E

Em assembleia, aprovam atos e mobilizações urgentes por recursos para a UFRJ

Exigindo recomposição orçamentária e denunciando o sucateamento da UFRJ e a falta de segurança para estudantes e trabalhadores, estudantes convocados pelo DCE e pela Atlética da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) realizaram ato no campus do Fundão, nesta sexta, 3, percorrendo corredores, denunciando a situação de sucateamento e convocando a comunidade para a próxima quinta, dia 9, ato no Consuni, seguido do ato unificado da Educação Pública no estado.

Eles foram até a Reitoria, no Parque Tecnológico, percorrendo corredores dos centros, como o CT  e o CCMN, e seguiram até o Bandejão Central denunciando a gravidade da situação, à exemplo do que ocorreu com o prédio da Escola de Educação Física, novamente com aulas suspensas por causa do desabamento de pedaços de uma marquise externa no bloco A, que projetou destroços para dentro do corredor.

“A UFRJ não pode desabar sobre nós”

Os  estudantes haviam convocado assembleia emergencial na tarde de quinta-feira, dia 2, no Centro de Ciências da Saúde, após o desabamento, ocorrido um dia antes à noite.

Em setembro do ano passado havia acontecido o mesmo, no bloco B, em salas de aula do curso de Dança. Da mesma forma, destroços e janelas foram empurrados parede adentro. Em ambos os casos, sem feridos.

A assembleia conjunta com os estudantes do prédio debateu a realização de mobilizações urgentes.  Deliberou pela realização de dois atos públicos. Um nesta sexta-feira, dia 4, às 13 na escadaria do CCS e outro no próximo Consuni, dia 9, seguido de ato nacional. “Queremos dignidade para estudar! Queremos um prédio que não caia na nossa cabeça! Por recomposição orçamentária já”, anunciaram.

Crise sem precedentes

Em informe no site da UFRJ sobre o desabamento, o reitor Roberto Medronho comentou que a solução para os problemas de infraestrutura dos prédios da Universidade só virá quando o governo federal realizar a recomposição orçamentária.

Apontando uma crise orçamentária sem precedentes, a instituição começou o ano com um déficit de R$ 152 milhões, essenciais para honrar os contratos que garantem o funcionamento adequado de todas as atividades. E que, em 12 anos, o orçamento foi reduzido pela metade, mas o número de alunos cresceu 50%.

Em torno de R$ 567 milhões são necessários para as edificações com graves problemas. Verbas urgentes são necessárias para recuperar várias edificações da UFRJ que segundo levantamento do ETU, até o momento, são cerca de 52% delas. “O custo para a recuperação estimado em 2023 era de R$ 796 milhões.  Não podemos esperar mais!”, disse o reitor.

Em nota, a Reitoria informou que foi definida uma empresa para manutenção corretiva para execução imediata do escoramento e apontada ao MEC a necessidade de recursos orçamentários para a execução do serviço e verbas suplementares para manutenção, evitando futuros acidentes.

Situação financeira se agrava

Segundo a Pró-Reitoria de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças (PR-3), em informe sobre a situação orçamentária em 3 maio, a estimativa de despesas previstas para 2024 caiu ligeiramente de pouco mais de R$ 524 milhões para 521 milhões, das quais já foram pagas R$ 104 milhões.

Falta pagar R$ 417, 5 milhões e,  do orçamento da UFRJ (R$ 283,4 milhões) restam apenas R$ 179 milhões.

“Se for mantido o atual ritmo das despesas, concluiremos maio com apenas R$ 16,7 milhões disponíveis em nosso orçamento e, a partir de junho, não teremos como atender a nossas obrigações que atualmente estão estimadas em R$ 39, 9 milhões”, diz o informe.

O texto destaca que, apesar disso, a Universidade não irá parar em junho, porque “deixaremos de atender a demandas via critérios a serem acordados com a Reitoria”.

Além do déficit elevado, de 2023 para 2024, foi repassada, segundo a PR-3, elevadíssima demanda por serviços que não foram realizados, mas cuja execução não se pode mais adiar.  E considerando déficits anteriores, o déficit no final do ano está estimado em R$ 377, 6 milhões.

 

Fotos: DCE Mário Prata

Concentração nas escadarias do CCS na tarde desta sexta-feira, dia 3

 

Já são 46 instituições federais com adesão de docentes ao movimento, segundo informa o Andes-Sindicato Nacional. Assembleias já aprovaram novas paralisações para os próximos dias

A greve dos professores das universidades e institutos federais, deflagrada no dia 15 de abril, segundo levantamento feito até 3 de maio, já tem a adesão de 46 instituições e outras já têm deflagrações aprovadas em assembleias, previstas para ocorrer nos próximos dias. O levantamento foi feito pelo Andes, sindicato nacional da categoria.

Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026, recomposição do orçamento das universidades e defesa da educação pública e de qualidade. O sindicato nacional da categoria, o Andes, reivindica também recomposição do orçamento e dos colégios e das escolas de aplicação na mesa específica com o MEC.

A categoria, em conjunto com técnico-administrativos que deflagraram greve desde o dia 11 de março e profissionais da rede federal de educação básica, profissional e tecnológica, em greve desde 3 abril, tem intensificado a participação da mobilização unificada dos trabalhadores em educação.

Os professores vêm cumprindo intensa agenda de atividades. No Distrito Federal, no dia 30 de abril, o dia começou com recepção a parlamentares e autoridades governamentais no Aeroporto de Brasília, nas primeiras horas da manhã, para cobrar que pressionem o governo a receber representantes das entidades da Educação Federal.

