Pelo pagamento das bolsas de auxílio estudantil e os salários dos terceirizados

A situação da UFRJ – assim como das demais Ifes — se agrava a cada dia com este último bloqueio dos recursos financeiros dessas instituições pelo governo do ex-capitão Jair Bolsonaro. A falta de dinheiro atinge o sustento das famílias dos trabalhadores terceirizados e a vida dos estudantes de baixa renda, que dependem das bolsas deauxílio estudantil para continuarem frequentando a universidade.

Os bandejões satélites do Centro de Tecnologia, da Faculdade de Letras, o que atende as unidades acadêmicas localizadas no Centro da cidade e da Praia Vermelha fecharam. Somente o Restaurantes Universitário Central continua funcionando, no Fundão, apesar de os trabalhadores terceirizados que atuam na estrutura estarem também sem receber o salário de novembro, vale transporte e vale refeição.

Solidariedade

O DCE Mário Prata mobilizou os estudantes que fizeram uma manifestação de apoio aos terceirizados sem salários nesta quarta-feira, 14, em frente ao Restaurante Central para sensibilizar os usuários sobre o problema imposto a esses trabalhadores e solicitar solidariedade.

“A situação está caótica e estamos aqui para denunciar aos  estudantes e aos servidores o que está acontecendo aos terceirizados”, explicou no carro de som do Sintufrj o coordenador-geral do DCE Mário Prata, Lucas Peruzzi.

Camile Gonçalves, diretora do DCE e do Centro Acadêmico de Engenharia e representante dos estudantes no Conselho Universitário, informou que a UFRJ e a empresa terceirizada  estavam pressionando os trabalhadores a manter o Restaurante Universitário aberto. “quem está preparando a sua comida não tem o que comer em casa”, disse a dirigente.

Estudantes e DCE fazem ato no Bandejão UFRJ

Novos atos nesta quinta-feira, 15

O DCE Mário Prata convocou para o ato unificado nesta quinta-feira, 15, às 14h, no IFCS pelo pagamento imediato das bolsas de auxílio estudantil, os salários dos terceirizados e pela recomposição orçamentária da UFRJ.

O Sintufrj está junto nessa luta e chama os técnicos-administrativos para o ato no mesmo dia, às 9h, na entrada do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que fica em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).

Nesta terça-feira, 13, o Fonasefe foi recebido pela Liderança da Minoria no Congresso Nacional para discutir sobre o reajuste dos servidores públicos federais. Os dirigentes estiveram também com a assessoria do senador e relator-geral do Orçamento do próximo ano, Marcelo Castro (MDB-PI).

A equipe confirmou haver um valor consolidado para o reajuste salarial de 9% para os servidores públicos federaisna LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2023, sendo que uma parcela será paga em abril e a outra em outubro.

Por um reajuste maior

Hoje, 14 de dezembro, estava previsto reunião do Fonasefe com o deputado Rogério Correia (PT-MG), da Comissão de Orçamento e Gestão da equipe de transição de governo. Nesse encontro, os representantes das entidades irão reivindicar que o aumento dos servidores saia dos R$ 105 bilhões — valor destinado ao “Auxílio- Brasil” no Orçamento da LOA de 2023 e que será suprido com a PEC de transição –, para que o percentual seja maior do que os 9%.

*Fonasefe – Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais.