Ivanilda Reis, que ressaltou a importância da greve para forçar a negociação com o governo.
“O interesse do governo em nos atender e negociar é resultado dessa nossa forte greve. Foi colocado na mesa que temos de discutir o relatório final do Grupo de Trabalho (GT) da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (CNS) e encaminhar o que tem acordo e o que não tem”, disse a dirigente.
“Este relatório está sendo analisado e vamos receber um retorno após sua avaliação. Gregório afirmou que o governo tem muito interesse em atender a maioria de nossas reivindicações. Então seguimos na greve. Semana que vem temos a jornada de lutas e provavelmente receberemos a resposta do governo. Segue forte a nossa greve. Estamos no rumo certo”, declarou acrescentou.
Também coordenador-geral, Loiva Chansis, disse que o relatório tem mais acordo que desacordo e que a greve será resolvida com orçamento. Ela destacou a importância da jornada de lutas.
“É importante avaliar que a nossa entrada de greve foi acertada. Não há dúvida nenhuma de que a Fasubra acertou com essa mobilização. Qualquer movimento do governo foi por causa da greve, mas registramos que a cláusula do termo de acordo que inibe as greves é antidemocrática e não pode partir de um governo que se elegeu com a campanha de combate ao fascismo. Solicitamos que fosse retirada. E vamos investir nas caravanas para a jornada de lutas que nesse momento se torna importantíssima”, completou.