É urgente o nosso grito de revolta e indignação! Lutemos todos e todas!

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está chamando uma mobilização nacional para o dia 24 de março, próxima quarta-feira. Ela ocorrerá no momento de maior gravidade da pandemia da Covid-19 no Brasil, com o sistema de saúde à beira do colapso em todo o país e o número diário de mortes aumentando a cada dia. 

Estamos nos aproximando rapidamente da trágica marca de 300 mil vidas perdidas. Em meio a toda essa crise, o governo anuncia mais uma troca no Ministério da Saúde e prioriza, com sua base no Congresso Nacional, mais cortes no orçamento e menos proteção social ao povo. Vamos soltar nosso grito pelas seguintes bandeiras:

Em defesa da VIDA! Pelo fechamento total das atividades (lockdown) por 15 dias em todo o Brasil para frear a pandemia, as mortes e o colapso do sistema de saúde.

AUXÍLIO EMERGENCIAL DE R$ 600 e PROTEÇÃO AOS EMPREGOS enquanto durar a pandemia, para que o povo possa sobreviver e enfrentar a fome e a carestia.

VACINA JÁ! Para todas as pessoas, em defesa do SUS.

FORA BOLSONARO! Pelo fim de um governo genocida que está matando o povo brasileiro pela doença e pela fome.

Orientações para todos:

Como construir o Dia Nacional de Mobilização. A CUT dá algumas sugestões para a organização nas cidades: Veja:

. Reúna a militância e as organizações que concordam com nossas bandeiras de luta e planejem as ações simbólicas, sempre respeitando as regras de segurança sanitária.

. Divulgue a data, as ações e nossas bandeiras. Faça postagens nas redes sociais e no Whatsapp, cole cartazes ou lambes, fixe faixas em pontes e viadutos, use áudios para carro de som e/ou distribua panfletos na entrada dos locais de trabalho, em frente aos terminais e estações do transporte público e nos espaços comerciais do centro e dos bairros periféricos, façam projeções noturnas em prédios com datashow (projetaços), etc; (Veja aqui materiais de apoio e referência: http://bit.ly/diadeluta24m. Envie seu material para nós: campforabolsonaro@gmail.com)

. Usem nas postagens em redes sociais de divulgação, mobilização e agitação para as ações do dia 24 a hashtag #DIA24pelaVIDA para que possamos dar visibilidade às ações programadas.

No dia 24 realize e participe de ações simbólicas e que chamem a atenção para nossas bandeiras:

. Os trabalhadores devem ficar em casa nesse dia! PARE pela vida, pela vacina, pelos empregos, pelo auxílio emergencial de R$600 e por Fora Bolsonaro;

. Se o seu trabalho não pode parar, leve as nossas bandeiras para dentro do local de trabalho: use carro de som, megafone, panfletos, adesivos, faixas, cartazes e a criatividade para dialogar e chamar a atenção dos trabalhadores, usuários, passageiros ou clientes quanto a urgência das nossas bandeiras de luta;

. Realize manifestações simbólicas e com segurança sanitária em praças, pontos turísticos, em frente às câmaras municipais, assembleias legislativas, prefeituras, palácios de governo, tribunais, unidades de saúde para denunciar os crimes de Bolsonaro e cobrar ações de governadores e prefeitos para conter a pandemia e proteger o povo. Usem cruzes, panelas vazias, marmitas, velas, panos pretos, faixas, cartazes e outras formas criativas;

. Pressione os gestores e parlamentares. Articulem audiências públicas, produzam cartas, manifestos e abaixo-assinados reivindicando ações de controle da pandemia, auxílio emergencial nacional e local e aquisição de vacinas. 

