Com lema “Bolsonaro, nunca mais”, atos do 8 de Março voltam a ser presenciais neste ano e já estão marcadas em mais de 40 cidades. Luta das mulheres é pelo emprego, contra a carestia e pelo fim da violência

Publicado: 7 Março, 2022 – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

ARTE: EDSON RIMONATTO/CUT

Após dois anos, o Dia Internacional da Mulher, nesta terça-feira (8) voltará a ser presencial, com manifestações nas ruas de pelo menos 40 cidades em todo o país (Confira lista abaixo).

Com o lema “Pela vida das mulheres, contra a fome, o desemprego e a carestia – Bolsonaro Nunca Mais!”, movimentos feministas voltarão a ocupar espaços públicos com as lutas da mulheres.

“Este ano vamos com tudo para as ruas para fazer mais uma vez um grande 8 de março. É um ano de eleição em que temos a responsabilidade de escolher o futuro que queremos para nós mulheres. É o ano para varrermos Bolsonaro do mapa e elegermos Lula novamente”, diz Juneia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT.

Ela explica que, assim como em 2018, período em que as mulheres se levantaram contra a eleição do atual presidente com movimentos como o #EleNão, este ano haverá resistência das mulheres nas ruas e em todos os espaços. “E será ainda maior”, diz.

Será uma manifestação emblemática contra o machismo, o fascismo, a homofobia e a violência contra nós mulheres

– Juneia Batista

Confira onde os atos serão realizados

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro: concentração na Candelária, às 16h, e saída às 18h à Cinelândia

 Região Centro-Oeste

Distrito Federal

Brasília: concentração no Museu da República, às 17h e  marcha às 18h30 até o Congresso Nacional (Alameda das Bandeiras).

Goiás

Goiânia:  ato unificado às 9h na Catedral com encerramento na Praça do Trabalhador

Mato Grosso

Cuiabá: Concentração na Praça Rachid Jaudy, às 8h. A Fetems também vai promover o Seminário do Dia Internacional da Mulher da FETEMS – Empodere a mulher que há em você! Seja uma mulher de luta! Das 8h às 17h e a noite cultural da mulher a partir das 19h.

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: concentração na Avenida Afonso Pena com a 14 de Julho, a partir das 8h

Região Norte

Amapá

Macapá:  o Sindicato dos Servidores Públicos do Amapá (Sinsepeap) vai promover dois atos: o primeiro no dia 7 de março, que é a Vigília pela vida das Mulheres na Praça das Bandeias, e o segundo, no dia 8 de março, às 8h, em defesa do/a servidor/a público/a, em frente ao Palácio do Setentrião.

Pará

Belém: a partir das 17h, na Praça da República

Região Nordeste

Alagoas

Maceió: ato Público no Centro da cidade com panfletagem, panelaço; batucadas, faixas, cartazes e alegorias. Concentração será às 8h na Praça dos Martírios de onde elas sairão em caminhada em direção à Praça Deodoro.

Bahia

Salvador: a concentração acontece às 14h, na Praça do Campo Grande e a caminhada tem início às 15h, indo até a Praça da Piedade. Também está prevista a distribuição de marmitas em frente a Câmara municipal de Salvador (horário a definir), simbolizando a fome.

Ceará

Fortaleza: tem feira feminista às 13h, debate às 14h, cortejo às 15h e ato político e cultural às 16h. A manifestação será finalizada com ato político cultural na praça do Ferreira e homenagem à Elza Soares.

Antes, no início do dia, o Sindiute promove ato pelas mulheres às 8h, no Paço Municipal com o tema “Dia de luta por todas as pautas comuns das mulheres, por concurso público e carteira assinada para as professoras substitutas”

Maranhão

São Luís: concentração a partir das 15h na Praça Deodoro. Também na capital maranhense será realizada a palestra “Democracia e protagonismo feminino”, com a historiadora Cláudia Garcez às 9h, no auditório do Sindipemma (Rua Direita, 128, Centro).

Paraíba

João Pessoa: caminhada a partir das 7h com concentração na Praça Edivaldo e encerramento na Praça Getúlio Vargas

Pernambuco

Recife: ato “Pela vida de todas as mulheres: abaixo o bolsonarismo” às 15h no Parque 13 de Maio

Piauí

Teresina: Dia de Luta em defesa da Vida de Todas as Mulheres às 9h na Praça Rio Branco.

