O III Congresso Mundial de trabalhadores do ensino contra o Neoliberalismo na Educação, realizado entre os dias 11 e 17 de novembro, na UERJ, teve a programação de seu segundo dia, 12, aberta com o debate sobre questões raciais, de gênero e de classe na Capela Ecumênica da UERJ. Estavam presentes coordenadores e militantes do Sintufrj, como Esteban Crescente (Geral) e Marly Rodrigues (Políticas Sociais).
A coordenadora de Educação da Fasubra Helena Nara destacou que a educação superior tem sido alvo da tentativa de privatização e interesses do mercado na produção acadêmica. Para ela, o que o neoliberalismo faz é retirar direitos, principalmente de populações mais vulneráveis: “Esse sujeito abstrato que é mulher, que é negro, que é indígena, que é latino-americano, que é operário, ele se concretiza em pessoas diversas, pessoas de diversidade sexual, diversidade racial, diversidade étnica, mas ele é o centro, é o que a gente precisa entender como a identidade da classe, é o que nos une, a identidade da classe trabalhadora”.
Segundo Giovanna Almeida, do DCE Mario Prata da UFRJ, pesquisas que mostram que, dos estudantes de escolas e universidades sem estrutura mínima, 86% são negros; 96% dos docentes negros já viveu situação de racismo em seu ambiente de trabalho. De quatro em cada dez crianças sofreram racismo no ambiente escolar. “Se a gente não consegue, dentro desses ambientes, mudar essa estrutura, fica mais difícil a gente conseguir mudar também, estruturalmente, fora… A gente precisa construir uma nova campanha de combate a opressões dentro das nossas escolas e universidades”.
Participaram ainda Sebastián Vargas (Universidad de Chile) Andrea Sandino (Secretaria de Assistência a Educação, Colombia), María del Mar Rosa Rodríguez (Asociación Puertorriqueña de Profesores Universitarios).
Coordenadores, militantes e estudantes da UFRJ
Giovanna e Helena
Esteban e Marly
O público que acompanhou o debate sobre Gênero, Raça e Classe no debate da manhã do dia 12, na Capela Ecumênica da UERJ.