Como parte da campanha 16 + 5 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, o Centro de Referência para Mulheres Suely Souza de Almeida (CRM-SSA) convida você para o  webinário  Violência Patrimonial – Dificuldades no Processo de Responsabilização, que ocorrerá no dia 9 de dezembro, às 14h, no canal do Youtube do CRM-SSA.

Para debater o tema, convidamos:

– Cristiane Brandão – Professora da FND/UFRJ e do Programa de Pós-Graduação do NEPP/DH/UFRJ, pós-doutora em Estudos de Gênero, coordenadora do Grupo Pevige e do curso de Pips. 

– Jeanne Freitas Bezerra – Empresária da área de Offshore

As inscrições deverão ser feitas pelo link abaixo:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScnzv4IbgpNSyXGsTW-2c90pyRwZb0cuy-2COoQuhrC49tEKQ/viewform?usp=sf_link

Ou pelo e-mail do CRM-SSA: crmssa.ufrj@gmail.com

O evento contará com intérpretes de Libras. Serão fornecidos certificados de participação para os inscritos.

 

 

 

 

Inscrições abertas para o pré-Encceja

O projeto de extensão realizado em parceria com o Sintufrj oferece vagas para o curso preparatório para a prova do Encceja, possibilitando a obtenção do certificado de conclusão do Ensino Fundamental e/ou Médio.

Não aceitamos que a categoria seja submetida a supletivos privados de procedência duvidosa, gerando mil constrangimentos e ações judiciais.

Para nós, educação é coisa séria. O projeto é coordenado por técnicos, apoiado pelo sindicato e conta com estudantes da UFRJ como bolsistas.

Modalidade do Curso: À distância
Público-alvo: Trabalhadores que não concluíram o ensino fundamental e/ou Ensino médio.
Data de Início: 13/12/2021
Data de Término: 03/06/2022
Horário: segunda a sexta, de 14 às 17 horas.

LINK PARA INSCRIÇÕES:
https://forms.gle/pNEDHPnFSYJu82V26

 

 

Proposta do GAET só é boa para os patrões. Precariza o trabalho, cria insegurança jurídica e tira dos sindicatos a tarefa legítima de representação coletiva da classe trabalhadora

Publicado: 8 Dezembro, 2021 Escrito por: Vanilda Oliveira

Presidente da CUT Sérgio Nobre em manifestação em São Paulo | ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

O governo Bolsonaro engatilha mais um ataque à classe trabalhadora ao acenar com uma nova reforma trabalhista, apesar de o país sofrer com desemprego recorde e enfrentar crise econômica e social sem precedentes na história recente.

Dessa vez, o presidente negacionista quer basear seu projeto em estudo encomendado e elaborado por “especialistas” na medida exata para satisfazer somente patrões e precarizar ainda mais a vida da classe trabalhadora e as relações no mundo do trabalho.

“Toda a lógica dessa proposta é voltada a dar a máxima proteção e segurança jurídica apenas às empresas e nada aos trabalhadores, legalizando a precarização do trabalho e até protegendo a fraude trabalhista”, afirma o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, para definir o relatório elaborado pelo GAET (Grupo de Altos Estudos do Trabalho), criado pelo governo (por meio da portaria 1.001, de 4 de setembro de 2019) e entregue, ao governo Bolsonaro, em 29 de novembro, para subsidiar uma nova proposta de reforma trabalhista.

Para Sérgio Nobre, “o objetivo principal desse relatório é concluir o serviço sujo feito contra a classe trabalhadora pela reforma trabalhista aprovada em 2017, no então governo ilegítimo de Michel Temer. (MDB-SP). O GAET, segundo o governo, é “composto por ministros, desembargadores e juízes da justiça do trabalho, procuradores, economistas, pesquisadores, além de advogados especialistas em relações do trabalho”. “A maioria ligada ou representativa do setor patronal”, conforme o presidente nacional da CUT.

“O governo Bolsonaro convocou especialistas ligados a empresários e elaborou um documento de mudanças trabalhistas sem ouvir, consultar, enfim, sem nenhuma participação dos representantes legítimos da classe trabalhadora”, critica Sérgio Nobre.

O documento elaborado pelo GAET, que, segundo o governo, “está em avaliação”, apresenta propostas de mudanças na CLT e na Constituição. Traz pelo menos 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de 110 regras, alteração de 180 e revogação 40.

