Uma palestra com o relato da história de lutas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj) marcou a recepção a cerca de 200 servidores recém-concursados que tomaram posse na manhã desta quinta-feira, 5 de setembro, em solenidade no auditório do Bloco N, do CCS. O ritual de boas-vindas criou momentos de pura emoção de trabalhadoras e trabalhadores que vão viver a experiência do desafio de servir numa das mais importantes universidades federais do país. Coube ao coordenador-geral do sindical, Esteban Crescente, apresentar o sindicato aos novos. Ele expôs a infraestrutura que permite a máquina sindical funcionar mas, com atenção especial, narrou o significado da luta para defender direitos e dignidade a quem trabalha, além da defesa da universidade pública. Matéria completa na edição do Jornal do Sintufrj.
Mês: setembro 2024
Sábado, 7:
. Às 10h, Grito dos Excluídos. Concentração Rua Uruguaiana, Centro do Rio. Tema: “Todas as vidas importam, mas quem se importa com todas as vidas?”
Segunda-feira, 9:
. Das 9h às 13h, reunião dos subgrupos do GT Carreira Sintufrj, na sede do sindicato, Fundão.
. 15h, reunião do GT Mulher Sintufrj sobre “Mulheres na Política”.
Quarta-feira, 11:
. Às 10h, na Praia Vermelha, Sintufrj Tira Dúvidas.
Segunda-feira, 16:
. Das 9h às 13h, reunião dos subgrupos do GT Carreira Sintufrj, na sede da entidade.
Terça-feira, 17
10h: Espaço Cultural do SINTUFRJ
Reunião de aposentados: Reposionamento dos aposentados, da carreira do PUCRCE para o PCCTAE.
Quarta-feira, 18:
. Seminário de Carreira Sintufrj, no Espaço Cultural da entidade.
Quinta-feira, 19:
. Às 14h, reunião do GT Antirrascista do Sintufrj, no Espaço Cultural da entidade.
Quinta-feira, 26, e sexta-feira, 27:
. Seminário Nacional da Fasubra sobre Carreira, em Brasília.
Sábado, 28, e domingo, 29:
. Plenária Nacional da Fasubra, em Brasília.
Plenária Nacional Fasubra (Brasília)
Segunda-feira, 9 de setembro –
14H30 – Espaço Cultural
Mulheres na política
Convidadas
Thais Ferreira
Geovana Almeida
Luciana Boiteux
O vídeo da assembleia encontra-se à disposição da categoria nos perfis do sindicato no YouTube, Facebook e Instagram. A matéria completa estará na edição do Jornal do Sintufrj 1440, que fecha na sexta-feira, 6
A assembleia simultânea do Sintufrj nesta quarta-feira, 4 de setembro, deliberou sobre vários assuntos importantes, além de atualizar a categoria em relação ao andamento das discussões no GT Carreira da entidade e na Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC) da Fasubra a respeito das cláusulas do acordo de greve que necessitam de regramento.
O coordenador da Fasubra, Francisco de Assis, e o integrante da CNSC, Agnaldo Fernandes, deram os informes sobre os pontos da carreira em discussão com o governo. Uma boa notícia é que o projeto de lei que garante as conquistas da greve a partir de 1º de janeiro de 2025, como a aplicação do reajuste salarial, já foi aprovado no âmbito do Executivo.
Seminários
“Os subgrupos do GT Carreira Sintufrj se reúnem às segundas-feiras, na sede da entidade. E no seminário que o sindicato realizará na quarta-feira, 18, no Espaço Cultural, serão fechadas as propostas sobre Racionalização dos Cargos, Reposicionamento dos Aposentados, Desenvolvimento (para elaboração de um plano nacional) e Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) a serem enviadas ao Seminário Nacional da Fasubra sobre Carreira nos dias 26 e 27 de setembro, que fará a sistematização das ideias. A participação dos companheiros nos subgrupos de estudo tem sido fundamental para o avanço das discussões. A contribuição de cada um ajuda na construção de um consenso”, afirmou Francisco de Assis.