Rio Grande do Norte

Natal: concentração para o ato acontece às 14h30, na Praça Gentil Ferreira

Mossoró: pela manhã, haverá feira de rua no Centro Feminista 8 de março (CF8), com comercialização de produtos das mulheres da economia solidária, “Alô Frida”, música ao vivo, batucada feminista, poesia e intervenções políticas. À tarde, acontece o ato unificado, às 16h, na Praça da PAX

Sergipe

Aracaju: ato na Reserva da Mangaba às 9h

Região Sudeste

Espírito Santo

Vitória: Dia De Luta das Mulheres, às 14h30 na Praça Costa Pereira.

Minas Gerais

Belo Horizonte: concentração na Praça da Liberdade, às 16h30

Juiz de Fora: manifestação na Praça da Estação, às 17h

Divinópolis: ato às 15h30, no quarteirão fechado da rua São Paulo

Uberlândia: na Praça Ismene, às16h30

São Paulo

São Paulo: ato no Masp, às 16h. Antes acontece a concentração das mulheres da CUT, às 14h, no Espaço Lélia Abramo, na Rua Carlos Sampaio, próximo ao Metrô-Brigadeiro

Campinas: concentração no Largo do Rosário, a partir das 16h

Ubatuba: ato de esquenta, no sábado (5), a partir das 11h, com concentração no calçadão, ao lado das Casas Bahia

Região Sul

Paraná

Curitiba: concentração a partir das 18h30, na Praça Santos Andrade. A manifestação passa a caminhar às 18h30

Londrina: Concentração às 17h30, no Calçadão

Apucarana: a partir das 15 horas haverá a Feira empreendedora com atrações culturais na Praça Rui Barbosa e às 18h a Marcha das Mulheres

Assis Chateaubriand: café da manhã e roda de conversa com as mulheres catadoras de material reciclável, às 7h30. E uma roda de conversa na casa da APP-Sindicato de Assis Chateaubriand com as professoras e funcionárias de escola da ativa e aposentadas, às 10h

Foz do Iguaçu: concentração a partir das 17h, em frente ao Bosque Guarani (TTU). Às 18h acontece a saída em marcha que vai até a Praça da Paz

Guarapuava: a partir das 17h, no terminal da fonte

Ponta Grossa: ato no dia 6 de março, às 15h30, na Praça Barão de Guaraúna

Toledo: ato no dia 6 de março, a partir das 17h30, no Parque Ecológico Diva Paim Barth

Maringá: acontece a IV Caminhada/Pedalada pelo fim da violência contra a mulher, no dia 12 de março, às 9h, na Praça da Catedral

Santa Catarina

Florianópolis: marcha, com concentração às 12h no Ticen.

Chapecó: Mobilização na Praça Central, das 9h às 13h, com atividades culturais, música e ato político

Joinville: Ato na Praça da Bandeira, às 18h

Lages: Atividades das 9h às 17h, na Associação de Moradores e Amigos do Bairro Popular, com feirinha, distribuição de materiais educativos, ponto de arrecadação de absorventes, rodas de conversa, palestras e atividades culturais.

Rio do Sul: Panfletagem com material da CUT sobre a pauta do dia das mulheres, de manhã e à tarde, e panfletagem virtual com material da CONFETAM.

São Miguel do Oeste: Ato na Praça Municipal Walnir Bottaro Daniel, às 9h.

Rio Grande do Sul

Porto Alegre – debates a partir das 12h na tenda Elza Soares, no Largo Glênio Peres, e ato com caminhada às 18h na Esquina Democrática.

Caxias do Sul – concentração às 18h, na Praça Dante Alighieri.

Rio Grande – ato, às 16h, no Largo Dr. Pio

Santa Maria – ato, às 17h, na Praça Saldanha Marinho.

São Leopoldo – ato e caminhada às 17h na Praça do Imigrante.

 

 

FONTE: Por Brenda Marques, enviado ao Portal Geledés |

7/3/2022

Foto: Stock/Adobe

Ao recorrermos a historia veremos que é a partir dos anos 1970 que as organizações de mulheres negras ganharam força no Brasil, reivindicando duplamente o movimento negro e o feminismo. A partir desse período, os movimentos de mulheres negras procuraram explicitar a diferença entre as formas das mulheres e homens negros sentirem a discriminação racial, assim como a das mulheres brancas vivenciarem a descriminação de gênero. O movimento de mulheres negras denunciava, por um lado, posturas machistas na militância negra e, por outro, as desigualdades e o racismo presentes no movimento das mulheres. Seja em partidos políticos, coletivos de mulheres, produções acadêmicas, elas apontavam a necessidade não só do fim do racismo, como também do sexismo e capitalismo, para garantir a vida das mulheres negras. Não atoa podemos afirmar que o feminismo negro nos permite pensar “um novo marco civilizatório”. 

