Manifesto fala em defender presidente contra ‘vozes mais reacionárias do planeta e de nosso país, cúmplices do genocídio comandado pelo governo Netanyahu’
O Comitê Popular do Centro de São Paulo lançou nesta segunda-feira (19/02) o abaixo-assinado “Lula tem razão”, que tem como objetivo apoiar a declaração feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia anterior.
A iniciativa se refere às palavras do presidente qualificando a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza como um “genocídio” e comparando a situação dos palestinos residentes no território com a dos judeus que enfrentaram a política de extermínio nazista na Alemanha dos Anos 30 e 40.
A campanha criou o seu próprio site (www.lulatemrazão.com) para reunir as assinaturas a favor do que descreve como “histórica declaração do presidente Lula em Adis Abeba, na Etiópia, deixou ainda mais claro e evidente o genocídio praticado pelo governo Netanyahu contra o povo palestino”.
A declaração mencionada foi realizada neste domingo (18/02), durante coletiva de imprensa após a participação do presidente na 37ª Cúpula da União Africana. Lula afirmou que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.
A declaração mencionada foi realizada neste domingo (18/02), durante coletiva de imprensa após a participação do presidente na 37ª Cúpula da União Africana. Lula afirmou que “o que está acontecendo hoje com o povo palestino não tem precedentes na história do mundo. Na verdade, houve um momento em que Hitler decidiu matar os judeus”.
“Ao comparar as práticas criminosas do regime sionista com os métodos nazistas do Holocausto, apontou para o mundo, de forma muito clara, a dimensão da tragédia humanitária em curso”, afirma o texto do abaixo-assinado a favor do presidente.
A ofensiva militar israelense à Faixa de Gaza, iniciada em 7 de outubro de 2023, já produziu mais de 29 mil mortes civis, entre as quais se incluem 13 mil crianças, segundo estatísticas oficiais de entidades de apoio aos refugiados palestinos. Estima-se também que há cerca de 8 mil corpos desaparecidos sob escombros, o que elevaria o total de vítimas a mais de 37 mil. Esse número representa cerca de 1,68% da população do território palestino, que é de aproximadamente 2,3 milhões de pessoas.
Em outro trecho, o manifesto alega que “o Estado de Israel não pode usurpar e desrespeitar a memória judaica do sofrimento nos campos de extermínio para agredir, de forma semelhante, a um outro povo”.
Ao concluir, o texto ressalta que “contra as palavras do presidente Lula, erguem-se as vozes mais reacionárias do planeta e de nosso país, cúmplices do genocídio comandado pelo governo Netanyahu”.
“Em solidariedade ao líder do povo brasileiro, subscrevemos esse manifesto. Presidente Lula, ao seu lado estão os povos do mundo, as forças democráticas e o que a humanidade tem de melhor”, diz o abaixo assinado, em seu parágrafo final.