Nesta segunda-feira, 19, a direção do Sintufrj realizou reunião, no Espaço Cultural da entidade, pela manhã, para informar sobre como está sendo organizada participação dos servidores sindicalizados ao sindicato na caravana para a posse do presidente Lula.
“Centro e seis sindicalizados confirmaram a participação na caravana e demonstraram grande disposição de luta frente aos riscos colocados pela atual conjuntura para participar dessa caravana a Brasília. Para essas companheiras e companheiros o mais importante é levar nossa pauta ao futuro governo”, avaliou o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente.
No dia 21 de dezembro ocorrerá a abertura dos envelopes para a licitação das obras do espaço de cultura, na qual parte da Praia Vermelha (UFRJ) será leiloada para a construção de uma Casa de Shows. Com tal leilão, a Reitora da UFRJ cede o território aos capitais, que usufruem de privilégio de usar a terra pública e ali construir seus negócios em área utilizada por importantes projetos de extensão e unidades de saúde. A natureza que abriga árvores e pássaros dará lugar a uma casa de shows privada e inacessível para a maioria da comunidade acadêmica.
Queremos um Canecão Público Para Todos e Todas no Mesmo Local do Antigo Canecão! Chega de Privatização!!!
Estudantes, Técnicas/os e Docentes dizemos NÃO à cessão do Campinho! Todes dia 21/12 as 8:30h na porta do Ventura
Pagamentos de bolsistas, extraquadros e terceirizados da UFRJ começaram a ser liberados
A pressão da comunidade universitária e dos movimentos sindical e estudantil com protestos nas ruas forçou a liberação pelo governo federal de R$ 2 bilhões e desbloqueio parcial de recursos orçamentários. Medida provisória foi publicada na quinta-feira, 15 de dezembro.
Com isso, o Pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFRJ, Eduardo Raupp, confirmou na tarde da sexta-feira, 16, a liberação de R$ 16 milhões que faltavam para a UFRJ quitar as despesas já assumidas como das bolsas estudantis, contratos de terceirizados e salários dos extraquadros. E assim a universidade já estava realizando os pagamentos.
A direção do Sintufrj avalia que os protestos unificados, principalmente nas ruas do centro do Rio de Janeiro deram visibilidade a denúncia dos cortes e bloqueios do governo Bolsonaro nas universidades. E que tiveram como principais prejudicados milhares de estudantes, trabalhadores extraquadros e terceirizados.
“A resistência e a mobilização nas ruas provam que a luta conquista”, ratifica a direção do Sintufrj.
O ato à tarde foi iniciado no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCS), onde os terceirizados da limpeza estão também sem salários desde de novembro. Os manifestantes seguiram em caminhada até o Ministério Público Federal (MFP), na Avenida Nilo Peçanha.
Pelo pagamento das bolsas de auxílio estudantil e os salários dos terceirizados
A situação da UFRJ – assim como das demais Ifes — se agrava a cada dia com este último bloqueio dos recursos financeiros dessas instituições pelo governo do ex-capitão Jair Bolsonaro. A falta de dinheiro atinge o sustento das famílias dos trabalhadores terceirizados e a vida dos estudantes de baixa renda, que dependem das bolsas deauxílio estudantil para continuarem frequentando a universidade.
Os bandejões satélites do Centro de Tecnologia, da Faculdade de Letras, o que atende as unidades acadêmicas localizadas no Centro da cidade e da Praia Vermelha fecharam. Somente o Restaurantes Universitário Central continua funcionando, no Fundão, apesar de os trabalhadores terceirizados que atuam na estrutura estarem também sem receber o salário de novembro, vale transporte e vale refeição.
Solidariedade
O DCE Mário Prata mobilizou os estudantes que fizeram uma manifestação de apoio aos terceirizados sem salários nesta quarta-feira, 14, em frente ao Restaurante Central para sensibilizar os usuários sobre o problema imposto a esses trabalhadores e solicitar solidariedade.
“A situação está caótica e estamos aqui para denunciar aos estudantes e aos servidores o que está acontecendo aos terceirizados”, explicou no carro de som do Sintufrj o coordenador-geral do DCE Mário Prata, Lucas Peruzzi.