O feminismo negro ascendeu em sua trajetória no Brasil a partir da fundação de diversos coletivos de mulheres negras e na atuação de intelectuais negras que estavam tanto nos movimentos sociais como na academia. Essas intelectuais vão refletir, sobre as particularidades das identidades femininas negras no Brasil, e vão apontar em seus discursos à invisibilidade de mulheres negras nas pautas de reivindicações do movimento feminista e trazer questionamento como: Porque as mulheres negras são marginalizadas e subalternizadas? Onde estão as mulheres negras na História brasileira contada? Por que a questão racial foi isenta do feminismo? Porque as mulheres negras não são humanizadas? Por que no capitalismo brasileira, o homem branco se encontra no topo e a mulher negra na base?. Esses questionamentos feitos já demonstram as diferenças com o chamado feminismo “clássico”, onde as reivindicações eram construídas a partir principalmente da experiência de mulheres brancas e classe média, ou seja, de uma minoria. 

Luiza Bairros, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Edna Roland, Jurema Werneck, Nilza Iraci, Matilde Ribeiro, entre outras são participantes fundamentais no desenvolvimento do feminismo negro no Brasil. Essas mulheres nos anos de 1980-1990 provocaram confrontos e contribuíram intensamente para o debate e a visualização das desigualdades sofridas pelas mulheres negras e são a prova de que o feminismo negro não é um puxadinho do feminismo branco, ao contrário, para mim, ele se originou no reconhecimento crescente da necessidade da análise de gênero dentro dos projetos ativistas negros. Não seria possível libertar as mulheres negras sem levar tanto raça quanto gênero em conta, ou mesmo seria possível para o feminismo pensar o fim das desigualdades raciais na sociedade sem o feminismo negro.

Se voltarmos ao questionamento de Sojourner Truth no seu discurso “e não sou eu uma mulher?” proferido em 1851, na Convenção dos Direitos da Mulher em Akron, Ohio, iremos compreender que as mulheres negras sempre denunciaram o fato de constantemente serem estereotipadas como sendo a mulher bestializada, desumanizada, promíscua e lasciva, além de feias, dotadas de sobre-força e trabalhadoras adequadas para serviços desumanizados, enquanto que a mulher branca sempre foi retratada com aspectos como delicadeza, fragilidade e pureza. Para sustentar a universalização, o discurso feminista hegemonico uniformiza experiências e apaga a diversidade, tomando a mulher branca como paradigma da identidade feminina, o que, evidentemente, tem um efeito colonizador.

Para o feminismo negro as opressões sofridas pelas mulheres negras são resultantes da intersecção de opressões de gênero,de raça e de classe que colocam a maioria das mulheres negras à margem do poder e da representação,expostas a violência racial e de gênero, imersas na marginalidade econômica e invisibilizadas em diferentes contextos. A interseccionalidade é uma ferramenta teórica e metodológica utilizada pelas feministas negras para refletir acerca da inseparabilidade estrutural entre patriarcado, capitalismo e racismo em suas articulações, que implicam em múltiplas situações de opressão sofridas pelas mulheres negras.

A importância de pensar a partir das ferramentas metodológicas que o feminismo negro nos traz é entender que o movimento de mulheres negras não atua para separar, mas para ampliar. Atua para mostrar que não tem como legitimar um discurso de poder feminino quando ele ainda está pautado pela branquitude, eurocêntrica e colonizadora.Por isso, o feminismo negro é muitíssimo potente, por trazer essa importância de que não tem como lutar contra o machismo e alimentar o racismo, porque seria alimentar a mesma estrutura.Deve ser papel do feminismo fazer esses questionamentos, não podemos normalizar qualquer movimento que seja majoritariamente branco e detentor do discurso da maioria branca, enquanto mulheres negras continuam sendo invisibilizadas.

Há que se dizer com todas as letras: os movimentos feministas que não fazem recorte de raça tendem a ser racistas e classistas, por isso faz-se urgente que mulheres pretas continuem avançando e que existam políticas práticas e teorias, que abarque suas especificidades. O movimento de mulheres negras é ancestral e sua resistência apesar de invisibilizadas pelo movimento feminista hegemônico já se estabelecia antes mesmo de existir o termo feminismo. Ao nos aprofundarmos na Historia será possível encontrar registros de mulheres negras que praticavam abortos como forma de luta para não verem seus filhos nascerem escravizados. Se olharmos com mais atenção para a história das mulheres negras no Brasil e em outros países onde houve escravização, podemos constatar que elas já desempenhavam um papel importante de luta e sobrevivência do povo negro.

