A maior universidade federal do país, a nossa UFRJ, realizará um censo para conhecer a sua comunidade. Como se sabe o corpo social da UFRJ vem mudando nas duas últimas décadas, resultado da implementação das cotas raciais, previstas na Lei nº 12.711/2012, com maior inclusão de estudantes pretos e pardos, mas com um contingente de servidores em proporções desiguais, quiçá de professores. Já sobre a população LGBTQIAPN+ e de pessoas com deficiência na universidade não há levantamentos.

O lançamento desse censo social da comunidade da UFRJ será no dia 19 de agosto, às 14h, no auditório Hertha Mayer, no Instituto de Biofísica. Participarão do evento o reitor Roberto Medronho, a vice-reitora Cássia Turci, o o decano do Centro de Ciências da Saúde, Luiz Eurico Nasciutti, o diretor da Biofísica, Robson Coutinho da Silva, a superintendente Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Acessibilidade (Sgaada), Denise Góes, e uma pesquisadora da Biofísica. Além de convidados – Sintufrj, Adufrj, DCE, movimento social, movimento negro e coletivos negros da UFRJ.

“Esse censo é para nos conhecermos e conhecermos a diversidade existente de toda a comunidade da UFRJ. Com isso, teremos a possibilidade de produzirmos políticas públicas de gênero, raça, orientação sexual, políticas socioeconômica, cultural e de acessibilidade. Conhecer nosso corpo social e a diversidade de nossa comunidade é importante para apresentarmos políticas de inclusão dos diversos grupos e que possam atender suas necessidades e expectativas”, declara Denise Góes.

O censo será feito através de um questionário que será sistematizado pela Superintendência Geral de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) e distribuído para todos os segmentos da UFRJ, estudantes de graduação e pós-graduação, funcionários técnico-administrativos, professores e trabalhadores terceirizados. A Diretoria de Acessibilidade da Sgaada, por exemplo, tem a tarefa de obter dados sobre a comunidade da UFRJ e com foco no seu público alvo promover ações e melhorias para a acessibilidade que forem apontadas no censo.

A ideia inicial era que o censo fosse feito no Instituto de Biofísica apenas e em contato com a Sgaada a proposta ampliou-se para toda a universidade. As Pró-Reitorias estarão envolvidas nesse processo que inicialmente calcula-se levar em torno de seis meses a depender da resposta da comunidade.

Denise Góes conta com o apoio das entidades da UFRJ, Sintufrj, Adufrj e DCE, para publicizar a iniciativa e incentivar a participação da comunidade universitária. Segundo ela, para que o censo tenha alcance e consequência a participação de todos é fundamental.