Na próxima segunda, dia 5 de outubro, às 15h, a Comissão de Mobilização do Sintufrj fará nova reunião virtual aberta ao conjunto da categoria. Utilizaremos a plataforma Zoom para a reunião e o link será divulgado pela lista de transmissão do Sintufrj na manhã do dia 5. O sindicato já iniciou a campanha virtual contra a reforma administrativa, aprovada na última assembleia, e esteve presente no ato do último dia 30, na Cinelândia. A pauta da reunião é a construção de um calendário de mobilizações contra a reforma, com debates e ações de pressão sobre os parlamentares.

 

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“No Brasil se propaga uma ideia de desnecessidade do que é público. Se vende a ideia de que o público não é necessário e não é bom. E isso se propaga para representações sobre o serviço público e sobre o servidor público como sendo algo invariavelmente negativo. Servidores públicos são marajás, privilegiados, não trabalham”, chamou a atenção José Marçal, pesquisador da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), durante a live promovida pela Fasubra, na quinta-feira, 1º de outubro.

“Saúde dos trabalhadores e trabalhadoras no setor público: constitucionalidade e novas formas de trabalho, durante e após a pandemia” foi o tema do debate virtual da Fasubra on line promovido pela Fasubra na quinta-feira, 1º de outubro. A campanha do governo e da mídia contra o serviço público e os servidores foi denunciada pelo pesquisador. Segundo Marçal, a melhor forma de combater as mentiras propagandiadas é mostrar à população ações públicas benéficas.

Como combater as mentiras

“Nós temos a obrigação de combater isso. De mostrar que a desnecessidade do público é uma política de produção de ignorância da população. A desnecessidade do público é uma inverdade e é um enorme risco. Não existe sociedade sem que haja uma valorização do que é público. Isso só pode ser feito por meio da uma ação pública. É a ação que muda a concepção das pessoas. A ação na pandemia da Covid-19 mostrou isso claramente. Como todo o discurso negativo sobre as universidades foi quebrado”, propõe o professor.

O apoio das entidades sindicais às ações de valorização do público e seus trabalhadores é fundamental, segundo Marçal, “pois ajuda a romper com a imagem negativa do que é público e de seus trabalhadores”. Ele está convicto de que a produção da imagem negativa dos serviços públicos e dos servidores é deliberada, pois é uma política de governos.

“Tem a ver com a necessidade de diminuir a importância do serviço público e de certa forma provocar o esvaziamento do seu sentido. Se não há sentido o trabalho no setor público porque temos que manter toda essa gente?”, explicando qual é a lógica do governo ao tentar desmoralizar o público. Para o pesquisador isso se dá numa disputa inerente à democracia e que faz parte da concepção de governo e de Estado.

Saúde como mercadoria

O assessor jurídico da Fasubra, José Luiz Arzena, alertou para a transformação do sistema de saúde pública em mercadoria. “A saúde não se monetiza, ela é um direito. O Sistema Único de Saúde, o SUS, fez 30 anos”, observou. Ele citou a Convenção 155 da OIT – Organização Internacional do Trabalho – que trata da Segurança e Saúde dos Trabalhadores como uma diretriz a ser perseguida pelos trabalhadores para a promoção da saúde.

“O movimento sindical tem de fazer um esforço para se apropriar desse debate e de criar um ambiente equilibrado para o trabalhador”, concluiu o assessor.

Jupiara Castro, ex-coordenadora da Fasubra e atual representante da entidade no Conselho Nacional de Saúde, fez um histórico da criação do SUS, das conquistas dos trabalhadores nessa área com a Constituição de 1988 e sobre as adversidades e retrocessos enfrentados por eles. Ela também manifestou preocupação com a transformação da saúde pública em mercadoria.

“A saúde está se transformando em mercadoria. Quem tiver dinheiro terá acesso e quem não tiver cairá nas antigas casas de misericórdia do país”, previu. Segundo a militante, o projeto maior do governo Bolsonaro é dizimar todas as conquistas dos trabalhadores.

 

 

O mês de outubro reedita um importante movimento internacional, criado há três décadas, que é o de conscientização para controle do câncer de mama. A campanha Outubro Rosa nasceu para difundir informações — com destaque para a importância do acesso ao diagnóstico precoce – sobre esse tipo de câncer que está entre os três mais comuns do mundo, junto com o de pulmão e colorretal.

No entanto, apesar de todos dos alertas, o medo da Covid-19 tem desestimulado a procura pelos recursos de prevenção da doença. O site da Agência Senado informa que, este ano, a pandemia tem evitado que as pessoas procurarem os serviços de saúde.

“Segundo o doutor Gil Facina, membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia, todos os serviços de diagnóstico sofreram uma redução drástica no número de pacientes, e o atraso no diagnóstico pode reduzir as chances de cura”, diz o texto publicado pelo Senado, reiterando que os serviços de saúde pública estão atendendo as mulheres com segurança.

O especialista em Mastologia e Cirurgia Oncológica da Faculdade de Medicina de Sorocaba (PUC/SP), Luiz Antonio Guimaraes Brondi, em artigo para o Jornal Cruzeiro do Sul, destaca que a campanha deste ano acontece em meio a pandemia por um vírus agressivo de alta letalidade para determinado grupo de pessoas, mas que, tomando todas as precauções exigidas, as pacientes portadoras de câncer continuaram sendo atendidas, diagnosticadas e tratadas regularmente.

Sintomas

No site do Instituto Nacional do Câncer (Inca) um artigo alerta que o sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Há outros sinais como edema cutâneo semelhante à casca de laranja, dor, descamação ou ulceração do mamilo e secreção, entre outros. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila.

Estimativas

Segundo o site, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres no mundo, representando 24,2% do total de casos em 2018, com aproximadamente 2,1 milhão de casos novos. É a quinta causa de morte por câncer em geral (626.679 óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.

No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões.

Para o ano de 2020 foram estimados 66.280 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100.000 mulheres.

Incidência

A incidência do câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia. Na população feminina abaixo de 40 anos, ocorrem menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, enquanto na faixa etária a partir de 60 anos o risco é 10 vezes maior.

Mais informação, mais prevenção

O Inca — que participa do movimento desde 2010 —  produz materiais e outros recursos educativos para disseminar informações sobre fatores protetores e detecção precoce do câncer de mama. Leia mais em https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

Prevenção é tudo. Segundo o Inca, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:

Praticar atividade física; alimentar-se de forma saudável; manter o peso corporal adequado; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; amamentar e não fazer uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.

Detecção

O site também explica que o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias. Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. A recomendação brasileira segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de países que adotam o rastreamento mamográfico.

Mulheres com risco elevado de câncer de mama devem conversar com seu médico para avaliação do risco e definição da conduta a ser adotada. A mamografia de rastreamento pode ajudar a reduzir a mortalidade por câncer de mama, mas também expõe a mulher a alguns riscos.

Para quem quiser saber mais, o site relaciona principais benefícios e riscos desse exame. O Inca também produziu uma cartilha, cujo acesso é pelo seguinte endereço eletrônico: https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso

HUCFF faz Jornada de Ginecologia

Neste Outubro Rosa, especialistas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) vão debater o câncer de mama em uma livre no dia 22 de outubro, das 19h às 21h, mediada pelo chefe do Serviço de Ginecologia da unidade, Afrânio Coelho.

Conheça os palestrantes e seus temas: Flávia Clímaco, mastologista do Serviço de Ginecologia (Reflexões sobre o Rastreio do Câncer de mama); Vera Fonseca, chefe do Setor de Patologia do Trato Genital Inferior do HUCFF (Diagnóstico Diferencial das Úlceras Genitais), Adriana de Mattos (Papel da Histeroscopia no Sangramento Uterino Anormal), Flávio Cajaraville, cirurgião Oncológico, (Atualidades no Tratamento Cirúrgico do Câncer do Endométrio) e Roberto Antunes, mestre em Fisiologia Endócrina (Indução da ovulação na Síndrome de Ovários Policísticos). O acesso e inscrição é pelo link https://event.webinarjam.com/register/845/091wpu8ry