Governo recua de pontos vitais celebrados no acordo de greve. Atitude é interpretada como afronta ao esforço coletivo dos trabalhadores

Resolução foi provocada pelo recuo do governo, no que toca ao acordo da greve, com o anúncio da retirada de quatro pontos importantes que estariam na minuta do Projeto de Lei – que foi fruto de trabalho intenso da federação durante três meses. São pontos resultantes dos acordos firmados durante o período de greve e fiel ao que foi acordado na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC, formada com representantes dos trabalhadores e do governo. Os quatro pontos são o reposicionamento dos aposentados, a criação do cargo de auxiliar, a aceleração da progressão por capacitação e o Reconhecimento de Saberes e Competências.

Como foi?

Na semana passada aconteceram dois importantes encontros da Fasubra, em Brasília: o Seminário Nacional (dias 26 e 27) sobre  Carreira, seguido da Plenária Nacional da Federação (dias 28 e 29), focados nos desdobramentos do acordo de greve da categoria e na conjuntura.

Os itens que o governo quer, agora, recuar, foram alvos  de muito estudo e empenho por parte dos integrantes do GT Carreira do Sintufrj e, naturalmente, de GTs de dezenas de outras entidades, cujas contribuições confluíram para o seminário.

Qual não foi a surpresa quando, justo no primeiro dia, os presentes recebem a notícia, dada pelos representantes da direção nacional, Marcelo Rosa e Vânia Helena, de que a Comissão Nacional fora desrespeitada: “O desrespeito à Comissão Nacional representa uma afronta ao esforço coletivo dos trabalhadores e à legitimidade do processo de negociação que envolveu a greve e as pautas acordadas”, alertaram.

Vânia Helena afirmou que a Minuta Projeto de Lei (PL) seguiu rigorosamente todos os pontos acordados na Comissão. “No entanto, quando recebemos a proposta final, retiraram quatro pontos importantes que estavam alinhados com nossas reivindicações”, destacou a dirigente, conforme informe da Federação.

Na Plenária

Além do documento “Fasubra e os desafios da conjuntura política”, com oito importantes temas para a reflexão e organização do movimento (sobre as eleições municipais de 2024, a democratização das Instituições Públicas de Ensino Superior, a crise climática, a luta contra a privatização das universidades estaduais de São Paulo, a situação da UERJ, solidariedade ao povo palestino e ao mandato do Deputado Federal Glauber Braga), foi aprovada a resolução da paralisação de 48 horas provocada pelo recuo do governo: “A garantia da efetivação do acordo de greve é a mobilização dos trabalhadores. Por isso foi aprovada a paralisação de 48 horas nos dias 15 e 16 de outubro para mostrar a força da categoria e a disposição de defender nossos direitos”, diz o documento.

E agora?

Segundo o coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, a federação fechava, na tarde desta segunda-feira (30), ofício cobrando satisfação ao governo pelo recuo no processo de negociação – conforme deliberação da plenária. A outra orientação é intensificar a mobilização para fortalecer as assembleias de base para organizar os dois dias de paralisação. Também está acertado ato dos aposentados na porta do Ministério da Gestão e Inovação para protestar contra a retirada do ponto do reposicionamento do documento.

Segundo Francisco, não se fala em quebra do acordo porque ainda está dentro do prazo previsto para a negociação. A retirada dos pontos foi deste projeto de lei – que é grande e incluiu o negociado com todas as categorias –, mas para a Fasubra significa sim um recuo que exige a mobilização da base e os dois dias de paralisação para demonstrar a disposição de luta da categoria.

A plenária também entendeu que foi correto o posicionamento de duas coordenadoras da federação enviado por ofício ao governo pedindo a inclusão dos doutores entre os elegíveis ao incentivo pelo Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). Ou seja, que seja extensivo a toda categoria. Independentemente da escolaridade ou nível de classificação.

Um dos argumentos para a retirada do item do PL é relativo á previsão orçamentária. No entanto, o benefício só seria concretizado em 2026, portanto possível de constar sua previsão no orçamento do próximo ano.

Enviado o ofício, a Fasubra aguarda a resposta.

 

Resolução da plenária sobre o RSC

Veja o vídeo da Direção da Fasubra sobre a construção coletiva e aprovação da resolução.

Plenária da Fasubra aprova paralisação de 48 horas dias 15 e 16 de outubro

 

https://www.geledes.org.br/demonizacao-de-cosme-e-damiao-por-evangelicos-da-corda-para-intolerancia-religiosa/ Fonte: Folha de São Paulo, por Anna Virginia Balloussier

Fotos: Elisângela Leite

O pastor batista Marco Davi Oliveira cresceu sem poder comer os doces ensacados nas tradicionais embalagens de papel branco com detalhes em verde e rosa. “Fugia e comia, mas me sentia meio culpado. Parecia estar cometendo um grande pecado”, conta.

Hoje até ri ao lembrar das estripulias da meninice evangélica, mas acha pouca graça no que define como “fundamentalismo religioso muito forte nas mentes das pessoas”.

“A gente tem que respeitar o sagrado do outro”, diz Nilza Valéria Zacarias, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito. Mas a demonização do alheio não vai passar num estalar de dedos, ela reconhece.

A tradição que marca o dia dos santos gêmeos une crianças, responsáveis e doadores, muitos deles em demonstração de fé e agradecimento. Mas em vez de mera distribuição de doces, se tornou também uma ação social, com a distribuição de alimentos, roupas e itens de higiene pessoal.