Segundo Agnaldo Fernandes, na última reunião da CNSC o projeto de lei (PL) que dá conta dos ganhos da greve que entram em vigor em 1º de janeiro já saiu do Ministério de Gestão e Inovação no Serviço Público (MGI) para a Casa Civil e o MEC. Falta agora deliberar as definições e diretrizes para o decreto sobre RSC para ser levado ao seminário nacional da Fasubra e submetido aos delegados, que farão as mudanças necessárias nos textos.
Eleição para a CIS
Um dos pontos de destaque da assembleia foi a aprovação das propostas da direção sindical à minuta do edital da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4) para eleição da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CIS). O Sintufrj está propondo três alterações no texto oficial.
Também foram eleitos os sete delegados à Plenária Nacional da Fasubra, que acontece nos dias 28 e 29 de setembro, na UnB.
Outras deliberações da Categoria
. Encarte especial no Jornal do Sintufrj com as propostas aprovadas no Seminário sobre Carreira do Sintufrj, no dia 18 de setembro.
. Dia 17 de setembro, às 10h, no Espaço Cultural do Sintufrj, debate sobre Reposicionamento dos Aposentados.
. Sintufrj deve dar início à Campanha Salarial 2025 tendo ainda a carreira como ponto central para avançar rumo à conquista de data-base, step de 5%, equiparação dos auxílios com outras categorias do serviço público.
. Reforçar com a Fasubra a importância de ampliar a participação das bases no Seminário Nacional Sobre Carreira.
. Sintufrj deve se inteirar sobre as mudanças propostas no Decreto nº 13.146/2015, em seu artigo 2º, que passa para o âmbito do INSS a avaliação dos servidores com deficiências. Atualmente cabe às instituições realizarem a avaliação desses companheiros(as).
A imagem do incêndio no antigo Canecão, em Botafogo, na manhã desta quarta-feira, dia 4 correu a internet. O Quartel de Bombeiros do Humaitá foi acionado, segundo a imprensa, por volta das 8h57. Equipes do 2 BPM também se dirigiram ao local. A informação dos Bombeiros é que não havia ninguém no local, desativado para obras, e não houve feridos. Não há informações sobre a causa do incêndio.
A casa de shows funcionou no prédio até 2010. A UFRJ levou a concessão à leilão no início do ano passado. O consórcio Bonus Klefer ganhou a concorrência garantindo direito de exploração da casa por 30 anos e esta seria demolida para nova edificação). O contrato de concessão foi assinado em 7 de junho.
Mas o consórcio teria, a partir daí, prazo de nove meses para concluir o projeto e submeter a aprovação da UFRJ e realizar obras (novo espaço cultural multiuso e outro o local para eventos em até dois anos e meio.
Em nota à imprensa, pouco depois do incêndio, o consórcio Bonus Klefer informou que houve um incidente durante a demolição das estruturas de aço da parte da frente do empreendimento: “enquanto a equipe responsável pela demolição cortava uma estrutura metálica, uma fagulha acidentalmente bateu em um recipiente de fibra que estava no local e o objeto pegou fogo”. Ainda segundo a nota, embora o Corpo de Bombeiros tenha sido acionado, a situação já havia sido totalmente controlada pela própria equipe da demolição, antes dos Bombeiros chegarem. O consórcio informou que não houve feridos e que as obras seguem sem impacto no cronograma “previsto de reconstrução do Canecão”.
Comunidade protestou contra decisão
“Todos nós queremos a retomada do espaço do antigo Canecão. Mas somos favoráveis à construção de um equipamento cultural multiuso sob gestão pública e a serviço do ensino, pesquisa e extensão nas áreas de arte, cultura e esporte da UFRJ. O que não acontecerá sob uma gestão privada, sob a lógica do mercado cultural”, posicionou-se o SINTUFRJ, protagonista, junto com o movimento estudantil, dos protestos da comunidade acadêmica, ainda em 2022, quando o assunto entrou em pauta nos colegiados institucionais.
