A contribuição sindical não aumentou, nem houve dupla cobrança.

A confusão se deve ao fato de que, como o pagamento da 2ª parcela do décimo-terceiro passou a ser realizado separado em folha suplementar (a 1º parcela recebemos no salario de junho ou férias, a critério do servidor), o desconto de 1% sobre o décimo-terceiro aparece no contracheque de novembro, incidindo sobre este salário. Não há desconto sobre a 1ª parcela e nem na folha da 2ª parcela.

Esta mudança vem ocorrendo desde 2016 e ainda gera dúvidas. Ao receber a prévia, o servidor verifica um desconto de 2%, o dobro do valor da mensalidade. Porém, o décimo-terceiro é recebido sem o desconto da mensalidade. Na prática, é o de sempre: 1% em cima de cada salário.

A contribuição sindical sobre o décimo-terceiro é uma decisão da categoria e existe desde os tempos de Asufrj. É estatutária, definida em congresso pelos sindicalizados, e só pode ser alterado por decisão congressual.

Esta contribuição estatutária é importante para manter a saúde financeira da nossa entidade, garantir o pagamento do décimo-terceiro dos funcionários do sindicato (departamento jurídico, administrativos, jornalistas, professores dos diversos cursos que o Sintufrj oferece aos sindicalizados etc) e pagar todas as despesas extras existentes como IPVA dos veiculos.

A diretoria do SINTUFRJ, como vem procedendo desde de sua posse, disponibilizará no Portal da Transparencia do SINTUFRJ o balanço financeiro e utilização desse recurso, sempre revertido para a luta e conquista da categoria.

Direção do Sintufrj
Gestão Ressignificar

 

Estão suspensas as internações eletivas (quando há necessidade de uma investigação ou uma biópsia, por exemplo) no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), da UFRJ, por causa superlotação na emergência (o que inclui casos de covid). As cirurgias eletivas seguem normalmente.

O HUCFF se destacou recentemente no atendimento de pacientes de covid-19, mas com o recrudescimento dos casos vive uma situação grave: parte dos contratos emergenciais (que garantia e pessoal necessário para a quantidade de leitos) terminou e o Hospital do Fundão, como é conhecido, fechou 60 leitos. Com menos leitos, a emergência está lotada.

O diretor médico do hospital, Alberto Chebabo, disse que os leitos foram fechados porque não há mais recursos do MEC para covid que garantia os contratos firmados meses atrás. 

“Se é primeira ou segunda onde, não faz diferença. A questão é que está aumentando o número de casos, as pessoas estão se expondo mais e a gente tem menos leito de covid em relação ao que tínhamos há seis meses”, disse. “Os hospitais voltaram a operar e atender outras patologias e acabaram os contratos temporários”.

Os contratos tinham três meses de validade. Alguns terminaram em novembro, outros terminam em dezembro.  O contrato com a empresa pública Rio Saúde, por exemplo, termina dia 31 de dezembro e não há certeza de que será renovado. E em janeiro é possível que mais leitos venham a ser fechados. 

“Temos menos leitos como um todo, por isso a emergência está superlotada, Além disso, o hospital teve que redirecionar leitos (que serviam a pacientes de covid) para atender a outros pacientes como do CTI Cirúrgico”, diz o médico, ponderando que o certo seria abrir leitos a mais para covid e não utilizar os que já existem. 

Chebabo afirma que o hospital tem espaço e material para manter os leitos, só não tem pessoal, como enfermeiros, médicos e fisioterapeutas que compõem a estrutura necessária. “Todos estes foram embora. Os contratos com as empresa acabaram”, diz o diretor explicando que entre eles, estavam 140 técnicos de enfermagem, 64 enfermeiros e 38 médicos. 

O diretor lembra outros fatores para a falta de pessoal, como as aposentadorias que não foram repostas, a falta de concursos, pessoal de licença e férias que foram suspensas no primeiro semestre, mas que agora precisam ser tiradas.

Grave

“Está muito grave a situação, por isso tivemos que suspender internações eletivas clínicas porque é preciso dar fluxo aos pacientes que estão na emergência. É preciso ter leito nos andares para desafogar a emergência”, disse Chebabo explicando que os pacientes não são todos de covid-19, embora reconheça que de fato está tendo um aumento de casos: “isso é nítido”.

Se a alta de casos se mantiver, disse o médico, pode acontecer um estrangulamento. “Ficar sem leito mesmo. Vai sobrecarregar as Upas sem capacidade de internação”, diz ele, alertando que a população precisa entender que se está enfrentando um momento crítico e deixar de se expor. 

Essa situação (fim de contratos, queda no número de leitos), como lembra o diretor médico, não acontece só no Rio de janeiro, embora em nossa cidade, o cenário esteja crítico, com hospitais públicos e privados lotando leitos. Assim, lembra ele, prefeitura, governo do estado e Ministério da Saúde, deveriam estar se preocupando em liberar recursos para os contratos emergenciais.