O presidente do ANDES-SN, sindicato nacional da categoria, Gustavo Seferian, durante o ato no aeroporto de Brasília, ressaltou a importância da luta empreendida por docentes e técnicos administrativos em defesa da educação pública.

“Essa é a luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação para construir um outro futuro para o Brasil, em que todo servidor seja respeitado e que a educação pública seja valorizada, em que possamos ter soberania, desenvolvimento científico, tecnológico, construção de uma educação crítica, longe de toda a forma de opressão, exploração, destruição da humanidade e da natureza. É para isso que estamos aqui em luta, para pressionar o governo federal para, enfim, nos trazer uma resposta efetiva à campanha salarial de 2024 e a necessidade de investimentos públicos nos nossos aparelhos de educação”, explicou Seferian.

Do aeroporto os professores seguiram para a Esplanada dos Ministérios para uma vigília em frente ao Ministério da Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos (MGI), juntando-se aos representantes dos comandos de greve do Sinasefe e da Fasubra em ato unificado para cobrar nova rodada de negociação, além de avanços concretos nas pautas de reivindicações.

Entre as universidades com greve de professores estão a UnB, UFF, Unirio, Universidade Federal do Ceará, Universidade Federal do Pará, Universidade Federal do Maranhão, Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal de Juiz de Fora, UFMG, Universidade Federal de São Paulo, Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Paraná, entre outras (Veja quadro).

No Rio

Os professores da UFRJ e da Rural do Rio não aderiram ao movimento paredista e encontram-se em “estado de greve”. Mas a adesão ao movimento cresce. Os professores da UFF aprovaram greve a partir de 29 de abril. E os professores da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) decidiram aderir à greve por tempo indeterminado a partir do dia 2 de maio.

Greve no Pedro II completa um mês

A greve no Colégio Pedro II, instituição que faz parte da Rede Federal de Educação Básica, Profissional e Tecnológica, completou um mês em 3 de maio. É o terceiro mais antigo colégio em atividade no país e contou ao longo de sua história com professores renomados na História do Brasil como Euclides da Cunha e aluno notórios como Manuel Bandeira.

Os professores e técnico-administrativos de suas unidades decidiram em assembleia realizada dia 20 de março aderir ao movimento nacional de greve marcado para 3 de abril pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).

Os servidores da base do Sinasefe foram a segunda categoria da educação a aderir ao movimento paredista iniciado pelos técnico-administrativos em educação das universidades no dia 11 de março. A principal reivindicação desses trabalhadores da educação é reestruturação de carreira, reajuste salarial e recomposição orçamentária das instituições.

 

 

Professores em greve (Andes)

1-Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

2-Universidade da Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira (UNILAB)

3-Universidade Federal do Ceará (UFC)

4-Universidade Federal do Cariri (UFCA)

5-Universidade de Brasília (UnB)

6-Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

7-Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

8-Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

9-Universidade Federal de Viçosa (UFV)

10-Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

11-Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

12-Universidade Federal do Pará (UFPA)

13-Universidade Federal do Paraná (UFPR)

14-Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

15-Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)

16-Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

17-Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

18-Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

19-Universidade Federal de Roraima (UFRR)

20-Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)

21-Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

22-Universidade Federal de Catalão (UFCAT)

23-Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)

24-Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

25-Universidade Federal de Tocantins (UFT)

26-Univerisidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

27-Universidade Federal Fluminense (UFF)

28-Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

29-Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE)

30-Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)

31-Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

32-Universidade Federal da Bahia (UFBA)

33-Universidade Federal do ABC (UFABC)

34-Instituto Federal do Sul de Minas Gerais Campus Pouso Alegre, Campus Poços de Caldas e Campus Passos

35-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)

36-Instituto Federal do Piauí (IFPI)

37-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG (IF Sudeste-MG) Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé

38-Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia SulRiograndense (IFSul) Campus Visconde da Graça

39-Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

40-Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras)

41-Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

42-Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

43-Universidade Federal do Acre (UFAC)

44-Universidade Federal de Lavras (UFLA)

45-Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet-RJ)

46-Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)

 

Adere em 5 de maio

Universidade Federal do Sergipe (UFS)

Adere em 6 de maio

Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)

Universidade Federal de Goiás (UFG)

 

 

 

 

 

 

ANDES-SN mobiliza professores na luta por carreira e reajuste salarial

A FASUBRA Sindical e Comando Nacional de Greve prestam sua solidariedade às vítimas afetadas pela tragédia climática que atingiu o Rio Grande do Sul.

Seguem informações oficiais do Governo do Estado com as formas possíveis de prestar suporte:

A Defesa Civil Estadual e as forças de segurança estão totalmente mobilizadas nos resgates de pessoas que ainda estejam em situação de risco. Por isso, ainda não estão sendo realizadas campanhas para encaminhamento de doações aos atingidos, tendo em vista que os estoques de alimentos, água e outros itens atendem às demandas dos municípios.

Neste momento, existe a necessidade de alguns itens específicos, como colchões, roupa de cama e banho (higienizados) e cobertores (higienizados).

Esses materiais já podem ser entregues no Centro Logístico da Defesa Civil Estadual, que funciona na Avenida Joaquim Porto Villanova, 101, bairro Jardim Carvalho, em Porto Alegre, e que atende no telefone (51) 3210 4255. Também é possível buscar informações sobre doações nos municípios.