Além de dirigentes e colaboradores da gestão, a caravana do sindicato mobilizou advogados civil e trabalhista, assessoria de saúde e segurança do trabalho, técnicos do setor de convênios e a comunicação da entidade
FOTOS: RENAN SILVA
Assédio moral, aposentadoria especial, portaria 996, corte de insalubridade foram algumas das várias demandas esclarecidas e assumidas pela direção sindical para buscar solução jurídica ou administrativa via Reitoria dos sindicalizados da UFRJ-Macaé. Este foi o saldo do Sintufrj Tira Dúvidas na quinta-feira, 7 de novembro, no Polo Aloísio Teixeira e no Nupem.
A caravana do sindicato mobilizou dirigentes e colaboradores da gestão, advogados civil e trabalhista, assessoria de saúde e segurança do trabalho, técnicos do setor de convênios e a comunicação da entidade. A maratona começou às 6h30 com a saída da van da sede do Sintufrj, no Fundão, e terminou por volta das 20h com o retorno no mesmo local.
“Uma iniciativa ótima, porque falar presencialmente com o Sintufrj é muito melhor, e esse convívio de conhecer os companheiros à frente da entidade é gratificante. Sei que é uma viagem bate e volta cansativa, mas para gente é muito necessária. Deveriam vir mais vezes”, observou Itamara Pereira Moço, técnica-administrativa da secretaria acadêmica do Polo com 10 anos de UFRJ.
“Fiz um ensaio para a minha aposentadoria com o advogado. Precisava saber dos meus direitos. Tenho doutorado e já cheguei no limite da carreira. A questão agora é o tempo de serviço e a idade. Fui a primeira servidora do campus UFRJ-Macaé, contribui muito com a implantação dos setores acadêmicos. Tenho muito orgulho do meu trabalho”, disse Cristiane Pires Teixeira Pacheco.
No Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (Nupem), o principal problema no momento dos técnicos-administrativos em educação é a recente Portaria 996, assinada pelo reitor e que só está valendo, por enquanto, para essa unidade. As profissionais dos Departamentos de Recursos Humanos (DRHs) Thuammya Vasconcelos Bento e Gisele Pereira discordavam de algumas das exigências contidas no documento, por considerarem desnecessárias, e o Sintufrj com o seu jurídico estão analisando o texto do ato oficial.
“A Reitoria deveria ter nos buscado para um diálogo antes de adotar as medidas contidas na portaria. Afinal, está sendo implantado o PGD. Vamos procurar na portaria o que extrapola o Plano de Gestão e Desempenho, que chega para regularizar a jornada de trabalho”, explicou o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente.
Na reunião, ele convocou os trabalhadores dos RHs para a reunião híbrida, na segunda-feira, 11, às 14h, no Espaço Cultural da entidade. Pauta: Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). O link da reunião seguirá pela rede de transmissão e informada pelos canais digitais do sindicato.
Bem-vindas, companheiras
Thuammya, que por permuta se transferiu do Observatório do Valongo para o Nupem, há oito anos na universidade, e Anna Beatriz dos Santos Salgado, bióloga, aprovado em recente concurso e se tornou servidora da UFRJ em agosto, depois de atuar como extraquadro no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho por 10 anos, se filiaram ao Sintufrj.
Boa notícia
A boa notícia quem recebeu do Sintufrj foi professora associada 4 e sindicalizada da entidade, Angélica Ribeiro Soares. Ela atua no Laboratório de Química Orgânica e desde 2019 deixou de receber a insalubridade. “Naquele ano, solicitei licença de três meses para fazer um curso de capacitação oferecido pela Reitoria e até hoje não tive de volta o adicional. Entrei em contato inúmeras vezes com a Pró-Reitoria de Pessoal e nunca recebi resposta. “Entrei com processo no SEI e o assessor de saúde e segurança do trabalho do sindicato fez o relatório técnico e encaminhou para a CPST e, finalmente, foi agendada a perícia”, comemorou a docente. Caravana Sintufrj a Macaé – Dirigentes: coordenadores Esteban Crescente, Nivaldo Holmes e Ana Mina; apoiadores: Maria Lenilva e José Carlos Xavier; advogados (Alexandre Fecher e Leandro Mathias), técnico de Saúde e Segurança do Trabalho (Rafael Boher); Convênios (Claudia Azevedo e Graziele Gonçalves) e os repórteres Ana de Angelis e Renan Silva). Atuação local imprescindível do apoiador Milton Madeira.
