Respeitando distanciamento social, sindicalistas visitaram terminais de ônibus e locais de trabalho para dialogar com trabalhadores sobre pautas como Vacina Já!, auxílio emergencial e a defesa do emprego

Matéria retirada do site da CUT. 

Desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (4), dirigentes da CUT e demais centrais estão nas ruas, locais de grande circulação e locais de trabalho, promovendo manifestações e diálogos com a população no Dia Nacional de Mobilização. Na pauta a defesa de temas urgentes como a volta do auxílio emergencial de R$ 600, Vacina Já! para todos e todas, por mais empregos e em defesa das estatais e do serviço público.

O governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) demonstra a cada dia mais incapacidade e má vontade para tomar decisões sobre essas pautas, que são fundamentais para a sobrevivência da grande maioria dos brasileiros.  A inércia de Bolsonaro prejudica a população, em especial os mais pobres que ficaram se renda e sem emprego por causa da pandemia do novo coronavírus, que chega ao trágico patamar de mais de mil mortes por dia, em média, há mais de 40 dias e nesta quarta (3) bateu recorde de quase duas mil mortes.  Além disso, o governo brasileiro é considerado o pior do mundo no combate à pandemia, Bolsonaro incentiva aglomerações, divulga informações falsas sobre a Covid-19 e distribuiu remédios ineficazes contra a doença ao invés de comprar vacinas.

Por tudo isso, os sindicalistas decidiram ir às ruas, seguindo todos os protocolos de segurança, com uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social para evitar a disseminação do vírus. Foi com esse cuidado, que o presidente da CUT, Sérgio Nobre, amanheceu em campo para dialogar com a população. Às 5h, no terminal de ônibus Ferrazópolis, no ABC paulista, o dirigente conversou com trabalhadores e trabalhadoras e participou de panfletagem.

“O povo está trabalhando, está nos pontos de ônibus, estações de metrô, nas ruas comerciais, nos bairros. Viemos até eles para falar da pauta do movimento sindical, que defende que o Brasil volte a crescer para gerar empregos”, disse o presidente da CUT.

Sérgio Nobre afirma ainda que o fim do auxílio emergencial foi um “ato de crueldade sem tamanho, que ilustra a tragédia que o país está vivendo nesta pandemia por falta de governo”. Com pessoas passando fome e o desemprego batendo recordes,  o PIB afundando e tirando o Brasil da lista das 10 maiores economias do mundo, diz o dirigente, “o governo falar em auxílio emergencial de R$ 250 e ainda querendo tirar da conta dos aposentados e servidores públicos. Isso é cruel, é absurdo que não aceitaremos”.

As CUT e as centrais sindicais reforçam que é preciso garantir a saúde e a sobrevivência da população e o auxílio emergencial de R$ 600 enquanto durar a pandemia é fundamental. O valor em estudo pelo governo para o novo auxílio emergencial (de R$ 250), “não compra nem metade de uma cesta básica, não garante a sobrevivência durante a pandemia”.

Para o Brasil superar a crise sanitária e voltar a crescer e gerar empregos, além da vacinação em massa para toda a população, tem que ter o auxílio emergencial de R$ 600

– Sérgio Nobre

Vacina Já

Os sindicalistas também alertaram a população sobre a falta de planejamento do governo federal para a aquisição de vacinas em número suficiente para todos os brasileiros. A negligência de Bolsonaro e seu ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, tem colocado o país em um ritmo lento de imunização. Até agora, somente 3,4% da população brasileira foi imunizada.

“É preciso um plano nacional de vacinação para todos, estruturado a partir do SUS, integrado e articulado com munícipios, estados e governo federal, em um esforço coordenado para as prioridades estabelecidas pelo setor de saúde, com apoio geral à ciência”, dizem as centrais.

 

Mais empregos

Sérgio Nobre e outros sindicalistas também foram a portas de fábricas no ABC, para conversar com trabalhadores e falar sobre a urgência para a implementação de medidas para geração de empregos e renda. De acordo com o presidente da CUT, é necessária a retomada imediata de milhares de obras paradas, recuperação imediata dos investimentos públicos e apoio a medidas de prefeituras e governos para gerar empregos com proteção social.

Os sindicalistas reforçaram à população que decisões como essas devem ser tomadas pelo Congresso Nacional e é fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras, a sociedade em geral se mobilize e ajude a pressionar os parlamentares, escrevendo, mandando mensagens pelas redes sociais, aos deputados e senadores, exigindo a votação e apoio às pautas urgentes.