“São 262 páginas de relatório, que eu posso resumir assim: retira direitos da classe trabalhadora, flexibiliza contratações, precariza o trabalho, cria insegurança jurídica, exclui e reduz o papel do sindicato”, afirma o presidente nacional da CUT, ao lembrar que a reforma trabalhista de 2017 “foi criada sob a falsa justificativa de gerar 6 milhões de empregos, mas só causou destruição”.

Essa proposta, reitera Sérgio Nobre, visa fechar as brechas que flexibilizam, precarizam e legalizam a precarização e as formas de contratação e criam mais garantias para as empresas contra questionamentos que surgiram após a aprovação da reforma trabalhista de Temer, há quatro anos. Por isso, complementa o dirigente, a proposta do GAET objetiva dar garantia jurídica para que as empresas possam fazer contratações precárias sem serem questionadas pela Justiça como vem ocorrendo.

O presidente nacional da CUT explica: “em diferentes instâncias da Justiça do Trabalho, muitas negociações coletivas, ações do Ministério Público do Trabalho e de vários órgãos da sociedade questionaram aspectos da reforma de 2017; agora, o governo quer fechar as portas que o Judiciário e o MPT tentaram abrir questionando aquela reforma”.

Outro mote dessa proposta precarizante, segundo o presidente nacional da CUT, é concluir a reforma naquilo que não foi tratado há quatro anos”. Por exemplo: a regulação do trabalho por aplicativo e a regulamentação dos trabalhos aos domingos.

“Não é aceitável um estudo voltado a subsidiar uma proposta de reforma que estipula que o trabalhador tenha que trabalhar sete domingos seguidos para ter direito a folgar apenas um e que proíbe o vínculo empregatício a prestadores de serviço por aplicativos”, afirma o presidente nacional da CUT.

Ataque aos Sindicatos

As mudanças apresentadas pelo GAET ao governo federal querem tirar os sindicatos do mundo do trabalho. “O objetivo é ampliar as iniciativas que excluem os sindicatos da tarefa de representação coletiva, restringindo, ao máximo, a atuação sindical”, explica Sérgio Nobre. Pela proposta, o sindicato só poder representar o associado.

Para o presidente nacional da CUT, o resultado do relatório do GAET não representa todos os empresários do país, porque parte do setor patronal não concorda com as mudanças propostas, porque sabem que, se implementadas, e provocarão uma desorganização sindical que vai gerar mais conflitos entre trabalhadores e empresas.

“Imagina só se cada agência bancária tiver três sindicatos diferentes, com quem o patrão vai negociar. O governo quer promover um pseudopluralismo cujo único objetivo é fragilizar a organização sindical”, exemplifica.

Sérgio Nobre afirma que a CUT, assim como o Fórum das Centrais Sindicais que integra, estão preparados para a luta contra esse conjunto de propostas que pode vir a ser usado pelo governo para disparar uma nova reforma trabalhista. “Vamos denunciar, resistir, lutar e vencer, como fizemos contra a Medida Provisória 1.045, que não passou no Congresso graças a nossa mobilização”.

A MP 1045 foi e seus “jabutis” (dispositivos estranhos ao texto) foram arquivadas em setembro deste ano. Derrotada no Senado, a medida previa uma nova reforma trabalhista com a criação de regimes de contratação sem a garantia de direitos previstos na CLT para legalizar a precarização.

“Foi uma importante vitória para a classe trabalhadora, conseguida por meio da nossa atuação institucional realizada dentro do Congresso Nacional, com muita pressão sobre os parlamentares, e da luta da base sindical, que foi para as ruas e redes sociais, os aeroportos e bases parlamentares, dizer não a essa medida inconstitucional”, lembra o presidente nacional da CUT.

“A rejeição da MP 1.045 pelo Senado foi resultado do trabalho institucional muito bem feito e bem organizado pelo movimento sindical dentro do Congresso Nacional, uma conquista da unidade das centrais sindicais”, afirma Sérgio Nobre.

“Vamos fazer tudo de novo, se essa proposta vier a ser feita pelo governo, porque não me cansarei de repetir: trabalho sem direitos é escravidão”, completou o presidente nacional da CUT.

O tema central a ser discutido no país, afirma Sérgio Nobre, é a geração de empregos de qualidade, a inclusão social, a defesa da democracia e a recuperação da soberania. Esse é o centro do debate a ser feito, essa é a discussão prioritária e urgente para a classe trabalhadora e para todos os brasileiros e brasileiras.”

