Dia: 28 de junho de 2024
Assembleia simultânea no Fundão, em Macaé e na Praia Vermelha nesta segunda-feira, dia 1º, organiza saída da greve
Fasubra, Andes e Sinasefe assinaram, no início da noite desta quinta-feira, dia 27, o acordo de greve com o governo. A FASUBRA foi representada pela Coordenadora Geral, Cristina Del Papa.
Com isso, os trabalhadores se preparam para retornar ao trabalho. Na UFRJ assembleia nesta segunda-feira, 1º de julho, decide quando é como será a saída da greve. A assembleia será simultânea, às 9h30, no Fundão (auditório do bloco A do CT), Praia Vermelha e Macaé. Na pauta, além do encerramento da greve, organização de recomposição de atividades, pauta interna e agenda de luta.
O acordo foi firmado depois de 106 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação (85 das demais categorias). Liderenças sindicais estiveram no Ministério da Gestão e Inovação para assinatura do documento com direito à presença dos ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Camilo Santana (Educação), além do secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Feijóo, escalado para negociar com os servidores.
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Momento importante
Cristina enfatizou que embora haja avanços, as conquistas são insuficientes porque a categoria não conseguiu o atendimento de toda pauta. Também a importância da derrota do fascismo, com a eleição de um governo democrático que tornou possível esse processo negocial por meio das mesas “nas quais ainda teremos um longo caminho para a construção das soluções, para o aumento do orçamento das instituições de ensino, para consolidar as relações democráticas em especial nos órgãos colegiados nas universidades”.
Destacou que os servidores técnicos administrativos em educação conquistam nesta greve – um movimento forte no Brasil inteiro – mais um degrau no reconhecimento de sua identidade. E agradeceu aos que atuaram pelo êxito da negociação, citando companheiros que estavam na cerimônia com ela: as coordenadoras-gerais da Fasubra Ivanilda Reis e Loiva Chansis, e os representantes da Coordenação Jurídica e Relações de Trabalho, Marcelo Rosa e Daniel Soares.
A ministra Esther Dweck apontou a importância do processo até a assinatura do acordo, para ela, também, um momento muito importante. Mas lembrou que a luta pelo serviço público e pela Educação continua. Camilo Santana ressaltou o resultado da construção coletiva, do diálogo e o esforço para se chegar ao acordo. E concluiu afirmando que não se tem educação de qualidade sem valorizar professores e servidores.
Mobilização continua
O coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente parabenizou os companheiros que lutaram pela greve da Educação, em especial a categoria técnico-administrativa em Educação. “Não fosse está luta, os ajustes em 2025 e 2026 somariam 9%. A greve garante uma reestruturação que trará ganhos entre 14,5% e 60% em dois anos (a depender de cargo, tempo de carreira e aplicação de incentivo a qualificação para ativos, aposentados e pensionistas), além da regulamentação do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências), como alternativa de valorização. Temos que ficar em permanente mobilização na vigilância das conquistas da greve. Não conquistamos nossa pauta máxima. Mas o que conquistamos faz diferença e soma a retomada da força e organização do movimento da Categoria”, disse ele, conclamando a continuidade da luta: “Temos que tomar as ruas para denunciar a política de arcabouço fiscal e do poder do Centrão sobre o orçamento. Denunciar o sistema da dívida pública que beneficia em especial os banqueiros”.
CNG analisou minuta final
Segundo a Fasubra, na manhã e início da tarde desta quinta-feira, 27, o Comando Nacional de Greve da FASUBRA realizou nova reunião com o objetivo de análise final da minuta do acordo com o governo, abrindo o debate sobre a assinatura ou não, com os resultados das assembleias de base que chegaram até às 15h. Dos 48 sindicatos de base, a maioria optou pela aceitação da assinatura do acordo com o governo. (Fotos: FASUBRA).
Um dia antes, o governo havia enviado, a pedido do CNG, uma minuta do acordo. Mas o texto foi considerado incompleto, com erros e omissões. O Comando se dedicou a corrigir o documento, destacando as omissões e, em conjunto com o Sinasefe, solicitando a correção ao governo.
Para o coordenador de Comunicação da Fasubra Francisco de Assis, a minuta final atendeu ao que o Comando Nacional de Greve pactuou com o Sinasefe e com o governo. “O governo se curvou a nossa reivindicação e redigiu (o acordo) do jeito que as entidades reivindicaram”, avaliou.
REUNIÂO do CNG avaliou minuta
DELEGAÇÂO da UFRJ no CNG
MOMENTO da assinatura. Esta e mais imagens da cerimônia estão em https://www.instagram.com/fasubrasindical/
A LUTA continua, alertam manifestantes no MGI
Como o acordo repercute na tabela
Confira na página do Sintufrj no Youtube a explicação do CLG (começa pouco depois de 20 minutos de iniciada a assembleia do dia 19) ou pela edição do Jornal do Sintufrj disponível no site da entidade. O link do vídeo é https://www.youtube.com/watch?v=iqFyIJH7MZg.
No que diz respeito a itens econômicos, ativos e aposentados na proposta atual, entre janeiro do ano que vem até abril de 2026, terão ganhos entre 14,8% e 65%. Vai depender de onde se está na carreira, qual o cargo, tempo de casa, formação, entre outros elementos. E se há incentivo à qualificação. A partir desses três fatores, pode-se dizer quanto você vai ganhar em janeiro e em 2026.
