No calor de nova rejeição do governo às reivindicações dos servidores nas negociações da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), uma manifestação unificada de trabalhadores públicos federais do Executivo realizou nova marcha no fim da tarde desta quarta-feira (28) entre o Buraco do Lume e a Cinelândia.

O mote do protesto foi “Reajuste Zero eu não aceito”. Como se sabe, o governo apresentou proposta que transfere pequenos índices equivalentes a 9% de recomposição salarial para os anos de 2025 e 2026 e nada para o ano em curso.

Na reunião desta quarta, novamente o governo não acenou com alguma perspectiva de reajuste de salários.  Atos e protestos ocorreram nas principais capitais, pois o movimento tem uma contraproposta que quer ver negociada.

No Rio de Janeiro, trabalhadores de universidades e de institutos federais movimentaram o centro da cidade com faixas e palavras de ordem, sendo reforçados com o apoio de colegas aposentados.

Estado de greve

“Hoje, na mesa de negociação, o governo deu sua resposta a nós técnico-administrativos em educação das universidades que estamos em estado de greve. Estamos em todos os atos, como o da semana passada (no mesmo trajeto). E o fato de pouco mais de centenas de pessoas nessa manifestação não representa o tamanho da indignação da categoria “, afirmou o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, ao final da caminhada na Cinelândia.

COMO NA SEMANA PASSADA, trabalhadores públicos encerraram o ato na Cinelândia Foto: Lili Amaral

 

 

ESSAS ASSEMBLEIAS VÃO ACONTECER NA QUINTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO, NO FUNDÃO, NA PRAIA VERMELHA E EM MACAÉ. NESTA SEXTA-FEIRA, ÀS 10H, REUNIÃO DO COMANDO DE MOBILIZAÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL DA SINTUFRJ

Trabalhadores da UFRJ reunidos em assembleia na manhã/tarde desta quarta-feira (28) decidiram convocar assembleias simultâneas para a quinta-feira, 7 de março, com objetivo de examinar as condições de deflagração de uma greve dentro da campanha salarial.

O movimento que aponta para início de uma greve em 11 de março indicada pela Fasubra é nacional depois da resistência do governo em atender às reivindicações dos trabalhadores da educação nas negociações em Brasília.

Os eixos dos movimentos são a luta dos técnicos-administrativos pela reestruturação da Carreira, por recomposição salarial e pela neutralização da reforma administrativa que desmonta o serviço público.

De forma inédita, dentro do esforço de mobilização, o Sintufrj vai organizar assembleias simultâneas no Fundão, Macaé e Praia Vermelha, com transmissão online.

Essas deliberações foram tomadas na assembleia na manhã/tarde desta quarta-feira (22) no Quinhentão. A íntegra da reunião está disponível nas plataformas digitais do Sintufrj na Internet. FOTOS Elisângela Leite

Veja o que foi decidido

Campanha salarial, reestrutura da Carreira e indicativo de greve

 

REITOR ROBERTO MEDRONHO foi à assembleia do Sintufrj reafirmar apoio à luta pela Carreira e por recomposição salarial
CERCA DE DUZENTOS SERVIDORES participaram da reunião no Quinhentão e votaram o esforço de mobilização tendo a greve como horizonte
MESA DA ASSEMBLEIA formada por Carmen Lúcia, Esteban Crescente e Marta Batista
AO FINAL DA ASSEMBLEIA, trabalhadoras e trabalhadores gravaram vídeo convocando para a próxima assembleia em 7 de março
O AUDITÓRIO DO QUINHENTÃO atraiu muita gente na assembleia que começou a articular ações para a greve futura Rio, 28/02/24
JORNAL E PANFLETOS elaborados pelo sindicato foram distribuídos para os servidores esclarecendo detalhes da negociação e propostas apresentadas ao governo
MOMERNTOS DE ATENÇÃO na assembleia da quarta-feira, 28 de fevereiro