. Organize a fixação de faixas ou colagem de cartazes e lambes em pontos estratégicos das cidades, façam projeções noturnas em prédios (projetaços) com nossas palavras de ordem;

. Organize trancaços, com faixas e pixações dando visibilidade às razões da nossa mobilização;

. Avaliem a organização de atos drive-in, com a reunião de caminhão de som e veículos garantindo o distanciamento das pessoas. Sugere-se as entradas das refinarias e distribuidoras da Petrobras ou grandes estacionamentos públicos.

. Estimule e apoie as manifestações dos artistas locais com música, poesia, teatro, dança e outras linguagens através das redes sociais. Organizem lives, entrevistas ou rodadas de testemunhos da  população. Nossa luta tem rosto e é feitas de histórias reais;

. Usem as redes sociais! Distribua e poste os materiais da campanha, mas também produza seu próprio conteúdo. Grave vídeos ou áudios com sua denúncia ou testemunho de como a pandemia tem impactado a sua vida e como essas condições estão relacionadas à conduta irresponsável de Bolsonaro e dos que lhe dão apoio;

. Intensifiquem as ações de solidariedade, com coletas solidárias e distribuição de alimentos e marmitas;

. Decore a sua janela! Demonstre a indignação desde a sua casa. Fixe cartazes, panos pretos, acenda velas, bata panelas, se tiver aparelho de som reproduza áudios desde a sua janela;

. Registre as ações da sua cidade e nas quais você se engajar! Fotografe, filme e poste nas redes suas ações usando a #hashtag unitária do dia de mobilização que será divulgada em breve.

Façamos do dia 24 um grande dia de mobilização e luta! Fora Bolsonaro!

Campanha Nacional Fora Bolsonaro

 

 

A live “A luta da mulher contra a violência no contexto pandêmico” organizada pelo Sintufrj reuniu Dani Nunes (mulher trans, ativista LGBTI), Zezé Menezes ( bióloga, integrante da Marcha das Mulheres Negras de São Paulo), Mariza Chaves de Souza (assistente social do Centro de Referência para Mulheres/UFRJ e da Comissão de Segurança da Mulher do Cedim (Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres/RJ) e a professora Clarice de Freitas Silva Ávila (CUT-RJ). 

A conversa foi mediada pela coordenadora de Comunicação do Sintufrj, Marisa Araújo. O registro desse encontro especial está disponível no perfil do Sintufrj no Facebook e no canal da entidade no Youtube. Amanhã, um texto reproduzirá os principais momentos de reflexão do debate.

CONFIRA O DEBATE NA ÍNTEGRA: 

 

 

O Brasil registrou novos 2.724 óbitos em 24 horas, totalizando 287.499 mortes desde o início da pandemia. Além disso, foram 86.982 novos casos diários

Matéria retirada do site do Brasil 247. 

 O Brasil voltou a registrar mais de 2,5 mil mortes em um dia. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), nesta quinta-feira, 18, o país registrou novos 2.724 óbitos em 24 horas, totalizando 287.499 mortes desde o início da pandemia.

O conselho de secretários também informou 86.982 novos casos diários. Com isso, desde o início da crise sanitária causa pelo novo coronavírus, o Brasil já computou 11.780.820 casos oficiais.

Três mil mortos em um dia

Na quarta-feira, 17, pela primeira vez, o Brasil superou 2 mil mortes na média móvel semanal. A média móvel diária de mortes pela infecção, calculada passou para 2.170 pessoas por dia. Isso significa que, durante a semana, três pessoas foram vítimas da Covid-19 a cada dois minutos.

O Brasil ultrapassou a triste barreira das 3 mil mortes por dia de Covid-19 nesta quarta. O relatório do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgado às 18h registrou 3.149 mortes.

 

 

Vítima é jovem de 22 anos; até a última quarta-feira (17), 395 pessoas aguardavam por um leito de UTI na cidade

Matéria retirada do site da Rede Brasil Atual

A cidade de São Paulo registrou a primeira morte de um paciente com covid-19 na fila de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A vítima era Renan Ribeiro Cardoso, um jovem de 22 anos, atendido no Hospital São Mateus, na zona leste da cidade. O caso foi revelado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), na manhã desta quinta-feira (18), em entrevista à GloboNews.