O III Congresso Mundial contra o Neoliberalismo na Educação será na UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Maracanã, entre os dias 11 a 17 de novembro. Uma semana intensa, com debates e atividades culturais reunindo estudantes e trabalhadoras e trabalhadores da educação O coordenador de Comunicação da Fasubra, Francisco de Assis, da base do Sintufrj, estará na abertura, no dia 11, às 15h, representando a Federação neste Importante fórum de resistência aos avanços do neoliberalismo na Educação.
A unidade dos trabalhadores em educação em defesa da Educação Pública
A EDIÇÂO de 2024 do encontro mundial será na UERJ, palco recente de grande mobilização contra cortes na assistência estudantil e em resistência aos ataques do governo estadual.
O Congresso, realizado organizada pelas entidades que discutem a Educação, através de uma articulação entre os sindicatos, federações, representações estudantis. está em sua terceira edição. O I Congresso Mundial da Educação foi em 2020, em modo remoto; o II Congresso, no Panamá, em 2023.
A terceira edição, que será no Brasil, é organizada pela Fasubra, Andes, Sinasefe, Apeoesp, Sepe/RJ, Asduerj, Fenet e ANPG. A entidade Outras Vozes da Educação cuida da organização internacional da atividade. Contará com representações de países como Panamá, Chile, Argentina, Perú, Uruguai, Venuzuela, Colômbia. Serão oito mesas sobre temas como questões raciais, gênero, crise climática, inteligência artificial, EaD e muito mais.
Uma unidade para fortalecer a educação pública e traçar caminhos para resistir aos ataques das políticas neoliberais è Educação Pública, Gratuita e de Qualidade.
Programação (sujeita a ajustes)
SEGUNDA, 11 de novembro
13h às 15h – Credenciamento
15h às 18h – Instalação do Congresso
18h – Ato político de instalação do Acampamento dos Estudantes
19h – Ato político Cultural com presença do coral da Uerj – Altivoz TERÇA, 12 de novembro
9h às 12h- Mesas temáticas
Eixo Educação – Mesa 1: Questões raciais, gênero e classe
Eixo Educação – Mesa 2: Territórios e crise climática
Eixo sindical – Mesa 3: Grêmios, sindicatos e transformação social
ALMOÇO
14h30 às 17h30 – Mesas Temáticas
Eixo Educação – Mesa 4: Digitalização, Inteligência Artificial, EAD e desafios educacionais
Eixo Educação – Mesa 5: Internacionalização, avaliação e inclusão
Eixo Sindical – Mesa 6: Organização de classe e democracia, uma relação conflitiva?
17h30 às 19h – Atividade Cultural – Fanfarras – Honk.
Apresentação de livros, vídeos, cartazes.
19h às 21h – Atividades autogestionadas do Acampamento dos Estudantes QUARTA, 13 de novembro 2024
9h às 12h – Mesas temáticas
Eixo Educação – Mesa 7: Projetos conservadores em educação, violência, homeschooling e laicidade
Eixo Sindical – Mesa 8: Sindicatos, grêmios e movimentos sociais
ALMOÇO
14h30 às 18h – Apresentação de informes nacionais de luta contra o neoliberalismo na educação
18h às 20h – Atividades autogestionadas do Acampamento dos estudantes QUINTA, 14 de novembro
9h às 11h – Continuação da apresentação de informes nacionais de luta contra o neoliberalismo na educação
11h às 12h – Atividades autogestionadas do Acampamento dos estudantes
ALMOÇO
14h às 15h – Leitura de acordos, resoluções e da Declaração Final do Congresso. Fechamento e apresentação do local para o IV Congresso Mundial contra o Neoliberalismo na Educação
17h às 19 h – Reunião de delegações dos sindicatos.
19h – Ato-show (atração a confirmar). Abertura do show com “Ah Banda!” SEXTA, 15 de novembro
8h às 19h – Atividades autogestionadas SÁBADO, 16 de novembro
Visita a espaços dos movimentos sociais e culturais do Rio de Janeiro, a partir de roteiros e sugestões fornecidas pela organização do evento. DOMINGO, 17 de novembro
Retorno das delegações nacionais e internacionais
Estudantes e professores, cansados de tentar uma solução para o retorno das aulas no prédio da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ (EEFD), realizaram nesta quarta-feira, 5, um panelaço nas escadarias do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e fizeram passeata até a Prefeitura Universitária, onde fica o Escritório Técnico da Universidade (ETU).
Os estudantes alegam que estão já há um ano sem aulas práticas no prédio e exigem uma solução. O prédio foi interditado após desabamentos nos blocos B e A, necessita da finalização das obras de reestruturação e avaliação da estrutura para ser liberado. O primeiro desabamento foi em setembro do ano passado, no bloco B, atingindo salas de aulas. E esse ano, dia 1º de maio, no Bloco A, atingindo o corredor da direção.