“É importante que todos participem desta luta”, diz Sérgio Nobre.

Uma das formas mais rápidas para a população cobrar de seus deputados e senadores é o “Na Pressão”, ferramenta on-line para enviar mensagens aos parlamentares, diretamente em seus canais de comunicação, como e-mail, redes sociais e até mesmo para o WhatsApp de cada um.

Uma das campanhas da ferramenta é a pressão por Vacina Já!

 

Plenária

No início da semana, a CUT, centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, se reuniram com partidos de oposição para definir um calendário de mobilizações pela Campanha Fora Bolsonaro

As atividades terão caráter permanente. Carreatas, bicicletadas, bandeiraços e outras ações serão realizadas todos os fins-de-semana. Já as quintas-feiras, as ações serão feitas com carros de som, panfletagens e panelaços.

 

Calendário:

  1. SEMANA de luta das mulheres 7 a 14 de março (dia da Marielle).
  2. Dia 21 de março, dia de luta contra discriminação racial ( é um domingo, juntar com as carreatas).
  3. Dia 24 de março, dia nacional dos educadores, seria nossa data UNITÁRIA de mobilização nacional.
  4. Dia 28 de março, domingo, dia de ações de solidariedade, coleta de recursos, alimentos e ações de saúde etc. Usar as sedes de sindicatos, partidos, movimentos e igrejas, terreiros, para coleta e distribuição de alimentos.
  5. Dia 1 de abril, quinta-feira, dia de denúncia Ditadura militar, nunca mais!
  6. Dia 3 de abril, sábado de aleluia, organizar malhação ao Judas, na figura do Bolsonaro!
  7. Semana de 7 a 11 de abril. Em torno da saúde, serão atividades internacionais.
  8. Semana do primeiro de maio.

 

Outras manifestações

Na capital paulista, nesta quinta-feira, trabalhadores e trabalhadoras da educação também protestaram contra a volta às aulas presenciais no estado.

“No momento em que temos o maior número de mortos da pandemia e cepas mais contagiosas, profissionais da saúde e estudantes são expostos ao risco. Estamos aqui para externar nosso protesto”, disse o presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, na concentração do ato, no Vão Livre do Masp, na Avenida Paulista.

De lá, uma carreata segui até a Prala da República.

 

 

Dados divulgados pelo Conass mostram o país próximo de 2 mil vidas perdidas para a doença em apenas um dia

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

Dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) mostram que o Brasil ultrapassou mais um recorde macabro nesta quarta-feira (3) diante do avanço da pandemia de Covid-19.

Foram 1.910 óbitos confirmados nas últimas 24h, uma marca que supera de longe qualquer outra já vista desde o início da pandemia no país. Com um possível colapso sanitário nacional, é bem provável que o Brasil ultrapasse as 2 mil mortes diárias nos próximos dias.

Na contagem do Conass, o país já viu a morte de 259 mil brasileiros para a Covid.

Além disso, foram 71,7 mil novos casos confirmados da doença, totalizando 10,7 milhões de infectados desde o início da pandemia.

A média móvel de óbitos chegou a 1.331, enquanto média móvel de casos alcançou 56.310. Os dois índices bateram recorde.

 

Diretor da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior encaminhou ofício a instituições públicas com recomendação do procurador Ailton Benedito de Souza.

Matéria retirada do site G1. 

O Ministério da Educação, por meio da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), encaminhou no último dia 7 de fevereiro um ofício em que pede a tomada de providências com objetivo de “prevenir e punir atos político-partidários nas instituições públicas federais de ensino”.

A orientação aos dirigentes das universidades é baseada numa recomendação de 2019 do procurador-chefe da República em Goiás, Ailton Benedito de Souza. Recentemente, o procurador questionou judicialmente a Sociedade Brasileira de Infectologia por ter desaconselhado o uso de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid.

No ofício de 2019, Ailton Benedito diz que uma manifestação política contrária ou favorável ao governo representa malferir “o princípio da impessoalidade”.

Segundo a citação do MEC ao texto do procurador, caberia punição a comentário ou ato político ocorrido “no espaço físico onde funcionam os serviços públicos; bem assim, ao se utilizarem páginas eletrônicas oficiais, redes de comunicações e outros meios institucionais para promover atos dessa natureza”.

Em maio do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que são inconstitucionais atos que vão contra a liberdade de expressão de alunos e professores e tentativas de impedir a propagação de ideologias ou pensamento dentro das universidades.