Campanha salarial, reestrutura da Carreira e indicativo de greve

  • Referendar indicativo de greve dia 11 de março, a ser avaliado na assembleia do dia 07, a partir das condições locais e nacionais. Pautar, também, Edifício Ventura e delegação plenária virtual Fasubra.
  • Assembleia dia 07 de março – Pauta Deflagração de Greve. Assembleia simultânea com transmissão a partir de salas Fundão, Praia Vermelha e Macaé.
  • Pleitear Audiência Pública na Alerj sobre tema de Carreira.
  • Intensificar a mobilização juntos aos novos colegas TAEs, indo aos locais de trabalho, mas principalmente se apropriando de tecnologia uma vez que boa parte da categoria trabalha remotamente.
  • Não esquecer de fazer essa comunicação por vários tipos de mídia para atingir todos os servidores, sendo bem inclusivas com os novos colegas PCDs
  • Criação da Comissão de mobilização para assembleia de greve, com vistas a fazer reuniões nos locais de trabalho da UFRJ.
  • Instalação da Comissão de mobilização de greve, no Espaço Cultural do sindicato, em 01/03. 10h. Hibrida.
  • Reuniões nos locais de trabalho nos dias 04 a 06, para aumentar a adesão a Assembleia Geral de 07/03.
  • Eixos Centrais da Greve: Reestruturação PCCTAE/ Recomposição Salarial / Não a Reforma Administrativa
  • Eixos Gerais: Recomposição Orçamentária das Instituições Públicas de Ensino / 30 Horas para todos / Não ao ponto eletrônico / Paridade nas eleições de Reitoria e nos órgãos colegiados.
  • Solidariedade: O DCE se comprometeu em fazer material explicativo para a calourada. Esse material vai esclarecer as condições que se encontram a UFRJ para recebê-los e com isso estaremos conscientizando sobre a importância da mobilização da categoria TAE, esclarecendo no caso de ações que interfiram na dinâmica acadêmica da instituição por conta da greve.
  • Informes Gerais
    • Lançar GT Sintufrj para tratar da pauta PCD com companheira e companheiros da categoria que são PCDs.
    • Sintufrj divulgar e fortalecer campanha da Vida Além do Trabalho, pelo fim da escala 6×1.

Uma manifestação organizada pelo Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino – RJ no Centro da Cidade denunciou o genocídio praticado por Israel na Faixa de Gaza, matando milhares de crianças e mulheres. De acordo com denúncia do comitê, baseado em organismos internacionais que monitoram o conflito, o cenário é sombrio e cruel.

“As toneladas de bombas lançadas no território palestino por Israel já somam o equivalente a duas bombas atômicas, matando dezenas de milhares, em sua maioria mulheres e crianças”, relata documento elaborado pelo comitê.

“São utilizadas também armas proibidas pelas leis internacionais, como fósforo branco, que derretem a pele das crianças. Hospitais, casas, prédios residenciais e escolas são mirados pelos bombardeios sionistas. A faixa de Gaza segue sitiada, sem luz, sem água, comida e sem internet, muitos escombros e cadáveres nas ruas”, sustenta.

Essas denúncias fazem parte de um texto endereçado a sindicatos, centrais sindicais e associações estudantis “para construir a solidariedade ativa nas ruas em apoio ao povo palestino”.

 

O Fórum dos trabalhadores técnico-administrativos em Educação das Instituições Públicas do Rio, criado em 7 de fevereiro, se amplia e se fortalece com vistas à construção da greve do setor. Em segunda reunião, realizada nesta segunda-feira, 26 de fevereiro, o Sintuperj (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Rio de Janeiro) e o Sintifrj (Sindicato dos Trabalhadores do Instituto Federal do Rio de Janeiro) se integraram ao fórum, participando da discussão das estratégias para mobilizar a base.

A grande tarefa desta semana é a participação no protesto unificado dos servidores públicos dia 28, quarta-feira, às 16h, no Buraco do Lume, centro do Rio. A data faz parte do Dia Nacional de Luta e Pressão, Mobilização, Atos e Paralisações. Nesse mesmo dia ocorrera às 14h30 a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) tendo como pauta a contraproposta unificada dos servidores (reposição das perdas salarias já para 2024), defendida pela bancada sindical integrada pelo Fonasefe, Fonacate e Centrais Sindicais.

Além do dia 28, nova agenda de lutas foi definida. Live simultânea nas redes sociais, dia 6 de março, às 10h, com representantes do Fórum. O objetivo é alertar para a importância de mobilizar para a construção da greve dos trabalhadores em educação no Rio por recomposição salarial e valorização da carreira. No dia 9 de março acontecerá plenária nacional da Fasubra para avaliação da mobilização e o indicativo da deflagração da greve dia 11 de março. A próxima reunião do Fórum será no dia 18 de março, às 14h, no Sintufrj.

Após a reunião do Fórum dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Públicas do Rio, os coordenadores da Fasubra, Francisco de Assis, André Nascimento e Ivanilda Reis, fizeram um chamado a categoria para participar da agenda de lutas pela reposição salarial e valorização da carreira, com ato no centro do Rio nesta quarta-feira, 28, negociações com o governo e assembleias de indicativo de greve. O fórum reúne gora Sintufrj, Sintuff, Sintur, Asunirio, Sintuperj e Sintifrj. (Veja gravação).

A pauta em comum do Fórum é a defesa da democracia interna nas instituições de ensino públicas, recomposição das perdas salariais, valorização da carreira, fortalecimento da identidade de trabalhadores em educação, defesa das aposentadas e aposentados e recomposição dos orçamentos. Além disso, o combate à exploração capitalista e todas as opressões transversais como machismo, racismo, LGBTQIAP+, etarismo, capacitismo e intolerância religiosa.

O reitor Roberto Medronho convidou os parlamentares federais da bancada do Rio de Janeiro – deputados e senadores – para um café da manhã nesta segunda-feira, 26, no Salão Nobre da decania do Centro de Tecnologia com o propósito de expor em detalhes a grave crise financeira que a universidade está enfrentando e, pior, como isso se reflete no seu dia a dia, afetando inclusive a segurança de estudantes e trabalhadores.

Dos 50 parlamentares convidados estavam lá apenas Jandira Feghali (PcdoB), Tarcísio Motta (Psol), Gutemberg Reis e Otoni de Paula (MDB). Os deputados Reimont (PT) e Hugo Leal (PSD) mandaram assessores.

Medronho explicou que já há várias gestões vem se realizando cortes no orçamento em contraste com a grande produção em ensino, pesquisa e extensão da maior federal do país, entre as melhores em rankings nacionais e internacionais.

Depois de um vídeo institucional, o Reitor mostrou números: um gráfico com valores em queda livre desde 2011 (com alguma recuperação em 2024, mas ainda insuficiente), o déficit de despesas anteriores (em 2023 ficaram em R$ 66.510.432,76) e a insuficiência de recursos para o custeio (R$176.556.180,08 em dezembro de 2023).

Medronho apresentou imagens das precariedades que os prédios da instituição enfrentam (como os da Educação Física, Eba, Ifcs, Letras). Em seguida falou da enorme dificuldade no cuidado com os prédios tombados.

Casos graves

Um dos quadros apresentados por Medronho mostra o tamanho do problema. “De acordo com a metodologia utilizada foi estimado a necessidade de um investimento no valor de R$795.781.041,00 para realizar a reabilitação predial dos 514.816 m² que foram avaliados em 2023. Dessa estimativa R$567.354.439,00 (71%) são necessários para reabilitar as anomalias do tipo grave que representam situações de risco imediato para os usuários dos imóveis”, expôs o Reitor.

Resultados

“Isso é dramático. Essa universidade já viveu momentos anteriores em que queriam apagar a universidade. E nós acompanhamos todos esses processos”, disse Jandira Feghali, comentando que se deve buscar, de fato, crédito suplementar para a instituição possa se manter.  Ela relacionou uma série de iniciativas que precisam ser tomadas, como ações junto ao Ministério da Educação e defender um orçamento, para o ano que vem, para que a universidade não esteja submetida a situação que está hoje.

Diante da gravidade da situação, os parlamentares se comprometeram com algumas iniciativas como uma tentativa de uma audiência direta com o ministro da Educação e com o presidente Lula.

“Eu, na Comissão de Educação, devo apresentar o requerimento logo assim que a Comissão se instalar para aprovar essa audiência pública (para discutir a situação da UFRJ)”, afirmou Tarcísio Motta. O reitor ficou de articular uma carta com os diretores e toda comunidade acadêmica da UFRJ, um documento que sirva para unificar a bancada e pressionar o governo a receber representantes da universidade. “O que não dá é para aceitar essa situação. Nós precisamos conquistar mais recursos”, comentou Tarcísio Motta.

O reitor comemorou que o Sintufrj, o DCE Mário Prata, professores, técnicos, alunos, diretores e decanos estivessem presentes na atividade convocada pela reitoria com a reivindicação de que haja a recomposição do orçamento. Ele avaliou também como muito importante propostas como a reunião com uma comissão de deputados que podem ajudar num encontro com o presidente Lula para levar a situação da UFRJ.

BANCADA DE PARLAMENTARES no Salão Nobre da Decania do CT: UFRJ no centro das preocupações

 

 

Deputados da bancada federal do Rio na Câmara receberam documento de dirigentes acerca das negociações com o governo

Coordenadores do Sintufrj e da Fasubra, lideranças de outros sindicatos de universidades e institutos federais e militantes da base da categoria entregaram a parlamentares federais da bancada do Rio de Janeiro presentes em evento convocado pela Reitoria para debater a crise orçamentária da UFRJ (veja matéria neste site), na manhã desta segunda-feira, 26, documento subscrito em que pedem apoio para sua luta pelo aprimoramento da Carreira e por recomposição salarial.

Estavam lá Jandira Feghali (PcdoB), Tarcísio Motta (Psol), Gutemberg Reis e Otoni de Paula (MDB), e assessores dos deputados Reimont (PT) e Hugo Leal (PSD).

No documento, dirigentes informam que a Mesa Específica e Temporária de Negociação para a Reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) foi instalada em setembro; Fasubra Sindical e o Sinasefe apresentaram sua proposta de aprimoramento do PCCTAE e, desde então, aguardam a contraproposta do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

“O aprimoramento do PCCTAE impactará positivamente no funcionamento das Instituições Federais de Ensino que hoje sofrem com os resultados da precarização da carreira que resulta em evasão de servidores, em especial de novos concursados, sobrecarga de trabalho e adoecimento dos servidores e servidoras técnico-administrativos em Educação. A tudo isso soma-se o processo de terceirização dos fazeres e atividades dessa categoria, prejudicando os processos de ensino, pesquisa, extensão, assistência e gestão”, diz o texto.

Outras carreiras já firmaram acordo em suas mesas de negociação e algumas já receberam propostas do Governo Federal, informa o texto em que as entidades – Fasubra, Sintufrj, Sintur, AssuniRio e Sintufff assinam o texto – solicitam apoio à reivindicação de que o governo apresente a contraproposta.

Parlamentares se posicionam em apoio à reestruturação da Carreira

Os coordenadores do Sintufrj, da Fasubra, das demais entidades e militantes da base se revezaram na entrega do documento aos parlamentares e assessores. Os deputados destacaram a importância da valorização da Carreira dos técnicos-administrativos para as instituições federais de ensino e comprometeram-se a apoiar a causa.

Veja o que disseram algumas das lideranças

“Seguindo orientação da Fasubra, estamos vindo junto a parlamentares pedindo apoio para reestruturação da nossa Carreira.  Essa atividade é muito importante porque estão aqui representantes de sindicatos de todo Rio de Janeiro, numa atividade chamada pela Reitoria (da UFRJ) para discutir orçamento com a presença dos parlamentares. Vamos falar com parlamentares, entregar nosso documento e fazer pressão para garantir a reestruturação de nossa carreira. É muito importante que todas as entidades façam estas atividades em seus estados, que procurem parlamentares e peçam apoio.”, disse Ivanilda Reis, coordenadora-geral da Fasubra.

Regina Souza, coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ e a UENF (Sintuperj), avaliou: “Essa reunião é de máxima importância porque nossa Carreira parou. O serviço é feito pelas mãos do servidor, essencial para a população, assim como o princípio essencial da saúde e da educação. Nossas universidades têm hospitais universitários. Então trabalhamos na formação, mas também no atendimento à saúde da população. Nós merecemos reconhecimento. Nós, da UERJ, embora tenhamos nossa carreira, estamos tentando uma reformulação de nosso plano e estamos sempre pedindo a ajuda dos parlamentares federais para que possamos também ser vistos”, comentou.

Roberta Cacciano, coordenadora-geral do Sindicato dos trabalhadores e trabalhadoras dos Institutos Federais do Rio de Janeiro, explicou “O sindicato dos trabalhadores do Instituto Federal, tem se feito presente nessa luta também, em conjunto com os companheiros e companheiras das universidades. Apesar de nós termos aí nossa carreira específica para o caso de docente, que é a carreira EBTT, temos também servidores e servidoras da carreira do magistério superior, mas o grosso do nosso corpo docente entra no Serviço Público Federal através da carreira EBTT e com muita força temos nos organizado aqui junto a nossa base para ampliar, amplificar essa luta pelos direitos, pela reestruturação da carreira dos nossos técnicos-administrativos. “É imprescindível nesse momento que nós, trabalhadores e trabalhadoras dos institutos federais, possamos atuar e lutar de maneira conjunta, em unidade, com os representantes e os companheiros das universidades. A nossa luta pela educação é uma só, em defesa do povo brasileiro. Nós dos sindicatos estamos numa comunicação constante, ocupando as ruas, as redes, fazendo pressão aí nos parlamentares, uma frente importante da nossa luta, que hoje teve um episódio marcante na UFRJ, para garantir esses direitos”.

Maurício Marins, na Coordenação Geral do Sintur, sindicato da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, conta: “Estamos aqui nesse momento tão importante, nesse evento aqui na Universidade Federal do Rio de Janeiro, aqui no Fundão, onde participamos de um ato muito importante, com parlamentares da bancada federal do Rio de Janeiro e alguns assessores. A gente entregou as nossas demandas, as nossas reivindicações que apresentamos para o governo. Eles se inclinaram às nossas demandas e é justamente isso que a gente precisa, de apoio junto ao Congresso, para que possamos ser atendidos com a reestruturação da carreira e com a recomposição salarial que a gente já não tem há bastante tempo”.

CAFÉ DA MANHÃ NA UFRJ reuniu dirigentes sindicais, parlamentares e o reitor Roberto Medronho

 

 

 

 

 

 

 

 

A indignação tomou conta do ato unificado dos servidores públicos federais no Buraco do Lume na tarde desta quinta-feira (22) quando o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, anunciou que na 3ª reunião da Mesa Específica para discutir o PCCTAE em Brasília o governo não apresentou nenhuma proposta.

Em ato contínuo, trabalhadoras e trabalhadores iniciaram uma marcha até a Cinelândia. “Vamos pegar nossas faixas e ocupar a rua para mostrar nossa insatisfação”, convocou Esteban, dando o tom da manifestação a partir daquele momento.

“Não podemos assistir calados ao fim do serviço público, ao sucateamento das universidades e a desvalorização dos trabalhadores em educação. Estamos aqui unidos para garantir nossos direitos. Nenhum direito a menos”, anunciou o coordenador de Comunicação do Sintufrj, Cícero Rabelo.

A reestruturação da Carreira, tema dessa mesa que o governo frustrou, é fundamental para o futuro dos técnicos-administrativos em educação.

A reunião desse dia 22 no Ministério da Gestão e Inovação (MGI) foi referência para as entidades de servidores convocarem para esta quinta-feira o Dia Nacional de Luta pela Educação. Na UFRJ, a movimentação envolveu panfletagens em unidades hospitalares e manifestação no Consuni (confira na matéria no site).

Na concentração do ato no Buraco do Lume, Esteban Crescente buscou diálogo com a população, explicando os motivos da campanha salarial.

