Quinta-feira, 27/6:

. 9h, participação no Conselho Universitário (Consuni), no Parque Tecnológico. Pauta: discussão dos bens imobiliários da UFRJ e apresentação de proposta política de capacitação.

. 14h, reunião do GT Mulher do Sintufrj (hibrida), no Espaço Cultural da entidade. Pauta: avaliação da participação das mulheres na greve.

. 16h, protesto unificado dos trabalhadores da Educação estadual e federal. IFCS.

Segunda-feira, 1º de julho:

. 10h, assembleia simultânea no auditório do Centro de Tecnologia (CT), com transmissão para os servidores nos campi da Praia Vermelha e Macaé.

14h, audiência pública sobre o orçamento da UFRJ, com a participação da Reitoria, Sintufrj, Adufrj, APG e DCE Mário Prata. No auditório do CT.

 

 

Foto: Renan Silva

Ao abrir a assembleia desta quarta-feira, 26, o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, fez uma retrospectiva da última  negociação com o governo. Ele lembrou que, por decisão da assembleia geral da semana passada (dia 19), a categoria aprovou a proposta para que a Fasubra reivindicasse ao governo nova mesa de negociação para ajustes da proposta apresentada em 11 de junho. Como, por exemplo, o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e ampliação de ganhos econômicos.

Em nível nacional, 45 entidades aprovaram a reivindicação de nova mesa de negociação e 29, não; 15 bases rejeitaram a proposta, 29 aceitaram o que foi acordado no dia 11 e 30 bases aceitaram o que já tinha na mesa até então, mas também que se tentasse ganhar mais em mais uma negociação.

Reflexos da proposta na tabela

Confira na página do Sintufrj no Youtube a explicação do CLG (começa pouco depois de 20 minutos de iniciada a assembleia do dia 19) ou pela edição do Jornal do Sintufrj disponível no site da entidade. O link do vídeo é https://www.youtube.com/watch?v=iqFyIJH7MZg.

No que diz respeito a itens econômicos, ativos e aposentados na proposta atual, entre janeiro do ano que vem até abril de 2026, terão ganhos entre 14,8% e 65%. Vai depender de onde se está na carreira, qual o cargo, tempo de casa, formação, entre outros elementos. E se há incentivo à qualificação. A partir desses três fatores, pode-se dizer quanto você vai ganhar em janeiro e em 2026.

Pauta interna

entregue à Reitoria

A assembleia também deliberou pela pauta interna a ser negociada com a Reitoria, apresentada pelo CLG. A próxima reunião com o reitor Roberto Medronho está marcada para o dia 2 de julho. Reivindicações:

1- Regulamentação da aplicação da insalubridade em ambientes de arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação e de memória, a partir da aprovação da Lei 14.846/2024;

2- Garantia do direito à insalubridade em geral, atendendo aos novos concursados, inclusive.

3 -Garantia de regras distintas para a movimentação de servidores das unidades hospitalares sob gestão da Ebserh. Além disso, o jurídico do Sintufrj formulará parecer que respalde a decisão desses trabalhadores. A Reitoria deve se empenhar pela realização de concurso público pelo RJU para os hospitais gerenciados pela Ebserh, como também deve priorizar que as vagas nessas unidades sejam preenchidas por concursados a espera de serem contratados.

4 – Debater e encaminhar solução para os prédios com problema infraestrutural, como a Escola de Educação Física e Desporto e Dança, IFCS, Reitoria (onde funciona a Escola de Belas Artes, Faculdade de Arquitetura e outros órgãos importantes da universidade), instalações no campus Duque de Caxias, Escola de Educação Infantil, que há dois anos não abre vagas por falta de espaço definitivo para seu funcionamento, unidades do CCS, entre outras construções acadêmicas e administrativas. Isso inclui também o Ippur, GPDes, Biblioteconomia e demais cursos oriundos do Reuni. Qual o critério que a Reitoria pretende adotar para dar continuidade a obras de determinadas construções inacabadas?

6- Institucionalização de uma política para o enfrentamento ao assédio moral, racismo, LGBTfobia, machismo, Xenofobia, etarismo e capacitismo;

7-Construção de uma Câmara de Saúde para tratar integralmente os trabalhadores e realizar os exames periódicos.

8 – Relatório ou informe das atividades mais recentes da comissão de exames periódicos pela PR4;

9 – Realização de uma assembleia comunitária para discutir com toda a comunidade universitária a situação estrutural e financeira da UFRJ.

10- Implantação da jornada de 30 horas semanais.

9 – Esclarecimentos sobre dados quantitativos dos cortes ou alterações de trabalhadores terceirizados nos contratos de portaria, vigilância e limpeza;

10 – Discussão sobre a paridade nos órgãos colegiados, bem como a possibilidade de voto das servidoras e servidores aposentados;

11- Eleição direta para Reitor;

12 – Política de incentivo a ocupação de vagas na graduação e programas de pós-graduação da UFRI por parte das trabalhadoras e trabalhadores técnicos-administrativos em Educação como política de Incentivo a Qualificação;

13- Garantia de regularização previdenciária dos NES e ex-NES;

14 – Garantia da absorção dos trabalhadores extraquadro no funcionamento dos

hospitais universitários, frente aos novos planos na gestão administrativa;

15-Direito de coordenação e/ou atuação como professor colaborador nos programas de pós;

16- Acompanhamento da execução do processo do Canecão.

17 – PGD: prazos recomecem a partir do fim da greve.

Capacitação – O representante do CLG Fernando Pimentel explicou que a PR-4 apresentou proposta, no Conselho Universitário, de institucionalização de política de desenvolvimento, capacitação e formação continuada, uma demanda da categoria. Mas esta política não foi debatida com as categorias. Por isso, ele pediu mais tempo para debate e pediu vistas. No dia 23, o CLG realizou um debate produtivo, entendendo que a resolução, da maneira que está escrita, tem problemas que precisam ser sanados.

“A gente acumulou várias propostas. O que a gente então defendeu nessa construção na sexta-feira, e conversou no CNG, é que a gente tem interesse que a resolução seja aprovada. E aprovou que seria enviado ofício à Reitoria solicitando que fosse suspensa a discussão (o próximo Consuni é quinta-feira, 27) no prazo de um mês, para rodadas de debate entre as categorias, se os docentes tiverem interesse, e a Reitoria”, disse Fernando, explicando que, caso não seja possível, está preparando parecer nesse sentido, solicitando tempo para debater.

Outras propostas foram sugeridas pelos presentes para inclusão na pauta interna, como a questão estrutural do prédio da Reitoria (Edifício JMM), a realização de audiência pública para tratar dos problemas estruturais, a reivindicação de que os trabalhadores que realizaram greve não sofram nenhum tipo de retaliação, entre outros.

Comando Local de Greve convoca nova assembleia simultânea na UFRJ para segunda-feira, 1º de julho. No Fundão será às 10h, no auditório do Centro de Tecnologia (CT). O retorno ao trabalho está previsto para o dia seguinte, 2, caso o acordo com o governo tenha sido assinado

A greve dos técnicos-administrativos em educação da UFRJ continua. Por decisão da maioria absoluta dos presentes na assembleia simultânea realizada na quarta-feira, 26, no Fundão, Praia Vermelha e campus Macaé, com transmissão pelas redes sociais do Sintufrj, o movimento grevista continua até a assinatura do Termo de Acordo entre o governo e a Fasubra, previsto para esta quinta-feira, 27. Mas, isso somente ocorrerá se a minuta do documento contiver todos os itens negociados e acordados entre as partes.

A decisão da categoria baseou-se na orientação aprovada pelo  Comando Nacional de Greve (CNG/Fasubra) e publicada no IG (Informe de Greve) nº 6 da Federação. De acordo com o CNG, após 105 dias de greve e todas as dificuldades enfrentadas no diálogo com o governo, a luta resultou em conquistas, como a reestruturação da carreira, reposicionamento dos aposentados, o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), hora ficta (hora noturna), manutenção das capacitações, reajuste dos benefícios, entre outras proposições.

Em reunião na segunda-feira, 24, o Comando Local de Greve (CLG/Sintufrj) corroborou a decisão do CNG com o seguinte encaminhamento: “O CLG defende a assinatura do acordo mediante minuta que contemple todos os pontos compreendidos como garantidos na mesa por parte da CNSC (Comissão Nacional de Supervisão da Carreira), com suspensão da greve e continuidade de mobilização para garantir os pontos em debates: na CNSC e GTs em 180 dias”.

 

Houve uma segunda proposta colocada para avaliação da categoria por uma das forças políticas que militam no movimento sindical na UFRJ, que era a seguinte: rejeitar a última proposta do governo, radicalizar as ações de greve para forçar nova mesa de negociação com os ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e Inovação (MGI), mas com pauta orçamentária, com o objetivo de ampliar as conquistas

 * A íntegra da transmissão da assembleia desta quarta-feira está disponíveis nas redes sociais do Sintufrj

Fotos: Renan Silva

TRABALHADORES DA UFRJ MANTIVERAM A GREVE e movimento irá se manter até que seja assinado acordo com o governo conforme foi acertado nas negociações

 

Superintendência completa um ano com ações voltadas à luta antirracista

Fotos: Renan Silva

A comemoração do primeiro aniversário de implantação da Superintendência de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada) na UFRJ teve o tom de celebração da democracia.

Nesse ambiente, numa solenidade aberta com performance de ancestralidade negra expressa na presença do mestre Manoel Dionísio, o combate ao racismo e a preconceitos foi marca nas reflexões.

Denise Góes, superintendente da Sgaada, foi o centro de gravidade do evento. Técnica administrativa e militante decana do Movimento Negro Unificado (MNU), fez enfática fala ao afirmar que a superintendência ampliou a pauta racial na universidade.

Antes de fazer breve balanço de um ano de ação da Sgaada, Denise fez registro de sua participação como sindicalista e destacou a importância do Sintufrj, sindicato do qual foi dirigente.

“No Sintufrj tive espaço para trabalhar a pauta racista, foi o meu espaço de discussão que eu reivindico hoje, amanhã e sempre”, disse.

“Este sindicato está verdadeiramente a serviço da luta desse técnico administrativo que hoje tem outro olhar”, afirmou.

Denise Góes disse que a Sgaad vem fazendo um trabalho “que nos tirou do silenciamento, do apagamento”. Ela distinguiu o papel da superintendência do da Câmara de Políticas Sociais. “A Sgaad está na estrutura institucional, a Câmara é uma frente de ação política”, explicou. “Essa é a nossa luta por uma universidade mais representativa”.

Mulher e negra

A dirigente do Sintufrj, Marli Rodrigues, que representou o sindicato no evento, saudou o fato de hoje termos “uma superintendência de ações afirmativas tendo à frente uma mulher negra”.
Marli foi mais longe. Disse que se deve defender a universidade combatendo o racismo, o assédio moral, a homofobia e fez um breve balanço da greve em curso de mais de 90 dias dos técnicos administrativos.

Na sua saudação, o reitor Roberto Medronho destacou o valor da diversidade e da democracia e recordou seus tempos de Faculdade de Medicina ao lembrar que, quando ingressou na UFRJ, o curso só tinha brancos e alunos de famílias com posse. “Hoje esse perfil mudou”.

Ao se referir aos técnicos administrativos, Medronho foi conciso e firme: “sem eles, a universidade não existiria. Simples assim”.

A MESA que presidiu a solenidade
DENISE GÓES se emocionou na solenidade que marcou aniversário da Superintendência que dirige
MARLI RODRIGUES representou o Sintufrj

Manoel Dionísio

O primeiro momento da solenidade que celebrou o aniversário da Sgaada foi de beleza pura. Mestre Manoel Dionísio, um nome fundamental para a história do carnaval carioca e brasileiro, como é definido nas redes da Internet, apresentou sua neta Bárbara Dionísio e seu neto Iago Dionísio em passos de mestre-sala e porta-bandeira. A escola do Mestre vem ensinando gerações passos dessas duas danças que encantam os desfiles de escolas de samba.

MESTRE MANOEL DIONÍSIO apresenta a neta Bárbara e o bisneto Iago
PASSOS DE PORTA-BANDEIRA E MESTRE-SALA encantaram a celebração de aniversário da Sgaada

 

GT Mulheres – Sintufrj
Reunião híbrida (local presencial a confirmar)
14h – quinta-feira, 26/06
Pauta:
– Balanço da atuação das mulheres na greve
– Política de formação antimachista para a categoria
– Luta contra o PL 1904/2024