Com política de Preço de Paridade de Importação (PPI) em vigor, só este ano, a gasolina subiu 73,4% e o óleo diesel 65,3%
A gasolina mais cara do século. Este é o legado que o ilegitimo Michel Temer (MDB-SP), que implantou a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) na Petrobras, e Jair Bolsonaro (ex-PSL), que manteve os preços abusivos dos combustíveis, vão deixar para os consumidores brasileiros.
A PPI segue a variação internacional do barril do petróleo e as cotações do dólar. Isso significa que toda vez que o dólar ou o barril de petroleo sobem lá fora, estatal sobe os preços no Brasil, que está batendo sucessivos recordes de aumentos.
No dia 25 de outubro, a Petrobras anunciou novos reajustes nos preços dos combustíveis. A gasolina aumentou 7,04% e do diesel 9,15% nas refinarias. Só este ano, a gasolina acumula alta de 73,4% e o óleo diesel, de 65,3%.
Com esse reajuste, o preço médio do litro da gasolina nas distribuidoras passou de R$ 2,98 para R$ 3,19.
Já nos postos, de acordo com reportagem do Valor Econômico, publicada nesta sexta-feira (5), o litro da gasolina aumentou 3,15%, para em média R$ 6,562, a mais cara deste século para os consumidores.
Ainda segundo a reportagem, a gasolina para veículos flex fluel acumula alta de 45,3% no ano, atingiu em outubro um preço médio de R$ 6,341, também o mais alto deste século também, tanto em valores nominais quanto reais (ajustado à inflação), segundo o monitor de preços do Observatório Social da Petrobras (OSP), entidade de pesquisa ligada à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), ao Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps) e ao Instituto Latino-Americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese).
O litro do diesel S-10, com menor teor de enxofre, subiu 4,8% em relação à semana anterior, para um valor médio, nos postos, de R$ 5,29, de acordo com levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O etanol hidratado, principal alternativa ao combustível fóssil, acumula alta de 59,3%, mesmo sem estar atrelado aos preços internacionais.
O gás natural veicular (GNV), atrelado à dinâmica do mercado de petróleo, por sua vez, acumula um aumento de 33,1% nos postos brasileiros, em 2021.
Já o preço do diesel S-10, derivado com menor teor de enxofre, acumula, no ano, um aumento de 42,3% nas bombas. Em outubro, o valor médio do litro vendido nos postos foi de R$ 5,096, segundo a ANP, valor mais alto desde 2012, quando o produto começou a ser vendido no Brasil, aponta a OSP.
O gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, acumula uma alta, para o consumidor, de 35,5%. O botijão de 13 quilos (P-13), o mais popular, foi vendido, em outubro, em média, a R$ 100,79 – patamar recorde no século, segundo o OSP.