A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, veio à UFRJ para apresentar a palestra “Novos Tempos para a Ciência e a Tecnologia no Brasil” nesta segunda-feira, 31 de julho. A direção do Sintufrj aproveitou a oportunidade para pedir apoio e empenho ao pleito pela valorização profissional de todos os profissionais que trabalham para o desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia, atuando na pesquisa, como os servidores das universidades federais.

O documento do Sintufrj – que trata do aperfeiçoamento da Carreira – foi entregue assim que a ministra chegou, na entrada do auditório do Quinhentão, no Centro de Ciências da Saúde, onde ela fez a palestra. “Entregamos esse documento para que a ministra – já que somos trabalhadores que atuam em prol da Ciência e Tecnologia em programas, projetos e laboratórios das universidades federais – apoie e incentive nossas reivindicações com o MEC e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços (MGI) Públicos no sentido de valorização profissional e melhoria da nossa carreira”, explicou o coordenador-geral do Sintufrj, Esteban Crescente.

No texto a direção do Sintufrj explica que a Carreira – instituída pela Lei 11091/2005, o PCCTAE – é o principal meio de valorização profissional e institucional dos trabalhadores em educação das universidades federais e no momento há tratativas de pautar o seu aperfeiçoamento com o MEC e o MGI, mas ainda não houve espaço de mediação e negociação. E que em recente processo do PPA participativo, a proposição de reestruturação da carreira e recomposição salarial, ficou na terceira colocação, conquistando assim prioridade no debate orçamentário da Lei Plurianual.

 

Ministra enaltece universidade pública

Primeira mulher a comandar o MCTI, Luciana Santos é engenheira eletricista, graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi presidente do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem), deputada estadual, prefeita de Olinda, secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, deputada federal e vice-governadora de Pernambuco.

No Quinhentão lotado, a ministra foi ovacionada ao final de sua palestra. Reafirmando que se vive novos tempos na área da Ciência e da Tecnologia e abertura de diálogo com todos os atores envolvidos, ela falou dos projetos e investimentos do governo Lula na área de Ciência e Tecnologia, apresentou uma agenda internacional mostrando a reinserção do Brasil no mundo de “maneira altiva” e condenou o obscurantismo e o negacionismo do governo Bolsonaro.

Luciana Santos fez uma reverência especial para a universidade pública afirmando que a academia não silenciou, pelo contrário, agiu contra o desmonte e as tentativas de desqualificação da base científica brasileira. Ela defendeu a excelência da universidade pública.

“O Brasil definitivamente voltou e nós estamos aqui para gritar em alto e bom som que a Ciência também voltou. E que as universidades não são espaço de balbúrdia como se dizia no governo anterior. Pelo contrário, para nós é espaço de excelência e da inteligência brasileira. Viva a universidade pública brasileira!”.

O reitor Roberto Medronho observou que a mesa da palestra simbolizava o engajamento de toda a área de ciência, tecnologia e inovação. Além de Medronho e sua vice, Cássia Turci, compuseram a mesa o decano do Centro de Ciências da Saúde, Luiz Eurico Nasciutti, o  Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luis Fernandes, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), a Secretária Municipal de Ciência e Tecnologia, Tatiana Roque, o Coordenador do Fórum de Reitores do Rio de Janeiro, Roberto Rodrigues, o presidente da Faperj, Jerson Lima, o presidente da Finep, Celso Pansera e a deputada estadual Dani Balbi (PCdoB).