Estudantes engrossaram manifestação e cantaram em coro: “a luta unificou, é estudante junto com trabalhador”

Ato Unificado dos Servidores com a participação de estudantes ocupou, na tarde deste quinta-feira, 10 de Agosto, Dia Nacional de Luta dos servidores, as ruas centrais da cidade do Rio. O Sintufrj convocou trabalhadores da universidade e tem presença ativa na defesa de melhores salários, reestruturação da Carreira e nos protestos contra o arcabouço fiscal.

A concentração do pessoal da UFRJ se seu no Largo de São Francisco, diante do IFCS, para onde o Sintufrj havia convocado uma assembleia ato. Servidores e estudantes se concentraram, pintaram cartazes e depois marcharam até à Candelária para se juntar aos demais servidores numa manifestação unitária.

Os desafios estão postos diante das dificuldades que aparecem nas negociações com o governo. Mas manifestações deste 10 de Agosto – que se deram em outros locais do país – faz parte dessa mobilização para pressionar com potência o governo federal. Como sustentou Esteban Crescente, coordenador-geral do Sintufrj, a luta é por melhorias do serviço público para a popular e redirecionar recursos que hoje vão para banqueiros e ricos que vivem de renda para as áreas sociais, particularmente. Coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, saudou o movimento estudantil “sempre na luta pela educação” e disse que só a  mobilização pode garantir conquistas aos servidores.

O Sintufrj prepara uma matéria com detalhamento dessa quinta-feira de protesto.

Estudantes engrossaram manifestação e cantaram em coro: “a luta unificou, é estudante junto com trabalhador”

Ato Unificado dos Servidores com a participação de estudantes ocupou, na tarde deste quinta-feira, 10 de Agosto, Dia Nacional de Luta dos servidores, as ruas centrais da cidade do Rio. O Sintufrj convocou trabalhadores da universidade e tem presença ativa na defesa de melhores salários, reestruturação da Carreira e nos protestos contra o arcabouço fiscal.

A concentração do pessoal da UFRJ se seu no Largo de São Francisco, diante do IFCS, para onde o Sintufrj havia convocado uma assembleia ato. Servidores e estudantes se concentraram, pintaram cartazes e depois marcharam até à Candelária para se juntar aos demais servidores numa manifestação unitária.

Os desafios estão postos diante das dificuldades que aparecem nas negociações com o governo. Mas manifestações deste 10 de Agosto – que se deram em outros locais do país – faz parte dessa mobilização para pressionar com potência o governo federal. Como sustentou Esteban Crescente, coordenador-geral do Sintufrj, a luta é por melhorias do serviço público para a popular e redirecionar recursos que hoje vão para banqueiros e ricos que vivem de renda para as áreas sociais, particularmente. Coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, saudou o movimento estudantil “sempre na luta pela educação” e disse que só a  mobilização pode garantir conquistas aos servidores.

O Sintufrj prepara uma matéria com detalhamento dessa quinta-feira de protesto.

O governo frustrou a expectativa dos servidores e informou que enquanto a proposta de Arcabouço Fiscal não for aprovada no Congresso não terá como responder à pauta econômica apresentada pelas entidades acerca da recomposição salarial.

O comunicado foi feito na 3ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) em Brasília nesta quinta-feira, 10 de agosto. Numa live no final da tarde e início da noite a direção da Fasubra fez o relato da negociação que não houve.

No chat da live – que foi ao ar no canal da federação no Youtube – foi visível a insatisfação dos trabalhadores e a palavra “enrolação” foi bastante repetida.

Da reunião que durou quatro horas, segundo Cristina Del Papa, coordenadora-geral da Fasubra, participaram cerca de 20 entidades representando servidores federais. Além do tema recomposição salarial, outros pontos foram abordados.

Um deles também está na pauta de rei indicações dos servidores do Executivo. Querem resolver a inaceitável situação que reduz a quase metade o valor dos benefícios em comparação ao que é pago aos outros poderes – Legislativo e Judiciário.

De acordo com o informe da Fasubra, o governo se comprometeu em abrir um caminho para fazer essa equiparação. Só que uma decisão neste sentido tem que passar pelo Congresso.

