A assembleia dos técnicos-administrativos da UFRJ na manhã desta quarta-feira, 20, identificou que a greve está se ampliando, com ingresso de mais universidades no país e adesão do pessoal do ensino técnico e dos institutos federais (a partir do dia 3) representado pelo Sinasefe.

A assembleia apontou, no entanto, a necessidade da mobilização na UFRJ de ser ainda mais intensificada, com abordagens dos colegas nas unidades, diálogo com a sociedade nas ruas e com atos públicos conjuntos com os trabalhadores de outras universidades do Rio de Janeiro.

A avaliação foi comum nas falas de muitos dos participantes: um público expressivo, que acompanhou a assembleia de modo presencial (mais de cem pessoas no auditório Manuel Maurício do CFCH, na Praia Vermelha) e virtual (mais de 30 acompanharam de Macaé) e cerca de 70 pela transmissão no Youtube, interagindo intensamente com dúvidas e propostas pelo chat.

Agendas centrais

Assembleia definiu que é importante mobilizar colegas que ainda não paralisaram, com a distribuição de panfletos e cartazes nos setores, mas também apontou uma ampla agenda de atividades, entre as quais:

No sábado, dia 23, mobilização em defesa das liberdades democráticas, por punição aos golpistas.

Na terça-feira, 26, às 10h, ato no Museu Nacional. Diálogo com a população para externar os motivos da greve em protesto contra a situação crítica da universidade.

Na quarta-feira, 27, às 10h, assembleias simultâneas no CT, em Macaé e na Praia Vermelha.

Veja o vídeo com os informes

Os eventos da agenda unificada definidos pelo CLG e pela assembleia são considerados prioritários, devendo-se evitar marcar atividades nos mesmos horários. Porém agendas de base e eventos espontâneos contarão com a representação possível do CLG.

AGENDA UNIFICADA

Quinta, 21

10h – Reunião de Base EEAN

10h – Reunião de Base IPPMG

12h – Mobilização no CAP

16h – Encerramento da campanha “21 dias contra o Racismo”, a partir de 16h, no Largo São Francisco da Prainha.

17h30 – Roda de conversa “Racismo e futebol” – Campo da PU.

Sexta, 22

10h Evento Coordenação Aposentados Sintufrj – Homenagem a mulher aposentada.

9h reunião do CLG

14h Aula Magna com Ministro Celso Amorim (Quinhentão CCS)

Sábado, 23

10h Ato Nacional Punição Golpistas e de Solidariedade ao Povo Palestino, no metrô da Uruguaiana.

Domingo, 24

0h, Festival da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, no Parque Madureira.

Segunda, 25

Reuniões e mobilizações de base nos setores com comunicação visual da greve.

Terça, 26

Ato no Museu Nacional, 10hs.

Quarta, 27

Assembleia Simultânea, às 10h no Fundão, PV e Macaé

Quinta, 28

Reunião do CLG na Praia Vermelha ou IFCS.

Algumas das propostas aprovadas

– Solicitar a UNE, CUT e demais centrais sindicais apoio público à greve (inclusive nas redes sociais).

– Expor as razões da greve para a sociedade e seguir a agenda e as atividades do governo em eventos e nas mídias digitais.

– Organizar passeata no Fundão (por exemplo, do HU até o local da assembleia).

– Dialogar com a reitoria sobre a realização de uma assembleia comunitária da UFRJ sobre a recomposição orçamentária.

– Divulgação das atividades essenciais nas unidades e canais do Sintufrj. São consideradas essenciais as atividades necessárias à garantia da vida, pagamento de salários, aposentadorias e pensões (processos de pagamento de quem já está aposentado, ou às vésperas da compulsória e casos de invalidez) e de terceirizados; e demandas com prazo judicial.

Em caso de dúvidas ou demandas, a comissão de ética deve ser contactada pelo e-mail comissaodeetica@sintufrj.org.br.

