Manifestação de servidores no Centro do Rio fecha com protestos os dois dias de jornada de lutas que envolveu convocação de trabalhadores da UFRJ para paralisação

Os trabalhadores da UFRJ organizados pelo Sintufrj se uniram às demais categorias de servidores em luta e realizaram ato unificado no fim da tarde desta terça-feira, 8 de novembro, no Buraco do Lume (Centro do Rio). A manifestação fechou os dois dias de jornada acumulando forças para exercer pressão no governo dentro da campanha salarial.

Os servidores federais querem respostas concretas às reivindicações de recomposição salarial e manifestam desapontamento com a postura do governo nas negociações.

Após falas no Buraco do Lume, onde houve concentração desde as 16h, que foi reforçada por estudantes, os manifestantes seguiram em caminhada até a Cinelândia ocupando meia pista.

Palavras de ordem como “servidor na rua, governo a culpa é sua”, e alertas em relação ao parco orçamento destinado à saúde e educação, principalmente às universidades federais, em detrimento ao pagamento de juros da dívida pública, foram o mote da caminhada.

O coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, fez a fala final do ato na Cinelândia, por volta das 18h, conclamando à unidade dos trabalhadores públicos!

As manifestações desta quarta-feira foram nacionais. Os servidores se voltam para a nova rodada de negociações na quinta-feira, 16 de novembro.

Ato Unificado dos Servidores Federais no Buraco do Lune.
Rio,08/11/23

 

Um ato em frente ao HUCFF nas proximidades de um dos acessos ao CCS em defesa dos hospitais universitários e de verbas para a universidade abriu na UFRJ o segundo dia da jornada com paralisação nesses  7 e 8 de novembro.
Além da luta por recomposição salarial e aperfeiçoamento da Carreira, aqui a pauta ganha intensidade pela resistência à tentativa de terceirização da saúde com a proposta de adesão à Ebserh. Uma convocação para a sessão DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA (9) quando será apresentado relatório sobre a questão foi feita.
A jornada para pressionar o governo nas negociações salariais em Brasília aconteceu em todo país e aqui no Rio será encerrada com protesto unificado dos servidores federais no Buraco do Lume (Centro do Rio).
Manifestação por Verbas para UFRJ no bloco A do CCS.
Rio, 08/11/23

Representantes de diferentes categorias pretendem mostrar força para a próxima mesa de negociação com governo, no dia 16

Mateus Coutinho
com informações do Brasil de Fato

Em meio a importantes votações da agenda econômica no Congresso previstas para esta semana, como a reforma tributária, o governo federal enfrenta nesta quarta-feira (8) a mobilização de servidores públicos federais de diferentes categorias por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho. A mobilização acontece após seis anos de relações tensas e defasagens nos reajustes salariais durante os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Com cálculos que apontam uma defasagem de até 53% para algumas categorias desde 2013, entidades de servidores de todo o país estão prevendo para esta quarta paralisações nos estados, além de atos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O objetivo é pressionar parlamentares e a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, responsável por conduzir as discussões salariais e de carreira das categorias.

As categorias buscam ainda mostrar força para a próxima rodada de negociações, na reunião da Mesa Nacional de Negociações Permanente, convocada pela pasta de Dweck para o dia 16 de novembro.

Desde o começo do ano, o governo tem mantido mesas de negociações específicas com encontros periódicos para negociar as demandas das categorias do funcionalismo público federal, além da mesa nacional permanente, com representantes de todas as categorias. Em nota, o Ministério da Gestão informou que foram criadas neste ano 10 mesas setoriais, para atender as situações específicas de cada área e reafirmou seu compromisso de diálogo com todas as categorias.

Segundo as lideranças sindicais, porém, até o momento o governo não apresentou uma resposta concreta às demandas que foram apresentadas de reposição inflacionária. Na mesa nacional realizada em julho, os servidores pediram ao governo que seja feita a reposição salarial com base na inflação acumulada dos últimos anos em pagamentos divididos em três parcelas anuais, com a primeira sendo paga em 2024.

Os líderes afirmam que a postura do governo tem causado indignação entre os servidores. Na mesa realizada em agosto, o governo afirmou que teria reservado no orçamento de 2024 o total de R$ 1,5 bilhão para atender as demandas do funcionalismo público federal. De acordo com os servidores, este valor representaria um reajuste de cerca de 1% para o funcionalismo.

TRABALHADORES DA UFRJ EM uma das manifestações no Fundão na jornada de lutas da campanha salarial