Por isso é muito importante citar a já clássica frase de Jurema Werneck :“Nossos passos vêm de longe” para ressaltar nossa ancestralidade e até mesmo para falar sobre os nossos avanços, que apesar de poucos, têm sido muitos significativos.Desde o início dos anos 80, há um crescimento contínuo e um fortalecimento do ativismo das mulheres negras que contribuíram de forma crucial para a ampliar sua visibilidade no debate público, na pauta das agendas socioeconômica e políticas. Nos últimos anos foram lançadas obras de Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento e a biografia de Sueli Carneiro, também foram traduzidas para o português autoras negras consagradas como Ângela Davis, Patrícia Hill Collins, bell hooks, Audre Lorde, dentre outras.

As feministas negras trouxeram para o cenário nacional a força de sua ancestralidade e nossas vitórias são fruto de muita luta, elas sabiam que sem luta e vigilância, nenhum de seus direitos seriam assegurados por qualquer outro movimento social, resistiram dentro e fora de movimentos sociais para que suas vozes fossem ouvidas e reconhecidas e para que nós estivemos aqui se inspirando no legado de quem venho antes e construindo um futuro para todas nós. Mesmo anos apos décadas de seu nascimento o feminismo negro continua a mostrar sua importância para o movimento de mulheres brasileiras e para todo o feminismo.

Viva o feminismo Negro brasileiro!

 

 

Quem tem algum dinheiro esquecido nos bancos e nasceu antes de 1968 ou criou a empresa antes deste ano vai poder conferir o valor a receber e pedir o resgate dos recursos a partir desta segunda-feira (7)

Publicado: 7 Março, 2022 – Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL

Quem tem algum dinheiro esquecido nos bancos e nasceu antes de 1968 ou criou a empresa antes deste ano vai poder conferir o valor a receber e pedir o resgate dos recursos a partir desta segunda-feira (7).

Para isso é preciso voltar ao site do BC Valores a Receber no dia e horário indicado na primeira consulta até sexta-feira (11). Quem perder o prazo ou o horário poderá fazer repescagem no sábado (12), das 4h às 24h. O usuário que perder a repescagem só poderá retornar a partir de 28 de março.

O BC divulgou um calendário com a data em que pessoas físicas (CPF) e jurídicas (CNPJ) com valores a receber podem consultar o valor e pedir o resgate do dinheiro de acordo com a data de nascimento dos clientes ou da criação das empresas no caso de pessoa jurídica.

Confira o calendário

Imagem: Reprodução

O BC esclarece que o cidadão ou empresa que perderem os prazos não precisam se preocupar. O direito a receber os recursos são definitivos e continuarão guardados pelas instituições financeiras até o correntista pedir o saque.

Após o pedido de saque, a instituição financeira terá até 12 dias úteis para fazer a transferência. A expectativa é a de que pagamentos realizados por meio de Pix ocorram mais rápido.

Para agendar o saque, o usuário deverá ter conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br. O login tem três níveis de segurança: bronze, para serviços menos sensíveis; prata, que permite o acesso a muitos serviços digitais; e ouro, que permite o acesso a todos os serviços digitais.

O BC vai liberar R$ 8 bilhões – R$ 3,9 bi nesta  primeira fase, para 28 milhões de clientes – 26 milhões de pessoas físicas e 2 milhões de empresas. E R$ 4,1 bi na segunda fase, que começa em 2 maio, quando o BC liberará novas consultas para 7 situações diferentes. 

Segundo o balanço mais recente do BC, cerca de 114 milhões de pessoas e 2,7 milhões de empresas acessaram o sistema de consultas criado para o resgate do dinheiro. Desse total, 25,9 milhões de pessoas físicas e 253 mil empresas descobriram que têm recursos a receber.

Confira abaixo o passo a passo para a retirada do dinheiro:

Passo 1

Acessar o site valoresareceber.bcb.gov.br na data e no horário de saque informado pelo sistema na primeira consulta. Quem esqueceu a data pode repetir o processo. 

Passo 2

Fazer login com a conta Gov.br (nível prata ou ouro). 

Confira aqui como atualizar ou criar contra no Gov.br

Passo 3

Ler e aceitar o termo de responsabilidade

Para ter acesso ao dinheiro, é preciso ler o termo de responsabilidade e aceitá-lo.