Camile Gonçalves, diretora do DCE e do Centro Acadêmico de Engenharia e representante dos estudantes no Conselho Universitário, informou que a UFRJ e a empresa terceirizada estavam pressionando os trabalhadores a manter o Restaurante Universitário aberto. “quem está preparando a sua comida não tem o que comer em casa”, disse a dirigente.
Novos atos nesta quinta-feira, 15
O DCE Mário Prata convocou para o ato unificado nesta quinta-feira, 15, às 14h, no IFCS pelo pagamento imediato das bolsas de auxílio estudantil, os salários dos terceirizados e pela recomposição orçamentária da UFRJ.
O Sintufrj está junto nessa luta e chama os técnicos-administrativos para o ato no mesmo dia, às 9h, na entrada do Centro de Ciências da Saúde (CCS), que fica em frente ao Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF).
Nesta terça-feira, 13, o Fonasefe foi recebido pela Liderança da Minoria no Congresso Nacional para discutir sobre o reajuste dos servidores públicos federais. Os dirigentes estiveram também com a assessoria do senador e relator-geral do Orçamento do próximo ano, Marcelo Castro (MDB-PI).
A equipe confirmou haver um valor consolidado para o reajuste salarial de 9% para os servidores públicos federaisna LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2023, sendo que uma parcela será paga em abril e a outra em outubro.
Por um reajuste maior
Hoje, 14 de dezembro, estava previsto reunião do Fonasefe com o deputado Rogério Correia (PT-MG), da Comissão de Orçamento e Gestão da equipe de transição de governo. Nesse encontro, os representantes das entidades irão reivindicar que o aumento dos servidores saia dos R$ 105 bilhões — valor destinado ao “Auxílio- Brasil” no Orçamento da LOA de 2023 e que será suprido com a PEC de transição –, para que o percentual seja maior do que os 9%.
*Fonasefe – Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais.
A mobilização da comunidade universitária e de setores da sociedade obrigaram o governo a recuar dos cortes absurdos nas verbas para as universidades no apagar das luzes da destruição bolsonarista. A maior parte das bolsas – confirmada a liberação dos recursos – será garantida mas o drama dos salários dos terceirizados segue.
O ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou nesta quinta-feira (8) a liberação de R$ 460 milhões para despesas da pasta.
Ovalor é apenas um terço do total de R$ 1,36 bilhão que foi bloqueado do Ministério da Educação (MEC) em um decreto publicado em 30 de novembro;
Oministro diz que a verba atenderá “100% da bolsa assistência estudantil, bolsas PET, bolsa permanência Prouni“;
O pagamento de 200 mil bolsistas era a preocupação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); entidade receberá R$ 210 milhões, suficiente para quitar todas as bolsas
Como R$ 900 milhões ainda estão bloqueados, a situação de universidades, institutos e programas ligados ao MEC permanece grave:
Obloqueio nos institutos federais soma R$ 208 milhões, segundo o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
As universidades federais estimam um contingenciamento de R$ 244 milhões, segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Bloqueio afeta despesas cotidianas fundamentais, como limpeza, luz, água e bolsas (chamadas despesas discricionárias); mas salários e aposentadorias (despesas obrigatórias) não foram comprometidos.
Data para verba da Capes
Segundo Victor Godoy, o pagamento de bolsas para a Capes está garantido e vai ocorrer até terça-feira (13).
A liberação ocorreu um dia depois de o ministro da Casa Civil ter relatado – segundo a Andifes – que uma decisão recente do Tribunal de Contas da União (TCU) seria uma “luz no fim do túnel” para a crise do Orçamento no MEC.
STF cobra e Capes recebe R$ 210 milhões
O órgão do MEC que mais foi beneficiado com a liberação de recursos foi a Capes. Entenda a cronologia do desbloqueio na fundação:
Na noite de quarta, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tinha dado o prazo de 72 horas para que o governo federal prestasse informações sobre o decreto que levou ao bloqueio dos recursos para o pagamento das mais de 200 mil bolsas.
Mais cedo, nesta quinta-feira, a Capes informou que conseguiu a liberação de R$ 50 milhões do seu orçamento. O valor era insuficiente para cobrir as bolsas de pós-graduação.
Mas logo depois do anúncio, o MEC afirmou que todos os pagamentos de bolsistas estavam garantidos com a liberação de R$ 210 milhões, sendo R$ 160 milhões para os 100 mil estudantes de mestrado, doutorado e pós-doutorado.