Para celebrar o Dia do Trabalhador e o Dia Mundial da África, o Grupo de Trabalho Antirracista do Sintufrj e a União dos Estudantes Africanos e da Diáspora (UEAD) promoveram uma Roda de Conversa nesta quarta-feira, 15 de maio, no Espaço Cultural.

Os palestrantes foram Maurício Wilson, doutorando em Planejamento Urbano do IPPUR/UFRJ; Vitor Matos, diretor de Planejamento do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides/UFRJ), e Constância Mateus, estudante do curso de Gestão Pública do IPPUR.

Maurício, que é angolano, abordou a realidade do trabalho de uma forma geral na África. Segundo ele, não existe uma política voltada para o trabalhador, tendo até certo “desprezo” por parte dos governantes pela classe trabalhadora.

“Os governantes africanos não são servidores públicos como vemos aqui no Brasil. Eles são indicados. Então temos pessoas que governam um país que não são funcionários públicos e não participam da vida cotidiana para conhecer a realidade dos trabalhadores africanos”, observou o angolano.

Vitor Matos fez uma apresentação completa sobre as Ações Afirmativas no mundo do trabalho.

“No mundo do trabalho hoje temos o verniz da diversidade”, afirmou ao dizer que há regras, mas que na prática geralmente não são cumpridas. “Temos diversidade e inclusão sendo trabalhadas e apregoadas, mas sem diversidade e inclusão de fato”, completou Vitor. Ele ainda apresentou dados sobre a “Igualdade desigual” no Brasil.

Constância Mateus fez uma abordagem sobre a mulher negra no Brasil e sobre a saúde da população negra brasileira.

“Eu saí da África e fui para a Alemanha. Vivi seis anos na Alemanha e lá não sabia o que era ser negra. Nunca vivi racismo lá. Me descobri negra aqui no Brasil”, contou Constância.

RODA DE CONVERSA. GT Antirracismo propôs pauta criativa para discutir trabalho, diversidade e racismo
GT-Antirracista sede do Sintufrj. Em referência ao dia da África 25 de maio

Os trabalhadores da UFRJ em assembleia geral na manhã/tarde desta quarta-feira (15) votaram por unanimidade pela CONTINUIDADE DA GREVE (iniciada em 11 de março) num ambiente de expectativa pela organização de caravana a Brasília na próxima semana (dias 21 e 22).

A viagem à capital federal vai coincidir com nova rodada de negociação com o governo no Ministério da Gestão e Inovação (MGI) na terça-feira, 21 de maio.

Como se sabe, na última mesa com os representantes do governo, em 19 de abril, a Fasubra rejeitou a proposta do governo que mantinha reajuste zero para 2024, com 9% em 2025 e 3,5% em 2026 – além dos reajustes de benefícios que já vai ser aplicado a partir deste mês.

A assembleia foi realizada no pilotis do prédio da Reitoria – subutilizado, no momento, por falta de condições de manutenção. Por dificuldades de sinal de internet, foi impossível manter a dinâmica das reuniões anteriores que tiveram simultaneidade entre Fundão, Macaé e Praia Vermelha. Cerca de 230 servidores participaram da assembleia.

Caravana

Para terça-feira, 21 de maio, Fasubra e Sinasefe vão sentar na mesa de negociação com os representantes do Ministério da Gestão e Inovação que devem apresentar contraproposta depois que as entidades disseram não ao que foi apresentado anteriormente.

Neste mesmo dia, trabalhadores da educação em greve em todo país estarão em Brasília. O Sintufrj enviará dois ônibus lotados de caravaneiros com embarque previsto para segunda-feira, dia 20, e retorno na quinta-feira 23.

Em Brasília, os trabalhadores vão participar de duas marchas nos dias 21 e 22: uma organizada pelo Comando Nacional de Greve (CNG). Outra, pela Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Fotos: Elisângela Leite

ATIVIDADE EM MACAÉ
PANFLETAGEM NO TERMINAL CENTRAL
16 DE MAIO – 16H.