Passo 4 – É hora de consulta

O sistema do Banco Central vai mostrar:

o valor a receber;

a instituição que deve devolver o valor;

a origem (tipo) do valor a receber; e

informações adicionais, quando for o caso.

Passo 5 – Clique em uma das opções que o sistema indicar:

“Solicitar por aqui” – significa que a instituição oferece a devolução do valor via Pix no prazo de até 12 dias úteis

Selecione uma das chaves Pix e informe os dados pessoais;

Guarde o número de protocolo, se precisar entrar em contato com a instituição

“Solicitar via instituição” – significa que a instituição não oferece a devolução por Pix no prazo de até 12 dias úteis

Neste caso, entre em contato pelo telefone ou email informado para combinar com a instituição a forma de devolução do valor

Consulte apenas os canais de atendimento do BC que aparecem na tela de informações dos Valores a Receber. Basta clicar no nome do canal.

Como os bancos vão devolver?

Antes de mais nada, é importante os brasileiros saberem que poderão pedir a transferência do valor liberado, sem ter de pagar tarifas.

Segundo o BC, não há valor mínimo ou máximo de resgate. Mesmo aqueles que tiverem centavos a receber poderão fazer a transferência.

Os bancos têm até 12 dias para devolver os valores, a partir da data do pedido do cliente, via PIX. Se a instituição financeira não aderiu ao pagamento por este modelo deve transferir via DOC ou TED, no mesmo prazo.

Alguns bancos oferecem o pagamento diretamente em seus sites e aplicativos, que é dirigido ao site do BC. Outros que não aderiram ao acordo de pagamento com o Banco Central podem oferecer a opção “Solicitar via instituição”, em que o cliente deve solicitar o pagamento diretamente ao banco.

 

 

SEGUIREMOS EM MARCHA ATÉ QUE TODAS SEJAMOS LIVRES!

Outdoor do Sintufrj em referência ao #8M é visto por quem acessa o Fundão pela Linha Vermelha: “Lugar de mulher é onde ela quiser!”

 

Mulherada, não deixe de participar das atividades do #8M conosco. Confira a programação:

– Nesta segunda, 7, debate com Dara Sant’Anna e Natália Trindade a partir das 17h no YouTube e Facebook.

– Ato do 8 de março com concentração na Candelária a partir das 16h.

PARTICIPE! COMPARTILHE!

 

 

 

 

Neste mês de março os profissionais da enfermagem estão em campanha nacional pela aprovação do PL 2564/2020 que estabelece o piso salarial da enfermagem. É o março verde! E já começa com forte mobilização. Para 8 de março – Dia Internacional da Mulher e data incorporada para mobilização de trabalhadores, vide servidores públicos, e movimentos sociais – os enfermeiros de todo o país irão a Brasília para reivindicar a aprovação do PL 2564.

O PL fixa o piso salarial de enfermeiros em R$ 4.750,00; o de técnicos de enfermagem em R$ 3.325,00; e o de auxiliares e de parteiras em R$ 2.375,00. O relatório do deputado Alexandre Padilha (PT-SP) sobre o impacto decorrente de sua implantação foi aprovado por unanimidade, dia 23 de fevereiro, pelo Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados destinado a examinar seu impacto orçamentário-financeiro. Agora depende do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), colocar em pauta para votação.

O relatório demonstra custos em torno de R$ 16,3 bilhões, quase um terço dos valores inicialmente estimados. O piso proposto já é reduzido em cerca de 35% em relação ao valor inicialmente proposto e é fruto de muita negociação das entidades de representação, já levando em consideração as limitações orçamentárias. São mais de 30 anos de luta da Enfermagem pelo piso, uma categoria que reúne mais de 2.600.000 profissionais no Brasil, em sua maioria mulheres e negras

O diretor da Divisão de Enfermagem do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e Conselheiro Efetivo do Coren-RJ, Tony Figueiredo, faz uma avaliação do trabalho da categoria e a realidade que os profissionais enfrentam:

“Os últimos anos não foram fáceis, nossa Enfermagem lutou bravamente no enfrentamento à COVID-19, continua lutando e segue de prontidão, aliás como sempre está quando a missão é cuidar, salvar ou recuperar vidas.

A Enfermagem é a responsável por operacionalizar e tornar possível a maior campanha de vacinação em massa da nossa história, implicando na queda significativa de casos, permitindo o retorno progressivo ao “novo normal” e a retomada da atividade econômica do país.

