O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou a aplicação de terceira de dose contra o coronavírus. O reforço na imunização será aplicado a partir do 15 de setembro em idosos.
Além do grupo de pessoas idosas, também vão receber a terceira dose o grupo de imunossuprimidos (pessoas transplantadas). Neste caso, poderão receber o reforço aqueles já tomaram a segunda dose há 21 dias. A aplicação será a partir da segunda quinzena de setembro.
No caso dos idosos, eles devem ter tomado a segunda dose há mais de seis meses. Os primeiros a receber as doses serão os maiores de 80 anos.
A vacina utilizada para a terceira dose será a da Pfizer.
Ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro afirmou que eles se reuniram com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e com o comité técnico que assessora a imunização e a decisão foi tomada em conjunto.
Sobre a escolha da data de 15 de setembro para o início da aplicação da terceira dose em idosos, Queiroga explicou que ela se deve ao fato de que, até lá, toda a população de 18 anos já terá sido imunizada com ao menos uma dose.
Governo de São Paulo anuncia terceira dose para idosos a partir de 6/9
O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou durante coletiva nesta quarta-feira (25) que a terceira dose para idosos será aplicada a partir do dia 6 de setembro.
A decisão do governo paulista acontece horas depois de o ministério da Saúde confirmar a terceira dose a partir do dia 15 de setembro.
Inicialmente, o próprio governador Doria havia dito que a decisão seria tomada nesta quinta-feira (26) após reunião com o Plano Estadual de Imunização.
“Esta decisão foi finalizada hoje pela manhã e, para aumentar a proteçao do público com mais de 60 anos, o estado de São Paulo, que está dando um exemplo de vacinação, vai iniciar a aplicação da tericeira dose a partir de 6 setembro”, declaro Doria.
Redução do intervalo entre as doses
Além da aplicação de terceira dose em idosos, a partir do 15 de setembro também seria iniciada a redução do intervalo entre as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca, de 12 para 8 semanas, mesmo método aplicado no Reino Unido.
O ministro da Saúde informou que a decisão foi tomada com o objetivo de evitar a disseminação da variante Delta.
Sobre a aplicação da terceira dose no restante da população, ela será tomada depois da conclusão de um estudo que o Ministério da Saúde está fazendo em parceria com a Universidade de Oxford e com o apoio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino.
OMS reprova aplicação da terceira dose
A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaprova a aplicação da terceira dose enquanto países da África ainda não vacinaram nem 5% da população com a primeira dose.
Todavia, países como Israel, Chile e Uruguai já iniciaram a aplicação da terceira dose em pessoas com idade acima de 50.