A nova face da exploração do trabalho

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No 1º Fórum Técnico-Administrativo da UFRJ, a deputada Margarida Salomão (PT-MG) abriu o debate sobre Uberizaçao do Serviço Público e precarização do trabalho com a constatação de que o trabalho humano está sendo reorganizado sob o impacto da tecnologia. Com a pandemia, observou a parlamentar, ex-reitora da UFJF, esta realidade foi acelerada e se tornou mais visível. F

A deputada – que no Congresso integra a Frente Parlamentar do Serviço – manifestou sua preocupação com o projeto de reforma administrativa que tramita no Senado e que pode configurar o aprofundamento do sequestro de direitos dos servidores. Por trás dessas investidas, disse Margarida, está a criminalização do funcionalismo público.

Num debate mediado por Carlos Maldonado (ex-dirigente do movimento sindical), Margarida Salomão dividiu a mesa com Gisele Ricobon, jurista/, que atua na FND/UFRJ, Luci Praun, pesquisadora da Unicamp, que investiga o mundo do trabalho, e com Rafael Grohmann, professor que estuda o uso de plataformas digitais na exploração do trabalho.

Os quatro palestrantes protagonizaram uma reflexão que desnudou os artifícios da engenharia do capital em novas formas de apropriação do traba lho usando a tecnologia.

Luci Praun, por exemplo, depois de afirmar que o processo de precarização do trabalho vem da década de 1970 e se aprofundou com o neoliberalismo, disse que as novas tecnologias elevaram os padrões de exploração ocultando as relações de trabalho.

Gisele Ricobom abordou processo amplo e global denominado fascismo social. Ela situou a defesa de direitos na resistência ao arbítrio. Deu exemplos de como o governo Bolsonaro define os servidores públicos como inimigo. A professora lembrou a frase do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Nós já botamos a granada no bolso do inimigo: dois anos sem aumento de salário”,

Rafael Ghrohmann abordou a exploração do trabalho por meio de plataformas digitais. Plataformização, ele explica, trata-se da crescente dependência de plataformas digitais para se manter em alguma atividade de trabalho. O que significa dependência das lógicas digitais, com flexibilização do trabalho numa racionalidade neoliberal.

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