A UFRJ esclareceu que após os desabamentos, o Ministério da Educação (MEC) repassou cerca de R$ 242 mil apenas para o escoramento de parte dos muros e mais R$ 300 mil para o escoramento da frente do edifício. A medida, embora não solucione o problema estrutural da unidade, apenas impede que o prédio continue cedendo. Em maio deste ano o reitor Roberto Medronho ressaltou que o prédio da Escola de Educação Física só seria reaberto após a conclusão das obras de contenção de toda a estrutura. Mas para isso, a verba recebida deveria ser maior.
Insatisfação
O protesto dos estudantes chegou até ao ETU. Eles afirmam que o escritório em julho apresentou um laudo que liberou o uso do prédio mediante a implementação de algumas medidas de segurança, mas recentemente emitiu um novo que impediu o acesso exigindo medidas adicionais. Com isso, as disciplinas com características mais práticas, de vital importância à formação dos estudantes de educação física, foram muito prejudicadas. Assim grande parte das disciplinas do segundo bloco foi cancelada.
“Os estudantes da EEFD estão há um ano sem aula no prédio. Estamos sem local definido para ter nossas aulas, espalhados pelas unidades. O primeiro desabamento foi ano passado. Veio o segundo em maio. E até agora não resolveram a situação. O ETU apresentou um parecer inconclusivo para liberação dos ginásios. Com isso, as aulas práticas que começariam no fim de outubro foram adiadas. Queremos que o diretor do ETU nos receba e explique o que está faltando para liberarem o prédio”, declarou Melanie Caires, presidente do CA da EEFD e estudante do 2º período.
“É problema estrutural e político. Vai do governo federal, passando pela Reitoria e pela direção da EEFD. É um descaso de décadas com a educação brasileira. A EEFD é a primeira escola de educação física civil do país, sabia? Queremos e precisamos dar aula, mais são os alunos realmente os mais prejudicados”, afirmou Luciana Peil, professora do Departamento de Jogos.
O diretor do ETU não estava. Em seu lugar, seu substituto, Albertino Alves Ribeiro, deu algumas informações aos alunos. Ele explicou que o ETU depende da contratação de uma empresa para avaliar a estrutura do prédio e isso é um processo que demanda certo tempo, pois depende de licitação. Seu papel é técnico e não lida com liberação de verbas.
O coordenador geral do Sintufrj, Esteban Crescente, afirmou que o sindicato está ao lado da luta dos estudantes para garantir seu direito ao acesso e a permanência na universidade. Mais que a situação da EEFD remete a uma leitura maior.
“O problema da EEFD está ligado ao processo de terceirização e privatização da universidade. O ETU depende de serviços que são terceirizados. O que acontece com a Escola de Educação Física faz parte do estrangulamento dos recursos das universidades que vem diminuindo há 10 anos. E os processos de licitação e terceirização são cruéis com as universidades. Então a nossa luta é uma só. Estamos juntos. Fizemos greve pela recomposição do orçamentária, ganhamos algo, mas foi contingenciado.”
Sintufrj solicita à Reitoria reunião sobre portaria que determina às unidades divulgação da escala de trabalho
FOTOS RENAN SILVA
A coordenação do Sintufrj realizou, na manhã desta quarta-feira, 6, no auditório do Horto, reunião com trabalhadoras e trabalhadores do Escritório Técnico Universitário (e alguns da Prefeitura). Além das novidades em torno das negociações com o governo sobre a concretização dos termos do acordo fruto da recente e histórica greve da categoria, os coordenadores do Sintufrj Esteban Crescente, Laura Gomes (ambos da Geral) discutiram com os presentes, demandas sobre relações de trabalho.
Estavam lá também os coordenadores Luciano Nascimento (Organização e Política Sindical), João Pereira (Esporte e Lazer), a colaboradora Lenilva da Cruz e a delegada sindical da Prefeitura Alzira Trindade (integrantes do Grupo de Trabalho sobre Carreira do Sintufrj).
Esteban abordou conquistas da greve, não apenas do ponto de vista financeiro, como reajustes de salário (9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026) e benefícios (vale-alimentação, creche e saúde). Mas também efeitos na tabela (com aumento da diferença percentual entre os níveis (step), o aumento dos percentuais de correlação entre os níveis A, B, C e D com o nível E, e o fim da correlação indireta dos cursos considerados para o Incentivo à Qualificação, (IQ, agora todos são de correlação direta), entre outras mudanças (que podem ser consultadas na edição do Jornal do Sintufrj nº 1436, no site da entidade).
