Técnicos, professores, estudantes e pacientes participaram de manifestação na defesa do Instituto de Psiquiatria da UFRJ na manhã desta quinta-feira (22), no campus da Praia Vermelha. O instituto pede socorro diante da asfixia financeira que dificulta até a aquisição de medicamentos. Até que a situação seja resolvida, todas as quintas-feiras (como na próxima, dia 29), eles vão ocupar um trecho da Avenida Venceslau Brás em frente ao campus da Praia Vermelha, para dialogar com a sociedade e denunciar a situação do instituto.

O Sintufrj está em apoio direto ao movimento da comunidade e na manifestação de hoje foi representado pelo coordenador-geral Francisco de Assis

 

 

 

 

Na segunda-feira, 26 de maio, às 9h, na Sede do Sintufrj, a Comissão Interna de Supervisão (CIS) da UFRJ realiza sua primeira reunião. Os 14 titulares e sete suplentes foram eleitos em março em processo institucional tendo o apoio logístico e a fiscalização do Sintufrj (Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Nesta reunião ocorrerá a apresentação dos integrantes eleitos tendo os companheiros como primeira tarefa a construção de uma agenda de atividades.

A CIS na UFRJ tornou-se uma realidade após 17 anos de espera graças ao empenho do sindicato em fazer valer sua efetividade diante do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). Essa comissão acompanha e fiscaliza a aplicação do PCCTAE na instituição. Assim, a repercussão dos avanços conquistados para a carreira nos contracheques e no dia a dia do nosso trabalho na UFRJ, dependem da atuação precisa dos eleitos para a CIS.

Conquista

A CIS nas Ifes é uma conquista de 2005. Foi criada para garantir a implantação correta do PCCTAE e seus avanços, como, por exemplo, as conquistas contidas no atual acordo de greve em vigor desde 10 de janeiro de 2025 e as futuras. Ela faz parte da estrutura  Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC).

A campanha salarial de 2025 já começou, e a implantação integral do acordo está sendo cobrada pela Fasubra. Os sindicatos de base, através da CIS, acompanham as pendências ainda em discussão com o governo e estão cobrando das reitorias o que administrativamente já pode ser feito.

Os membros eleitos para a CIS têm que atuar conforme o disposto no art. 22 da Lei nº 11.091/2005, garantindo a transparência e a efetividade das ações previstas no plano de carreira, cujos objetivos são contribuir para o desenvolvimento institucional e para o aprimoramento dos servidores técnico-administrativos em educação.

 

 

 

Num ambiente de resistência que alcança a UFRJ diante da asfixia de recursos, dirigentes do Sintufrj participaram nesta quinta-feira (22) de reunião plenária da comunidade universitária do Instituto de Ginecologia que passa por crise financeira grave. Ficou acertado ato de protesto para a próxima quarta-feira (28) como forma de fazer frente a esta situação.

Na reunião do IG, Esteban Crescente e Marli Silva, coordenadores do sindicato, traçaram um diagnóstico das dificuldades das unidades de saúde da UFRJ, especialmente as que estão fora da Ebserh que ficaram numa espécie de limbo, sem matriz de financiamento. Os dois dirigentes mostraram como a crise atinge os hospitais da rede da universidade.

A situação do Instituto de Psiquiatria e da Neurologia e até de hospitais que estão administrados pela empresa, como o principal deles, o HUCFF, no qual faltam insumos, foram expostas. O caminho, destacou Esteban, é a mobilização. O Sintufrj defendeu a realização de uma reunião emergencial com a reitoria para buscar uma solução para o quadro sem precedentes de problemas que afeta os hospitais.

Esteban Crescente observou a necessidade de pressão sobre o governo que acaba de baixar uma portaria que vai reduzir em 60% o orçamento das universidades federais até novembro. E informou na plenária da Ginecologia que a mobilização inclui manifestação nacional dos estudantes na próxima semana para denunciar ao país o corte de verbas que compromete o funcionamento das instituições federais de ensino e seus hospitais.

 

 

 

 

Depois da manifestação na sessão do Conselho Universitário desta quinta-feira, dia 22, estudantes realizaram ato no bloco A do Centro de Tecnologia, conversando com estudantes que estavam na fila do Bandejão.

Depois, seguiram em passeata até o sinal em frente a Faculdade de Letras, na pista em direção a Ponte do Saber, paralisando o transito e deixando apenas uma das pistas livre.

Com palavras de ordem, uma grande faixa e muitos cartazes, eles protestavam contra a gravidade da crise orçamentária que já vem deixando estudantes sem aulas em diversos cursos. 

