Mais de 400 estudantes da UFRJ de todos os centros (inclusive dos campi de Caxias e Macaé), lotaram o Salão Azul da Reitoria (auditório Samira Mesquita) desde o fim da tarde desta quinta-feira, 23, na assembleia geral convocada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) Mário Prata, e aprovaram, ainda há pouco, deflagração de greve a partir de 11 de junho.

Os estudantes vêm realizando há semanas, atos locais, passeatas unificadas e manifestações e até caravanas a Brasília, em luta pela recomposição orçamentária e por condições dignas de estudo e pesquisa na universidade. Diversos cursos vêm realizando assembleias, na última semana, e muitos deliberaram pela greve ou por estado de greve.

DCE: A UFRJ vai parar para a luta!

“A UFRJ não cabe nesse orçamento e os estudantes serão linha de frente das lutas em defesa da nossa universidade. Chega de prédio caindo nas nossas cabeças, cursos sem aula e trabalhadores sem salário!”, diz o DCE ao informar a deliberação da assembleia no Instagram, convidando: “Venha para o ato unificado da educação dia 28 de maio e construa a assembleia ou plenária do seu curso e organize a greve estudantil!”

Calendário

Os estudantes aprovaram também a realização de assembleias locais até lá para organizar a greve nos cursos, mobilização pela suspensão do calendário acadêmico e um calendário de lutas que prevê, além do ato unificado do dia 28, ato no próximo Consuni sobre orçamento: aulas públicas e atividades de rua ao longo destas semanas.

Sintufrj na AG

A coordenadora-geral do Sintufrj, Marta Batista alertou que a universidade está caindo “literalmente nas nossas cabeças” e denunciou que não será uma parceria com o setor privado que vai resolver a situação crítica que a UFRJ enfrenta: “A Educação não é mercadoria e não existe para dar lucro para empresário!”, exclamou sob aplausos. Assista:

   

Fotos e vídeo: DCE e CAs

ASSEMBLEIA SIMULTÂNEA
SEGUNDA-FEIRA / 27 DE MAIO – 14H

FUNDÃO: AUDITÓRIO DO BLOCO A DO CT
PRAIA VERMELHA: AUDITÓRIO WILLIAM ASMAR – IPUB

PAUTA:
• Avaliação da greve e da proposta do Governo
• Fundo de Greve dos sindicalizados e não sindicalizados
(prestação de contas e avaliação de novo desconto).

Desde 2018, o Sintufrj fechou convênio com o Sesc-Rio garantindo ao titular e seus dependentes acesso a inúmeros benefícios, excluindo os serviços odontológicos. O mesmo ocorreu com o Sesc-Bahia, Sesc-Paraíba, Sesc-Minas Gerais e Sesc-Rio Grande do Sul.

Assim que o sindicato firmar parceria com outras unidades Sesc,   divulgaremos. O propósito é pôr à disposição dos sindicalizados e seus dependentes toda rede Sesc, que oferece áreas de lazer, hotéis, cursos, teatros etc.

Como se tornar sócio do Sesc

. O sindicalizado necessita de uma carta de encaminhamento do Sintufrj para fazer sua carteirinha em qualquer unidade Sesc. Esse documento poderá ser obtido pessoalmente, no setor de convênios do sindicato, ou pelo e-mail da entidade (convenio@sintufrj.org.br).

. Além do sindicalizado (sócio titular), poderão se associar seus dependentes (cônjuge e filhos até 21anos ou 24 anos se estiver estudando).

. O sócio titular pagará diretamente ao Sesc, anualmente, uma taxa de R$50,00 e mais R$100,00 pelo grupo de dependentes.

Importante, companheiras e companheiros:

A renovação do convênio Sesc/Sintufrj dependente de pelo menos 10% (dez por cento) dos nossos sindicalizados se inscrevam no órgão (cerca de 1.300 pessoas). Atualmente estão inscritos um pouco mais de 500 companheiras e companheiros.

 

 Eles querem uma resposta às reivindicações encaminhadas com a entrada da Ebserh no Complexo Hospitalar

Os 600 trabalhadores extraquadro distribuídos entre o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e Maternidade Escola – as três unidades de saúde da UFRJ cujas administrações passarão para o controle da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) –, estão apreensivos sobre seu futuro na universidade e reivindicam do reitor Roberto Medronho que se pronuncie a respeito.

Em nota pública de repúdio à Reitoria, os extraquadros que atuam nas unidades do Complexo Hospitalar da UFRJ desde 2008, denunciam a “perversidade da situação” vivida por eles. Os trabalhadores informam que em comissão procuraram a Administração Central para assegurar que seus direitos trabalhistas fossem garantidos na assinatura do contrato de adesão da universidade com a Ebserh.

Reivindicações

Os profissionais lembraram que durante a campanha para reitor, Medronho assumiu o compromisso de não “medir esforços pela garantia dos direitos e a emancipação dos extraquadro”. Mas, até o momento não há nenhuma resposta às pautas de reivindicações entregues à Reitoria que envolvem a Ebserh. Tais como: “transparência nas negociações com a Ebserh sobre a situação dos extraquadro e a formalização da corresponsabilidade passiva da empresa, garantindo contrato de trabalho formal e digno nos termos da CLT”.

A nota destaca que os extraquadro das três unidades hospitalares que serão geridas pela Ebserh “seguem exercendo suas atividades laborativas extremamente essenciais e necessárias ao funcionamento das unidades de saúde e para o sucesso da transição para a nova gestão”. Porém, diz ainda o texto, a garantia de seus direitos trabalhistas são inviabilizados nas tratativas para assinatura do contrato de adesão à Ebserh.

Consuni 09/05/2424.