O coordenador explicou mudanças para o aprimoramento da Carreira e novidades, como a conquista do Reconhecimento de Saberes e Competências (com base na experiência que o servidor adquiriu com seu fazer, equiparado financeiramente ao IQ). E abordou trâmites e prazos-limite para a finalização de projetos de lei e decretos necessários para a formalização das conquistas.
Relações de trabalho
Os coordenadores trataram também de demandas que não se restringem ao setor, mas atingem também trabalhadores de outras unidades. Por exemplo, quanto a portaria da Reitoria de 24 de outubro que determina ao dirigente da unidade fixar em frente ao setor e na página da unidade na internet, o horário de funcionamento (de início, fim e os intervalos de almoço e descanso), sob o argumento de que a escala de trabalho é informação pública e deve estar fixada em local de ampla visibilidade.
O texto lembra que a folha de ponto é o método de monitoramento da assiduidade adotado pela UFRJ para todos os servidores, exceto docentes e participantes do Programa de Gestão de Desempenho (PGD). Estes, caso não cumpram a escala, podem sofrer desconto de dias de trabalho.
“Houve orientação para exposição do horário dos setores, dos servidores. Tão logo soubemos, decidimos realizar reunião nos locais em que está acontecendo”, disse o coordenador explicando que a finalidade da reunião era esclarecer alguns aspectos, como o fato de que, no PGD, não é necessário controle de frequência, mas a aferição do cumprimento das metas estabelecidas com a equipe.
Ele informou que o Sintufrj enviou ofício à Pró-Reitoria de Pessoal solicitando reunião sobre teor da portaria. Sem retorno, a entidade reiterou pedido. Como PR-4 não respondeu, o Sindicato mandou ofício diretamente ao reitor, e aguarda resposta.
Sindicalize-se
Apontando a importância de que trabalhadores construam sua representação local junto ao Sindicato, Alzira lembrou que foram os sindicatos e categorias organizados na base da Fasubra que conquistaram o acordo da greve e é a entidade que representa os trabalhadores na negociação local com a Reitoria.
Esteban reiterou a importância da sindicalização para o fortalecimento da entidade na luta para a garantia de direitos. “Nosso instrumento é a organização coletiva”, insistiu.
Os 57 anos de existência do Núcleo de Computação Eletrônica (NCE), que em 11 de novembro de 2010 foi transformado no Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais, começaram a ser comemorados com o sucesso de público da edição de 2024 do evento NCE de Portas Abertas, que integrou a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro. As homenagens prosseguem com uma série de postagens elaboradas por especialistas, pesquisadores, e gestores, em breve filmagens, sobre o este importante núcleo especializado da UFRJ..
“NCE de portas abertas”
A terceira e bem-sucedida edição do NCE de Portas Abertas 2024 –importante fórum de divulgação da produção universitária do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais e integração com estudantes, servidores, pesquisadores e o público em geral –, aconteceu no dia 16 de outubro, integrando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Com programação presencial com palestras e oficinas em torno do tema “Diálogos Contemporâneos sobre Computação Aplicada e Biomas”, reuniu estudantes, pesquisadores e público em geral em atividades e debates no Anfiteatro Maria Irene Melo, com foco no uso da inteligência artificial aplicada aos “Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, problematizando as dimensões éticas das tecnologias emergentes”.
O instituto realizou ainda o HackBio, envolvendo estudantes de escolas de ensino médio e técnico em uma competição colaborativa (cada equipe uma com quatro alunos e um professor mentor) sobre o tema “Como aplicar inovação e tecnologia social na construção de um caminho sustentável para a Mata Atlântica?”.
Tudo isso, em meio às comemorações dos 57 anos do Instituto, que contará com uma série de postagens comemorativas onde seus especialistas e pesquisadores, docentes, parceiros da UFRJ e gestores irão discorrer, em breve filmagens, sobre o NCE.
Legado
“Celebrar 57 anos de história do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais – NCE é reconhecer um legado de inovação, tecnologia, pesquisa, ensino e extensão que moldou o panorama da educação e da ciência no país. Desde sua fundação, o instituto tem sido um lugar de excelência, contribuindo significativamente para o avanço da computação e suas aplicações em diversas áreas”, diz artigo de Angélica Dias (diretora do NCE) e Maira Fróes (vice-diretora).
As dirigentes concluem: “À medida que olhamos para o futuro, continuaremos a inovar, ensinar e estender nosso impacto, sempre com a missão de contribuir para um mundo mais justo, em que a tecnologia esteja a serviço do bem-estar e existir do humano, sua sociedade, seu mundo. Essa jornada é um convite para todos nós a explorarmos novas formas de crescer e contribuir para a universidade, entendendo que cada um de nós, e cada rede de nós, é maior do que pensamos. Que a universidade é a celebração da diversidade, da riqueza de pensamentos e da pluralidade de ações… e que sempre podemos ser, e somos, maiores do que julgam nos permitir ser”. (Leia a íntegra ao final da matéria)
NCE: produção pioneira
O antigo Núcleo de Computação Eletrônica (NCE), criado em1967, foi transformado em 11 de novembro de 2010 no Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais (homenagem a um dos primeiros diretores, pioneiro da computação no Brasil).
