Em reunião on-line entre o Sintufrj e a Pró-Reitoria de Pessoal (PR4), nesta quarta-feira, 12, as duas partes acertaram detalhes importantes para dar início ao processo eleitoral para composição da Comissão Interna de Supervisão (CIS) da carreira dos técnicos-administrativos em educação, na UFRJ. A portaria institucional oficializando o pleito deverá ser publicada ainda esta semana.

A reunião para instalação da Comissão Eleitoral será na segunda-feira, 17, às 14h, na PR4, sendo que as próximas podem ser realizadas na instituição como no Sintufrj. Nesse primeiro encontro serão eleitos o presidente e o secretário da comissão. A eleição da CIS será pelo sistema de votação eletrônica (E-Voting), sob responsabilidade da Superintendência de Tecnologia da Informação (TIC-UFRJ).

Divulgação igual para todos

“O Sintufrj vai apoiar de forma isonômica todos os candidatos inscritos, por meio das redes sociais da entidade e pelo jornal da categoria”, garantiu o coordenador-geral sindical, Esteban Crescente. Vânia Godinho, coordenadora de Administração e Finanças reafirmou o compromisso do sindicato com a divulgação da eleição.

Também participaram da reunião os integrantes da comissão eleitoral pela entidade sindical: Hilem Moises, José Carlos Xavier, Paulo Alves (titulares) e a suplente Maria Lenilva.

Novo ciclo

“Esta reunião fecha um ciclo e abre outro sobre a eleição da CIS. A proposta de edital do Sintufrj está boa para a PR4 e será enviada ao gabinete do reitor”, disse ao iniciar a reunião o superintendente de Pessoal Rafael Pereira.

Ele acrescentou que a comissão eleitoral já poderia dar início aos trabalhos e que a Pró-Reitoria de Pessoal daria conta da parte institucional, que envolve publicações e abertura de canais de comunicação, como uma página no SEI (serviço de acompanhamento de processos eletrônicos) sobre a eleição da CIS. Pelo sistema eletrônico de votação, os servidores receberão e-mails informando se estão aptos a votar.

Segundo Rafael, o edital da eleição será publicado após a instalação da comissão eleitoral.

 

 

Mutirão no local no dia 12 atrai sindicalizados. Coordenadores convocam trabalhadores RJU do Hospital para a reunião do dia 18, das 9h às 12h, no Espaço Cultural do Sintufrj.

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) não é apenas a maior unidade hospitalar da UFRJ como é o maior do estado em volume de consultas, segundo o site da UFRJ.  Naturalmente concentra grande número de técnicos-administrativos da UFRJ (mesmo com a Ebserh) que vivem com horário espremido em meio a plantões e pela própria natureza árdua do trabalho numa unidade de assistência.

Por isso, a presença da caravana de serviços “Sintufrj Tira-Dúvidas”, no subsolo do HU, desde a manhã até o início da tarde desta quarta-feira, dia 12, foi uma verdadeira mão-na-roda para diversos destes trabalhadores.

Repetindo atividades itinerantes similares do sindicato já realizadas anteriormente na unidade (o mais recente, há pouco mais de um ano), o Sintufrj Tira Dúvidas é uma ação rotineira da entidade que desloca para as unidades coordenadores e profissionais de diversos setores que compõem esta verdadeira máquina de atendimento das demandas dos servidores.

Os coordenadores da entidade Esteban Crescente e Laura Gomes (Geral), Nivaldo Holmes (Comunicação), Ana Célia (Aposentados), o coordenador da Fasubra e membro do GT-Carreira Francisco de Assis, acompanhado de vários apoiadores, como Maria Lenilva, se dividiram nas tarefas de mobilização.

Um grupo visitou quatro andares do hospital – começando pelo 12º, nos setores da Coordenação de Atividades Educacionais aos do Centro Cirúrgico –, para conversar com os trabalhadores sobre os ganhos da greve, as mudanças na Carreira, ou sobre como se situar na nossa tabela e a mobilização necessária para aprovação da Lei Orçamentária Anual (que viabilizará a implantação do reajuste conquistado) e distribuiu o jornal da entidade.

Fotos: Renan Silva

Coordenadores visitam andares e conversam com trabalhadores nos setores do HU

Outro grupo acompanhava o atendimento àqueles que procuravam os serviços da entidade no hall dos elevadores no subsolo, pelos profissionais do Departamento Jurídico (área Civel e Trabalhista), da Assessoria Jurídica do Escritório Rudi Cassel (das ações coletivas), do setor de Convênios e da administradora All Care.

 

Coordenadores, funcionários e apoiadores no atendimento aos sindicalizados

Novidade

Desta vez, a ação contou com uma nova iniciativa, uma pesquisa sobre Saúde e Qualidade de Vida do trabalhador da UFRJ, como explica a coordenadora Laura, iniciativa da Coordenação aprovada na última reunião do GT-Mulher do Sintufrj e baseada nos questionários de avaliação do Ministério da Saúde, para apurar dados relativos à UFRJ (que serão tabulados numa primeira fase até abril) e fornecer indicadores para a apresentação de propostas às unidades.

Reunião do dia 18

Laura aproveitou para convocar os companheiros do HU para reunião no dia 18, das 9h às 12h, no Espaço Cultural do Sintufrj, que vai abordar a gestão da Ebserh e tratar dos direitos dos trabalhadores do Hospital.

O que acharam

Juntinho da subsede da entidade, sempre à disposição dos trabalhadores, também no hall dos elevadores, o leque de serviços prestados em mutirão neste “Sintufrj Tira Dúvidas”, atraiu a categoria.

Marta de Salles acompanhava o irmão, David José Moraes, que foi auxiliar de enfermagem, hoje aposentado, e que trabalhou por 35 anos no Banco de Sangue. Ele buscou o Departamento Jurídico para tratar de questões da área Cível. Segundo Marta, esse tipo de atendimento tem “uma importância muito grande” e eles conseguiram a orientação que precisavam.

“Um bom atendimento. Nos esclarecemos sobre questões jurídicas e tiramos dúvidas”, comentou Antônio Carlos da Rocha Alves, (Tonho da Rocha, músico, produtor, compositor e cantor), técnico de Enfermagem da Tomografia, há 42 anos no HU. Segundo avalia, o pessoal da saúde se divide em plantões e tem acúmulo de trabalho diferente do pessoal que trabalha em horário comercial. Esse tipo de mutirão de serviços, é, então, bem útil, além de mostrar para aqueles que perguntam “Sindicato para quê?”, a importância da entidade. Ele mesmo dá um exemplo: como sindicalizado e pagando uma mensalidade modesta, teve acesso à área Cível do Departamento Jurídico que garantiu para ele sucesso em duas ações. Se fossem feitas por advogados particulares, custariam alguns milhares de reais.

José Gomes da Silva, da Divisão de Engenharia, encanador, há 35 anos na UFRJ, sempre no HU, acha que “é muito bom saber das coisas, como as ações coletivas que a advogada me explicou. Foi muito bom”.

 

Patrícia Floriano, chefe da Hotelaria do HU, é bióloga e está há 21 ano na UFRJ, sempre no HU. Ela acha importante a ação porque “a gente acaba não conhecendo todos os recursos que o Sindicato pode oferecer, disse ela, apontando que o pessoal que trabalha em hospital, pelo cotidiano das atividades, acaba tendo mais dificuldade de frequentar a sede ou a subsede da entidade. “Gostei pra caramba”, afirmou.

Jorge Edmyr, atendente de enfermagem desde 1987, sempre no HU, ecônomo do Centro Cirúrgico, tratou de questões na área Cível e Trabalhista. Já conhecia o trabalho da entidade e teve que voltar, achando bom o atendimento ali na sua unidade.

Ivanildo Galdino da Silva, estofador, há 35 anos da Divisão de Engenharia no HU, também consultou os serviços jurídicos (Trabalhista e Cível) e os convênios, para tratar de planos de saúde. “Isso deveria acontecer com frequência. Deixa os funcionários mais bem informados”, diz ele, lembrando que se deslocar até a entidade muitas vezes para o pessoal de saúde é complicado.