Foto: Reprodução
Protesto no Consuni, em novembro de 2022
O instigante mundo das baleias – esse cetáceo que enfeita os mares e que, de forma cada vez mais frequente, surge na costa brasileira – foi desvendado em parte pelo professor Salvatore Siciliano, doutor em Ciências Biológicas, na palestra “Minha Vida é Migrar” no Salão Azul do Instituto de Biologia para celebrar o Dia do Biólogo nesta terça-feira, 3 de setembro.
Para buscar alimentação, as baleiras procuram águas frias. Mas, para procriarem e cuidar das crias, buscam águas quentes. Essa é uma das razões de se deslocarem para regiões dos mares tropicais do Brasil. Nesse deslocamento, se guiam por campo visual e têm como referência geográfica costões rochosos. A população de baleiras, de acordo com o professor, tem aumentado.
A atividade mediada por Margaret Correa, que coordenada a Extensão do Instituto de Biologia, foi realizada dentro da programação do projeto Árvore da Vida. Foi aberta com a apresentação do artista Bhega da Maré, responsável por um projeto de cinema volta para crianças com educação ambiental.
Na edição do Jornal do Sintufrj matéria completa sobre o Dia do Biólogo.
O balanço do 4º Festival do Conhecimento da UFRJ realizado entre 27 e 30 de novembro organizado pela Pró-Reitoria de Extensão apontou a oportunidade do tema escolhido, um dos fatores do êxito do evento: Inteligência Artificial na perspectiva do Sul Global.
O debate colocou universidade em sintonia com a agenda crítica relacionada à IA e seus reflexos em todas as áreas de conhecimento.
“Qual seu potencial e riscos nos diversos campos do conhecimento? Que novos mundos e imaginários estamos construindo?”, provocaram os organizadores a profissionais e estudiosos sobre o tema que debateram nas mesas e palestras.
Mas, além da relevância do debate, há outros motivos para comemorar o sucesso do evento, desde a programação, nesta edição integralmente presencial (apesar de, em grande parte, transmitida), que contou também com lançamento de livro, atividades culturais, feira gastronômica e oficinas: a dedicação de toda equipe de servidores que, há alguns anos, vem garantindo a consolidação deste e de outros importantes eventos – sempre prestigiados por grandes públicos – na agenda institucional da UFRJ.
TAES também apresentaram trabalhos
Foram 11 mesas presenciais (especiais, transmitidas pelo youtube) com 46 palestrantes. Foram 3.062 participantes inscritos, 46 lives, 13 oficinas, três apresentações culturais, sete exposições na Feira de Tecnologia e Inovação e um lançamento de livro. Essas atividades mobilizaram 113 técnicos-administrativos, participantes das equipes de elaboração das atividades. E os TAE não participaram apenas da organização, mas também como proponentes de atividades: foram seis nas lives, três nas oficinas, e um na Feira de Tecnologia e Informação.
Uma turma envolvida de fato
A equipe da Pró-Reitoria de Extensão está envolvida até a raiz: desde o planejamento, a produção, e a pós-produção do evento. “Na verdade, está envolvida desde a criação do evento, lá em 2020 e até os dias atuais”, conta Bárbara Tavela, superintendente de Integração e Articulação da Pró-Reitoria de Extensão.
Segundo conta, o planejamento “do formato, a curadoria de convidados, produção das atividades (debates presenciais, lives, oficinas) e tecnologias que a gente recebeu na Feira de Inovação e Tecnologia, os empreendedores negros que a gente recebeu na Feira Gastronômica, em parceria com o projeto de extensão “Pretonomia”, a atividade de montagem e desmontagem do local do evento, a coordenação de extensionistas, a produção de intérpretes de libras, e toda a parte de acessibilidade, atividades de logística, atividades operacionais. todas realizadas por técnicos administrativos da PR-5”.
