Pela primeira vez na história de lutas da comunidade universitária da UFRJ, servidores técnico-administrativos e docentes, trabalhadores terceirizados, estudantes da graduação e da pós-graduação e a Reitoria realizaram uma assembleia-ato comunitária online para defender a UFRJ.

O evento político nesta quarta-feira, 26, transmitido pelas redes sociais das entidades, também serviu para reforçar a convocação para a mobilização nacional do dia 29 de maio em defesa da educação pública e pelo Fora Bolsonaro. 

A iniciativa foi do Fórum de Mobilização e Ação Solidária (Formas), que reúne o Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata, APG e Attufrj.  Mais de 100 pessoas, entre servidores e estudantes se inscreveram para falar na assembleia-ato, e outras entidades, como o Andes-Sindical, e organizações políticas participaram por meio de vídeos gravados. 

“Hoje são mais de 400 mil famílias enlutadas  por conta de uma desastre governamental. Nem 10% da população foi ainda vacinada contra a covid, um crime contra a humanidade deste governo genocida, que dirige o país por instrução normativa de forma truculenta e autoritária, e que destrói a soberania nacional ao atacar as universidades, onde se produz conhecimento”, afirmou a coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Micelli. “A gente vai lutar e a UFRJ não vai fechar. E a campanha do Sintufrj vacina no braço, comida no prato e Fora Bolsonaro está a cada dia mais viva”, destacou a dirigente.   

“Este é o primeiro passo desta caminhada unida para que a UFRJ possa cumprir o seu papel de vanguarda. A luta é nacional em defesa das nossas universidades públicas e pelo direito de existir num Estado democrático de direito”, disse a presidenta da Adufrj, professora Leonora Ziller. 

“A UFRJ parou o Rio de Janeiro para mostrar à sociedade brasileira que a universidade não vai fechar”, pontuou a dirigente do DCE Mário Prata, Antônia Velloso, referindo-se à manifestação do dia 14 de maio, “com muito álcool em gel e máscaras doados”–, a primeira mobilização de rua realizada pela comunidade universitária, sob a liderança da entidade estudantil, durante a pandemia do novo coronavírus.  

“Somos uma categoria precarizada, embora responsável pela pesquisa no nosso país. Mas esse governo é muito menor que a nossa universidade centenária”, lembrou o representante da Associação dos Pós-Graduandos (APG), Jorge Marçal.  

A reitoria Denise Pires de Carvalho confirmou que a UFRJ não tem orçamento para chegar até o fim do ano e agradeceu às entidades pela organização da mobilização na defesa da instituição e da educação pública. “Eles não vão tirar nosso oxigênio”, garantiu, e ao invés de citar os problemas que enfrenta por falta de recursos, ela listou o que a universidade produz e faz, cotidianamente, para atender as necessidades da sociedade, entre os quais, a produção de álcool 70 de qualidade; os mais se 140 projetos de pesquisa em curso; testes moleculares de padrão platino; oferta de leitos hospitalares para pacientes de covid.

“O orçamento atual da UFRJ corrigido pela inflação equivale ao de 2008, quando tínhamos a metade dos estudantes de hoje, quando não tínhamos a política de assistência estudantil que temos agora, quando não havia as várias inovações e descobertas científicas”, informou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da UFRJ.

CONFIRA A ATIVIDADE NA ÍNTEGRA:

 

 

 

Respeitando protocolos de segurança e sem aglomerações, centrais sindicais e movimentos sociais se mobilizaram pelo auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome, carestia e pela vacinação imediata da população

Publicado: 26 Maio, 2021 – Escrito por: Andre Accarini

Expostas no gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, 600 cestas com alimentos cultivados e colhidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), formaram o cenário de denúncia sobre a trágica situação pela qual passa o país, de milhões de brasileiros passando fome, de desemprego e de miséria. Tudo isso em consequências da política genocida do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), cujo negacionismo no enfrentamento à pandemia resultou na morte mais de 450 mil brasileiros por Covid-19, além da falta de políticas efetivas de geração de emprego, renda e distribuição da riqueza.