Nossa categoria recebeu elogios e palmas da população, mas segue desvalorizada e menosprezada pelos governantes e políticos, sobrecarregada e explorada pelos empresários da saúde. Não aprovar o PL 2564, é privar os profissionais de Enfermagem de necessidades básicas necessárias à sua dignidade, certamente comprometendo a qualidade da assistência à saúde da população.

Os Grandes empresários precisam entender que não se promove qualidade e segurança para o paciente, privando e sobrecarregando a categoria que está 24horas na linha de frente do cuidado e que é responsável por implementar e viabilizar todos os processos assistenciais. São as pessoas que “transformam” a estrutura e recursos, por meio de processos bem gerenciados, em resultados satisfatórios. As pessoas são as responsáveis pela experiência dos clientes e colaboradores, pela redução de desperdícios e pelo marketing positivo. Quando se investe em Enfermagem, se investe em qualidade assistencial.

O aumento inicial de custos com remuneração, facilmente se compensa pela diminuição de custos relacionados ao turnover, evasão profissional, desgaste profissional, acidentes, doenças ocupacionais e absenteísmo aumentado. Também o processo de trabalho penoso e insalubre, o convívio com doenças, agentes infecciosos, emoções negativas e morte, por si só, justificam a carga horária máxima de 30 horas semanais de trabalho e a contagem especial de tempo para aposentadoria.

Nossos parlamentares deveriam mesmo é estudar o impacto dos baixos salários, carga horária exaustiva e múltiplos vínculos, na saúde e relações sociais dos profissionais de Enfermagem, na qualidade da assistência e na segurança do paciente. A maioria dos profissionais opta por um segundo vínculo por necessidade de compor a renda para seu sustento e de seus familiares.

Nossa luta é histórica, merecemos respeito e reconhecimento por parte dos nossos governantes e pela sociedade de modo geral. O projeto de lei 2295 apresentado no ano de 2000 com a intenção de regulamentar a jornada de trabalho da categoria, fixando a jornada em trinta horas semanais está “engavetada” no plenário por mais de 20 anos. Os profissionais de enfermagem devem se mobilizar e apoiar essa luta, caso contrário o PL 2564/2000 pode ter o mesmo destino.

A enfermagem é o maior corpo profissional da área da saúde, quase 70% do efetivo, somos mais de 2.600.000 profissionais no Brasil, em sua maioria mulheres e negras. Uma profissão milenar, mas que ainda “engatinha” no campo da representação política. Se faz necessário uma mudança quanto a reflexão crítica, promover o empoderamento da categoria, organizar o pensamento e informações e desempenhar ações de forma consciente, quanto a motivação, interesses, causas e consequências. Ou seja, é imprescindível entender as “regras do jogo” e pleitear uma representação político-parlamentar forte, só assim nossos projetos e lutas serão levados à diante. “Enfermagem vota em Enfermagem”. ”

HU reúne quase mil profissionais

O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) é a maior unidade de saúde do Complexo Hospitalar da UFRJ. Reúne 969 profissionais, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, sendo a maioria RJU pois integram também integram o corpo de trabalho os extraquadro.

Segundo Tony Figueiredo, a Enfermagem na UFRJ é representada pelo Grupo de Trabalho dos Diretores de Enfermagem do Complexo Hospitalar da UFRJ, Grupo formado pelos Diretores de Enfermagem das unidades e pela Direção da Escola de Enfermagem Anna Nery.

Este grupo, ele explica, tem por objetivo discutir assuntos inerentes ao trabalho, gestão, ensino, pesquisa e extensão de Enfermagem no âmbito da UFRJ e que se mobiliza no sentido de manter as conquistas históricas da categoria, entre elas, a jornada de 30 horas semanais que vigora desde a publicação da Portaria da UFRJ nº 9871/2011, pelo então reitor Carlos Levi. 

“A portaria estabelece jornada diária de seis horas e máxima de 30 horas semanais para enfermeiros, técnicos e auxiliares em todas as unidades de saúde vinculadas à instituição e foi compromisso de campanha de nossa Magnífica Reitora”, reitera o diretor da Divisão de Enfermagem do HUCFF.

 

Profissionais de saúde fazem manifestação por reajuste salarial em Três Corações (MG) — Foto: Reprodução/EPTV

 

Se aproxima mais um #8M, Dia Internacional da Mulher, dia de luta no Brasil e no mundo pelos direitos femininos. Na segunda, 7, o Sintufrj debate o assunto junto com @dara.santanna e @nattie_trindade, não perca!