“Alô trabalhadora e trabalhador pegue um panfleto para entender nossas reivindicações. Durante sete anos tivemos perdas de direitos. E nossa campanha é para recuperar direitos. Direitos dos servidores e direitos para a população. É um protesto unificado nacional que busca a valorização dos servidores. Estamos aqui para falar para a população a importância dos serviços público. Sem eles a população, principalmente a mais empobrecida, fica mais prejudicada. Estamos lutando também pela recomposição do orçamento das universidades públicas e por mais investimentos sociais. Precisamos de mais empregos e salários dignos”, anunciou o dirigente do Sintufrj. (FOTOS ELISÂNGELA LEITE)

Outra negociação
Na próxima quarta-feira (28), o Fórum das Entidades Nacionais de Servidores Federais (Fonasefe), do qual a Fasubra faz parte, o Fórum Nacional de Carreiras Típicas do Estado (Fonacate) e centrais sindicais se reúnem novamente com o MGI para discutir o reajuste salarial do funcionalismo federal e demais pontos da pauta unificada.

Os reitores e reitoras das universidades federais brasileiras manifestam apoio à proposta de reestruturação da Carreira do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) apresentada pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil – Fasubra na reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, realizada na manhã dessa quinta-feira (22).

Em 2005, o estabelecimento desse plano reconheceu a importância dos servidores técnico-administrativos em educação das universidades e dos institutos federais. Contudo, compreende-se que a evolução do ambiente educacional demanda a reestruturação da carreira para atender às crescentes demandas da comunidade acadêmica.

A Andifes tem convicção de que a reestruturação do PCCTAE transcende as fronteiras internas das universidades, ecoando por todo o cenário educacional brasileiro. Uma carreira robusta e equitativa para os servidores técnico-administrativos não só impulsiona o crescimento pessoal e profissional desses colaboradores, mas repercute de forma positiva na excelência do ensino, da pesquisa e da extensão, na igualdade salarial e na atratividade do serviço público em sua totalidade.

Expressamos, portanto, total apoio à reestruturação do PCCTAE e incentivamos a colaboração construtiva de todas as partes envolvidas. É por meio desse esforço conjunto que fortaleceremos a educação pública e reconheceremos o papel vital dos servidores técnico-administrativos na construção de um Brasil melhor e mais justo.

 

 

 

Colegiado aprova por unanimidade moção proposta pela reitoria em apoio à luta

Nesta quinta-feira, 22 de fevereiro, Dia Nacional de Paralisação dos técnicos-administrativos em educação, 22 de fevereiro, com a organização de atos em Brasília e nos estados e, seguindo a orientação da Fasubra, priorizando as reitorias e redes sociais, servidores da UFRJ, coordenadores do Sintufrj e da Fasubra foram ao Conselho Universitário num ato em defesa da pauta da categoria.

A coordenação do Sintufrj realizou uma série de reuniões nas unidades nos últimos dias e, deste o início desta manhã, o grupo percorreu diversos setores dos hospitais universitários disseminando a importância da mobilização para conquista das reivindicações: a recomposição salarial e a necessária reestruturação do PCCTAE, a nossa Carreira, hoje em pauta na 3ª Mesa Específica e Temporária com o Ministério de Gestão e Inovação.

A Fasubra aponta que este dia é uma data central para radicalizar e intensificar as ações e a pressão para que o governo responda as demandas da categoria.

No Consuni

Distribuindo o boletim com informações sobre as mesas de negociação, as entidades solicitaram fala no colegiado. Mas, exaurido o tempo do Expediente (parte da sessão em que se trata de temas gerais antes da ordem do dia), o reitor Roberto Medronho informou que, regimentalmente, não seria possível. Mas o Sintufrj insistiu e a Reitoria, afirmando compreender a importância do momento, levou o pedido à voto no Consuni, aprovado sem abstenções ou votos contrários.

O coordenador-geral Esteban Crescente saudou os técnicos-administrativos que responderam à convocação do Sintufrj para as atividades de mobilização que começaram logo no início da manhã nos hospitais, grande parte, caravaneiros (“trabalhadores e trabalhadoras que lutaram durante essas últimas décadas em Brasília, pressionando o governo de diferentes por conquistas, tanto do ponto de vista da carreira quanto do orçamento dessa universidade”). Segundo ele, sem mobilização, sem a luta organizada, coletiva não se altera a realidade.

