Em apenas 15 dias o índice de brasileiros que rejeitam o governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) subiu de 46% para 52%. Os que reprovam sua atuação como chefe do Executivo está em 44%, dentro da margem de erro

Matéria retirada do site da CUT. 

Começou mal a avaliação dos brasileiros sobre a o governo e atuação de Jair Bolsonaro (ex-PSL), em 2021. Em apenas 15 dias, subiu em seis pontos percentuais o número de brasileiros e brasileiras que desaprova seu governo. A taxa que era de 46% aumentou para 52%. É a maior desde a série do PoderData, iniciada em junho de 2020.

Já a aprovação ao governo ficou dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A taxa oscilou negativamente 3 pontos percentuais: de 47% para 44%. A nova pesquisa foi realizada de 4 a 6 de janeiro.

Nordestinos, os que têm ensino superior e maior renda são os que mais rejeitam governo

A rejeição ao governo Bolsonaro segue maior entre os nordestinos e a população com ensino superior e maior renda. 67% dos que têm maior escolaridade , 63% da população do Nordeste e 70% dos que ganham de 5 a 10 salários mínimos têm as maiores taxas de desaprovação.

Os que cursaram até o ensino fundamental (54%) e os moradores da região Norte (73%) são, proporcionalmente, os que mais aprovam a administração.

Os mais ricos continuam com as mais altas taxas de rejeição a Bolsonaro.

Aumenta também a rejeição à atuação de Bolsonaro como chefe do Executivo

O DataPoder perguntou aos pesquisados tanto a avaliação sobre o governo Bolsonaro como sobre a atuação do trabalho dele como presidente da República. Neste último quesito, os pesquisadores perguntaram o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.

Sobre a atuação de Bolsonaro como chefe do Executivo, 44% a rejeitaram – dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais para cima desde o último levantamento. A aprovação caiu de 39% para 35%.

A rejeição ao trabalho de Bolsonaro subiu 7% em um mês, entre os desempregados ou sem renda fixa  e se igualou à média geral. Enquanto os mais ricos continuam com as mais altas taxas de rejeição a Bolsonaro.

Edson Rimonatto

Entendendo os 18% que consideram Bolsonaro regular 

O PoderData detalhou a avalição dos 18% dos entrevistados que consideram  o trabalho de Bolsonaro regular. Segundo o instituto de pesquisa,  é perguntado aos  eleitores como avaliam o trabalho do governante. As respostas podem ser: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. Para os pesquisadores, quem considera a atuação “regular” é uma incógnita.

Para entender qual é a real opinião dessas pessoas, o PoderData faz um cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como um todo.

Os resultados mostram que 59% desse grupo dizem desaprovar o governo quando dadas apenas duas opções. Um aumento de 15% em relação a ultima pesquisa (34%). Os que aprovam também caíram de 45% para 39%.

Só 1% do grupo, quando dadas apenas duas opções (aprova ou desaprova), não soube responder. Há 15 dias, eram 21%. Esse é o percentual de pessoas sem posicionamento claro.

A pesquisa foi  realizada de 4 a 6 de janeiro e ouviu por telefones fixos e celulares , 2.500 pessoas em 518 municípios, de 27 estados. Adivulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

 

 

 

Instituto Butantan diz que vai pedir autorização para uso emergencial à Anvisa esta semana

Matéria retirada do site Brasil de Fato. 

A vacina Coronavac  alcançou 78% de imunização contra o coronavírus e garantiu que infectados não desenvolvessem sintomas graves da covid-19, de acordo com o resultado dos testes realizados no Brasil.  As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (7) e o Instituto Butantan vai finalizar o pedido de registro para uso emergencial até esta sexta-feira (8).

Desenvolvida pelo Instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac, a vacina passou por testes  em 12.476 voluntários. Um grupo foi imunizado e outro tomou placebo. Segundo o Butantan, houve mais de 200 contaminados pelo coronavírus, mas menos de 60 ocorreram entre os que tomaram a vacina.

Nenhum deles desenvolveu sintomas graves. Não houve internações, óbitos e todos os pacientes se  recuperaram.

Os detalhes dos resultados foram apresentados a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São essas informações que vão compor o pedido para uso emergencial. A Anvisa deve analisar o pedido em um prazo de dez dias para definir se haverá o registro ou não.

A partir da autorização, o governo do estado de São Paulo, responsável pelo acordo com o laboratório chinês, tem aval para iniciar a campanha de imunização nos grupos prioritários: maiores de 60 anos, profissionais da saúde e indígenas. O plano de vacinação estadual prevê início da aplicação das doses para 25 de janeiro.

Já o Ministério da Saúde estima início da imunização em todo o Brasil para o dia 20 de janeiro, em um cenário otimista, com possibilidade de adiamento para fevereiro, caso ocorram empecilhos. Nesta quinta-feira (7), a pasta anunciou que vai adquirir do Butantan 100 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministro Eduardo Pazuello, a produção do Instituto será totalmente incorporada ao Plano Nacional de Imunização.

 

 

O partido acionou o TSE e a PGR contra o presidente após o mandatário dizer que no Brasil podem ocorrer distúrbios piores que os dos Estados Unidos

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

O PT deu entrada nesta quinta-feira (7) em uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro em razão das declarações feitas por ele sobre a invasão do Congresso dos Estados Unidos por golpistas apoiadores do presidente não-reeleito Donald Trump (Partido Republicano).

Em tom de ameaça, Bolsonaro alegou que foi “roubado” nas eleições de 2018 e disse que distúrbios piores poderão acontecer no Brasil em 2022 caso não seja adotado o voto impresso.

Em peça assinada pela presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), pelo deputado Ênio Verri (PT-PR), líder da bancada do PT na Câmara, e pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), o partido aciona o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) em razão da ameaça.

A ação pede que “se instaure o devido processo administrativo para que se apuremos fatos constantes da declaração do Exmo. Sr. Presidente da República e, caso verificada a sua improcedência, sejam tomadas as ações necessárias para eventual responsabilização penal, por improbidade administrativa e civil do Exmo. Sr. Presidente da República”.

“Não se pode admitir, ou sequer pressupor, que se trata de simples e direta leviandade promovida pelo Presidente da República, porque isso atenta contra a própria instituição da Justiça Eleitoral e a democracia, caso contrário, nos parece caracterizar conduta passível de responsabilização”, afirmam.