E a direção técnica do festival também é da Pró-Reitoria. “Desde a primeira edição, é feita por técnicos administrativos, parceiros da Central de Produção Multimídia da Escola de Comunicação da FRJ”, conta a superintendente explicando que essa direção técnica tem planejamento e operação gigantes para que as lives aconteçam no canal da Extensão de forma simultânea.
Pró-reitora de extensão avalia festival
“O Festival cumpriu seu objetivo de posicionar a comunidade acadêmica sobre um tema de impacto, a Inteligência Artificial pensada de forma crítica e para os países do Sul Global, ficou claro o seu impacto no campo da formação, no campo do trabalho, nas humanidades, nas artes e o potencial da UFRJ para pensar novas modalidades de formação e cursos que impactem nesse campo”, apontou a pró-reitora de Extensão Ivana Bentes.
Novidades
Ela destacou dois momentos importantes: o anúncio do Reitor Roberto Medronho, na abertura do evento, da criação de um curso transdisciplinar que responda a necessidade de formação para essa transição digital. E foi apresentado, pela primeira vez em uma universidade, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA 2024-2018), pela representante do Ministério de Ciência, tecnologia e Inovação Eliana Azambuja.
Política, sustentabilidade e ética
“Tivemos a participação de convidados do terceiro setor, cientistas, pesquisadores, jornalistas, ativistas e uma representante da Meta, já que as plataformas são muito questionadas em relação ao uso de dados e algoritmos sem muita transparência. Outro tema importante foi o da necessidade de colocar a regulação para caminhar ao lado da inovação, e todas as discussões trataram de aspectos políticos, de sustentabilidade e ética”, aponta a pró-reitora comentando que o Festival foi um sucesso de público no formato híbrido e lembrando que, quem não pode participar, poderá assistir todos os debates no Youtube da Extensão (https://www.youtube.com/c/ExtensaoUFRJ)”.
Primeira universidade a receber o plano
Bárbara Tavela também avalia o sucesso do festival: “Pela primeira vez, nessa quarta edição a gente teve essa possibilidade de realizar o evento de fato híbrido na nossa universidade. Porque a gente montou a programação especial. que a gente já tinha nas outras edições, dessa vez presencial. Mas, ao mesmo tempo, a gente não quis deixar a nossa comunidade sem a possibilidade de fazer as lives, importantes porque possibilitam a participação de pessoas de outros estados, de outras cidades. E foi o que a gente viu acontecendo: em todos os chats no YouTube, a gente via participação de pessoas de universidades de fora”, diz ela, explicando que a equipe não quis abandonar totalmente o formato do primeiro Festival. “Então a nossa avaliação é excelente, porque a gente teve um público muito bom, presencial e um público muito bom também no virtual. Então acho que o hibridismo ficou, veio para ficar e a nossa intenção é que esse formato possa ser replicado em todos os nossos eventos”, conta Bárbara.
Como um dos momentos que teve maior repercussão ela também destaca a participação, na abertura, da representante do MCTI. Eliana Azambuja, segundo ela, fez uma apresentação adaptada sobre o que o Brasil está pensando sobre o tema na mesma mesa da qual participou João Brant, também envolvido nessa questão da inteligência artificial no governo brasileiro. “Nesta mesa, a UFRJ teve a oportunidade de ser a primeira universidade, a receber a apresentação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pibia)”, comemorou. FOTO: ELISÂNGELA LEITE
Dirigente sindical e estudante do centro acadêmico da unidade condenam asfixia do orçamento
A Reitoria atribuiu a um vazamento no segundo andar do Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFRJ) o desabamento de parte do forro do teto do Instituto de Biologia na segunda-feira (2). ficou encharcado e desabou no corredor do Instituto de Biologia na noite de segunda-feira (2). Em nota, a direção da universidade diz que ninguém se feriu e que a área foi interditada para a retirada do material danificado. O incidente não interrompeu as aulas.