Preocupação

Condicionar a pauta econômica dos servidores à aprovação do Arcabouço Fiscal (em tramitação no Congresso) traz preocupação aos trabalhadores. A começar pelo fato de os trabalhadores, como já enfatizou a Fasubra, ser contra a proposta que estabelece metas a serem cumpridas pelo governo que, em caso de não serem alcançadas, interdita a recuperação salarial dos servidores.

A lógica fiscal do governo inquieta mesmo os servidores: recentemente houve contingenciamento de verbas no orçamento deste ano que atinge principalmente a saúde e a educação.

A direção da Fasubra, diante do cenário, reafirmou que só a mobilização das bases da categoria pressionando o governo irá abrir perspectiva para salários e Carreira dignas.

AS FOTOS QUE ILUSTRAM ESSA NOTÍCIA REGISTRAM MOMENTOS DO VIGOROSO ATO DA QUINTA-FEIRA NO RIO DE JANEIRO (Fotos: Elisângela Leite)

Reserva será preenchida apenas por candidatos que não alcançarem nota que garanta vaga pela concorrência geral

Escrito por: Contraf-CUT

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) o Projeto de Lei (PL) 5.384/20, que reformula a Lei de Cotas. A lei em vigor a respeito do tema determina que as cotas nas universidades federais devem ser revistas de dez anos em dez anos, prazo completado no ano passado. O PL, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), relatado pela sua colega de bancada Dandara (PT-MG), segue para votação no Senado.

O texto aprovado na casa legislativa reduz a renda familiar per capita para ingresso de aluno da rede pública pelas cotas, de 1,5 para um salário-mínimo, e prevê a inclusão de quilombolas no sistema de cotas. A proposta também altera o mecanismo para o preenchimento das vagas. Os cotistas passarão a concorrer pelas vagas gerais e, apenas quando não alcançarem o ingresso nessa disputa, a nota valerá para as vagas reservadas aos subgrupos (pretos, pardos, indígenas). A lei continuará a ser avaliada a cada intervalo de dez anos.

Em vigor desde 2012, a lei atual, nº 12.711/12, destina 50% das vagas nas universidades e institutos federais de ensino técnico a alunos vindos das escolas públicas. Metade delas são para estudantes de famílias que ganham 1,5 salário-mínimo ou menos por pessoa ao mês. São previstas cotas para estudantes pretos, pardos, indígenas e com deficiências.

Avanços

Para o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, “a iniciativa política que aprovou a revisão da lei de cotas na Câmara deixa a todos nós, das forças progressistas, muito felizes, pois além de tornar permanente a política de cotas, amplia a reserva e destina metade dessas vagas para estudantes de famílias com renda igual ou inferior a um salário-mínimo, o que aumenta a oportunidade de mais pessoas ingressarem nas universidades”.

O secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT, Jeferson Meira, o Jefão, que é o responsável pelo acompanhamento dos projetos de interesse da categoria bancária no Congresso Nacional, avalia que “essa votação foi uma vitória emblemática, pois ocorreu de forma unânime na Câmara. Isso mostra que a maioria dos e das parlamentares compreendeu os avanços sociais, técnicos e culturais promovidos pela lei de cotas desde 2012”.

O coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente lembrou aos presentes no expediente do Conselho Universitário, em sessão nesta quinta-feira, transmitida pelo Youtube, dia 10, que este é um dia de paralisação da categoria conforme decisão da última assembleia geral, realizada no dia 7, seguindo orientação da Fasubra.

Esteban apresentou os eixos do movimento nacional, como a recomposição salarial, o aperfeiçoamento da Carreira e a defesa do Orçamento para as áreas sociais e a crítica da Fasubra à manutenção do regime de teto de gastos dentro da política que está sendo desenvolvida no arcabouço fiscal em debate no Congresso. “É por isso que vamos para a rua. Hoje estaremos às 14h no IFCS (no Largo de São Francisco) em assembleia-ato para ocupar as ruas e reivindicar estas demandas”, disse ele.

O coordenador saudou iniciativa que considerou importante, por parte da Reitoria, de encaminhar a constituição de uma mesa setorial com o Sindicato, antes mesmo de que a entidade apresentasse sua demanda: “É importante um gesto que, espero, simbolize que tenhamos resultados produtivos no próximo período”, avaliou. A reunião está prevista para sexta-feira, dia 11.

 

COORDENADOR-GERAL Esteban Crescente destaca a importância do ato unificado que vai ocupar o Centro da cidade daqui a pouco