Consuni 14/09/23.
Professores e pais do CAP Fundão.
Consuni 14/09/23.
Professores e pais do CAP Fundão.

Munidos de uma enorme faixa e muitos cartazes com dizeres como “A aula hoje é no Consuni”, servidores, trabalhadores terceirizados e familiares de alunos do Segmento da Educação Infantil do Colégio de Aplicação (Cap) realizaram, com apoio do Sintufrj, manifestação na sessão do Conselho Universitário nesta quinta-feira, 14 de setembro. O problema é a falta de um local adequado para funcionamento da escola, onde estudam crianças de dois a cinco anos de idade.

A manifestação foi para expor a situação precária em que se encontra a Educação Infantil da UFRJ e reivindicar uma solução da Reitoria. Há sete meses, desde que o segmento foi desalojado do Fundão, onde já funcionava de forma provisória, as aulas estão sendo ministradas no Colégio de Aplicação, na Lagoa. Quatro turmas foram amontoadas em um único espaço do tamanho de duas salas de aula normal.

Sem justificativas

Dos 57 alunos, atualmente somente 26 estão com matrícula ativa. Iolanda Silva Menezes de Araújo, técnica em assuntos educacionais que, com Monique Tavares, representa os profissionais da Educação Infantil na comissão instituída pela Reitoria para encontrar uma sede provisória para instalação do segmento, fez um histórico da situação.

Segundo a servidora, trabalhadores e os alunos há sete meses dividem duas salas improvisadas na sede do Colégio de Aplicação, na Lagoa, em total precariedade. “Até o momento não conseguimos nenhum espaço emergencial, porque existem especificidades para alocar crianças”, disse.

A técnica-administrativa Cristina Susarti lamentou que somente 26 alunos matriculados estejam frequentando as aulas, e por não ter sido publicado edital para abertura de novas vagas em 2024. Porque faz falta para as crianças pobres, negras o espaço de arte, de educação e de cultura que a escola oferece. “Queremos que o reitor empossado busque solução para garantir o direito de nossas crianças”, reivindicou.

Apoio do Sintufrj

O Sintufrj produziu o material de divulgação que os  manifestantes levaram para o Consuni, e os coordenadores da entidade Marly Rodrigues, Edmilson Pereira, Nivaldo Holmes e o dirigente da Fasubra, Francisco de Assis, distribuíram panfletos aos conselheiros antes do início da sessão. O conselheiro técnico-administrativo, Roberto Gambine, expôs no colegiado a situação da Educação Infantil.

Esteban Crescente, coordenador-geral do Sintufrj, informou no Consuni que a categoria técnico-administrativa presente na última assembleia geral deliberou que o sindicato apoiasse e participasse do protesto dos trabalhadores do CAp.

Resposta da Reitoria

O reitor Roberto Medronho disse que já solicitou verba à Secretaria de Educação Superior do MEC (Sesu) para resolver emergencialmente o problema de falta de espaço físico para a Educação Infantil do Cap. E se comprometeu que o assunto entrará na pauta do próximo Consuni para aprofundar o debate a respeito.

Medronho também se comprometeu a providenciar o registro dos alunos do CAp no Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga).

Faltou objetividade

Os trabalhadores do CAp criticaram a falta de uma resposta mais precisa do reitor, depois de sete meses de espera. “Vamos aguardar que esta nova reitoria consiga resolver a situação”, disse Yolanda Silva Menezes de Araújo. Ela informou que a direção do CAp tem reunião agenda com Roberto Medronho na sexta-feira, 15, mas conclamou a todos a estarem juntos na luta na próxima sessão do Consuni.

“Nós, diretores da Associação de Pais e Amigos do CAp consideramos esses resultados vitorias pequenas demais para quem está há sete meses impossibilitado de frequentar a escola, o que prejudica também os responsáveis pelos estudantes pelo prejuízo da parte pedagógica, com as crianças tendo aulas entulhadas em duas salas. A única coisa é que após 75 anos os alunos do Cap serão reconhecidos como alunos da UFRJ. Mas só temos isso e a inclusão de nossa pauta no Consuni. Vamos convocar todos os representantes de todos os segmentos para lutar não só pela educação infantil, mas por todo CAp”, disse Sthefany Maria Libonati.

Escombros na EEFD

Também será ponto de pauta da próxima sessão do colegiado a Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ. No dia 6 de setembro, parte da estrutura da ala direita da unidade desabou. As aulas foram suspensas e os alunos não concordam com a proposta de prosseguirem o semestre remotamente.

Consuni 14/09/23.
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