Em um mês, números de Ruim/Péssimo do presidente cresceram 8 pontos em meio à falta de vacinas e ao colapso sanitário provocado pela segunda onda da pandemia
Matéria retirada do site da Revista Fórum
Levantamento do instituto Datafolha divulgado nesta sexta-feira (22) mostra um aumento substancial na rejeição ao presidente Jair Bolsonaro diante da crise provocada pela ausência de um plano robusto de vacinação contra a Covid-19 e o colapso do sistema de saúde provocada pela segunda onda da pandemia.
Segundo a pesquisa, a avaliação Ruim/Péssimo subiu de 32% para 40% entre dezembro e janeiro. No mesmo período, o Bom/Ótimo caiu de de 37% para 31%. Outros 26% consideram Regular.
A mudança de quadro foi tão brusca que fez o presidente se aproximar dos piores números desde o início do mandato. Em agosto do ano passado, o Ruim/Péssimo era de 44%, mas vinha subindo aos poucos.
Os números dialogam com pesquisa Exame/Ideia, que mostra uma queda de 11% percentuais na popularidade de Bolsonaro na pesquisa.
Esses números se apresentam no mesmo momento em que a pauta do impeachment do presidente ganha nova força, principalmente por conta do novo colapso do sistema de saúde de Manaus, que registrou mortes de pacientes por falta de oxigênio.
Enquanto a população reconhece a responsabilidade de Bolsonaro no atraso das vacinas, a oposição se articula, mobilizações são convocadas e as buscas sobre impeachment disparam no Google.
Mesmo assim, o apoio ao impeachment, segundo o Datafolha, ainda não é muito alto. Enquanto 42% defendem o impedimento do mandatário, 53% são contrários. Nesse ponto, os números são mais favoráveis ao ex-capitão do que em maio de 2020.
Confira aqui os dados do Datafolha