Tem por objetivo contribuir para domínio da tecnologia de computação através da pesquisa e do ensino de graduação e pós-graduação de Informática.
TAEs na gestão
Possui um corpo técnico altamente especializado, hoje composto por 92 servidores técnico-administrativos e 9 docentes. Apesar de não ser tradição na Universidade, a gestão do NCE sempre foi exercida pelos servidores técnicos, mesmo depois do ingresso de professores da carreira do magistério.
Sempre teve atuação marcante.
O NCE é um dos grandes responsáveis pela concepção do curso de graduação em Informática, apoiando a criação do Departamento de Ciência da Computação no Instituto de Matemática, ministrando aulas e orientando projetos de final de curso. Desenvolveu sistemas para gestão da vida acadêmica e do quadro social da UFRJ. O Programa de Pós-Graduação em Informática (PPGI/UFRJ), parceria com o Departamento da Ciência de Computação do Instituto de Matemática, conta com cerca de 550 dissertações e 40 teses defendidas; seu doutorado foi aprovado em 2010. Tem cursos reconhecidos no mercado e na academia.
Dosvox e Motrix
Na Extensão, o projeto de inclusão digital de portadores de deficiência visual e motora tem reconhecimento internacional, já tendo recebido vários prêmios. O Dosvox, software que provê aos deficientes visuais a iteração com o computador através de síntese de voz, conta com cerca de 20.000 usuários no Brasil e América Latina. Através Motrix, deficientes motores usam o computador apenas por comandos de voz, o que permite sua inserção no mercado de trabalho.
50 Anos de Serviço Público
Nesse ano de eventos e comemorações, um servidor do corpo técnico do NCE também será homenageado. Aposentado do NCE, Edson Jorge da Rocha receberá da Reitoria uma medalha pelos 50 anos de serviço público. A homenagem acontecerá em cerimônia no dia 11 (às 14 horas, no auditório G-122 da COPPE)
Reportagem publicada no site conta a trajetória do servidor: “Edson começou no NCE em 1974 como motorista e, ao longo dos anos atuou nos setores de Almoxarifado, Compras. Manutenção e Obras e Produção, antes de ir para a Divisão de Suporte Técnico, onde se aposentou”. Edson é o segundo servidor do NCE a receber a medalha. O primeiro foi Pedro Manoel da Silveira, que completou 50 anos de UFRJ em 2023.
Artigo
Legado de inovação, pesquisa, ensino e extensão
Artigo de Angélica Dias (diretora do NCE) e Maira Fróes (vice-diretora)
Celebrar 57 anos de história do Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais – NCE é reconhecer um legado de inovação, tecnologia, pesquisa, ensino e extensão que moldou o panorama da educação e da ciência no país. Desde sua fundação, o instituto tem sido um lugar de excelência, contribuindo significativamente para o avanço da computação e suas aplicações em diversas áreas.
A inovação é um dos pilares fundamentais do nosso instituto. Ao longo das décadas, temos promovido pesquisas que não apenas acompanham, mas frequentemente antecipam as tendências do setor. Nossos laboratórios de pesquisa são o berço de projetos que geram soluções criativas e eficientes, impactando a indústria e a sociedade. Essa busca constante por inovação reflete nosso compromisso em preparar profissionais capacitados e atualizados com as últimas tecnologias.
Para além da computação, o NCE detém reconhecido domínio da relação das tecnologias computacionais com o humano, entrelaçando os campos da pesquisa em tecnologia e humanidades. Reúne hoje profissionais de reconhecida competência num amplo espectro das ciências do humano, da biologia à arte, das engenharias à sociologia, alicerçado e representado na combinação de cursos Mestrado e Doutorado assinados pelo NCE nos campos da Informática, e por outro, no amplo espectro contemplado pela História das Ciências e Técnicas e pela Epistemologia. O NCE se destaca, assim, de outras unidades que têm a computação como base na UFRJ, adotando as mais promissoras tendências internacionais no campo, com forte e profunda ênfase interdisciplinar. A formação também ocupa um lugar central em nossa trajetória. Com um corpo docente e técnico-administrativo altamente qualificado, oferecemos uma formação sólida e abrangente, que combina teoria e prática, no tripé ensino-pesquisa-extensão. Nossos estudantes não apenas adquirem conhecimentos técnicos, mas também desenvolvem habilidades críticas, criativas e humanas, que os preparam para os desafios de sua missão junto à sociedade, e para o mercado de trabalho. O Instituto se orgulha de formar líderes e especialistas que se destacam como cidadãos, e como profissionais em suas áreas de atuação. De fato, do NCE partiu um número grande de analistas e técnicos de alto nível que acabaram compondo os melhores quadros docentes de unidades afins, na UFRJ.
A extensão é outra faceta essencial de nosso trabalho. Ao longo desses 57 anos, temos estabelecido conexões profundas com a comunidade, sendo parceiros e amigos de nossos vizinhos, de nossa comunidade acadêmica, da universidade, promovendo e exercitando o espírito universitário, e o que há de mais valoroso no espírito público. Mais, ao protagonizar programas que levam o conhecimento científico e tecnológico para além das paredes acadêmicas, com a capacitação de profissionais externos à universidade, nossas iniciativas nos colocam como protagonistas na sociedade. Nossas parcerias com empresas e projetos sociais são exemplos de como buscamos contribuir para o desenvolvimento local e regional, transformando vidas por meio da educação.
Em suma, os 57 anos do Instituto de Computação Aplicada são um testemunho de um compromisso contínuo com a excelência e a transformação, tendo o humano como centro. À medida que olhamos para o futuro, continuaremos a inovar, ensinar e estender nosso impacto, sempre com a missão de contribuir para um mundo mais justo, em que a tecnologia esteja a serviço do bem-estar e existir do humano, sua sociedade, seu mundo. Essa jornada é um convite para todos nós a explorarmos novas formas de crescer e contribuir para a universidade, entendendo que cada um de nós, e cada rede de nós, é maior do que pensamos. Que a universidade é a celebração da diversidade, da riqueza de pensamentos e da pluralidade de ações… e que sempre podemos ser, e somos, maiores do que julgam nos permitir ser. Esse é o grande recado, o legado, do NCE.
“Apagão em Cuba é resultado do bloqueio dos EUA, afirma movimento Alba”.
Esse é o título da matéria do site Brasil de Fato do dia 22 de outubro informando um apagão total na Ilha entre os dias 18 e 21 (leia mais em https://l1nq.com/cAEBW).
A Alba é a Articulação Continental de Movimentos Sociais e, analisando a atual crise energética no país, sustenta que os bloqueios políticos e econômicos contra o país caribenho ocasionaram, propositalmente, a queda do sistema de energia do país. A ilha, devido ao bloqueio (que impede o país de negociar combustíveis com outros países que temem a retaliação, não conta com os suprimentos necessário e, por conta das sanções econômicas, não tem como pagar provedores do combustíveis para as estações de energia. As condições de hostilidade financeira e econômica levaram a isso. E é uma crise proposital, criada pelos EUA.
Apagão e furacão – segundo o site, mais de 70% da população cubana recuperou o serviço de eletricidade após quatro dias de apagão total, emergência agravada pela passagem do furacão Oscar que deixou seis mortos no leste da ilha, informaram as autoridades no dia 22. Os ventos do Oscar varreram telhados e casas inteiras na cidade de Baracoa.
“O que pretende os EUA é transformar Cuba numa outra Gaza”
É o que avalia o jornalista Beto Almeida, em extenso artigo sobre a situação da Ilha que vale a pena conhecer. Almeida é diretor da Telesur, Conselheiro da Associação Brasileira de Imprensa e membro da Rede de Intelectuais e Artistas em Defesa da Humanidade.
Leia o artigo a seguir:
A crise energética em Cuba, o bloqueio e a luminosidade da Revolução
Notícias que chegam de Cuba relatam grave crise de abastecimento de energia, decorrente das dificuldades impostas pelo bloqueio econômico imposto pelos EUA contra a Ilha socialista, impedindo-lhe a compra de petróleo, bem como de peças de reposição para a manutenção do sistema elétrico. Além disso, a Cuba é negado o acesso ao sistema de crédito internacional. Tudo é consequência deste criminoso bloqueio que se iniciou em 1962, e que conta com o apoio do regime genocida de Israel. O que pretende os EUA é transformar Cuba numa outra Gaza, matando seus habitantes de fome, de penúria, ou por falta de medicamentos. Mas, isso não vai acontecer! A solidariedade internacional à Revolução Cubana se fará sentir cada vez mais forte e mais organizada, e os sinistros planos dos EUA e de Israel não serão alcançados.
Cuba estará participando da Cúpula dos BRICS em Kazan, convidada pelo presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, hoje no comando do bloco que já supera o G7 em termos de PIB. Além disso, entre os países que compõe o BRICS, vários possuem relações de cooperação com Cuba que, neste momento em que a selvageria capitalista contra a Ilha revela toda sua crueldade, certamente estarão redimensionando suas relações bilaterais, especialmente Rússia, China, África do Sul e Irã, permitindo que Cuba possa enfrentar e superar as atuais dificuldades.
A Federação Russa já tem demonstrado efetiva solidariedade com Cuba: em março deste ano, chegou à Ilha caribenha, um navio russo com 700 mil barris de petróleo. https://br.russiabeyond.com/ciencia/87114-navio-russo-transporta-700000-barris-petroleo-cuba
Além desta doação essencial, a Federação Russa está operando a modernização da principal ferrovia da Ilha, ligando Habana a Santiago de Cuba. E também das Forças Armadas cubanas.
De sua parte, a República Popular da China efetivou a doação de usina de energia solar no valor de 107 milhões de euros, medida que deverá ser seguida de novas doações, com a meta indicada de que a Ilha possa fazer sua gradativa conversão do atual sistema elétrico, baseado em petróleo, para um modelo energético lastreado em fontes renováveis para a geração de eletricidade, com a utilização de placas fotovoltaicas, aproveitando a elevada incidência solar em toda a região do Caribe. https://hojemacau.com.mo/2023/09/22/pequim-doa-a-cuba-parque-fotovoltaico-no-valor-de-107-milhoes-de-euros/
Brasil amplia relações
O Brasil também faz parte de grupo de países que busca ampliar as relações bilaterais com a Cuba – que foram bastante reduzidas durante o governo de Bolsonaro. A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou a retomada dos Acordos de Cooperação na área de produção de fármacos, envolvendo a participação de instituições dos dois países. Uma parceria que já deu frutos, pois, no ano 2007, os dois países chegaram a produzir 19 milhões de doses de vacinas contra a febre amarela, produzidas pelo Instituto Finley, de Cuba, e a Fiocruz, brasileira, com um preço 90% mais baixo do que o oferecido pelo laboratório concorrente, vinculado à ambiciosa e rica Fundação Bill Gates. Essas vacinas foram destinadas uma vasta região da África, atendendo uma licitação lançada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) . Essa notícia somente foi divulgada pela Telesur e pela Prensa Latina, agência de notícias fundada por Che Guevara,
Outro integrante do Bloco BRICs e também dotado de robusta política anti imperialista deste 1979m quando triunfou a Revolução Islâmica que derrubou a ditadura do Xa Reza Pahlevy, é a República do Irã, Ainda este ano, Cuba recebeu a visita de um chefe de estado persa, o ex-presidente Ibrahin Raissi, falecido em acidente no dia 19 de maio último. Durante sua visita a Habana, o então presidente do Irã fortaleceu os laços de cooperação junto ao seu homônimo, o presidente cubano Miguel Diaz Canel. Além de acordos de cooperação em diferentes áreas, Irã e Cuba comprometeram-se a atuar de modo solidário e organizado para resistir às sanções dos EUA que atingem aos dois países revolucionários. Além disso, alguns medicamentos produzidos pela indústria farmacêutica de Cuba estão à venda no mercado da nação persa,.
Em nenhum momento, mesmo enfrentando todas as adversidades do bloqueio dos EUA, Cuba deixou de expressar sua solidariedade concreta a diversos países, em todos os continentes, Há vacinas cubanas no Irã, na Venezuela, na Nicarágua e no México. As brigadas médicas cubanas também marcaram sua presença em 77 países mundo, inclusive Rússia, China, Itália, Brasil e Haiti. A Escola Latino-americana de Medicina já formou mais de 300 mil médicos, com financiamento próprio de Cuba. Com isto, Cuba comparte seus modestos recursos com os povos de vários continentes, na forma de médicos dotados de uma consciência socialista da medicina.
Vale lembrar que quando o Brasil teve um surto de meningite, durante o governo Sarney, ameaçando ceifar a vida de milhares de crianças brasileiras, a vacina que nos salvou veio de Cuba. Mais tarde, durante o governo Dilma Rousseff, quando o Brasil necessitou de milhares de médicos para atender os brasileiros mais humildes, nos locais mais inóspitos, onde os médicos brasileiros nunca se interessaram em estar, foram os médicos cubanos, por meio do Programa Mais Médicos, que atenderam a população nos seringais, nos pampas, no Pantanal, no sertão e também nas favelas do Rio de Janeiro. Como registro para comprovar o alcance da medicina cubana, o neto do ex-presidente João Goulart, formado em Cuba, é médico num posto de saúde na favela da Rocinha.