A explicação sucinta contrasta com a preocupação da comunidade, diante de um histórico de deterioração das estruturas da UFRJ. A repercussão foi longe. Filmado por estudantes, o vídeo foi transmitido pelas redes do DCE Mário Prata e do Sintufrj, alcançando milhares de visualizações e reproduções. E não é à toa. A situação dos prédios da UFRJ vem se agravando.
Emendas pix x recursos para a Educação
“Lamentável. Mais uma parte da Universidade cai aos pedaços. Isso só prova a importância da nossa mobilização, da articulação e da cobrança ao parlamento, cuja maioria optou por sequestrar (a gestão do) o orçamento para as chamadas emendas Pix (modalidade de emendas que permite a transferência direta de recursos federais para municípios e estados, o que gera dificuldades na fiscalização dos recursos públicos). Ao invés de pactuar uma política de fortalecer o Executivo, eles querem fortalecer um governo paralelo por meio do Parlamento. Por isso Universidade cai aos pedaços hoje e terceirizados ficam sem salário. É por conta desse sequestro do orçamento público por parte da maioria no Congresso Nacional. Precisamos dar uma resposta e apontar os canhões para o caminho certo. Claro que o governo tem sua responsabilidade. Mas não é possível governar com um parlamento que a toda hora o sabota. Em detrimento da coletividade para favorecer parlamentares candidatos, seus partidos e currais eleitorais”, diz o coordenador da Fasubra Francisco de Assis, e trabalhador do Instituto de Biologia, conclamando a comunidade a derrotar esse projeto nas urnas, votando em parlamentares comprometidos com o serviço público.
“É mais um episódio do descaso que nossa universidade tem sofrido, infelizmente. Foi um milagre ninguém sair ferido, visto que é um local muito movimentado. Uma de nossas professoras estava sentada em um banco próximo e por pouco não foi atingida pelo desabamento. É muito revoltante ver a faculdade literalmente se despedaçar na nossa frente. Até quando vamos passar por isso? Como aluno da Biologia, é particularmente triste que esse episódio tenha ocorrido justo no primeiro dia da nossa XXVIII Biosemana (Semana Acadêmica da Biologia, entre os dias 2 e 6 de setembro, com palestras, minicursos, mesas redondas e oficinas), um evento aberto ao público de fora, com diversos palestrantes vindos de outros lugares. Essa é a imagem que queremos passar para fora?”, questiona o representante do Centro Acadêmico de Biologia (CABio) Renan Barbosa.
Fim do arcabouço fiscal
“A situação estrutural e orçamentária da UFRJ está insustentável, precisamos avançar na luta por mais orçamento e cobrar imediatamente a manutenção dos prédios. Não podemos esperar que algum estudante ou trabalhador se machuque!”, alerta o post do DCE reivindicando o fim do arcabouço fiscal e o desbloqueio do orçamento do MEC, além de mais investimento na educação.
O Sintufrj lembra que, em agosto, o governo bloqueou R$ 60 milhões de limites de empenho da UFRJ, fruto do arrocho dos orçamentos das universidades – denunciada sistematicamente nos 113 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação.
Mais um evento político-cultural do Sintufrj que atende às expectativas dos aposentados e pensionistas
“Amei! Minha mente ficou livre! Dancei muito, me alimentei bem. Soube das coisas. Reencontrei as pessoas. Foi um dia especial. Nessa noite, dormi como um pássaro”. Com essas palavras simples, mas cheias de significados, a aposentada do IPPMG, Conceição Maria Monteiro Brasil, definiu o encontro político-cultural realizado na sexta-feira, 30, pela Coordenação de Aposentados(as), Aposentandos(as) e Pensionistas do Sintufrj. O evento reuniu dezenas de companheiras e companheiros, ex-profissionais de diferentes unidades da UFRJ, no sitio Mauá.