Estes foram os motivos principais do ato unificado da  CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, Intersindical, Pública, CSP-Conlutas, CGTB, CONTAG, MST e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, realizado em Brasília na manhã desta quarta-feira (26). O ato antecedeu a entrega da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais para a Classe Trabalhadora à presidência da Câmara dos Deputados e do Senado.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, reforçou que o ato – que foi simbólico, sem provocar qualquer espécie de aglomeração e seguiu todos os protocolos de distanciamento social e uso de equipamentos de segurança – teve o objetivo de chamar a atenção do povo brasileiro para a realidade do país.

“Queremos chamar a atenção para a questão da fome, da carestia. Famílias inteiras estão dormindo nas calçadas. Isso tinha acabado e não esperávamos que essa situação voltasse – pessoas, crianças, pedindo auxilio nos faróis e supermercados”, disse o dirigente.

A crítica situação econômica da maioria dos brasileiros muito se deve à redução do auxílio emergencial, que neste ano chega a apenas cerca de metade daqueles que receberam no ano passado, e com valores ínfimos de R$ 150 a R$ 375, contra os R$ 600 determinados pelo Congresso no ano passado, após pressão da CUT e demais centrais sindicais.

A maioria dos trabalhadores que ainda tem emprego, ganha até dois salários mínimos, ressaltou o presidente da CUT. A carestia – encarecimento de custo de vida – que tem como causa o aumento excessivo nos preços dos alimentos, do gás de cozinha, e de produtos essenciais para a sobrevivência penaliza milhões de brasileiros, acrescentou o presidente da CUT.

A redução do auxílio emergencial é um crime porque o Brasil, oitava economia do planeta tem dinheiro, sim, para socorrer o povo brasileiro- Sérgio Nobre

SÉRGIO NOBRE / FOTO: VALCI ARAÚJO

Ato solidário

O presidente da CUT ainda destacou que o objetivo da manifestação não foi provocar aglomerações. “Sabemos a realidade da pandemia. O número de mortos, mais de 450 mil, é uma tragédia e o responsável é Bolsonaro”, afirmou o dirigente no caminhão de som, estacionado na Esplanada dos Ministérios.

E esse foi o espírito do ato, que teve, no gramado, representantes de entidades dos movimentos sociais, de sindicatos e de centrais – todos distantes uns dos os outros e, em meio a eles, faixas, bandeiras e cartazes com as pautas “fora, Bolsonaro”, “vacina no braço, comida no prato”, “em defesa do SUS” “auxílioemergencial de R$ 600”. 

 

KLEBER FREIRE
JEAN MACIEL/ BSB

Doação de cestas de alimentos

As cestas com alimentos para doação aos mais vulneráveis foram colocadas formando o número “600”, para simbolizar a luta pelo auxílio com valor mais digno.

Carrinhos de supermercado com o (muito) pouco que dá pra comprar com o valor do atual auxílio (a maioria recebe parcelas de R$ 150) também fizeram parte da cena como forma de sensibilizar os parlamentares para que votem uma Medida Provisória que estabeleça, no mínimo, R$ 600 como auxílio emergencial até o fim da pandemia do novo coronavírus.

Ao todo, mais de três toneladas de alimentos, oriundos de assentamentos e da agricultura familiar foam doados à Cooperativa de Catadores de Reciclados do Distrito Federal (Centcoop).

KLEBER FREIRE

Movimentos e centrais

O presidente da Contag, Aristides Veras dos Santos, após reforçar que é preciso a vacinação avançar no Brasil e a necessidade de que parlamentares aprovem projetos voltados à agricultura Familiar e à reforma agrária, disse que o ato tem o objetivo da aprovação do auxílio emergencial de R$ 600.

“Esse é ato é por R$ 600, contra a fome, contra a miséria, contra a pobreza e para que o Congresso Nacional encaminhe pautas que interessam ao povo”, disse o presidente da Contag.

MATHEUS ALVES/MST

Além do MST e da Contag, participaram do ato também representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), União Nacional dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e entidades representativas de trabalhadores do setor público e privado, como a Confederação Nacional dos Eletricitários (CNE), Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos (Fentect-CUT) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comércio e Serviços (Contracs-CUT).

Parlamentares também participaram. A presidente do PT, deputada Federal Gleisi Hoffmann, considerou fundamental a luta das centrais e movimentos sociais para que o povo brasileiro ‘saia da miséria’.

“Vamos mostrar que não concordamos com a destruição do Brasil e com a crise que o povo brasileiro passa. É fundamental lutarmos para que o povo saia da miséria, a fome não cresça e para defendermos a vida com a vacina”, disse Gleisi.