76,6% das famílias declararam ter dívidas a vencer em fevereiro e, nas famílias com rendimentos até 10 salários mínimos, 30,3% ficaram inadimplentes, a maior proporção histórica

Publicado: 03 Março | Por: Redação CUT 

ROBERTO PARIZOTTI (SAPÃO)

Com orçamentos pressionados pela alta da inflação e das taxas de juros, desemprego, trabalho informal e salários baixos, o percentual de famílias brasileiras com dívidas e/ou contas atrasadas em fevereiro deste ano foi o maior desde março de 2010, de acordo com a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quinta-feira (3).

De acordo com a pesquisa, três a cada dez famílias brasileiras (27%) estão com as contas em atraso.

76,6% das famílias relataram ter dívidas a vencer em fevereiro (cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa).  

10,5% das famílias declararam que permanecerão inadimplentes – aumento de 0,4 p.p.

Nas famílias com ganhos até 10 salários mínimos, o percentual de endividados aumentou 0,4 p.p., chegando a 77,8%.

Nas famílias com renda acima de 10 salários mínimos, a proporção de endividados alcançou maior patamar histórico, 72,2%.

86,5% do total de famílias têm dívidas com o cartão de crédito.

“O panorama mostra que, na margem, o custo do crédito mais elevado e o próprio endividamento alto entre as pessoas que vivem no mesmo domicílio dificultam a contratação de novas dívidas e o pagamento dos compromissos na data de seus vencimentos,” disse o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

A escalada dos juros, que encarece o crédito, dificulta a renegociação das dívidas, afirmou.

Os dados do Banco Central (Bacen) mostram que as taxas de juros médias nas linhas de crédito com recursos livres às pessoas físicas aumentaram de 39,4%, em janeiro de 2021, para 46,3%, em janeiro de 2022. Em contrapartida, as concessões de crédito com recursos livres para pessoas físicas aumentaram 13,1% em termos reais na comparação interanual, mas caíram 2,7% em janeiro ante dezembro, na média diária.

 

 

O governo está usando a guerra na Ucrânia para pressionar deputados a votar pela mineração em terras indígenas. Pedido de urgência já foi protocolado e vai ao colégio de líderes dia 8. Artistas e organizações convocam manifestação dia 9 de março, na Esplanada dos Ministérios, “em defesa da Terra” para pressionar o Congresso a barrar projetos de lei que terão impactos diretos e irreversíveis para a Amazônia, os direitos humanos, o clima e a segurança da população, segundo manifesto do grupo.

Fonte: Carta Capital 

O Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), começou a colher assinaturas para que o projeto de lei do Executivo 191/20 tramite em regime de urgência. Barros usa como argumento para a urgência a guerra na Ucrânia. Isso porque o País importa 85% de seus fertilizantes, 23% deles apenas da Rússia. O pedido de urgência foi protocolado e será levado ao colégio de líderes na próxima terça-feira 8, para decidirem quando vota a pauta.

O projeto autoriza atividades de mineração, agronegócio e de qualquer tipo de obra de infraestrutura dentro das áreas demarcadas, ainda não passou por nenhuma comissão da Câmara para ser alvo de discussões e ajustes, mas a expectativa do governo é que sua votação vá a plenário nas próximas semanas, segundo o portal Terra.

A aprovação do PL 191/2020 pode causar a perda de 160 mil km² de floresta na Amazônia, área maior que a superfície da Inglaterra. “Eles já têm maioria para votar a urgência, então nossa queda de braço é apostar nas mobilizações de fora pra dentro, pressão da opinião pública, pois se colocar para votar corremos risco”, afirmou o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) à revista Carta Capital. Para ele, a guerra é apenas uma forma de garantir narrativa e liberar logo a mineração.

Ato contra ‘pacotaço’ de ataque ao meio ambiente

No dia 9, acontece na Esplanada o ato “Em Defesa Da Terra” contra projetos variados a agenda antiambiental do governo, incluindo o PL 191. 

Caetano Veloso, Maria Gadú, Seu Jorge e Nando Reis se colocam contrapropostas que tratam de grilagem, liberação de agrotóxicos e garimpo em terras indígenas. Encabeçam ainda a convocação para a manifestação artistas como Bela Gil, Cristiane Torloni, Letícia Sabatella, Bruno Gagliasso e Lázaro Ramos que se juntam a e organizações sociais como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, Greenpeace Brasil, Observatório do Clima, ClimaInfo, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

 

Sintufrj vai se agregar à marcha deste 8M pela vida das mulheres, pelo fim do machismo, racismo e LGBTfobia e Fora Bolsonaro!

