Trabalhadores insistem na volta ao Fundão e Sintufrj irá organizar nova mobilização no Consuni

A apreensão das trabalhadoras da Educação Infantil do Colégio de Aplicação – deslocada,desde fevereiro, em função de problemas estruturais, da sede do Fundão, para o prédio do Cap, na Lagoa – vem aumentando à medida que a solução para sua reivindicação de retorno ao Fundão parece cada vez mais distante.

Profissionais e famílias das crianças atendidas sofrem com a mudança repentina e com a distância. Há quatro turmas de 15 alunos cada, entre dois e cinco anos, hoje agrupadasem apenas duas salas da sede na Zona Sul.

Há algumas semanas, houve o aceno, por parte da Reitoria, de ocupação de um conjunto de prédios na antiga Bio-Rio, atual Parque de Biotecnologia, para o que seria necessária reforma importante e demorada. Provisoriamente, aguardando o fim da obra, houve a sugestão de que o grupo utilizasse um dos prédios em melhor condição. Este sofreria uma obra emergencial e poderia ser ocupado em três meses.

Só que isso não se concretizou. “O prédio na Bio-Rio não terá a obra emergencial de três meses. Agora só iremos para o espaço. no início do ano letivo de 2024. Segundo o ETU, a obra é maior do que achavam. Não há rede elétrica, nem de Internet. E do espaço intermediário que o Reitor falou que iria tentar achar até o momento, nada foi visto. As servidoras continuam no CAp Lagoa e as condições de trabalho continuam as mesmas, precárias”, lamenta Iolanda Silva Menezes de Araújo que divide com Monique Tavares Riscado Lopardi a representação das técnicas-administrativas da Educação infantil na comissão que que estuda um espaço para o retorno (porém até aqui não nomeadas).

Na EI há 18 técnicas-administrativas, seis professores do ensino básico e 16 substitutos. E todos almejam o retorno.

 

Horário integral

Foi retomado o atendimento integral às crianças, porque a equipe de cozinha da Educação Infantil está produzindo a alimentação das crianças no Restaurante Universitário Central e levando até a Lagoa. E houve o aumento da quantidade de crianças que voltaram a frequentar a escola, mesmo tão longe. Até há pouco tempo, com o atendimento em apenas meio turno (até meio-dia, por não haver alimentação), uma boa parte deixou de ir.

As famílias têm se organizado entre si para garantir o deslocamento das crianças até a Lagoa, fazendo escalas: cada dia, um responsável leva e outro busca alguns dos pequenos alunos. Há também quem tenha contratado transporte.

Segundo Iolanda o grupo vai continuar a pressionar a Reitoria para, além da reforma do prédio, pelo espaço provisório, “pois a situação está muito difícil para as servidoras. Estamos esgotadas emocionalmente, o deslocamento tem sido penoso”, conta a representante.

Sintufrj voltará com companheiras ao Consuni

Para a coordenação do Sintufrj é preciso urgência na solução deste impasse em relação a Educação Infantil. “Não só o corpo técnico-administrativo, como os usuários da creche vêm sofrendo com esta situação. Sua rotina foi toda modificada repentinamente, o que causou um grande transtorno para todos”, apontou a coordenadora de Políticas Sociais Marly Rodrigues, que vem acompanhando, junto com outros coordenadores, a organização do grupo.

“Queremos que a Reitoria se posicione em relação ao que fazer para que possamos amenizar o sofrimento desses servidores, como também das crianças e seus pais”, disse ela, adiantando que a entidade estará presente na próxima sessão do Conselho (a próxima reunião ordinária está prevista para o dia 11 ) com as companheiras da creche para, mais uma vez, cobrar providências.

No dia 23 de março, os trabalhadores já haviam organizado, com apoio do Sintufrj, ato em frente ao auditório do Conselho Universitário, no Parque Tecnológico, para apresentar ao reitor em exercício Carlos Frederico Leão Rocha, sua reivindicação. Na época Rocha avaliou que esta era uma questão social que envolvia também as famílias das crianças e que a Reitoria estudava as possibilidades.

A comissão que cuidou da organização da pesquisa que indicou Roberto Medronho e Cássia Turci, da chapa 10, como os escolhidos para a reitoria da UFRJ com 31,8% dos votos divulgou os números finais do pleito. A apuração foi iniciada na sexta-feira (28), interrompida no feriado e retomada no início da semana. O mandato de Medronho e Cássia começa em julho e se estende até julho de 2027. A chapa 20 foi liderada por Vantuil Pereira com Katya Gualter na vice e obteve 19,8%. A chapa 20 foi a preferida entre os estudantes, mas batida pela chapa 10 na votação de professores e técnicos.

Números finais
Chapa 10 – 31,8 %
Professores: 2.253 votos
Técnicos: 2.536 votos
Estudantes: 6.835 votos
Total ponderado Chapa 10:
Chapa 20 – 19,9 %
Professores: 835
Técnicos: 2.066
Estudantes: 9.792
O pleito ocorreu entre os dias 25 e 27/4 em 44 seções eleitorais.

A pesquisa registrou, ainda, 206 votos brancos e 359 nulos.

Apuração dos votos para o Reitor da UFRJ 2023.

Depois de duas rodadas classificatórias, nesta quinta-feira (04), a partir das 17h, acontece a grande final do Vozes Universitárias 2023, o primeiro festival de música promovido pelo Sintufrj. O evento será no mesmo cenário das apresentações anteriores nos dias 14 e 28 de abril – o Espaço Cultural do sindicato que ganhou nova dimensão e conforto com reforma recente. Dez finalistas disputam a preferência dos jurados. Haverá premiações para vencedores e participantes. Na foto de Elisângela Leite, Vander de Araújo, um dos coordenadores do Sintufrj, apresentando a segunda rodada do festival realizada na sexta-feira, 28 de abril.

VANDER DE ARAÚJO, coordenador do Sintufrj apresentando o festival de Vozes Universitária que realiza sua finalíssima nesta quinta-feira (04)
Primeiro Festival Vozes Universitárias 2023

Vinte e três pessoas se inscreveram.