Luciana Borges, representante técnica-administrativa no Conselho Universitário (Consuni), recém eleita coordenadora de Comunicação do Sintufrj, foi uma das primeiras a denunciar os efeitos da grave crise que atinge a UFRJ na sessão desta quinta-feira, dia 22, cujo expediente foi permeado de depoimentos que, além de denúncias, reivindicavam ação contundente por parte da Reitoria.

Luciana, enfermeira do IPPMG, saudou os companheiros da PR-4 que se comprometeram diligentemente com a implantação da aceleração da progressão por capacitação dos servidores e apresentou sérias demandas de companheiros de unidades de saúde. Citou o Instituto Ginecologia, do Hospital Universitário e o Instituto de Psiquiatria (Ipub). “Nós chegamos à suspensão, dia 16 de maio, da internação dos pacientes, tanto clínicos como cirúrgicos, do Instituto de Ginecologia, por conta da interrupção do fornecimento da alimentação pela empresa do Nutrinorte. Tivemos também denúncias dos profissionais do Ipub de que os pacientes ambulatoriais tiveram suspensas todas as medicações, comprometendo a saúde desses pacientes. Temos também a demissão dos últimos extraquadros do Ipub, no final de abril, sem reposição de quadros. A gente verifica o comprometimento da saúde devido a esse déficit orçamentário, impactando diretamente na saúde da nossa população”, disse ela.

A conselheira contou que estavam ali pacientes do Hospital Universitário que informaram que o aparelho usado na radioterapia está quebrado há mais de 15 dias, sem previsão de reparo. Ela lembrou que muitos pacientes vêm de outros municípios, mesmo sem tratamento são obrigados a ficar na cidade o dia inteiro esperando o transporte e nem são avisados de que o tratamento está suspenso. “Precisamos de uma intervenção imediata sobre esses cortes. Não dá mais para aguardar”, pontuou a representante.

Logo em seguida, o auditório do bloco E do CT foi tomado por protesto dos estudantes. Com uma grande faixa e muitos cartazes, denunciavam os problemas que os cursos vêm enfrentando. Depois, realizaram ato no CT e seguiram em passeata até o sinal da Faculdade de Letras para mais um protesto.

Veja em https://sintufrj.org.br/wp-admin/post.php?post=47394&action=edit

Coordenadores e companheiros da área de saúde também presentes no Consuni distribuíram panfleto que denunciava o risco de interrupção das atividades do IPUB. Nos cartazes, estudantes denunciavam a precariedade das instalações da UFRJ com o risco de interdição de prédios.

O pró-reitor de Orçamento e Finanças, Hélios Malebranche, ilustrou com números, a gravidade da falta de orçamento que deve seguir até setembro. O pró-reitor João Torres, que presidiu a sessão, anunciou reunião dos reitores com o governo esta semana que pode gerar boas notícias.

 

 

 

A representante discente Isadora Camargo chamou a unidade da comunidade acadêmica para a construção de um dia de mobilização (no início de junho) para a realização de uma audiência pública ou assembleia comunitária para que todos possam debater a crise orçamentária e tirar ações práticas. Ela solicitou que a UFRJ apoie a convocação com a paralisação de atividades, para que todos, estudantes e servidores possam participar numa ação unitária

“É um apelo do movimento estudantil, do Sindicato. Para tomar alguma ação de mobilização geral da universidade que dê o tom de fato da crise e que a reitoria se some para de fato ter uma mudança e esta recomposição do orçamento tão necessária”.

O decano do Centro de Ciências da Saúde sugeriu também a realização de uma audiência pública com o convite a parlamentares do rio de janeiro que conhecem a importância da UFRJ  para que a sociedade possa ver de perto a situação.

Luciana Borges  apontou a urgência nas medidas que precisam ser tomadas diante da situação limite que vivem as unidades de saúde, por exemplo e que a situação precisa ser exposta para a sociedade. Ela citou reportagem sobre unidade da UFRJ em situação precária (IGEO) em que o MEC disse não ter conhecimento do que estava acontecendo. “Como não sabe o que está acontecendo com a nossa universidade? A gente precisa ser mais combativo, convocar uma assembleia da comunidade. Não adianta ficar discutindo (a pauta era sobre a divisão do orçamento participativo). Tem contas básicas que precisam ser pagas. Não vejo outro caminho se não pedir uma audiência pública para essas questões”, reiterou.

O conselheiro Milton Madeira, também representante técnico-administrativo, posicionou-se no debate sobre o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRJ. Servidor do campus de Macaé, Milton apontou problemas locais mas também abordou a situação dos hospitais com a Ebserh (que a universidade colocasse os instrumentos de controle abertos para a colaboração da comunidade) e que se possa avançar, “entendendo que a luta política é conjunta”.

Veja a seguir: