Fábio Marinho, Luciana Calixto e Valdinéa
Nova crise alcança os terceirizados da UFRJ. Uma reunião na quarta-feira (13 de julho) na Praia Vermelha que reuniu cerca de 70 pessoas expôs o drama dos trabalhadores da empresa Focus. “Essa empresa está de novo pressionando os terceirizados a pedirem demissão para que ela não arque com as suas responsabilidades no ato do desligamento do trabalhador e, possivelmente, quando terminar o contrato no Fundão lá no CT todos vão ficar sem receber suas rescisões”, afirmou Luciana Calixto, dirigente da Attufrj, a associação que defende os terceirizados.
Waldinea Nascimento, também dirigente da associação, observou que os trabalhadores terceirizados são iguais a qualquer trabalhador da universidade. “A universidade contrata a empresa e tem que ser responsável pela empresa que ela contrata. Quem contrata é a UFRJ então tem que assumir os riscos”, cobrou.
Fabio Marinho, coordenador do Sintufrj, considera um absurdo a situação dos terceirizados. Na mesma linha de Waldinea Nascimento, o dirigente afirmou que “a responsabilidade em última instância é da Reitoria da UFRJ que celebra esses contratos. É um absurdo que a maior universidade federal do país permita que esse tipo de coisa aconteça com seus trabalhadores terceirizados que são vitais para o funcionamento da universidade. Se eles pararem de trabalhar uma semana a universidade para”. Fabio participou da reunião prestando solidariedade em nome do Sintufrj.
“O Sintufrj junto com a Attufrj irão cobrar providências imediatas (para evitar demissões de trabalhadores)” disse o dirigente. “E deve-se pensar novas forma de contratação de serviços para retirarmos o intermediário do meio”. Segundo Fábio Marinho, “isso só faz com que a universidade gaste mais dinheiro, os terceirizados ganhem menos e a Attufrj enfrente toda essa instabilidade ficando à mercê de lucro apenas”.