“Este nosso encontro tem o clima de celebração: primeiro por ser um momento de aproximação, de interação entre nós. Isso fortalece os laços de companheirismo. Segundo porque, do ponto de vista da circunstância, esse encontro político-cultural acontece após uma jornada de 113 dias de greve que testaram a nossa capacidade de luta. Como diz a canção, a gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte. Celebramos aqui a luta política. Celebramos aqui a cultura caipira, tão presente nos nossos costumes, na nossa memória afetiva”, saudou os participantes a coordenadora de Aposentados e Pensionista, Ana Célia.
A dirigente agradeceu ao apoio de toda a direção para a viabilização do encontro, a ajuda imprescindível da comissão de festas, formada por aposentados, colaboradores da gestão e coordenadores sindicais, e aos patrocinadores aq administradora de planos de saúde Allcare e a empresa de transportes TJ Turismo.
“Se abracem, se beijem, brinquem bastante. Sejam felizes e aproveitem esse lugar de verde incrível e esse sol aconchegante. É muito bom estar aqui com todos vocês. Muito obrigada por aceitarem nosso convite”, saudou a coordenadora de Aposentados e Pensionistas Fátima Rosane. “Com muito carinho e a graça de Deus estamos com vocês aqui neste lugar bonito. A nossa luta sempre será também pelos aposentados e pensionistas. Vimos vocês com a gente na greve nos atos e nas caravanas e esse apoio é sempre fundamental para o sucesso das nossas lutas. Obrigada”, agradeceu a coordenadora de Finanças do Sintufrj, Carmem Lúcia.
Os esclarecimentos sobre os ganhos da greve, a luta em curso pelo reposicionamento dos aposentados e pensionistas no plano de Carreira, como também a inclusão deles na recente conquista do Reconhecimento de Saberes e Competências foram feitos pelo coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente, e o coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis.
Arraiá Agostino
A área principal do sítio foi transformada em arraiá, com bandeirinhas, balões, cortinas de chita e barraquinhas de doces típicos. Para completar o clima festivo de roça, o Trio Forrozeiro “incendiou” o salão com sua zabumba, sanfona e triângulo. Clássicos do cancioneiro brasileiro, como Asa Branca e outras joias do Gonzagão, entre outros autores inesquecíveis, estimularam todos a dançarem. O professor da Oficina de Dança do Sintufrj, Luiz Ferreira, ajudou as damas no bailado com estilo. Nos intervalos do forró, ele ensinou passos de charme, samba de gafieira e xote. Não podia faltar à atividade!
Três ônibus de viagem providenciados pelo Sintufrj fizeram o transporte de ida e volta dos participantes do evento. O primeiro saiu da sede da entidade às 7h30.
. Leia mais sobre essa celebração na edição do Jornal do Sintufrj que entra nas redes na sexta-feira, 6 de setembro, à noite, e na sua versão impressa que será distribuída na segunda-feira, 9.
FOTOS: RENAN SILVA
Profissional de atuação importante nas áreas de meio ambiente, biodiversidade e saúde, entre outras, com atenção voltada à qualidade de vida de humanos e animais
Nesta terça-feira, 3 de setembro, é a data em que celebramos o Dia do Biólogo. Esse dia foi escolhido por ser a data de sanção que regulamenta a profissão: a Lei no 6.604, de 3 de setembro de 1979, que também criou o Conselho de Biologia e os Conselhos Regionais. Em homenagem ao profissional o Instituto de Biologia da UFRJ promove a palestra “Baleias: minha vida é migrar”, com Salvatore Siciliano, às 12h, no Salão Azul (Bloca A-CCS).
O biólogo atua nas áreas de Meio Ambiente e Biodiversidade, Saúde e Biotecnologia, Produção Industrial e Educação. É um profissional importante para a sociedade, pois o seu trabalho contribui para a melhoria da qualidade de vida de humanos e animais. Em tempos de aquecimento global e extremos climáticos sua atuação é fundamental para a conservação da natureza e para o desenvolvimento de novas tecnologias, medicamentos, alimentos e materiais.