O caso foi analisado pela corte porque, em outubro de 2018, universidades públicas de ao menos nove estados brasileiros foram alvos de operações policiais autorizadas por juízes eleitorais.

As ações aconteceram para averiguar denúncias de campanhas político-partidárias que estariam acontecendo dentro das universidades.

‘Imoralidade administrativa’

Em outra passagem com referência ao ofício do Ministério Público Federal, é dito que “a promoção de eventos, protestos, manifestações etc. de natureza político-partidária, contrários ou favoráveis ao governo, caracteriza imoralidade administrativa”.

O documento é assinado por Eduardo Gomes Salgado, diretor de Desenvolvimento da Rede de Ifes. Ele diz que “entendeu pela necessidade de envio do documento do MPF às IFES, visando à observância aos parâmetros estabelecidos para a utilização do espaço e bens públicos”.

A recomendação original de 2019 do MPF ainda dizia que “no plano do direito brasileiro, a liberdade de expressão encontra limites, expressos e implícitos, não sendo, pois, assim como qualquer direito, considerado valor absoluto, imune a controle”.

Há também o pedido para que haja canais de denúncia sobre atividades político-partidárias: “O Estado tem o dever-poder de disponibilizar canais físicos e eletrônicos para receber denúncias de atos de natureza político-partidária ocorridos nas instituições públicas de ensino”.

G1 entrou em contato na noite de terça com o Ministério da Educação para obter mais esclarecimentos sobre o envio do ofício com as recomendações aos dirigentes de universidades federais e aguarda resposta.

Ajustamento de conduta

Dois professores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o ex-reitor Pedro Curi Hallal, coordenador das pesquisas de prevalência do coronavírus no Brasil, e o pró-reitor de Extensão da universidade, Eraldo dos Santos Pinheiro, assinaram um termo de ajuste de conduta em que se comprometem a não realizarem manifestações “desrespeitosa e de desapreço” em relação ao presidente da República, Jair Bolsonaro por dois anos.

Eles foram denunciados à Controladoria-Geral da União (CGU), pelo deputado Bibo Nunes (PSL), após uma transmissão ao vivo, pelas redes sociais da universidade, em 7 de janeiro. Após análise, o órgão propôs a assinatura do termo aos docentes, arquivando os processos.

“O TAC é um instrumento de natureza consensual, não possuindo, pela sua própria natureza, qualquer caráter punitivo. Nos termos do artigo 7º, §3º, da Instrução Normativa CGU nº 4/2020, o TAC possui acesso restrito até o seu efetivo cumprimento”, afirma, em nota, a CGU.

Em janeiro, Hallal publicou uma carta na revista científica britânica “The Lancet” em que criticou o presidente Jair Bolsonaro pela gestão dos problemas causados pela pandemia de coronavírus no Brasil.

Os técnicos-administrativos presentes na assembleia virtual do Sintufrj, nesta quarta-feira, 3, para dar informes de base, analisar a conjuntura, deliberar sobre o calendário eleitoral da entidade e aprovar propostas e indicar os seus representantes à plenária nacional da Fasubra nos dias 11, 12 e 13 de março, aprovaram: 

Eleição no Sintufrj:

1 – Em função do agravamento da pandemia de Covid-19 no país que impede a realização das atividades presenciais,
a assembleia deliberou por prorrogar a gestão atual do Sintufrj até o mês de outubro (dia 31) e a realização em maio de assembleia para avaliar a possibilidade de convocação do processo eleitoral no segundo semestre.
2 – Por consenso, ficou estabelecido que as representações políticas que compõem o movimento sindical na UFRJ construirão um fórum de técnicos-administrativos em educação (aberto à toda categoria), com o objetivo de debater (amplamente) e aprovar uma agenda de lutas de enfrentamento ao governo Bolsonaro. 

Este fórum também refletirá sobre o momento político pelo qual passa o país e o mundo. A intenção é ter como inspiração a experiência do fórum “Uberização do Serviço Público”, uma iniciativa recente do Sintufrj ao realizar um seminário sobre o tema com ampla participação da categoria.  

Plenária Nacional da Fasubra: 

Os sete delegados indicados pela assembleia á plenária que compuseram a chapa única (com representantes de todas as forças políticas que militam no movimento da categoria na UFRJ), defenderão as seguintes recomendações à Federação aprovadas pela categoria: 

1 – Atualização do debate de conjuntura, orientando os sindicatos da base a envolverem-se nas ações (carreatas, campanhas de mídia, ações virtuais, debates etc) de enfrentamento ao governo Bolsonaro e a sua agenda de destruição dos direitos da população, aprofundando e qualificando o debate sobre estado de greve.

2 – Organizar o enfrentamento nacional à censura praticada à liberdade de opinião dos servidores e denunciar o fato aos organismos internacionais.

3 – Realizar uma campanha de mídia, incluindo matérias em veículos de grande circulação nacional, em conjunto com outras entidades representativas (dos servidores e de todos os trabalhadores em geral, e de outros segmentos da sociedade civil em defesa dos serviços e das instituições públicas).

4 – Organizar um encontro nacional reunindo o jurídico da Fasubra e as assessorias jurídicas dos sindicatos de base com o objetivo de produzir uma orientação unificada de ação contra o Decreto 10.620/2021, as diversas INs, TACs, entre outras iniciativas  e mensagens do governo enviadas aos servidores pelo Sigepe. 

A direção do Sintufrj enviará à Fasubra a ata da assembleia contento todas as deliberações aprovada pela categoria.  

Moção  

A assembleia também aprovou uma moção de apoio e solidariedade (e de adesão ao abaixo-assinado que circula nas redes sociais) aos “militantes populares Juliete Pantoja, Giovanna Almeida, Heron Barroso e Raphael Almeida, acusados pelo Supermercado Mundial de extorsão e associação criminosa por participarem de manifestação no estabelecimento contra a fome e o aumento do preço dos alimentos. O caso está sendo acompanhado pela Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.

O protesto nacional foi convocado pelo Movimento de Luta nos Bairros Vilas e Favelas (MLB), no dia 20 de dezembro de 2020, quando foram ocupadas redes de supermercado reivindicando cestas básicas para famílias sem teto e de bairros pobres.

Não houve confronto nem violência durante o ato, que, inclusive, foi acompanhado por agentes da polícia fortemente armados convocados pelo Supermercado Mundial. Após 2 horas de negociação, o movimento decidiu sair do local e graças ao apoio de aliados e simpatizantes, conseguiu as cestas para as famílias.

Aderimos ao abaixo assinado que reivindica o direito de lutar. Já o Supermercado Mundial é eivado de processos trabalhistas, pois costuma atacar direitos de seus contratados, além de estar sendo investigado pela polícia federal por acusação de compra de fiscais da receita com fins de sonegação fiscal.”

O movimento solicita ajuda na divulgação da denúncia pelo  WhatsApp, Facebook e outras redes, e que se marque os Supermercados Mundial nas postagens (@supermercadosmundial) e vamos impedir que criminalizem a luta dos movimentos sociais em nosso país. Além de adesão ao abaixo- assinado:✍🏼 Inclua sua assinatura ou da organização que você representa pelo seguinte endereço: http://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSefVhQvv7EHDtSinoC_q31wiybnem7Q2y2aVqYfCs4kYryCBw/viewform

CONFIRA A ÍNTEGRA DA ASSEMBLEIA: 

 

 

No terceiro dia de ativismo contra o racismo, mostramos a história de Jaqueline de Jesus. A psicóloga, professora, pesquisadora e escritora é ativista pelos direitos LGBTs e de negritude.

Foi a primeira mulher negra e trans a receber a medalha Chiquinha Gonzaga da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2017, das mãos da então vereadora Marielle Franco, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Também recebeu o prêmio Rio Sem Homofobia, em 2016.

A feminista é uma das únicas mulheres trans doutoras no Brasil. É autora dos livros Transfeminismo: teorias e práticas e Homofobia: identificar e prevenir.

Até o dia 21 de março, vamos homenagear diariamente mulheres negras que se destacam pela luta contra o racismo. Acompanhe nossas postagens, curta, comente e compartilhe!

#21diascontraoracismo

O Sisejufe, Sintufrj e o Coletivo Enegrecer participam da campanha “21 dias de ativismo contra o racismo” homenageando, diariamente, mulheres que se destacaram e se destacam na luta contra a discriminação e o preconceito racial. 

A homenageada desta terça-feira, 2, foi a escritora, compositora e poetisa brasileira Carolina Maria de Jesus, que se tornou conhecida pelo  seu livro “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” publicado em 1960. 

Carolina de Jesus foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes na literatura do país. Recentemente, o Conselho Universitário da UFRJ a homenageou com o título de Doutora Honoris Causa.