Foto: DIVULGAÇÃO/Marcha Mundial das Mulheres

O Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, será marcado por atos presenciais e virtuais em todo o país, em luta pelo fim do governo Bolsonaro, por um Brasil sem machismo, racismo e fome.

Brasileiras vão sair às ruas de centenas de cidades para pedir o fim da violência contra as mulheres, do machismo, racismo e fome e principalmente por Bolsonaro Nunca Mais. 

Na Candelária

O site Marcha Mundial das Mulheres elenca inúmeras atividades em diversos estados. Segundo o site, as companheiras do Rio de Janeiro vão se concentrar às 16h na Candelária e sair às 18h rumo à Cinelândia. As palavras de ordem são “Pela vida das mulheres! Fora Bolsonaro e Cláudio Castro! Por empregos, direitos e justiça reprodutiva! Chega de machismo, racismo e LGBTfobia!”.

Manifesto

Na leitura da CUT, 8 de Março, além de ser uma luta em defesa da vida das mulheres, é também um manifesto contra a fome, a carestia, a violência, o desemprego, pela saúde, pelos direitos reprodutivos e pela justiça reprodutiva, em defesa do SUS e dos serviços públicos gratuitos e de qualidade.

 

 

A campanha pela recomposição salarial emergencial de 19,99% dos servidores públicos federais ganha força nesse mês de março. Há paralisação nacional dia 16 e indicativo de greve para 23 de março. Já para a próxima semana há duas datas fortes de mobilização: o dia 8 de março, o #8M, na terça-feira, com intensa participação dos servidores nos atos nas cidades do país fortalecendo o Dia Internacional das Mulheres e #8MForaBolsonaro; e o dia 9, na quarta-feira, quando será lançado o comando nacional de construção e mobilização da greve.

Atos presenciais e virtuais vão marcar o Dia Internacional das Mulheres neste 8 de março em todo o país. As mulheres estarão nas ruas pelo fim do governo Bolsonaro, por um Brasil sem machismo, racismo e fome! E os servidores estarão juntos. É o #8MForaBolsonaro e #8MBolsonaroNuncaMais. Para o 8M no Rio de Janeiro está marcado um grande ato, com concentração às 16h na Candelária e marcha às 18h. 

A Assembleia do Sintufrj, ocorrida na sexta-feira, 25 de fevereiro, deliberou que o sindicato e seus trabalhadores irão reforçar o calendário geral de mobilização do funcionalismo e de todos os atos e mobilizações contra o governo Bolsonaro, incluindo-se o dia 14 de março, data do assassinato da vereadora Marielle Franco. Na assembleia, os trabalhadores avaliaram que a principal tarefa do movimento de toda a classe trabalhadora deve ser a derrota desse governo e de sua política. 

Haja vista a política em curso de Bolsonaro – que além de não resolver os problemas políticos, econômicos e sociais – aumenta a miséria, a fome e o desemprego. Já para o funcionalismo o aceno que Bolsonaro faz de reajuste, o último foi de R$400,00 no “vale-alimentação”, tem motivação eleitoreira e pode causar impacto nas categorias. O seu governo e suas táticas não devem ser desprezados.

Assim, para combatê-lo se faz necessário construir mobilizações de rua e outras ações políticas que permitam a organização dos processos de luta – pois todos eles são essenciais. A greve unificada do funcionalismo dos servidores federais faz parte desse processo de luta contra o governo Bolsonaro.

Calendário

8 de março – Dia Internacional de Luta das Mulheres. Atos presenciais e virtuais em todo o país. No Rio, concentração na Candelária às 16h e Marcha às 18h

9 de março – Lançamento do comando nacional de construção e mobilização da greve

16 de março – Dia Nacional de Paralisação. Ato nacional em Brasília e atos em todo o país 

23 de março – Indicativo da Greve Nacional do Funcionalismo Público

Cinco anos sem reajuste

A campanha unificada dos servidores públicos federais reúne o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), do qual a Fasubra faz parte, e o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate). 

As entidades protocolaram no dia 18 de janeiro ofício com a reivindicação de reposição salarial de 19,99%, correspondente apenas às perdas inflacionárias nos três anos de governo Bolsonaro, e não obtiveram ainda nenhuma resposta. 

Este é apenas um reajuste emergencial, pois os trabalhadores do serviço público federal estão com salários congelados desde 2017 e amargam perdas salariais, acumulando uma defasagem salarial, de, ao menos, 49,28%!

 

FOTO: Divulgação/FASUBRA