Essa agenda ficou acertada na reunião desta quarta-feira, 18, do Sintufrj e a Fasubra com os gestores da unidade hospitalar
O desmonte do Serviço de Saúde do Trabalhador (Sesat) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) foi, mais uma vez, tema de reunião do sintufrj e a Fasubra com a direção da unidade, na quarta-feira, 18 de dezembro. Um processo que teve início desde que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) assumiu a gestão da unidade, em 6 de junho deste ano.
Até agora, o setor que oferece acolhimento e atendimento de saúde aos trabalhadores em geral do hospital perdeu 10 profissionais. Eram extraquadro entre os mais de 300 que já foram dispensados pela Ebserh. O restante dos 600 trabalhadores nessas condições serão mandatos embora até janeiro, conforme informou o superintendente executivo do HUCFF, Marcos Freire.
Reivindicação
A coordenadora-geral do sintufrj, Laura Gomes, ex-chefe do Sesat e que continua atuando no setor, reivindicou na reunião a recomposição mínima do quadro do setor: duas enfermeiras, dois médicos, uma técnica de enfermagem, um mensageiro e um técnico administrativo para garantir a continuidade de realização de procedimentos básicos aos trabalhadores da unidade hospitalar.
Como, por exemplo, exames médicos periódicos, atendimento de urgência médica, de enfermagem e psicológico, vacinação, exames em servidores expostos à radiação ionizante, concessão de licenças médicas, atendimento de acidentes com material perfurocortante, entre outros serviços.
O Sesat também orienta sobre acidentes de trabalho, biossegurança, recepciona com palestras novos residentes, realiza atendimento funcional e promove vacinação itinerante.
Situação irregular – O coordenador do Sesat, médico Gilvânia de Cuccio, manifestou na reunião preocupação com a não realização dos exames periódicos dos trabalhadores do HUCFF. Como responsável pelo setor, ele não quer ter que responder à Agência Nacional de Vigilância Sanitária por não cumprir a determinação.
Assim como Laura, o técnico de enfermagem do Sesat, Guilherme Sousa, se preocupa com o futuro dos trabalhadores do hospital, se não for interrompido o esvaziamento dos recursos humanos do setor.
Posição da Fasubra
“O desafio para vocês hoje é buscar uma política para o Sesat, porque atualmente quem faz isso é a Ebserh”, disse o coordenador da Fasubra, Francisco de Assis, a Marcos Freire e ao superintendente de Ensino, Pesquisa e Inovação do HUCFF, Marcelo Land, durante a reunião. Os cargos que eles ocupam são de gestores da unidade pela Ebserh.
“Viemos buscar diálogo para amenizar conflitos. Falta política para o dia a dia do hospital. Tentar remediar a situação não é política de gestão. Há necessidade de um planejamento estratégico”, propôs Assis.
A coordenadora do Sintufrj, Marli Rodrigues, citou a longa lista de edital para permuta para lembrar aos gestores como estava alto o nível de insatisfação dos trabalhadores do hospital desde que a Ebserh passou a administrar a unidade.
Reunião em janeiro com o Sesat
“A gente perdeu pessoal. Ninguém planejou fazer no Sesat o que foi feito”, justificou Marcos Freire. “Vamos fazer o que for possível”, acrescentou Marcos Freire. Ele e Marcelo Land acordaram com os dirigentes sindicais agendar uma reunião com toda a equipe do Sesat na segunda semana de janeiro.
“Mas toda ação precisa ter uma política”, argumentou Assis.
. Matéria completa sobre a reunião nas redes sociais e no e boletim diário do Sintufrj, na sexta-. feira, 20.