Reunião faz parte da maratona de encontros para explicar detalhes do acordo de greve assinado com o governo e destacar suas conquistas
Na terça-feira, 13, o GT Carreira Sintufrj realizou mais uma reunião setorial, desta vez atendendo ao chamado dos técnicos administrativos do Instituto de Biologia. Francisco de Assis, coordenador da Fasubra, esclareceu dúvidas sobre o acordo de greve, destacando os ganhos conquistados pela categoria com a pressão das bases, que vão além dos percentuais de reajustes de 9% e 5% (2025 e 2026, respectivamente) e no step.
“Agora o piso da classe E é referência para as outras classes e a progressão por mérito passou de 18 para 12 meses” – citou como exemplo o dirigente. “Defendemos a assinatura desse acordo porque víamos outros elementos positivos na proposta, e se a gente não valoriza nossas conquistas nos desmoralizamos”, refletiu Francisco.
Na mesa em negociação
O coordenador da Fasubra explicou que muitas questões contidas no termo de acordo dependem de estudos para formalização de regras e leis específicas para vigorarem, e o prazo dado pelo governo de 180 dias (a partir da assinatura do documento) para que haja entendimento entre a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira/Fasubra e os ministérios da Educação da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos Gestão está se esgotando.
“O GT Carreira Sintufrj se reúne toda segunda-feira no sindicato e seria importante que vocês participassem dessas reuniões de estudo e trabalho”, propôs Francisco. Ele informou que o GT criou quatro subcomissões para aprofundar os pontos em discussão na mesa com o governo para regramento, que são: Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), Aglutinação e Reestruturação de Cargos, Reposicionamento de Aposentados e Desenvolvimento.
“Essa iniciativa de ir até a categoria expor o que está ocorrendo e ouvir os trabalhadores sobre suas dúvidas e o mais importante: recolher propostas para serem debatidas no GT sobre as pendências do acordo é uma obrigação nossa”, disse Francisco. Mas, acrescentou que a participação das companheiras e companheiros nas subcomissões de estudo é uma necessidade. “Afinal, trata-se da nossa vida quanto trabalhador em educação na universidade”, observou.
O RSC, um benefício até então só concedido aos docentes, como tem ocorrido em outras reuniões setoriais, foi o item em estudo que mais suscitou debate com a categoria presente na reunião no Instituto de Biologia. “Essa conquista significa que nós, trabalhadores da instituição, vamos poder fazer valer ações que desempenhamos que não constam do termo de posse no cargo. Como participação em comissões, em projetos, representando o coletivo nos colegiados. Tudo isso queremos que seja pontuado para recebermos como RSC”, explicou Francisco.
Ele recomendou que cada um começasse a preparar seu memorial e também reivindicasse das chefias que tarefas extras desempenhadas por eles constassem em atas, portarias ou fossem publicadas no boletim da UFRJ. Segundo Francisco, o Sintae é uma porta para o RSC, porque é um espaço para a categoria apresentar seus projetos.