O instigante mundo das baleias – esse cetáceo que enfeita os mares e que, de forma cada vez mais frequente, surge na costa brasileira – foi desvendado em parte pelo professor Salvatore Siciliano, doutor em Ciências Biológicas, na palestra “Minha Vida é Migrar” no Salão Azul do Instituto de Biologia para celebrar o Dia do Biólogo nesta terça-feira, 3 de setembro.

Para buscar alimentação, as baleiras procuram águas frias. Mas, para procriarem e cuidar das crias, buscam águas quentes. Essa é uma das razões de se deslocarem para regiões dos mares tropicais do Brasil. Nesse deslocamento, se guiam por campo visual e têm como referência geográfica costões rochosos. A população de baleiras, de acordo com o professor, tem aumentado.

A atividade mediada por Margaret Correa, que coordenada a Extensão do Instituto de Biologia, foi realizada dentro da programação do projeto Árvore da Vida. Foi aberta com a apresentação do artista Bhega da Maré, responsável por um projeto de cinema volta para crianças com educação ambiental.

Na edição do Jornal do Sintufrj matéria completa sobre o Dia do Biólogo.

ARTISTA BHEGA DA MARÉ se apresenta no evento que marcou o Dia do Biólogo no Instituto de Biologia
PROFESSOR E PESQUISADOR Salvatore Siciliano desvendando o mundo fascinante das baleias

 

O balanço do 4º Festival do Conhecimento da UFRJ realizado entre 27 e 30 de novembro organizado pela Pró-Reitoria de Extensão apontou a oportunidade do tema escolhido, um dos fatores do êxito do evento:  Inteligência Artificial na perspectiva do Sul Global.

O debate colocou universidade em sintonia com a agenda crítica relacionada à IA e seus reflexos em todas as áreas de conhecimento.

“Qual seu potencial e riscos nos diversos campos do conhecimento? Que novos mundos e imaginários estamos construindo?”, provocaram os organizadores a profissionais e estudiosos sobre o tema que debateram nas mesas e palestras.

Mas, além da relevância do debate, há outros motivos para comemorar o sucesso do evento, desde a programação, nesta edição integralmente presencial (apesar de, em grande parte, transmitida), que contou também com lançamento de livro, atividades culturais, feira gastronômica e oficinas: a dedicação de toda equipe de servidores que, há alguns anos, vem garantindo a consolidação deste e de outros importantes eventos – sempre prestigiados por grandes públicos – na agenda institucional da UFRJ.

TAES também apresentaram trabalhos

Foram 11 mesas presenciais (especiais, transmitidas pelo youtube) com 46 palestrantes. Foram 3.062 participantes inscritos, 46 lives, 13 oficinas, três apresentações culturais, sete exposições na Feira de Tecnologia e Inovação e um lançamento de livro. Essas atividades mobilizaram 113 técnicos-administrativos, participantes das equipes de elaboração das atividades. E os TAE não participaram apenas da organização, mas também como proponentes de atividades: foram seis nas lives, três nas oficinas, e um na Feira de Tecnologia e Informação.

Uma turma envolvida de fato

A equipe da Pró-Reitoria de Extensão está envolvida até a raiz: desde o planejamento, a produção, e a pós-produção do evento. “Na verdade, está envolvida desde a criação do evento, lá em 2020 e até os dias atuais”, conta Bárbara Tavela, superintendente de Integração e Articulação da Pró-Reitoria de Extensão.

Segundo conta, o planejamento “do formato, a curadoria de convidados, produção das atividades (debates presenciais, lives, oficinas) e tecnologias que a gente recebeu na Feira de Inovação e Tecnologia, os empreendedores negros que a gente recebeu na Feira Gastronômica, em parceria com o projeto de extensão “Pretonomia”, a atividade de montagem e desmontagem do local do evento, a coordenação de extensionistas, a produção de intérpretes de libras, e toda a parte de acessibilidade, atividades de logística, atividades operacionais. todas realizadas por técnicos administrativos da PR-5”.

E a direção técnica do festival também é da Pró-Reitoria. “Desde a primeira edição, é feita por técnicos administrativos, parceiros da Central de Produção Multimídia da Escola de Comunicação da FRJ”, conta a superintendente explicando que essa direção técnica tem planejamento e operação gigantes para que as lives aconteçam no canal da Extensão de forma simultânea.

 

Pró-reitora de extensão avalia festival

“O Festival cumpriu seu objetivo de posicionar a comunidade acadêmica sobre um tema de impacto, a Inteligência Artificial pensada de forma crítica e para os países do Sul Global, ficou claro o seu impacto no campo da formação, no campo do trabalho, nas humanidades, nas artes e o potencial da UFRJ para pensar novas modalidades de formação e cursos que impactem nesse campo”, apontou a pró-reitora de Extensão Ivana Bentes.

Novidades

Ela destacou dois momentos importantes: o anúncio do Reitor Roberto Medronho, na abertura do evento, da criação de um curso transdisciplinar que responda a necessidade de formação para essa transição digital. E foi apresentado, pela primeira vez em uma universidade, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA 2024-2018), pela representante do Ministério de Ciência, tecnologia e Inovação Eliana Azambuja.

Política, sustentabilidade e ética

“Tivemos a participação de convidados do terceiro setor, cientistas, pesquisadores, jornalistas, ativistas e uma representante da Meta, já que as plataformas são muito questionadas em relação ao uso de dados e algoritmos sem muita transparência. Outro tema importante foi o da necessidade de colocar a regulação para caminhar ao lado da inovação, e todas as discussões trataram de aspectos políticos, de sustentabilidade e ética”, aponta a pró-reitora comentando que o Festival foi um sucesso de público no formato híbrido e lembrando que, quem não pode participar, poderá assistir todos os debates no Youtube da Extensão (https://www.youtube.com/c/ExtensaoUFRJ)”.

Primeira universidade a receber o plano

Bárbara Tavela também avalia o sucesso do festival: “Pela primeira vez, nessa quarta edição a gente teve essa possibilidade de realizar o evento de fato híbrido na nossa universidade. Porque a gente montou a programação especial. que a gente já tinha nas outras edições, dessa vez presencial. Mas, ao mesmo tempo, a gente não quis deixar a nossa comunidade sem a possibilidade de fazer as lives, importantes porque possibilitam a participação de pessoas de outros estados, de outras cidades. E foi o que a gente viu acontecendo: em todos os chats no YouTube, a gente via participação de pessoas de universidades de fora”, diz ela, explicando que a equipe não quis abandonar totalmente o formato do primeiro Festival. “Então a nossa avaliação é excelente, porque a gente teve um público muito bom, presencial e um público muito bom também no virtual. Então acho que o hibridismo ficou, veio para ficar e a nossa intenção é que esse formato possa ser replicado em todos os nossos eventos”, conta Bárbara.

Como um dos momentos que teve maior repercussão ela também destaca a participação, na abertura, da representante do MCTI. Eliana Azambuja, segundo ela, fez uma apresentação adaptada sobre o que o Brasil está pensando sobre o tema na mesma mesa da qual participou João Brant, também envolvido nessa questão da inteligência artificial no governo brasileiro. “Nesta mesa, a UFRJ teve a oportunidade de ser a primeira universidade, a receber a apresentação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pibia)”, comemorou. FOTO: ELISÂNGELA LEITE

PLATEIA ACOMPANHA ATENTA a mesa “Descomplicando a IA” no Festival do Conhecimento no Fórum de Cultura da UFRJ

 

 

 

 

Dirigente sindical e estudante do centro acadêmico da unidade condenam asfixia do orçamento

A Reitoria atribuiu a um vazamento no segundo andar do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ) o desabamento de parte do forro do teto do Instituto de Biologia na segunda-feira (2). ficou encharcado e desabou no corredor do Instituto de Biologia na noite de segunda-feira (2). Em nota, a  direção da universidade diz que ninguém se feriu e que a área foi interditada para a retirada do material danificado. O incidente não interrompeu as aulas.

A explicação sucinta contrasta com a preocupação da comunidade, diante de um histórico de deterioração das estruturas da UFRJ. A  repercussão foi longe. Filmado por estudantes, o vídeo foi transmitido pelas redes do DCE Mário Prata e do Sintufrj, alcançando milhares de visualizações e reproduções. E não é à toa. A situação dos prédios da UFRJ vem se agravando.

Emendas pix x recursos para a Educação

“Lamentável. Mais uma parte da Universidade cai aos pedaços. Isso só prova a importância da nossa mobilização, da articulação e da cobrança ao  parlamento, cuja maioria optou por sequestrar (a gestão do) o orçamento para as chamadas emendas Pix (modalidade de emendas que permite a transferência direta de recursos federais para municípios e estados, o que gera dificuldades na fiscalização dos recursos públicos). Ao invés de pactuar uma política de fortalecer o Executivo, eles querem fortalecer um governo paralelo por meio do Parlamento. Por isso Universidade cai aos pedaços hoje e terceirizados ficam sem salário. É por conta desse sequestro do orçamento público por parte da maioria no Congresso Nacional. Precisamos dar uma resposta e apontar os canhões para o caminho certo. Claro que o governo tem sua responsabilidade. Mas não é possível governar com um parlamento que a toda hora o sabota. Em detrimento da coletividade para favorecer parlamentares candidatos, seus partidos e currais eleitorais”, diz o coordenador da Fasubra Francisco de Assis, e trabalhador do Instituto de Biologia, conclamando a comunidade a derrotar esse projeto nas urnas, votando em parlamentares comprometidos com o serviço público.

“É mais um episódio do descaso que nossa universidade tem sofrido, infelizmente. Foi um milagre ninguém sair ferido, visto que é um local muito movimentado. Uma de nossas professoras estava sentada em um banco próximo e por pouco não foi atingida pelo desabamento. É muito revoltante ver a faculdade literalmente se despedaçar na nossa frente. Até quando vamos passar por isso? Como aluno da Biologia, é particularmente triste que esse episódio tenha ocorrido justo no primeiro dia da nossa XXVIII Biosemana (Semana Acadêmica da Biologia, entre os dias 2 e 6 de setembro, com palestras, minicursos, mesas redondas e oficinas), um evento aberto ao público de fora, com diversos palestrantes vindos de outros lugares. Essa é a imagem que queremos passar para fora?”, questiona o representante do Centro Acadêmico de Biologia (CABio) Renan Barbosa.

Fim do arcabouço fiscal

“A situação estrutural e orçamentária da UFRJ está insustentável, precisamos avançar na luta por mais orçamento e cobrar imediatamente a manutenção dos prédios. Não podemos esperar que algum estudante ou trabalhador se machuque!”, alerta o post do DCE reivindicando o fim do arcabouço fiscal e o desbloqueio do orçamento do MEC, além de mais investimento na educação.

O Sintufrj lembra que, em agosto, o governo bloqueou R$ 60 milhões de limites de empenho da UFRJ, fruto do arrocho dos orçamentos das universidades – denunciada sistematicamente nos 113 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação.

DESABAMENTO DO FORRO NO CCS deixou o teto a mostra em mais um episódio de manutenção precária dos prédios da universidade (FOTO: RENAN SILVA)

 

Mais um evento político-cultural do Sintufrj que atende às expectativas dos aposentados e pensionistas

“Amei! Minha mente ficou livre! Dancei muito, me alimentei bem. Soube das coisas. Reencontrei as pessoas. Foi um dia especial. Nessa noite, dormi como um pássaro”. Com essas palavras simples, mas cheias de significados, a aposentada do IPPMG, Conceição Maria Monteiro Brasil, definiu o encontro político-cultural realizado na sexta-feira, 30, pela Coordenação de Aposentados(as), Aposentandos(as) e Pensionistas do Sintufrj. O evento reuniu dezenas de companheiras e companheiros, ex-profissionais de diferentes unidades da UFRJ, no sitio Mauá.

“Este nosso encontro tem o clima de celebração: primeiro por ser um momento de aproximação, de interação entre nós. Isso fortalece os laços de companheirismo. Segundo porque, do ponto de vista da circunstância, esse encontro político-cultural acontece após uma jornada de 113 dias de greve que testaram a nossa capacidade de luta. Como diz a canção, a gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte. Celebramos aqui a luta política. Celebramos aqui a cultura caipira, tão presente nos nossos costumes, na nossa memória afetiva”, saudou os participantes a coordenadora de Aposentados e Pensionista, Ana Célia.

A dirigente agradeceu ao apoio de toda a direção para a viabilização do encontro, a ajuda imprescindível da comissão de festas, formada por aposentados, colaboradores da gestão e coordenadores sindicais, e aos patrocinadores aq administradora de planos de saúde Allcare e a empresa de transportes TJ Turismo.

“Se abracem, se beijem, brinquem bastante. Sejam felizes e aproveitem esse lugar de verde incrível e esse sol aconchegante. É muito bom estar aqui com todos vocês. Muito obrigada por aceitarem nosso convite”, saudou a coordenadora de Aposentados e Pensionistas Fátima Rosane. “Com muito carinho e a graça de Deus estamos com vocês aqui neste lugar bonito. A nossa luta sempre será também pelos aposentados e pensionistas. Vimos vocês com a gente na greve nos atos e nas caravanas e esse apoio é sempre fundamental para o sucesso das nossas lutas. Obrigada”, agradeceu a coordenadora de Finanças do Sintufrj, Carmem Lúcia.

Os esclarecimentos sobre os ganhos da greve, a luta em curso pelo reposicionamento dos aposentados e pensionistas no plano de Carreira, como também a inclusão  deles na recente conquista do Reconhecimento de Saberes e Competências foram feitos pelo coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, e o coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis.

Arraiá Agostino

A área principal do sítio foi transformada em arraiá, com bandeirinhas, balões, cortinas de chita e barraquinhas de doces típicos. Para completar o clima festivo de roça, o Trio Forrozeiro “incendiou” o salão com sua zabumba, sanfona e triângulo. Clássicos do cancioneiro brasileiro, como Asa Branca e outras joias do Gonzagão, entre outros autores inesquecíveis, estimularam todos a dançarem. O professor da Oficina de Dança do Sintufrj, Luiz Ferreira, ajudou as damas no bailado com estilo. Nos intervalos do forró, ele ensinou passos de charme, samba de gafieira e xote. Não podia faltar à atividade!

Três ônibus de viagem providenciados pelo Sintufrj fizeram o transporte de ida e volta dos participantes do evento. O primeiro saiu da sede da entidade às 7h30.

. Leia mais sobre essa celebração na edição do Jornal do Sintufrj que entra nas redes na sexta-feira, 6 de setembro, à noite, e na sua versão impressa que será distribuída na segunda-feira, 9.

FOTOS: RENAN SILVA

CELEBRAÇÃO EM MAURÁ. Chegada ao sítio para um dia de política e cultura organizado pelo Sintufrj