O Ministério da Gestão Inovação em Serviços Públicos (MGI) confirmou a retomada de um novo ciclo de negociações da mesa nacional, em 2025, com representantes de cerca de 1 milhão e 200 mil servidores. O convite para a reunião, prevista para o dia 20 de fevereiro, foi enviado às entidades representativas esta semana.

O Fórum Nacional em Defesa dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) deve se reunir em breve para definir as reivindicações que serão apresentadas ao governo. A pauta será enviada até o dia 31.

Além da questão dos reajustes, uma enorme preocupação neste momento para as categorias que esperam ver efetivados os frutos das negociações ano passado com a aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA), os servidores reivindicam a equiparação de benefícios (auxílios alimentação, creche e saúde) entre os três poderes, e devem ainda reiterar a importância da regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estende aos trabalhadores do serviço público as mesmas garantias e condições de associação e liberdade sindical asseguradas aos da iniciativa privada, a negociação coletiva, o direito de greve e definição de data base.

A Fasubra vai apresentar sua pauta

A Fasubra já está preparando a sua pauta para discussão em 2025 nesta mesa, prevista para ser divulgada no dia 30. Portanto ainda não há posição oficial da Federação sobre os itens desta pauta. Mas, na avaliação de Marcelo Rosa, da Coordenação Jurídica e de Relações de Trabalho da Fasubra, deverá conter pontos como o cumprimento pleno dos acordos de greve e a equiparação de benefícios, com a transformação do auxílio-saúde em um benefício para todos, independente do servidor ter ou não plano de saúde e um auxílio-nutrição para aposentados.

A expectativa com a mesa nacional, segundo ele, é que, além do cumprimento do acordo de greve na íntegra, haja retomada das pautas que não avançaram, como o “revogaço” (legislações originadas nos governos Temer e Bolsonaro prejudiciais às carreiras e à luta dos servidores) e a liberação para exercício do mandato sindical.

“O governo diz que tem disposição de manter a mesa nacional central e que vai continuar a negociar. Só que temos a experiência do ano passado em que (a negociação) foi muito lenta. Tudo bem que governo resolveu investir nas mesas setoriais . Mas a expectativa é que a gente consiga avançar de fato nesta mesa, agora, (do dia 20)  já que não se vai se discutir nada de reajuste para nenhuma categoria”, pondera o coordenador.

Foto da Agência Brasil

Mesa nacional de negociação foi retomada em fevereiro de 2023, depois de anos suspensa nos governos anteriores. Em seu terceiro ano, a reunião em 2025 será no dia 20 de fevereiro.

Sintufrj vai levantar demandas da categoria sobre saúde no trabalho e vai cobrar atendimento às demandas apresentadas

Qualidade de Vida e Saúde no Trabalho é o título do projeto que o Sintufrj iniciará em fevereiro, com abrangência em todos os campi e unidades da UFRJ. A proposta foi apresentada pelo GT Saúde da entidade, em reunião híbrida, nesta quarta-feira, 29, e aprovada por unanimidade pelos participantes, após leitura e discussão de cada item do pré-projeto.
A iniciativa consiste na aplicação do questionário padrão do Ministério da Saúde – “de forma humanizada e acolhedora” – com o objetivo de identificar demandas da categoria voltadas para garantir uma vida funcional digna e uma aposentadoria sem adoecimento, em consequência de doenças pré-existentes adquiridas no ambiente de trabalho.
Objetivo
“Os dados coletados serão alinhados pela diretoria executiva do Sintufrj e encaminhados à Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador da UFRJ, a CPST, para que as providencias necessárias sejam adotadas com o propósito de garantir a qualidade de vida dos servidores no trabalho e na aposentadoria”, resumiu a coordenadora-geral do sintufrj, Laura Gomes, técnica de enfermagem e atuante na área de saúde do trabalhador no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Serviço de Saúde do Trabalhador -Sesat).
Laura é uma das dirigentes do Sintufrj responsável pelo GT Saúde e autora do projeto, que tem como coautores a médica do Trabalho, Dinorah Abdemun (Sesat); o técnico de enfermagem, Guilherme de Souza (Sesat) e Livia Mendes Falcão, enfermeira do HU.
O levantamento será realizado com a ajuda de tablets por voluntários atuantes no GT Saúde e dirigentes do sindicato. Nas visitas do grupo aos locais de trabalho, servidoras e servidores receberão também a nova tabela vacinal como estímulo para que fiquem em dia com a imunização contra doenças que podem ser evitadas com vacinas.

Além de Laura Gomes, participaram da reunião presencialmente dirigentes de várias coordenações (Políticas Sociais, Aposentados e Pensionistas, Comunicação Sindical, Educação e Cultura e Formação Sindical e Administração e Finanças)\; Anai Estrela, Ana Nina, Ana Célia, Carmen Lúcia, Nivaldo Holmes e Carlos Daumas. Coautores do projeto, entre outros companheiras e companheiros contribuíram com propostas de forma on-line. (FOTOS: RENAN SILVA)
. Matéria completa sobre o projeto e as deliberações da reunião do GT Saúde será publicada nas redes sociais e pelo boletim diário do SintufrJ

5ª feira – 6 de fevereiro
Das 10h às 14h
Pauta:
• Conjuntura e luta pelo cumprimento do acordo de Greve
• Aprovação da LOA e garantia de todos os itens
• Eleição de delegados à Plenária da Fasubra
• Eleição da CIS
No Fundão: Auditório Horta Barbosa (CT)
Faculdade Nacional de Direito (FND): Auditório Valladão
Polo Macaé: Auditório do Bloco A – Sala 206

 

 Combate ao trabalho escravo, visibilidade trans e solidariedade às vítimas do Holocausto. Esta é uma semana cujo foco é a defesa dos direitos humanos e da dignidade humana

 

Dia Nacional da Visibilidade Trans
Quarta-feira, 29 de janeiro — O Brasil ostenta a vergonhosa posição de país que mais mata transexuais no mundo, como revelam dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Só em 2023 foram 145 assassinatos. Para estimular o respeito e a tolerância à diversidade, foi instituído o Dia da Visibilidade Trans. Em 2024 a mobilização completou 20 anos.
Atualmente a população trans representa apenas 0.3% das universidades brasileiras.

Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Segunda-feira, 27 de janeiro — Poucos períodos da história foram tão tenebrosos quanto a Segunda Guerra Mundial. E um dos símbolos máximos das atrocidades cometidas pelos nazistas é o campo de concentração de Auschwitz, onde mais de 1,1 milhão de pessoas foram exterminadas, a maioria judeus.
Há exatos 80 anos os prisioneiros do campo eram libertados pelas tropas soviéticas, no dia 27 de janeiro de 1945. A data se tornou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo
Terça-feira, 28 de janeiro — A data faz referência a um episódio ocorrido em 2004 que culminou com o assassinato de três auditores fiscais do trabalho e um motorista, quando averiguavam denúncias de trabalho escravo em fazendas de Unaí (MG).
Somente em 2023, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 3.190 pessoas em situação análoga à escravidão, em 598 estabelecimentos urbanos e rurais. Foi o maior número de resgatados nos últimos 14 anos. A região Norte lidera a estatística de ocorrências no país.
Com a Agência Brasil