Categoria mobilizada e Sintufrj democrático e de luta

Caminho para vitórias!

Esta última edição do ano do Jornal do Sintufrj é um chamado à categoria para 2023, pois nossa luta enquanto classe trabalhadora e por direitos é viva e contínua, em um sistema de relações sociais desiguais e de exploração como é no capitalismo.
A Gestão Sintufrj 2022-2025 tomou posse no final de maio com um chamado à democracia, transparência, luta e reconstrução da mobilização. E a vitória em primeiro turno da chapa, com 52% dos votos, mostrou que esse era o anseio dos técnicos-administrativos em educação. Isso após dois anos da fase mais dura de uma pandemia que potencializou os efeitos da crise econômica do capitalismo, que se estende internacionalmente desde 2008, e com a crescente política do fascismo representada no Brasil pelo governo antipovo de Bolsonaro.
Mas após uma jornada heroica de lutas da classe trabalhadora nas ruas durante os quatro anos do governo de fome e desemprego e de uma dura campanha eleitoral, venceu a esperança de dias melhores com a vitória de Lula nas urnas por 60 milhões de votos. Para nossa categoria e o conjunto do funcionalismo público federal, foi aberto caminho para pautarmos reajuste salarial (no momento, discute-se 9% linear no Orçamento de 2023).

Os técnicos-administrativos em educação estiveram durante 2022, sob a liderança do Sintufrj, nas manifestações e atos nas ruas por direitos e pela garantia da democracia. Nesse processo, as propostas e as ações do programa da gestão eleita foram expressas no dia a dia de um sindicato atuante e em sintonia plena com a sua categoria, e sempre contando com a dedicação e o empenho dos trabalhadores da entidade.
Entre as ações promovidas pelo sindicato com a participação sempre crescente da presença da categoria, destacamos a retomada dos GTs Antirracista, LGBTIA+ e da Mulher, que se reunirá em janeiro. A luta contra o machismo, racismo, lgbtfobia e toda forma de opressão são pautas estruturais na defesa da classe trabalhadora. Muitas das nossas iniciativas e lutas foram em parceria com as outras entidades sindicais e estudantis representativas dos demais segmentos da comunidade universitária.

O ano termina com a mobilização popular para a posse presidencial. E, no decorrer dos próximos meses,levantaremos com firmeza nossas pautas históricas. Estamos sem reajuste desde 2017, quando recebemos a última parcela do acordo firmado no governo Dilma, em 2015. Recomposição salarial e melhoria na carreira são reivindicações justas, e pelas quais vamos lutar com garra.

Ao longo das duas últimas décadas, nunca compensamos todas as nossas perdas, ainda que reajustes tenham sido conquistados. A carreira dos técnicos-administrativos em educação precisa de adequação com propostas que valorizem nossa formação e o nosso fazer cotidiano, considerando as mudanças ocorridas no mundo do trabalho com a dinâmica das novas tecnologias e a realidade do teletrabalho.

Pela autonomia universitária e defesa do patrimônio público, aluta por recomposição orçamentária para a UFRJ estará também na ordem do dia do Sintufrj. A instituição teve uma vertiginosa queda em seu orçamento de manutenção e custeio, atualmente é a metade do que recebia em 2012. Sem avanço de investimento público, a autonomia universitária das Ifes é inviabilizada. Nesse campo, devemos enfrentar as falsas soluções que partem da premissa de privatização do patrimônio material e acadêmico da UFRJ. Por isso, seguiremos em luta contra a implementação da Ebserh, contra o chamado Projeto de Valorização dos Ativos da UFRJ, que nada mais é do que a entrega de áreas físicas da universidade para o setor privado, e contra qualquer outra medida privatista.

Em um ano de eleições para a Reitoria, esses elementos serão alguns balizadores do debate que o Sintufrj pautará com a comunidade universitária. Também devemos evidenciar a profunda desigualdade nas relações de poder de nossa instituição, com a arcaica proporcionalidade nos colegiados para técnicos- administrativos e alunos, ambos com 15% cada, enquanto docentes têm 70% do poder de decisão.
Combater a precarização das condições de trabalho e estudo na instituição é outra bandeira de lutas do Sintufrj. Os efeitos da terceirização de mão de obra são dramáticos em todos os setores do cotidiano universitário, seja pela dinâmica prejudicial na execução de qualquer tipo de tarefa; seja principalmente pelo sofrimento imposto aos irmãos trabalhadores, constantemente sem salários e mínimas condições de trabalho digno. Não podemos ficar calados diante desta situação que só piora.

Muitas outras pautas internas e externas, específicas e gerais se apresentarão, mas, em todos os desafios que se colocam, teremos a certeza que nossa força reside em nossa união. Participe do seu sindicato! Se apresente nas reuniões por local de trabalho para aescolha de delegados sindicais de base. Vá às assembleias, leia o Jornal do Sintufrj, acesse as redes sociais (site, Facebook, Instagram), entre na lista de transmissão para receber diariamente informações do seu interesse. Fale com a gente.

Ocorreria hoje no Ed. Ventura a abertura dos envelopes dos interessados na concessão de 15 mil m² do campus da praia vermelha. O movimento “A UFRJ não está a venda” esteve lá para acompanhar e denunciar o processo, que desde o princípio teve muitos problemas e praticamente não houve debate com a comunidade da UFRJ.

Fomos surpreendidos com a divulgação de que foi uma “licitação deserta”, ou seja não houve interessados no projeto apresentado pela reitoria de Denise Pires.

Agora possivelmente a Reitoria terá de realizar modificações no projeto, o que devemos exigir que seja feito ouvindo a comunidade universitária e priorizando os interesses da UFRJ e não do capital privado.
Seguiremos em luta contra a privatização de nosso patrimônio! Queremos o Canecão reaberto no mesmo local, como um espaço cultural popular, espaço para ensino, pesquisa e extensão nas artes e cultura!
Ganhamos fôlego mas seguiremos vigilantes ✊🏼
A UFRJ NÃO ESTÁ A VENDA

movimento UFRJ não està à venda.
C ampinho fica!
Queremos um Canecão público!
Rio,21/12/22