Assim como Sérgio Nobre, presidente da CUT, presidentes das centrais sindicais também defenderam a importância de denunciar à sociedade e mostrar ao parlamento o projeto de destruição do Brasil, capitaneado por Bolsonaro e que tem relegado o povo brasileiro à própria sorte.

 Edição: Marize Muniz

 

 

Com o envio da proposta de reforma administrativa, a PEC 32/2020, para análise na comissão especial, a pressão sobre cada parlamentar da Câmara dos Deputados tem de crescer.

A Contatos Assessoria Política, consultoria política, em parceira com o Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), divulgou nesta semana, a tendência de votação na Câmara dos Deputados e a perspectiva de aprovação da PEC 32.

É um levantamento preliminar que busca antecipar a tendência de voto na proposta, feito de acordo com pesquisas e posicionamentos públicos dos 513 deputados.

Com esses dados, a assessoria mapeou um breve placar de votação. 

Foram contabilizados 195 votos favoráveis à PEC, 128 contrários e sete que não se posicionaram. Por outro lado, há 184 deputados que podem ser favoráveis ou contrários de acordo com os debates e modificações ao texto e a força da pressão dos servidores.

Com o levantamento, é possível afirmar que, mesmo se aprovada pelos deputados, a proposta sofrerá alterações na Casa antes de seguir para o Senado Federal.

Mudanças à vista

“Todavia, essas alterações não deverão mudar radicalmente ou estruturalmente o texto do governo. Serão modificações que podem amenizar o desmantelo proposto pelo governo, porque, ao fim e ao cabo, a proposta, como um todo, não atende às demandas dos servidores e, em última instância, da população brasileira”, avalia a Contatos em seu texto de apresentação do levantamento.

Ainda de acordo com a pesquisa, é possível projetar o andamento da matéria em cada fase do debate e tramitação da proposta, que partiu da etapa de admissibilidade na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), passa agora pela comissão especial, onde será examinado o mérito da proposta. 

Depois irá para o plenário da Casa, onde para ser aprovada precisa de pelos menos 308 votos favoráveis, em dois turnos de votações, por ser lei que irá alterar a Constituição. Primeiro será colocado em votação o texto-base e, em seguida, das propostas de alterações (emendas).

Tendência de voto dos parlamentares do Rio (aferido antes da votação na CCJ)

Contrário

    1. Alessandro Molon – PSB
    2. Benedita da Silva – PT 
    3. Chico D Ângelo – PT
    4. David Miranda – PSOL
    5. Glauber Braga – PSOL
    6. Jandira Feghali – PCdoB
    7. Marcelo Freixo – PSOL
    8. Paulo Ramos – PDT
  • Talíria Petrone – PSOL

 

Com Ressalvas

  1. Aureo Ribeiro – Solidariedade
  2. Clarissa Garotinho – PROS
  3. Daniela do Waguinho – MDB
  4. Luiz Antonio Teixeira – PP
  5. Gelson Azevedo – PL
  6. Hugo Leal – PSD
  7. Major Fabiana – PSL
  8. Marcos Soares – DEM
  9. Otávio Leite – PSDB

10-Pedro Augusto Palareti – PSD

     11-Ricardo da Karol – PSC

     12-Soraya Santos – PL

 

Favorável 

  1. Alexandre Serfiotis – PSD
  2. Altineu Côrtes – PL
  3. Carlos Jordy – PSL
  4. Chiquinho Brazão – Avante
  5. Chris Tonietto – PSL
  6. Christino Aureo – PP
  7. Daniel Silveira – PSL
  8. Delegado Antônio Furtado – PSL
  9. Felício Laterça – PSL

10-Gurgel – PSL

     11-Gutemberg Reis – MDB

     12 -Helio Lopes – PSL

     13-Jorge Braz – Republicanos

     14- Juninho do Pneu – DEM

     15-Lourival Gomes – PSL

     16-Luiz Antonio Corrêa – PL

     17-Luiz Lima – PSL

    18-Márcio Labre – PSL

    19-Otoni de Paula – PSC

    20-Paulo Ganime – Novo

    21-Professor Joziel – PSL

    22-Rodrigo Maia – DEM

    23-Rosangela Gomes – Republicanos

    24-Sóstenes Cavalcante – DEM

    25-Vinicius Farah – MDB

Sem posicionamento

  1. Flordelis (PSD)