Todos os dias, até 21 de março, Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, pelos canais do Youtube, Facebook e Instagran, uma variedade de eventos produzidos no Brasil e em outros países, estão à disposição do público, como debates, lançamentos de livros, encontros, oficinas, lives, rodas de conversa e de capoeira.

“Massacre de Sharpeville”

O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória ao “Massacre de Sharpeville”, ocorrido em 21 de março de 1960, na África do Sul, quando tropas do exército atiraram na multidão que protestava pacificamente contra a lei que obrigava negros a portarem um cartão que indicava os locais por onde poderiam circular. Saldo: 69 pessoas mortas no local e 186 feridas.

Esse foi o ponto de partida para a organização da campanha “21 dias de ativismo contra o racismo”, em 2017, com o objetivo de estimular a realização de atividades autônomas e ações, na cidade do Rio de Janeiro, para assegurar as conquistas dos últimos anos e ampliar as discussões sobre a necessidade de se avançar. 

Participam da campanha professores, pesquisadores, ativistas, estudantes, coletivos, entidades, instituições e militantes do movimento negro e da luta antirracista. Até agora, mais de três pessoas já aderiram a iniciativa pelas redes virtuais do WhatsApp,  Telegram, facebook e Instagram (@21diasdeativismocontraoracismo).

Entrevista “Racismo no Brasil mata mais do que em outras partes do mundo“

Para a militante da Rede de Mulheres Negras e da Marcha Mundial de Mulheres, Vera Miranda (Sisejufe), “desde as décadas passadas aos dias atuais, a importância dos movimentos antirracista é um processo vital para barrar todo tipo de assimetria e de violência. Hoje vivemos no Brasil e no mundo uma situação de violência de Estado baseada e estruturada no racismo”. 

Segundo a militante, (os manifestos) “Parem de nos matar” e  “Vidas negras importam” foram baseadas num basta necessário ao processo da imposição do racismo como manutenção de uma situação de assimetria entre brancos e negros. “A forma de manter os privilégios brancos e uma sociedade desigual, inclusive para a manutenção do capitalista, está estruturada no racismo”, afirma Vera.  

“Mas, no Brasil, o racismo está matando muito mais do que no resto do mundo. Se por um lado temos a violência do Estado, que ocorre desde o perfilamento racial para o encarceramento, temos a violência de Estado pela ausência de atendimento e de políticas públicas para negros e negras. Então, combater o racismo significa garantir, inclusive, uma agenda mundial para o desenvolvimento sustentável, que diz que é preciso garantir  igualdade de oportunidades para todos”, observa Vera, que é assessora política do Sisejufe.  

 “Combater o racismo significa barrar as mortes de negros e negras, que ocorre em maioria na pandemia do coronavírus, porque são os que não têm acesso a empregos, não têm condições de ficar em casa e que se desdobram para gerar sua parca renda familiar”, pontua Vera. “Portanto”, acrescenta, “além da morte pela violência do Estado, há também a morte causada pela ausência do Estado com políticas que garantam direitos básicos, como moradia, saúde, educação, emprego e renda para os negros e negras”.

Vera conclui afirmando que “não queremos apenas 21 dias de ativismo contra o racismo, queremos lembrar todos os dias que é preciso barrar o racismo para que a gente possa ter igualdade de oportunidades. E barrar o racismo não é só na relação entre pessoas, é nas entranhas, em toda estrutura do Estado e na cultura disfarçada de relação fraterna, mas que, na verdade, mantém negros e negras em situação de assimetria do ponto de vista econômico e cultural e do acesso a direitos. Por isso, a importância dos 21 dias contra o racismo, por isso, a importância dos movimentos que organizam a luta pela promoção de igualdade no Brasil e no mundo”. 

Programação dos 21 dias

No dia 15 de março está previsto o painel virtual “A carne mais barata do mercado é a carne negra: emprego, geração de renda e territorialidade”. Mas a programação diária é vasta. Assista, participe da diversidade de ações antirracistas pelos canais:  https://drive.google.com/file/d/1s2utVc-geLB31Jzd5ACVm6U86X10_nN3/view

Mais informações no facebook do movimento: https://www.facebook.com/21diasdeativismo/?_rdc=1&_rdr

Confira a programação inteira AQUI.

 

Relatório do senador Márcio Bittar (MDB-AC) da PEC Emergencial prevê o congelamento de salários de funcionalismo e a possibilidade do uso de recursos da ciência e pesquisa para pagar dívida pública

Matéria retirada do site da CUT. 

Após ser rechaçado pela oposição, por entidades sociais e a população em geral, o trecho do relatório da PEC Emergencial (nº 186) que propunha o fim dos gastos mínimos com saúde e educação caiu. No entanto, como é praxe no governo de Jair Bolsonaro (ex-PSL) e seus aliados, como o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC, há várias maldades que continuam no texto.

Duas delas chamam mais a atenção: a que prevê o congelamento dos salários de servidores públicos federais, estaduais e municipais, mesmo para repor a inflação, toda vez que as despesas obrigatórias da União atingirem 94% da despesa sujeita ao Teto de Gastos.

Outra é a que proíbe a vinculação de receitas a órgãos ou fundos públicos. Isto significa, por exemplo, que os repasses obrigatórios como ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) poderão ser utilizados de acordo com a necessidade do governo federal. Um verdadeiro passe livre ao ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, que poderá  pegar este dinheiro para pagar a dívida pública.

“Isto deixará o FNDCT sob o risco de ser extinto. Isto é gravíssimo porque o Fundo é responsável pelo fortalecimento da Embrapa, que fez o Brasil ser uma potência na agricultura, pela pesquisa da descoberta de petróleo no pré-sal e pela produção de vacinas”, diz o economista e assessor do PT no Senado, Bruno Moretti.

Pontos polêmicos retirados

Segundo informações da Globonews, o relator tirou os pontos polêmicos da PEC: a desvinculação dos recursos da Saúde e da Educação, a diminuição da carga horária e salário dos servidores público,  a revogação do repasse do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o BNDES e a suspensão da aplicação de 70% dos recursos do Fundeb para o pagamento de pessoal. Ao mesmo tempo incluíram na PEC a preservação da vinculação das receitas destinadas ao FIES e a inserção do ProUni entre as exceções à determinação de redução de benefício tributário.

Na versão anterior do relatório vazada para a imprensa, Bittar condicionava o pagamento de um novo auxílio emergencial de quatro parcelas de R$ 250 à aprovação da PEC com ajustes fiscais que deveriam ser seguidos por estados e municípios. No texto constava o fim da obrigatoriedade de gastos mínimos com saúde e educação,  além do fim de repasses do PIS/PASEP ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

O novo relatório da PEC Emergencial está marcado para ser apresentado no Senado nesta terça-feira (2), a partir das 16 horas. A previsão é que seja votado no Senado já na quarta (3). Para ser passar a valer precisa ser aprovado em  duas votações, com maioria dos votos, tanto no Senado como na Câmara Federal.

 

Brasil registra dia mais letal desde o início da pandemia; balanço dos veículos de imprensa divulga número ainda pior: 1.726 óbitos nas últimas 24h

Matéria retirada do site da Revista Fórum. 

O Brasil, a cada semana, vem superando marcas macabras da pandemia e, nesta terça-feira (2), bateu um novo recorde: foram registradas nas últimas 24 horas, de acordo o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), 1.641 mortes em decorrência da Covid-19, o que totaliza 257.361 óbitos. Já o consórcio dos veículos de imprensa, com base nos dados de secretarias estaduais de saúde, apresenta um número ainda mais alarmante: 1.726 mortes em um dia.

Trata-se do maior número de óbitos em um só dia registrado desde o início da crise sanitária, em fevereiro de 2020. A pior marca até então era de 29 de julho daquele ano, quando foram contabilizadas 1.595 em 24 horas.

Ainda segundo o balanço do Conass, de ontem para hoje foram confirmados mais 59.925 casos da doença do coronavírus, totalizando 10.646.926 de infecções desde o começo da pandemia.

Segundo informe da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado nesta terça-feira (2), atualmente 12% dos óbitos por Covid que vêm ocorrendo em todo o mundo estão concentrados no Brasil.

 

Hoje, a mulher em destaque é a escritora, compositora e poetisa brasileira Carolina Maria de Jesus.

A autora viveu boa parte de sua vida na favela do Canindé, na Zona Norte de São Paulo, sustentando a si mesma e seus três filhos como catadora de papéis. Em 1958, tem seu diário publicado sob o nome Quarto de Despejo, com auxílio do jornalista Audálio Dantas. O livro fez um enorme sucesso e chegou a ser traduzido para catorze línguas.

Ela foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil e é considerada uma das mais importantes autoras do país.

Na última quinta-feira (27/02), o Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Consuni/UFRJ) aprovou o título póstumo de doutora honoris causa a Carolina. Merecido reconhecimento para essa mulher que é exemplo de luta e superação.

#21dias #Sintufrj #Sisejufe #Enegrece

 

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