Os biólogos trabalham na preservação de espécies ameaçadas, na recuperação de ecossistemas degradados e na gestão de áreas protegidas. A biologia, por sua vez, permite fazer previsões sobre o impacto da humanidade sobre si mesma e sobre as outras espécies do planeta. Os estudos realizados por biólogos ajudam a criar políticas ambientais eficazes. O biólogo atua também na prevenção de doenças, pois a compreensão do funcionamento dos seres vivos auxilia na prevenção e combate de doenças.
Instituto de Biologia
Na UFRJ temos o Instituto de Biologia, Unidade Acadêmica do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Ele foi criado em 1968, a partir do Departamento de História Natural da Faculdade Nacional de Filosofia, e está estruturado nos Departamentos de Biologia Marinha, Botânica, Ecologia, Genética e Zoologia.
O Instituto possui mais de 50 laboratórios de pesquisa e guarda coleções biológicas dos principais grupos de seres vivos. Além das coleções o IB tem acervos sonoros e multimídias de anfíbios, aves peixes, insetos e mamíferos, como também fotografias. Oferece graduação em ciências biológicas nas habilitações profissionalizantes de Biologia Marinha, Biologia Vegetal, Ecologia, Genética e Zoologia, e Licenciatura em Ciências Biológicas, em dois turnos e, ainda, na modalidade do Ensino à Distância. A Licenciatura tem como parceiros a Faculdade de Educação, o CAP e vários colégios da rede pública. Oferece também quatro cursos de pós-graduação (Biodiversidade e Biologia Evolutiva, Ecologia e Genética).
As atividades de pesquisa são desenvolvidas em diversos laboratórios de pesquisa com vários projetos distribuídos em várias linhas de pesquisa, enfocando a Biologia em seus aspectos descritivos, sistemáticos, moleculares, filogenéticos, populacionais e da comunidade e ainda uso e manejo de recursos naturais.
As atividades de extensão concentram-se na realização de cursos de educação continuada, atualização para professores da rede escolar e outros profissionais do mercado de trabalho, assessoria especializada na solução de problemas genéticos e ambientais e na prestação de serviços nas áreas de análises biológicas, ecológicas e ambientais.
Pesquisadores renomados
A UFRJ tem cientistas entre os melhores do Planeta, segundo levantamento da Plataforma Research, um portal acadêmico, com dados coletado no fim de 2022. Muitos deles são das áreas que abrangem a Biologia tais como: Amilcar Tanuri (Mibrobiologia), Celuta Alviano (Microbiologia), Fabiano Thompson (Microbiologia), Jean Swings (Microbiologia), Jerson Lima (Biologia e Bioquímica), Leonardo Nimrichter (Microbiologia), Marcelo Bozza (Microbiologia), Márcio Rodrigues (Microbiologia), Paulo Mourão (Biologia e Bioquímica), Pedro Oliveira (Biologia e Bioquímica), Radovan Borojevic (Biologia e Bioquímca), Rafael Linden (Biologia e Bioquímica), Sérgio Ferreira (Biologia e Bioquímica), Wanderley de Souza (Microbiologia).
Na nossa história não poderíamos deixar de falar da cientista, bióloga, educadora e ativista Bertha Lutz. Especializada em anfíbios, Bertha – filha de Adolfo Lutz (referência da zoologia médica no Brasil) – em 1919 foi a segunda mulher a fazer parte do serviço público do Brasil, tornando-se pesquisadora do Museu Nacional. Em 1965 Bertha Lutz recebeu o título de professora emérita da UFRJ.
Para além da ciência, Bertha Lutz era uma ativista feminista. Foi deputada em 1936, assumindo uma suplência pelo Partido Autonomista do Distrito Federal, sempre defendendo as bandeiras feministas. Em 1945 participou da Conferência das Nações Unidas em São Francisco, onde lutou para que a igualdade de gênero fosse incluída na Carta das Nações Unidas.