O jovem esperou por vaga em leito de UTI por 46 horas. A morte foi registrada no último sábado (13), mas só foi comunicada nesta quinta(18), segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Até a última quarta-feira (17), 395 pessoas aguardavam por um leito de UTI em São Paulo e esta é a primeira morte ligada a problemas de estrutura das unidades de saúde da capital, que chegou ao colapso no sistema.

Na cidade, a taxa de ocupação chegou a 88% dos leitos para o atendimento de pacientes com covid-19.

De acordo com o prefeito, a gestão municipal vai anunciar, ainda hoje, medidas mais duras para restringir a circulação de pessoas pela cidade. Todo o estado de São Paulo está na fase emergencial (roxa) da quarentena contra a covid-19, desde a última segunda-feira (15), após duas semanas de fase vermelha.

Covid-19 no transporte

Apesar do colapso no sistema em São Paulo, há relatos de ônibus, metrô e trens lotados. Reportagem de Rodrigo Gomes, da RBA, mostra que trabalhadores seguem inseguros e revoltados com os problemas de superlotação no transporte público, mesmo na fase emergencial.

São Paulo registrou 617 mortes pela covid-19 na última quarta (17), um dia depois de alcançar a maior marca até agora: 679 óbitos em 24 horas.

Enquanto baladas e festas clandestinas são apontadas pelo governador João Doria (PSDB) como o principal problema da contaminação, os transportes coletivos ficaram ausentes das análises do governo estadual.

“Esses são espaços com alto risco de transmissão, sim, porque a transmissão acontece basicamente pelo ar. Uma pessoa infectada, está falando, respirando e emitindo partículas potencialmente contaminadas. Essas partículas vão se acumulando em um local fechado, mal ventilado, como é o transporte público. É um ambiente perigoso”, explicou Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont e membro do Observatório Covid-19BR.

São Paulo em colapso

O bairro da Mooca, na zona leste da capital paulista, é a região da cidade em que a covid-19 mais matou pessoas, proporcionalmente, em 2021. O distrito registrou índice de 68,5 óbitos a cada 100 mil habitantes até 11 de março. Na cidade, esta taxa ficou em 49,5. Os dados são da Folha de S.Paulo.

Bairros próximos a Mooca, como Água Rasa, Vila Formosa e São Lucas, integram o topo da lista dos distritos com mais óbitos por 100 mil habitantes da cidade.

Eles ainda ficam próximos da região de Sapopemba, área recordista de mortes em números absolutos no município, onde o coronavírus já fez 807 vítimas – 124 só neste ano.

Superlotado, o Hospital Municipal Doutor Ignácio Proença de Gouvêa, referência para doentes com covid-19, não atende mais novos pacientes desde a tarde de sábado (13). No local foram abertos leitos em várias áreas do hospital, como a sala de descanso dos médicos, mas todos estão ocupados.

Apesar do colapso no sistema em São Paulo, há relatos de ônibus, metrô e trens lotados na fase emergencial – Roberto Parizotti/FotosPublicas

 

Apresentamos hoje a história da pedagoga brasileira Nilma Lino Gomes. Ela foi a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, em 2013. Tem se posicionado, frequentemente, na luta contra o racismo no Brasil.

Sua atuação nas áreas de Educação e Antropologia Urbana propiciou a realização de pesquisas de relevo em tópicos como organização escolar, formação de professores para a diversidade étnico-racial, movimentos sociais e educação, relações raciais, diversidade cultural e gênero.

Em 2015, foi designada ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República – SEPPIR/PR – que, em decorrência da reforma administrativa de setembro daquele ano, foi incorporada ao Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, do qual a autora esteve à frente até 2016.

Suas publicações incluem desde livros e artigos derivados de pesquisas de campo e destinados ao público universitário até narrativas de ficção voltadas para crianças e jovens.