A Oxfam, organização internacional que trabalha por mais justiça e pela redução das desigualdades no mundo, lançou o relatório “Takers Not Makers”. Segundo o relatório, a riqueza dos bilionários aumentou em US$ 2 trilhões no ano de 2024, três vezes mais rápido que no ano anterior, enquanto o número de pessoas vivendo na pobreza mal mudou desde 1990
Em 2024, o número de bilionários subiu para 2.769, contra 2.565 em 2023. Suas riquezas combinadas aumentaram de US$ 13 trilhões para US$ 15 trilhões em apenas 12 meses. Este é o segundo maior aumento anual na riqueza dos bilionários desde o início dos registros. A riqueza dos dez homens mais ricos do mundo cresceu em média quase US$ 100 milhões por dia.
Previsão
Em 2024, a Oxfam previu o surgimento do primeiro trilionário dentro de uma década. No entanto, com o aumento acelerado da riqueza dos bilionários, essa projeção se expandiu dramaticamente — a taxas atuais, o mundo agora está a caminho de ter pelo menos cinco trilionários dentro desse período.
“A captura da nossa economia global por um seleto grupo privilegiado atingiu níveis antes inimagináveis. A falha em deter os bilionários agora está gerando futuros trilionários. Não apenas a taxa de acumulação de riqueza dos bilionários acelerou — por três vezes — mas também seu poder”, disse Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam Internacional.
“O auge dessa oligarquia é um presidente bilionário, apoiado e comprado pelo homem mais rico do mundo, Elon Musk, governando a maior economia do planeta. Apresentamos este relatório como um alerta severo de que as pessoas comuns em todo o mundo estão sendo esmagadas pela enorme riqueza de um número ínfimo de pessoas”, disse Behar.
Herança injusta
Ao contrário da percepção popular, a riqueza dos bilionários é em grande parte não merecida — 60% da riqueza dos bilionários de hoje vem de herança, monopólio ou conexões com poderosos. A riqueza imerecida e o colonialismo — entendidos não apenas como uma história de extração brutal de riqueza, mas também como uma força poderosa por trás dos níveis extremos de desigualdade atuais — são dois dos principais impulsionadores da acumulação de riqueza dos bilionários.
A Oxfam calcula que 36% da riqueza dos bilionários agora é fruto de herança. Pesquisa da Forbes descobriu que todos os bilionários com menos de 30 anos herdaram sua riqueza, enquanto o UBS estima que mais de 1.000 dos bilionários atuais passarão mais de US$ 5,2 trilhões para seus herdeiros nas próximas duas a três décadas.
Exploração desumana
Muitos dos super ricos, particularmente na Europa, devem parte de sua riqueza ao colonialismo histórico e à exploração de países mais pobres. Países de baixa e média renda gastam em média quase metade de seus orçamentos nacionais com pagamentos de dívidas, muitas vezes para credores ricos em Nova York e Londres. Isso supera em muito o investimento combinado em educação e saúde. Entre 1970 e 2023, os governos do Sul Global pagaram US$ 3,3 trilhões em juros para credores do Norte.
Segundo a Oxfam, a história do império, do racismo e da exploração deixou um legado duradouro de desigualdade. A expectativa de vida média dos africanos ainda é mais de 15 anos mais curta do que a dos europeus. Pesquisas mostram que os salários no Sul Global são de 87 a 95% mais baixos do que os salários no Norte Global para trabalho de habilidade equivalente. Apesar de contribuir com 90% da mão de obra que impulsiona a economia global, os trabalhadores em países de baixa e média renda recebem apenas 21% da renda global.
Bilionários não têm ética
“Os super ricos gostam de nos dizer que ficar rico exige habilidade, determinação e trabalho árduo. Mas a verdade é que a maioria da riqueza é tomada, não criada. Muitos dos chamados ‘autodidatas’ na verdade são herdeiros de vastas fortunas, passadas por gerações de privilégio imerecido. Bilhões de dólares não tributados em heranças são uma afronta à justiça, perpetuando uma nova aristocracia onde a riqueza e o poder permanecem nas mãos de poucos”, disse Behar.
“Enquanto isso, o dinheiro desesperadamente necessário em todos os países para investir em professores, comprar remédios e criar bons empregos está sendo desviado para as contas bancárias dos super ricos. Isso não é apenas ruim para a economia — é ruim para a humanidade”, atesta o diretor-executivo da Oxfam.
(*) Oxfam Brasil

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