 

 

 

Comunicado das empresas responsáveis pelo imunizante diz que dose de reforço aumenta número de anticorpos neutralizantes em 25 vezes

Publicado: 8 Dezembro, 2021 – | Escrito por: Redação RBA

HÉLIA SCHEPPA/SEI

Estudos preliminares da BioNTech e Pfizer demonstram que três doses de sua vacina contra a covid-19 neutralizam a variante ômicron do coronavírus. Segundo comunicado das empresas divulgado na quarta-feira (8), o resultado obtido um mês após a terceira dose é comparável ao observado após duas doses contra outras cepas.

No comunicado, os fabricantes também explicaram que duas doses da vacina resultaram em um número de anticorpos neutralizantes significativamente mais baixo, mas que uma terceira dose aumenta a quantidade em 25 vezes.

Ainda de acordo com a Pfizer e BioNTech, mesmo com a queda dos anticorpos neutralizantes após duas doses, o imunizante segue protegendo contra as formas graves da doença. “Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose”, disse Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

A aplicação das três doses da Pfizer, no Brasil, está liberada desde novembro, após a autorização concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A dose de reforço é indicada para maiores de 18 anos e deve ser aplicada seis meses depois da segunda aplicação.

Especialistas comentam

O pesquisador e divulgador científico Atila Imarino reforça a necessidade da vacinação diante da facilidade da ômicron conseguir circular mais entre vacinados do que as outras linhagens do coronavírus. “Primeiros resultados de Omicron contra as vacinas saindo, com sinais de que ela escapa parcialmente da imunidade da Pfizer com duas doses, mas não completamente. Curados que tomaram duas doses continuaram mais protegidos. Ou seja, tome sua dose de reforço e, mesmo se teve Covid, se vacine”, tuitou.

Para a biomédica e coordenadora da Rede de Análise Covid-19, Mellanie Fontes-Dutra, a notícia divulgada pela Pfizer é mais um ponto para que seja feito o reforço vacinal no Brasil. Por meio de seu perfil no Twitter, ela explicou como funciona o “escape parcial de anticorpos neutralizantes”.

“Isso significa que a variante, por exemplo, consegue ‘driblar’ alguns anticorpos. Não todos. Ou seja, tem ainda muito anticorpo que se liga e neutraliza ela. Isso não significa perda de proteção. A proteção imunológica não é só anticorpo neutralizante. Há vários outros tipos de anticorpos que tem relevância. Ainda, temos as células do sistema imunológico, que são muito menos dribláveis, cujas zonas de reconhecimento seguem bem conservadas (ou seja, bem ‘parecidas’ entre as variantes). O sistema imune soma muitas camadas de defesa, e nós devemos nos inspirar nisso e fazer o mesmo”, afirmou a cientista.

Com informações do portal G1

 

 

Autoridades estaduais confirmam ainda 10 mil novos casos, e total de infectados vai a 22,16 milhões

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, depois dos Estados Unidos, que somam mais de 790 mil óbitos. – Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O Brasil registrou oficialmente 233 mortes ligadas à covid-19 nesta quarta-feira (8), segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

Também foram confirmados 10.055 novos casos da doença. Com isso, o total de infecções reportadas no país chega a 22.167.781, e os óbitos oficialmente identificados somam 616.251.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

A média móvel de novas mortes (soma dos óbitos nos últimos sete dias e a divisão do resultado por sete) está em 184 e a média móvel de novos casos, em 8.844.

Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 293,2 no Brasil, a 11ª mais alta do mundo, atrás apenas de alguns pequenos países europeus e do Peru.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, depois dos Estados Unidos, que somam mais de 790 mil óbitos. É ainda o terceiro país com mais casos confirmados, após EUA (49,3 milhões) e Índia (34,6 milhões).

O Conass não divulga o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, 21.386.271 pacientes haviam se recuperado da doença no Brasil até a noite de terça-feira.

No entanto, o governo não especifica quantos desses recuperados ficaram com sequelas ou outros efeitos de longo prazo. A forma como o governo propagandeia o número de “recuperados” já foi criticada por cientistas, que classificam o número como enganador ao sugerir que os infectados estão completamente curados da doença após a fase aguda ou alta hospitalar.

Estudos no exterior estimaram que entre 10% e 38% dos infectados sofrem efeitos da “covid longa” meses após o vírus ter deixado o organismo. Um estudo alemão apontou que sequelas podem surgir até meses depois da fase aguda da doença. Já uma pesquisa da University College London em 56 países listou mais de 200 sintomas observados em pacientes com sequelas pós-covid.

Ao todo, mais de 266,8 milhões de casos de infecção foram registrados no mundo desde o início da pandemia. Também foram confirmados 5,26 milhões de mortes em decorrência da doença, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.