“E esses companheiros e companheiras que estão aqui, em grande parte, têm uma herança de um reitor que estimulou muito isso, Horácio Macedo. Então, eu queria pedir uma salva de palmas para o reitor, ao ver que os trabalhadores que aqui faziam a universidade existir deveriam permanecer como estatutários, dentro do regime jurídico único. E ele foi às ruas com esses trabalhadores e trabalhadoras”, disse, explicando que, no dia de paralisação, a categoria está em ação, dialogando, panfletando.

O coordenador da Fasubra Francisco de Assis informou que a categoria está em dois processos de negociação com o governo: a pauta geral e a específica. Mas também em defesa da universidade pública, e que a Federação também tem buscado articulação com parlamentares pela questão do Orçamento e por apoio para a Carreira que, na base da pirâmide salarial do Executivo, sofre a perda de quadros, embora seja segmento tão importante para a instituição. Segundo ele, naquele momento, em outras universidades acontecia o mesmo movimento de buscar das Reitoria apoio para a valorização da Carreira e da categoria.

Consuni aprova moção

O reitor Roberto Medronho leu nota (distribuído pela Reitoria ao Consuni) de apoio aos servidores que propôs transformar-se em moção do colegiado divulgando a questão para a sociedade, aprovada por unanimidade seguida de uma salva de palmas, o texto será publicado ainda hoje no site da instituição.

No texto, construindo com apoio da Pró-Reitoria de Pessoal, a Reitoria destaca as reduções sucessivas de recursos, principalmente depois de 2016, não apenas no orçamento de custeio e capital porque a situação dos ocupantes do PCCTAE também está afetando o funcionamento da UFRJ porque baixos salários e falta de perspectivas de crescimento na carreira gera desmotivação e evasão.

“As universidades precisam de técnicos-administrativos em Educação cada vez mais preparados… para garantia de sua função social … A realidade que vivemos na universidade nos impõe, além de apoiar a mobilização do movimento dos TAE para o aprimoramento e reestruturação de sua carreira, uma necessária militância em favor de medidas emergenciais de valorização salarial de um debate ativo sobre mudanças que adequem o PCCTAE ao mundo do trabalho nas universidades federais”, conclui o texto.

Sintufrj na reunião com parlamentares

Esteban informou que houve compromisso do reitor de que o Sintufrj, na reunião convocada com a reitoria com parlamentares (deputados e senadores) da bancada do Rio – na segunda-feira, dia 26 – da participação da entidade para divulgar a necessidade de aprimoramento da Carreira. O coordenador destacou que por 70 mil votos, a reestruturação da Carreira foi eleita a terceira mais votado, entre 9 mil propostas apresentadas pela sociedade do Plano Plurianual participativo.

 

Ato na sessão do Conselho Universitário de hoje reuniu servidores organizados pelo Sintufrj para propagar a pauta da campanha de Recomposição Salarial e aperfeiçoamento da Carreira. As ações no Consuni foram precedidas de panfletagem nas unidades hospitalares e, na sequência deste dia de paralisação, os trabalhadoras e trabalhadores da UFRJ vão participar do protesto unificado dos servidores federais no Buraco do Lume, agora à tarde, no Centro do Rio. Fotos: Elisângela Leite

Consuni na Escola de Química.
Rio, 22/02/24
Fotos de Elisângela Leite

Mobilização nas Unidades Hospitalares da UFRJ.

Mobilização nas Unidades Hospitalares da UFRJ.
Rio, 22/02/24

Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, o Grupo de Mobilização organizado pelo Sintufrj realizou panfletagem nas Pró-Reitorias, Garagem, CPST, IGEO, DRE e no CT.

O trabalho de mobilização nas bases começou no dia anterior, com reunião na Faculdade de Letras, e continuou na parte da tarde de quarta-feira.

Dirigentes do Sintufrj, Fasubra e colaboradores da gestão sindical distribuíram o panfleto da entidade convocando para as atividades desta quinta-feira, 22, quando haverá negociação com o governo.

 

Grupo de Mobilização do Sintufrj: coordenadores sindicais Laura, Esteban, Luciano e Boro, dirigente da Fasubra Francisco de Assis, e os colaboradores da gestão Orlandinho e José Carlos

 

Reunião de mobilização na Faculdade de Letras