Ao Brasil, a presença da solidariedade cubana nunca faltou. Poderia até ter sido mais profunda, se o Ministério da Educação tivesse dado continuidade à aplicação do método de alfabetização chamado Yo Si Puedo, e talvez já tivéssemos erradicado o analfabetismo que grassa entre nós, como o fizeram Venezuela, Nicarágua, Bolívia e Equador, sempre com a presença de pedagogos de Cuba, como atesta a Unesco, declarando esses países, Territórios Livres do Analfabetismo, tal como a Ilha caribenha, o primeiro a se ver livre desta chaga social nas Américas. Mas, foi o próprio MEC, no governo Lula1, que não deu continuidade aos projetos pilotos, no nordeste, com a participação de pedagogos cubanos, e que registraram excelente rendimento alfabetizador.
Agora, quando Cuba atravessa essa dificuldade no abastecimento de energia, tragédia produzida por mais de 60 anos de Bloqueio dos EUA, é hora da Humanidade reconhecer que possui uma dívida para com a Revolução Cubana, que sempre reagiu ao ódio e à coação imperialistas, bem como à indiferença de outras nações, ofertando educação, saúde, vacinas, médicos e professores, como agora em Honduras, em convênio com o governo da presidenta Xiomara Castro, onde se aplica o método Yo Si Puedo, destinado a erradicar o analfabetismo naquela nação centro americana. As dificuldades no abastecimento de energia em Cuba, não interrompem a energia social civilizatória que a ilha lança, de modo solidário, a outros povos. Falta luz, sobra solidariedade!
Constituição e Integração da ALatina
O Brasil tem no preâmbulo de sua Constituição de 1988, a meta de construir uma “Comunidade Latino Americana de Nações” Expressar solidariedade concreta a Cuba neste momento, seria não apenas uma missão constitucional, mas também o reconhecimento desta imensa dívida que a humanidade tem para com o generoso povo cubano. Tivéssemos hoje a Eletrobrás como empresa estatal, tal como fora criada pelo grande presidente Vargas, teríamos uma ferramenta de desenvolvimento a ser aplicada em favor da integração energética latino-americana, como é compromisso assumido pelo Brasil ao decidir integrar a CELAC.
Seria imensamente mais fácil e prático expressar a solidariedade brasileira. Mas, essa missão também pode ser muito bem cumprida via BNDES, outra ferramenta surgida na Era Vargas, com a aprovação de linhas de créditos para que empresas brasileiras implantem projetos para o desenvolvimento de novo modelo energético em Cuba, com equipamentos da indústria brasileira, o que contribuiria para atender uma das metas anunciadas pelo Presidente Lula, aliás prioritária em seu terceiro mandato: a reindustrialização do Brasil, ainda marcando passos.
Certamente, o presidente Lula não deve ter se esquecido de que logo após a derrota de 1989, quando chegou a pensar em abandonar a política, foi exatamente o Comandante Fidel Castro quem lhe abriu os olhos e lhe tocou a consciência, mostrando que, embora não vitorioso eleitoralmente, havia recebido dos trabalhadores brasileiros um precioso voto de confiança, uma mensagem para que seguisse na política.
O conselho do líder cubano foi de grande valia, e aí está o retirante nordestino pela terceira vez no Alvorada. É hora de pagar dívidas históricas, com o povo brasileiro, erradicando o analfabetismo, por exemplo, meta ainda sem definição, e também retribuindo a solidariedade caribenha que nunca faltou aos brasileiros. Afinal, não tem nenhum sentido que a Petrobras, fruto do trabalhismo varguista, seja hoje utilizada para abastecer de petróleo a máquina de matar israelense, enquanto Cuba, que ilumina a humanidade com suas mensagens edificantes à civilização, não receba sequer uma gota de petróleo brasileiro.
Conheça mais sobre Cuba nas páginas especiais do site preparadas pelo Sintufrj para marcar os 65 anos da revolução:
A passagem dos 65 anos da Revolução cubana vem sendo marcada por reflexões e publicações sobre o que representou esse momento do ponto de vista histórico e político, suas implicações nos dias de hoje e seus personagens icônicos, como símbolo de luta e resistência.
O Sintufrj preparou um conteúdo especial em seu site sobre Cuba, ontem e hoje.
Uma tarde/noite de congraçamento na sexta-feira, 1º de novembro, no Espaço Cultural do Sintufrj marcou a festa dos servidores. Conjunto com música ao vivo e gravações de canções de diferentes épocas embalaram a festa que também criou uma atmosfera de reencontro entre trabalhadoras e trabalhadores. Na edição do Jornal do Sintufrj mais detalhes. FOTO: ELISÂNGELA LEITE