“Cosme e Damião são figuras importantes tanto na tradição católica quanto nas religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda, onde são sincretizados com os orixás infantis conhecidos como Ibeji,” explica o historiador João Martins. A celebração, inicialmente restrita ao campo religioso, expandiu-se, tornando-se uma prática cultural que encanta gerações de crianças, especialmente nas Zonas Norte e Oeste do Rio de Janeiro, onde a tradição de distribuir doces ainda é forte.

Fonte: Diário do Rio

Fotos: Elisângela Leite

COSME E DAMIÂO fazem alegria das crianças do Complexo da Maré

FOTOS: RENAN SILVA

Os trabalhadores do Campus Ufrj em Duque de Caxias Professor Geraldo Cidade puderam contar com mais uma edição do “Sintufrj Tira-dúvidas”. Esta é uma ação do Sindicato  que reúne profissionais de diversos setores da entidade para visitas aos diversos campi para atender as demandas dos sindicalizados. No dia 11, a visita foi à Praia Vermelha. E a previsão é de que o próximo seja em Macaé. O objetivo da iniciativa é ampliar a prestação de serviços oferecidos diariamente na sede e subsede local do sindicato e também acolher os que necessitavam de informações e encaminhamentos, mas ainda não haviam se sindicalizado.

Instalados na sala do Inova, o container da Inovação do Campus UFRJ Duque de Caxias, ao lado do Núcleo Multidisciplinar de Pesquisa UFRJ – que, na fachada, anunciava com uma enorme faixa e banners a presença do Sintufrj – , profissionais de diversos setores, como do Departamento Jurídico, da Assessoria das ações coletivas, da Administradora de planos de saúde All Care, do Setor de Convênios, da Assessoria de Saúde e Segurança o Trabalho e do Espaço Saúde do Trabalhador do Sintufrj, estavam a postos para atender o público que aproveitou a oportunidade para atualizar informações sobre planos de saúde, ações judiciais, novos convênios, e muito mais. Além de usufruir o delicado trabalho de Auriculoterapia (técnica derivada da acupuntura, que faz pressão em pontos específicos da orelha) feito pelos professores do Espaço Saúde. Jornais e cartilhas foram distribuídos para divulgar as inúmeras frentes da ação da entidade, como as iniciativas políticas, conquistas da greve, ganhos judiciais e os serviços e convênios oferecidos pelo Sindicato.

Avaliações

Num breve balanço, a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues, que acompanhou toda ação e convocou servidores a conhecerem o atendimento, explica o valor da iniciativa: “Pincipalmente para as unidades isoladas, é importante esse trabalho. A equipe poderia vir pelo menos uma vez por mês, mostrando que o Sindicato está perto”, diz. “A gente, que trabalha no Fundão, vê o sindicato ali perto. Por isso é importante dar continuidade a este trabalho aqui. As pessoas se sentem acolhidas, lembradas. O polo é pequeno e acho que a quantidade de pessoas que está vindo é boa”.

FOTOS: Renan Silva

Marly, ao centro, com o Banner do evento

Uhelinton Fonseca Viana (foto abaixo), assistente em Administração da Secretaria Acadêmica, doutor em Educação, foi o primeiro a ser atendido e procurou tirar dúvidas sobre planos de saúde e comentou a iniciativa da entidade de levar toda aquela estrutura ao campus de Duque de Caxias. Para ele, deveria se repetir sempre: “A gente tem que ter suporte do sindicato. Sem este suporte a gente não consegue muita coisa”, diz ele, acrescentando “Se a gente não tiver o sindicato mostrando presença aqui, a gente realmente fica muito vulnerável”.

A equipe foi recebida com a gentileza da técnica em assuntos educacionais Arnalda Souza da Silva (foto abaixo), que presenteou os trabalhadores com duas garrafas de café bem quentinho. Ela está desde 2010 no campus de Caxias, ajudou a construir a Coordenação de Desenvolvimento, Educação e Pedagogia, para acolhimento dos alunos, e hoje trabalha na Biblioteca. Ela conta que é Pedagoga e que acredita, pela sua formação, que todo serviço que propicia união traz benefícios para todos. “É bacana, proveitoso, saudável e, mesmo que tenha algum (serviço) que você não goste, outro vai gostar. E nós, que trabalhamos com atendimento ao aluno, a gente faz da melhor forma possível.

A assistente em administração Fátima Cristina dos Santos (foto abaixo) foi delegada de base de Caxias. Ela trabalha desde 2011 na UFRJ, está no Diretoria de Comunicação e cuida das redes sociais: “Essa ação itinerante é muito importante. Porque a gente fica mais distante e ] com pouco contato com o sindicato. E a gente fica mais a par das ações mais políticas, do que sobre os serviços”, disse, contando que fez Auriculoterapia. Ela disse que já expressou a coordenação geral o pedido para que a iniciativa retorne de maneira regular.

Próximos “Tira-dúvidas”

Nesses eventos acontecem também filiações sindicais, abertura de processos, adesões a convênios e o diálogo para mobilização da base. A proposta de direção é continuar realizando a atividade ao menos duas vezes ao mês, alternando os campi do Rio de Janeiro e os de fora. Em outubro a previsão é a realização em Macaé. Até o fim do ano, o plano é levar a caravana também nas unidades externas, como o Museu e Ifcs.

A direção também planeja fazer uma edição no Hospital Universitário porque, mesmo sendo próximo à sede, tem particularidades no regime do trabalho que justificam a atenção.

Veja como foi o “Sintufrj Tira-dúvidas” dia 11 na Praia Vermelha:

Sintufrj Tira-Dúvidas agita Praia Vermelha