É autora dos títulos “A mulher negra que vi de perto – o processo de construção da identidade racial de professoras negras” (2003) e “Sem perder a raiz. Corpo e cabelo como símbolos da identidade negra” (2006)

Movimento “Renda Básica que Queremos” organiza dia nacional de luta nesta quinta-feira (18) e por auxílio emergencial de R$ 600

Matéria retirada do site da Rede Brasil Atual.

O movimento ‘Renda Básica Que Queremos’, formado por cerca de 300 entidades e responsável pela campanha #AuxílioAtéoFimdaPandemia, promove nesta quinta-feira (18) um dia nacional de luta pela volta do auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia. 

Estão previstas manifestações em todo o país, como tuitaço e publicações nas redes sociais, colagem de cartazes, projeções em prédios e atos simbólicos. Entre as ações, serão instaladas panelas vazias e velas diante de espaços como sedes de prefeituras, câmaras de vereadores, igrejas e símbolos turísticos das cidades.

De acordo com a assistente social Paola Carvalho, diretora de relações institucionais da Rede Brasileira de Renda Básica, o dia de protestos é uma forma de mobilizar as pessoas para a urgência do tema. “Essa PEC Emergencial colocou um teto de gasto de 44 bilhões para o auxílio emergencial em 2021. Isso num momento onde as mortes estão cada vez maiores e a vacinação e condições de hospitalização cada vez mais frágeis”. Os movimentos alertam que as principais regiões do país precisam de um lockdown, e sem auxílio emergencial essa forma de isolamento social não se viabiliza.

Paola explica que com o teto definido pela PEC – agora transformada em Emenda Constitucional (EC 109) –, um em cada quatro beneficiários ficarão de fora do auxílio emergencial deste ano. “Estamos falando de algo em torno de 17 milhões de brasileiros”. Ela contesta ainda o valor previsto das parcelas, que seria de R$ 250. O auxílio pode chegar a R$ 375 para mães solteiras e R$ 175 para uma pessoa sozinha.

“As pessoas me agradecem”

O ministro Paulo Guedes chegou a dizer, em uma entrevista ao portal de notícias jurídicas Jota, que é abordado e elogiado ao transitar pelas ruas. “Entro no mercado e as pessoas me agradecem”. Paola foi até um mercado para saber se há motivos para isso. Com R$ 250 no bolso, valor previsto do novo auxílio, ela tentou ver se é possível, ao menos, o básico. Comprou duas caixas de leite, cinco quilos de arroz. Dois pães para sanduíche, dois quilos de café, duas garrafas de óleo, três quilos de feijão, de farinha e açúcar. Comprou ainda um pote de margarina e dois quilos de carne moída. “Legumes, verduras e frutas ficaram de fora da lista. Para cozinhar, é necessário gás e um botijão não custa menos de R$ 90″.

Para Douglas Belchior, professor da Uneafro Brasil e membro da Coalizão Negra por Direitos, vivemos num estado de guerra, de barbárie onde pessoas morrem de fome. “A maioria do Congresso e o governo federal prefere manter políticas de morte e não de vida. Ou damos um fim no governo Bolsonaro ou ele dará fim ao Brasil”, analisa e conclui: “É desolador ver governos que não se importam com a vida dos mais pobres e não possuem políticas de combate à doença”.

Sem auxílio emergencial, “a coisa tá difícil”

Enquanto isso, famílias aguardam, em desespero, por ajuda. Não são poucas as mensagens recebidas por Paola e equipe. “A coisa tá difícil com os R$ 179 do bolsa família”, diz uma das mensagens ao pedir ajuda.

Segundo pesquisa do Datafolha, 53% dos que receberam as parcelas do auxílio emergencial no ano passado utilizou o valor para comprar alimentos. 25% pagou contas de consumo, como água e luz. 16% despesas da casa e 1% utilizou o recurso para comprar remédios.