Profissional de atuação importante nas áreas de meio ambiente, biodiversidade e saúde, entre outras,  com atenção voltada à qualidade de vida de humanos e animais

Nesta terça-feira, 3 de setembro, é a data em que celebramos o Dia do Biólogo. Esse dia foi escolhido por ser a data de sanção que regulamenta a profissão: a Lei no 6.604, de 3 de setembro de 1979, que também criou o Conselho de Biologia e os Conselhos Regionais. Em homenagem ao profissional o Instituto de Biologia da UFRJ promove a palestra “Baleias: minha vida é migrar”, com Salvatore Siciliano, às 12h, no Salão Azul (Bloca A-CCS).

O biólogo atua nas áreas de Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e Biotecnologia, Produção Industrial e Educação. É um profissional importante para a sociedade, pois o seu trabalho contribui para a melhoria da qualidade de vida de humanos e animais. Em tempos de aquecimento global e extremos climáticos sua atuação é fundamental para a conservação da natureza e para o desenvolvimento de novas tecnologias, medicamentos, alimentos e materiais.

Os biólogos trabalham na preservação de espécies ameaçadas, na recuperação de ecossistemas degradados e na gestão de áreas protegidas.  A biologia, por sua vez, permite fazer previsões sobre o impacto da humanidade sobre si mesma e sobre as outras espécies do planeta. Os estudos realizados por biólogos ajudam a criar políticas ambientais eficazes. O biólogo atua também na prevenção de doenças, pois a compreensão do funcionamento dos seres vivos auxilia na prevenção e combate de doenças.

 

Instituto de Biologia

Na UFRJ temos o Instituto de Biologia, Unidade Acadêmica do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ele foi criado em 1968, a partir do Departamento de História Natural da Faculdade Nacional de Filosofia, e está estruturado nos Departamentos de Biologia Marinha, Botânica, Ecologia, Genética e Zoologia.

O Instituto possui mais de 50 laboratórios de pesquisa e guarda coleções biológicas dos principais grupos de seres vivos. Além das coleções o IB tem acervos sonoros e multimídias de anfíbios, aves peixes, insetos e mamíferos, como também fotografias. Oferece graduação em ciências biológicas nas habilitações profissionalizantes de Biologia Marinha, Biologia Vegetal, Ecologia, Genética e Zoologia, e Licenciatura em Ciências Biológicas, em dois turnos e, ainda, na modalidade do Ensino à Distância. A Licenciatura tem como parceiros a Faculdade de Educação, o CAP e vários colégios da rede pública. Oferece também quatro cursos de pós-graduação (Biodiversidade e Biologia Evolutiva, Ecologia e Genética).

As atividades de pesquisa são desenvolvidas em diversos laboratórios de pesquisa com vários projetos distribuídos em várias linhas de pesquisa, enfocando a Biologia em seus aspectos descritivos, sistemáticos, moleculares, filogenéticos, populacionais e da comunidade e ainda uso e manejo de recursos naturais.

As atividades de extensão concentram-se na realização de cursos de educação continuada, atualização para professores da rede escolar e outros profissionais do mercado de trabalho, assessoria especializada na solução de problemas genéticos e ambientais e na prestação de serviços nas áreas de análises biológicas, ecológicas e ambientais.

Pesquisadores renomados

A UFRJ tem cientistas entre os melhores do Planeta, segundo levantamento da Plataforma Research, um portal acadêmico, com dados coletado no fim de 2022. Muitos deles são das áreas que abrangem a Biologia tais como: Amilcar Tanuri (Mibrobiologia), Celuta Alviano (Microbiologia), Fabiano Thompson (Microbiologia), Jean Swings (Microbiologia), Jerson Lima (Biologia e Bioquímica), Leonardo Nimrichter (Microbiologia), Marcelo Bozza (Microbiologia), Márcio Rodrigues (Microbiologia),  Paulo Mourão (Biologia e Bioquímica), Pedro Oliveira (Biologia e Bioquímica), Radovan Borojevic (Biologia e Bioquímca), Rafael Linden (Biologia e Bioquímica), Sérgio Ferreira (Biologia e Bioquímica), Wanderley de Souza (Microbiologia).

Na nossa história não poderíamos deixar de falar da cientista, bióloga, educadora e ativista Bertha Lutz. Especializada em anfíbios, Bertha – filha de Adolfo Lutz (referência da zoologia médica no Brasil) – em 1919 foi a segunda mulher a fazer parte do serviço público do Brasil, tornando-se pesquisadora do Museu Nacional. Em 1965 Bertha Lutz recebeu o título de professora emérita da UFRJ.

Para além da ciência, Bertha Lutz era uma ativista feminista. Foi deputada em 1936, assumindo uma suplência pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, sempre defendendo as bandeiras feministas. Em 1945 participou da Conferência das Nações Unidas em São Francisco, onde lutou para que a igualdade de gênero fosse incluída na Carta das Nações Unidas.

EM JULHO FOI INAUGURADA NO INSTITUTO DE BIOLOGIA a Escada Geológica e exposição

Na noite de 2 de setembro de 2018 ocorreu o incêndio no Museu Nacional do Brasil da UFRJ. O fogo fez arder em chamas o prédio na Quinta da Boa Vista, destruindo grande parte do acervo científico construído ao longo de duzentos anos, e que abrangia cerca de vinte milhões de itens catalogados.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Além do seu rico acervo, também o edifício tinha expressão histórica. A causa do incêndio foi atribuída a um problema elétrico. A tragédia, no entanto, teve origem em causas mais profundas, ligadas há anos de cortes de verbas para a educação, a ciência e a cultura: a política de desmonte da Universidade pública.

Salas do Museu Nacional da UFRJ, na Quinta da Boa Vista, um ano após o incêndio. Foto: Agência Brasil

O processo de reconstrução do Museu Nacional enfrenta adversidades. Embora a fachada do prédio tenha sido recuperada, acervo e toda estrutura interna da edificação ainda terá que ser reorganizado e refeita. Inicialmente a previsão era de que a conclusão das obras seria em 2026. Mas, de acordo com a direção da instituição, o prazo agora foi fixado em 2028. Mas para isso, será necessário a arrecadação da mais recursos.