Veja o vídeo da assembleia: https://www.youtube.com/watch?v=LOopnXteHYw&t=13s

O comando Nacional de Greve (CNG) foi instalado pela direção da FASUBRA na tarde desta quarta-feira, 20 de março, no auditório do Sintfub- UnB. O CNG debate, organiza e delibera sobre os rumos dos movimento. Os trabalhadores da UFRJ estão lá representados por sete companheiras e companheiros: Edson Vargas, Marisa de Araujo, Luan de Souza, Adriana Matos, Alzira das Neves Monteiro, Vania Guedes e Luciano da Cunha do Nascimento.

COORDENADORA GERAL DA FASUBRA, CRISTINA DEL PAPA, fala durante instalação do Comando Nacional de Greve
DELEGAÇÃO QUE REPRESENTA OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DA UFRJ em Brasília, no momento do credenciamento do CNG/Fasubra

A greve na UFF está forte. Mesmo setores sem tradição, resolveram aderir. Inclusive por conta da falta de orçamento das universidades. Quem avalia é coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff), Lucyene Almeida.

Na primeira semana de greve, os trabalhadores da UFF vêm promovendo reuniões setoriais para ampliação do movimento.  Como a realizada no dia 13 com os trabalhadores das Bibliotecas.

Em reunião setorial, no dia 13 (já marcada, mas que acabou se inserindo no calendário de greve), nos pilotis do Bloco B do Gragoatá, em Niterói, os sindicalistas falaram para cerca de 53 trabalhadores das bibliotecas sobre o porquê e a importância da greve, sobre as audiências com a Reitoria, e de essencialidades, explicando que as bibliotecas não estão entre elas e que não é necessário rodízio para atendimento (recurso válido para serviços essenciais e que incidam em risco à vida).

A reunião ajudou a articular a paralização. Na opinião da coordenadora, a gravidade da situação das universidades, fomenta a adesão. “É fundamental colocarmos para os estudantes que é hora de lutar por mais verbas. Se o governo acha que (a universidade) é importante, não pode ser só no discurso, mas com ações”, pondera Lucyene, destacando que é importante valorizar a Carreira e o trabalho do servidor,

Ela conta que, entre os bibliotecários, a adesão está grande. Ela mesma trabalha no processamento técnico da Biblioteca Central do Gragoatá, a maior entre as 40 bibliotecas da UFF, considerando as de Niterói e as dos campi do interior, como Rio das Ostras, Macaé, Santo Antônio de Pádua, Petrópolis, Nova Friburgo e Angra dos Reis.

 

Mais de 40 bibliotecas e 220 servidores

Em Niterói, a UFF é descentralizada: a biblioteca Central no Gragoatá, atende a maior parte dos cursos de áreas humanas de graduação e pós-graduação. Há ainda a biblioteca da Economia e a da Superintendência de Documentação. No campus da Praia Vermelha, em São Domingos, fica a biblioteca de Arquitetura e Engenharia, a de Geociências e de Física. No campus do Valonguinho, há também uma Biblioteca Central, a de Nutrição, Odontologia, Administração, Matemática e Geoquímica. No Hospital Antônio Pedro há a biblioteca de Medicina; em Santa Rosa, a de Veterinária, e no Centro, a de Enfermagem.

Todo esse sistema, e mais o setor de Arquivo, estão reunidos na Superintendência de Documentação que. segundo ela, conta com cerca de 220 servidores. Ainda sem precisar quantos, a coordenadora avalia que houve uma adesão grande dos trabalhadores.

Portanto, há um movimento crescente, inclusive nacional, com mais de 50 instituições. “Porque a greve é justa. Não temos só o eixo da recomposição salarial (e da Carreira), mas também a recomposição do orçamento. Isso está impulsionando. É muito fácil dialogar com estudantes e docentes. A Aduff (associação de docentes) vai fazer assembleia dia 21 e a gente tem perspectiva . Quanto mais universidades e categorias , fortalece nosso movimento.”

UFF. Bibliotecarios mobilizados dão fôlego à greve na Universidade Federal Fluminense

 

A 187ª Plenária Nacional do SINASEFE aprovou o indicativo de greve nacional da categoria (docentes e técnico-administrativos da Rede Federal), a partir de 3 de abril.

Realizada nos dias 16 e 17 de março de 2024, em Brasília-DF, a atividade contou com a participação de 58 seções sindicais e mais de 210 pessoas (dentre as quais 87 de modo virtual).