A pauta da reunião do GT Mulher Sintufrj nesta quinta-feira, 22, mobilizou cerca de 20 companheiras. Por mais de três horas, em uma roda de conversa no Espaço Cultural da entidade, elas trataram de temas que fazem parte da realidade feminina numa sociedade onde o machismo prevalece nas relações entre os casais e no trabalho, e a violência doméstica, o abuso sexual de crianças e adolescentes e o feminicídio cresce em proporções inimagináveis.
Todo tempo dedicado ao debate teve por objetivo levantar questões para o documento que será entregue às candidatas da UFRJ a um cargo eletivo nas eleições de outubro, em uma reunião do GT, em setembro. “O que a gente espera das mulheres na política?” Essa foi a pergunta que norteou a roda de conversa e abriu espaços para trocas de informações e experiências, na formulação de propostas. Por meio do grupo no whatsapp, as servidoras finalizarão o texto.
Propostas
De acordo com as sugestões discutidas na roda de conversa, entre as propostas às futuras parlamentares deverão constar: “O que elas (as eleitas) podem fazer para aperfeiçoar a Lei Maria da Penha, garantir a segurança das denunciantes e que as Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) sejam comandadas por delegadas?”
E mais: que as clínicas de família tenham especialistas no atendimento às mulheres, como também devem atuar para acabar com a violência obstétrica, cujas principais vítimas são mulheres negras e mulheres pobres; garantir atendimento continuado para adolescentes e jovens com deficiências após término da fase de habilitação ou reabilitação; garantir a saúde das trabalhadoras no serviço público e educação sexual nas escolas.
Um ponto que o GT Mulher também quer discutir para propor no documento às candidatas, é em relação as punições dadas aos homens que praticam violência contra as mulheres.