Leia no site do Sintufrj matéria sobre ganhos da greve:
REPRESENTANTES da Fasubra, Sinasefe e Andes e do governo juntos ao final da cerimônia
Um ato convocado pelo Fórum dos Segmentos da Educação Pública do Rio de Janeiro defendeu na tarde de quinta-freira (27) a recomposição orçamentária das instituições da rede pública de ensino e a valorização da educação. Trabalhadores da UFRJ marcaram presença motivados pela jornada de lutas da greve de mais de 100 dias em busca de Carreira, salários que recupere perdas e verbas para universidades. Fotos: Elisângela Leite
A data faz referência a um evento ocorrido no final da década de 1960, em Nova York, quando um grupo de pessoas queer enfrentou a repressão e a violência policial por seus direitos
HOJE, GRANDE ATO DO ORGULHO NA CINELÂNDIA, 17H
O Dia Internacional do Orgulho acontece todo 28 de junho e é comemorado todos os anos após os chamados Distúrbios de Stonewall (ou Revolta de Stonewall), nos Estados Unidos, uma revolta considerada um marco para a comunidade LGBTQ+ no mundo todo.
O que foi a Revolta de Stonewall?
A Revolta de Stonewall é o nome dado aos protestos que começaram em 28 de junho de 1969, quando um grupo de policiais invadiu o bar Stonewall Inn, no bairro de Greenwich Village, em Nova York, como explica o artigo “Nosso Stonewall”, publicado na revista “A 50 anos de Stonewall, a revolta continua”.
Segundo o documento, o enfrentamento foi causado por uma batida policial na qual os agentes da polícia prenderam pessoas transgêneras, drag queens e drag kings presentes no local acusados de travestismo, que naquela época era ilegal em Nova York.
Isso despertou a raiva e a rebeldia das pessoas presentes, que reagiram à invasão. A hostilidade entre os envolvidos aumentou até chegar à agressão física e ao levante da comunidade queer. O distúrbio não durou apenas uma noite, mas se estendeu pelos próximos quatro dias, conforme relata o artigo.
“Esse evento é considerado o início do movimento de liberação gay e um marco histórico para os movimentos de dissidência sexual”, afirma o documento.
Por que a revolta de Stonewall marcou um antes e um depois na luta por direitos dos LGBTQ+?
Embora tenham acontecido conflitos anteriores, esse evento entrou para a história por suas características particulares, afirma Facundo Saxe, autor de “Nosso Stonewall”, e pesquisador do Centro Interdisciplinar de Pesquisas de Gênero da Faculdade de Humanidades da Universidade Nacional de La Plata (Unlp) e cientista do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet), em entrevista à National Geographic.
O especialista afirma que o que aconteceu em Nova York foi simultâneo a outros distúrbios e revoluções contraculturais no resto do mundo (como o Maio de 1968 na França, por exemplo), e movimentaram a década de 1960 em diversos países.
Em relação à noite de 28 de junho, o pesquisador do Conicet diz que a rebelião “despertou um fim de semana de conflitos contra a autoridade policial, quando as pessoas tomaram as ruas. Essa ocupação do espaço público abriu uma década de marchas e mobilizações que seriam diferentes do que havia ocorrido anteriormente. Foi como se tivesse acendido a chama de uma geração que queria viver de outra forma“.
O papel de Stonewall foi o de “primeiro tijolo”, que deu início a “um processo de luta cultural contra a repressão e a violência“, afirma Víctor Madrigal-Borloz, especialista independente sobre a proteção contra a violência e a discriminação por motivos de orientação sexual e identidade de gênero designado pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
A partir desses enfrentamentos, “o conceito de orgulho começou a ressoar com força, porque aquilo que você foi ensinado a esconder, reprimir, disciplinar, a não mostrar, apareceu publicamente”, conclui Saxe.
Por que as marchas do orgulho são realizadas em diferentes datas na América Latina?
Além do Dia Internacional do Orgulho, existem outras datas relevantes para a comunidade LGBTQ+. Por exemplo, no dia 17 de maio se comemora o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia em memória à data de 1990 quando a homossexualidade deixou de ser considerada como um transtorno mental pela Assembleia Mundial da Saúde da ONU.
Fora as datas mundiais, em alguns países da América Latina, por exemplo, as mobilizações acontecem em momentos diferentes do ano para celebrar o orgulho. Por exemplo, no Brasil, a comunidade marcha durante o mês de junho, enquanto que na vizinha Argentina, essa reunião acontece em novembro. Isso se deve ao fato de que em 1º de novembro de 1967 foi fundado no país o coletivo “Nuestro Mundo”, um dos primeiros da América Latina na luta pelos direitos homossexuais.
Para Madrigal-Borloz, independentemente do momento escolhido no ano, esses dias permitem refletir sobre o estado atual pelo qual passa essa parcela da população. “Há outras datas, mas acredito que o importante é lembrar que elas nos permitem fazer uma pausa no caminho para refletir e homenagear aqueles que, como resultado dessa violência e discriminação, não estão mais conosco”, diz o especialista independente.
“Eles não estão porque foram mortos ou viveram vidas de dor e marginalização devido a condições essencialmente humanas, como orientação sexual e diversidade de gênero”, completa.
POR REDAÇÃO NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL